Gabriela Cravo e Canela

Gabriela Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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RogerBoy 31/03/2019

Obra-prima!
Há tempos não me envolvia e emocionava tanto com um livro, Chego até a questionar se algum livro prendeu tanto minha atenção quanto esta conhecida obra do baiano Jorge Amado. O sotaque nos diálogos, as piadas, as intrigas de Ilhéus. Uma obra-prima. Tento certeza que lerei de novo.
RogerBoy 31/03/2019minha estante
*Tenho




Carlos 26/02/2019

Gabriela é uma dessas personagens femininas brasileiras que habitam no imaginário popular, até mesmo de quem nunca leu essa obra. Experiência própria, na minha imaginação, Gabriela era uma mulata linda, de fazer marmanjo suspirar, prometendo os céus e os fundos – o que não deixa de ser verdade –, mas que cativa por sua candura. E olha que eu não estava enganado. Mas se pudesse resumir em linhas gerais, Gabriela Cravo e Canela é política.

Gabriela, a personagem que dá título à obra, só vem aparecer, depois de transcorrido pouco mais de 20% da obra. Quando aparece, é ao lado de um grupo de sertanejos castigados pela seca em busca de um oásis em meio ao deserto, Ilhéus.

Porém, antes disso, vivemos a intensidade de Ilhéus, seus habitantes, sua conformação territorial, social, econômica e popular. Terra de forasteiros que viram naquele rincão de solo baiano a oportunidade de crescer na vida através do plantio do cacau.

E dentre esses encontramos algumas figuras interessantes como Nacib, par “romântico” de Gabriela, Seu Mundinho Falcão, os Coronéis, Doutores, gente da mais alta estirpe ilheense, como também pessoas menores. Porém o que fica claro aqui e Jorge Amado tratou com maestria, é a libertação feminina, a quebra dos padrões impostos pela sociedade patriarcal e machista.

Temos personagens femininas emblemáticas, que usam da sua candura, como Gabriela; da sua inteligência, como Malvina; dos seus atributos físicos, como Glória, para demonstrar que a mulher é algo além da dona de casa, da mãe, mulher de respeito. Gabriela só quer transar, descompromissada com tudo, levando a vida como Deus quiser, Malvina sonha em ser independente e percebe que só poderá fugir do julgo opressor da sociedade em que vive, paradoxalmente, de braços dados com um marido. Glória usa do seu corpo para preencher um vazio, desafiar a alta sociedade ilheense, demonstrando que rapariga tem o direito de viver onde quiser, da forma que quiser.

Essas três mulheres são independentes e expressam um sentido de feminismo que para o período em que a história se passa, se torna deveras rebelde e anarquista. O livro não é apenas o romance do árabe com a sertaneja, apresenta os mandos e desmandos da velha política coronelista, a conformação social brasileira do início do século XX. Gabriela é política pura.
Gabi 07/03/2019minha estante
Que resenha incrível! Adorei.




@cinthia.lereplanejar 23/02/2019

O que comentar sobre essa belíssima obra brasileira?
Gabriela, Cravo e Canela de Jorge Amado, retrata a personalidade libertadora de uma mulher, que não julga ser certo ou errado, mas apenas viver sua vida plenamente, independente das opiniões dos outros.
Outra personagem importante para àquela época devido a sua singularidade é Malvinas. Moça que deseja estudar, trabalhar, ser independente, diferente de outras moças de "família".
É um livro que trata sobre a mulher! Vale a pena a leitura, sem falar nas partes engraçadas dos personagens da pequena Ilhéus.
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Fabi.Filippo 19/02/2019

Gabriela Cravo e Canela - Jorge Amado

Prossigo com meu desafio de ler uma obra de um autor nacional por mês . Fevereiro foi o mês de Jorge Amado e escolhi Gabriela. A escolha se deu por vários motivos : vi em algum site que foi o livro mais vendido no ano em que eu nasci, lembro alguma das adaptações para a TV e viajei para Ilhéus 3 vezes ... rsrsrs

Sobre o livro : Fala sobre a história de Ilheus , sua modernização e desenvolvimento após a plantação de cacau e sua exportação. Retrata a sociedade local daquela época e seus costumes. Tem também a imigração do povo nordestino em busca de melhorar de vida, os conchavos políticos, desigualdade social.
É um livro rico em personagens e tramas.
Gabriela a principal personagem do livro é uma imigrante. Com seu jeito sensual , inocente e de menina atrai os olhares e desperta desejo em vários homens e conquista Nacib, o dono do Bar Vesúvio que a contrata após perder sua cozinheira. Gabriela é o protótipo de mulher livre, leve e solta.
Nacib, o sírio mais brasileiro da história, moço bonito é o personagem que eu mais gostei do livro.
De um modo geral foi uma leitura que me cansou. Como disse acima, muitos personagens, muitas tramas e muitos detalhes.
Mas valeu a pena ler Jorge Amado.
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Mariana 07/02/2019

flor do campo não serve pra jarros
'Gabriela Cravo e Canela' é o famoso romance folhetinesco de Jorge Amado sobre o progresso chegando na região cacaueira da Bahia.

O contexto principal da história é a cidade de Ilhéus dividida pela disputa política que toma corpo na simbologia 'atraso X progresso'.

"Modificava-se a fisionomia da cidade, abriam-se ruas, importavam-se automóveis, construíam-se palacetes, rasgavam-se estradas, publicavam-se jornais, fundavam-se clubes, transformava-se Ilhéus. Mais lentamente porém evoluíam os costumes, os hábitos dos homens. Assim acontece sempre, em todas as sociedades."

Pela primeira vez após décadas como manda-chuva absoluto, o coronel Ramiro Bastos enfrenta oposição: um jovem exportador, filho de família rica do Rio de Janeiro, torna-se popular na cidade.

E aí imerso nesses ares de confusão política é que se passa o romance entre Nacib, dono de bar amigueiro, e Gabriela, sertaneja de tempero inigualável na cozinha.

Assim como a cidade inteira, Nacib também convive com o conflito dicotômico 'atraso X progresso'. Quer se casar com sua cozinheira, mas hesita diante do que a sociedade vai pensar. Quer fazê-la senhora de altas rodas, mas Gabriela quer dançar, cantar, rir alto, quer ser passarinho solto.

Uma cena incrível é quando ela foge atrás de um cortejo folclórico de reisado em dia de quermesse. Nacib se desespera ao ver Gabriela dançando com o estandarte, até Jerusa, neta de um coronel, ir atrás dela, sendo seguida por várias personalidades da cidade. Nesse momento, o "atraso" da cidade em proibir mulheres casadas de dançar é abandonado e todos dançam junto com a protagonista. Impossível não abrir o sorriso.

A discussão feminina está presente em todo livro, mas especialmente em Malvina, filha do coronel Melk Tavares, que gosta de ler e que foge de Ilhéus para trabalhar e estudar. Diz que não quer ser infeliz como sua mãe, dona de casa cheia de luxos porém restrita à cozinha, à casa, à procriação.

O livro é cheio de rupturas com o atraso cultural da população, tanto simbólicos (como Gabriela soltando o passarinho engaiolado que ganha de Nacib), quanto práticos (como a conversa que rompe a aliança entre o coronel Altino e o coronel Ramiro). O final em si também é uma ruptura sensacional.

Como uma boa novela, Jorge Amado apresenta vários personagens interessantes que dão cor à vida da cidade: o Doutor, dona Arminda, o Capitão, o professor Josué, a rapariga Glória, o livreiro João, os coronéis... e vai nos contando da Ilhéus de meados do século XX, cuja promessa de progresso esbarra na cultura atrasada dos jagunços, dos coronéis e dos macho-chôs.

Delicinha de livro. Recomendo!
Lena D. 18/05/2019minha estante
Uma ótima resenha!! Impossível não ficar com vontade de ler depois de ler está maravilhosa resenha sua..


Mariana 19/05/2019minha estante
@Milena obrigada, querida! muito bom ler isso




Eduardo 27/01/2019

Gabriela: adjetivo, verbo, substantivo, advérbio (de modo, principalmente)
É gabriela ou Gabriela? Já não dá para saber se Gabriela é substantivo ou adjetivo. E muito provavelmente também é verbo. Sendo uma pessoa, talvez não seja uma, seja muitas. Há incontáveis Marias e Joões por toda a parte que, no fundo, são gabrielas.
Ilhéus dos anos 20 é um retrato fiel de uma sociedade que teimava em não avançar; não por falta de influência, mas por excesso de barragem. Em uma sociedade ainda controlada por uma forte influência coronelista, vivendo uma realidade política tensa, sob sombras recentes do poder conquistado através da força, da corrupção e da morte, qualquer sinal de avanço se torna ameaça. O sinal de avanço, nesse caso, é Mundinho Falcão, grande idealista econômico e, durante a época em que a história se passa, iniciador de avanços políticos e sociais, candidato a enfrentar a arcaica política da cidade nas próximas eleições, esta representada pelo conservador coronel Ramiro Bastos. Por mais que o setor econômico de Ilhéus estivesse em constante avanço (principalmente devido ao cultivo do cacau), o mesmo não ocorria na área social, educacional e política. O desafio de enfrentar uma política suja, alicerçada sobre o voto de cabresto e alianças perigosas, exigiria certo esforço de Mundinho, mas o sujeito não estava sozinho.
Quando nos damos conta de que o debate político ocupa a maior parte da narrativa, pensamos "por que Gabriela no título?". É tão complicado dar uma resposta à essa simples questão porque, ao mesmo tempo em que Gabriela é causa, também ela é consequência. O cenário político não é pano de fundo, é parte da nova pintura de Ilhéus, desenhada por Gabriela, mas retocada por todos os outros personagens secundários. Não há como retocar algo que ainda não tem corpo. Explico mais adiante, se conseguir, porque não é uma tarefa fácil.
Não há sombra de Gabriela por um grande pedaço inicial da obra. É que até esse ponto Jorge Amado prepara o terreno.
O árabe Nacib, dono de um famoso bar da cidade, vê-se abandonado por sua cozinheira e em meio à necessidade de contratar uma nova. Retirantes se reúnem no mercado de "escravos" para que possam ser avaliados e, então, contratados. É de lá que Nacib traz Gabriela, ainda suja e maltratada pela longa caminhada, pelo calor e pela miséria. A nova cozinheira será então responsável pela preparação das comidas para o bar e pelas tarefas domésticas na casa de seu patrão. É a partir desse momento que Nacib descobre-se apaixonado pela linda moça, tão jeitosa e ingênua. Mas sua beleza e ingenuidade não despertam a atenção apenas do árabe; grande parte dos homens da cidade começa a desejá-la, a cortejá-la, sejam eles solteiros ou casados, afinal de contas, a honra deve ser respeitada apenas pelas mulheres, fato esse corroborado pela acomodável aceitação pública diante do assassinato de Sinhazinha e Osmundo pelo coronel Jesuíno Mendonça, que flagra sua esposa e o dentista na cama e justifica suas mortes como lavagem de honra, justificativa essa aceita inclusive pelas autoridades judiciais da cidade. Aliás, sendo essa uma das primeiras cenas do livro, serve de marco para a transformação que Gabriela trará à cidade.
Começam a partir de então os desenvolvimentos de diversas histórias paralelas, que ora se cruzam, ora não, algumas têm relação direta com Gabriela, outras nem tanto, mas sempre acabam pegando carona na onda de mudança que se abate timidamente sobre Ilhéus. Então conhecemos um pouco mais sobre os embates e todas as falcatruas envolvidas na política da cidade e de suas vizinhas. Acompanhamos também as alianças e impasses de Mundinho Falcão para conseguir construir a barra no porto de Ilhéus, que traria ainda mais progresso para a economia local, mas que, acima de tudo, alavancaria sua carreira política. Conhecemos também Malvina, filha do coronel Melk Tavares, que começa a se relacionar com um dos engenheiros de Mundinho e desperta a fúria do pai, mais um dos típicos defensores da honra familiar, desde que ela seja apenas respeitada por sua esposa e sua filha. Há ainda mais uma dezena de personagens, cada qual com suas histórias, suas tradições, suas desconfianças, seus segredos, e todos eles moldam o cotidiano da cidade, que é narrado de forma primorosa por Jorge Amado. Não há como não se deitar na rede com Nacib, não há como não estar nas pedras com Malvina, não há como não dançar descalço na rua com Gabriela...
Tanta gente, tanta história, tanto sangue e tanta glória, tantos mundos que não cruzam o mundo de Gabriela... Então por que Gabriela? Porque Gabriela é sinônimo para progresso, acima de tudo progresso social. Mas, quando há progresso social, todo o resto é consequência. Gabriela é influência, é a personificação de uma nova Ilhéus. Sua ingenuidade, sua leveza e sua sensibilidade exalam como perfume, e perfume de cravo. Não à toa, na linguagem das flores, o cravo pode ser desprezo, amor eterno, encantamento, não esquecer, amar sem que o outro perceba, coração partido e amor eterno. E tudo isso é Gabriela. Por que ela precisa ser o que os outros querem que ela seja? Por que ela não pode ser um cravo hoje, outro amanhã? Por que ser sujeitada a um homem, e não dona de suas próprias escolhas? Por que casada, se é feliz solteira? Por que sapatos, se gosta de andar descalça? Ela mostra, em sua humilde simplicidade e maneira de ver o mundo, que ninguém nasceu fadado a rótulos, que não precisa seguir preceitos e cerimônias, e acha isso tão simples que é incapaz de compreender como pode existir um mundo em que as pessoas se escondem atrás dos não-podes, disputando quem é mais feliz não podendo a maior quantidade de coisas possíveis.
Jorge Amado criou um livro atemporal, uma obra que atravessa gerações, cuja visão se perpetuará, e cuja protagonista merece todas as classes gramaticais possíveis para si. Malvina, ao enfrentar a fúria do pai em nome de sua felicidade e de seu direito de escolha, é Gabriela. Glória gabrielamente peita a cidade, fonte de tantas fofocas que a atingem. Nacib, em dado momento, se gabriela com seus próprios pensamentos e forma de ver as relações sociais. Mundinho Falcão começa a gabrielar uma nova política, uma nova forma de conduzir problemas econômicos e sociais em Ilhés.
Acho que posso me permitir adaptar um pouquinho de Chimamanda Ngozi Adichie para finalizar essa resenha, porque achei completamente adequado, afinal de contas, sejamos todos gabrielas, por que não?
Jean Milhomem 27/01/2019minha estante
Ótima resenha, com certeza tenho que ler este livro.


Eduardo 27/01/2019minha estante
Valeu, Jean! Muito obrigado :) Leia sim! É uma obra maravilhosa!


Aline 28/01/2019minha estante
Eu adorei Gabriela. Junto com Tocaia Grande, é o meu favorito de Jorge Amado. Nasci na zona do cacau que Jorge retratou tão bem nas obras dele.


Eduardo 28/01/2019minha estante
Que legal, Aline :D Quanto aos livros dele, li somente Gabriela e A morte e a morte de Quincas Berro d'água. Não vejo muita gente falando de Tocaia Grande, mas já adicionei à minha wishlist haha. Obrigado ;)


Aline 30/01/2019minha estante
Li Tocaia Grande no colégio para o vestibular. Por aqui os livros dele sempre caem no vestibular. Graças a isso, li vários livros na adolescência. Tocaia Grande é como se fosse o nosso Cem anos de solidão.


Eduardo 30/01/2019minha estante
Aqui ele costuma cair também, mas geralmente os mais conhecidos acabam sendo Gabriela, Dona Flor, Capitães da Areia, Tieta, Quincas e Tereza Batista. Vou dar certa prioridade então a Tocaia Grande nas minhas próximas leituras haha :D


Aline 31/01/2019minha estante
Brigada pela confiança. Tocaia Grande se passa num ponto de tropeiros (onde fizeram uma tocaia) entre as cidades de itabuna e ilhéus. E adivinha onde ficava minha faculdade? Entre as cidades de itabuna e ilhéus. Rss


Eduardo 01/02/2019minha estante
Num universo paralelo, você era uma tropeira universitária kkk


Cílio Lindemberg 03/02/2019minha estante
Gostei da resenha! É de convidar a gente pra ler. Parabéns!!! :)


Eduardo 03/02/2019minha estante
Valeu, Cílio! Muito obrigadinho :) Se for ler, depois me diga o que achou haha


Cílio Lindemberg 03/02/2019minha estante
Magina. :) Pode deixar. ^^


Angelica75 16/12/2019minha estante
Ótima resenha! Preciso ler Gabriela :)


Eduardo 16/12/2019minha estante
Obrigado, Angélica :) Leia sim! Acho esse livro uma joia!




Beatriz 30/12/2018

Imagina eu, uma simples leitora, fazendo resenha de uma obra do calibre de Gabriela.. mesmo assim, não achei que fosse amar tanto. É tão simples, mas tão gostoso de se ler. Amei principalmente como Jorge Amado conduz sua narrativa por entre os personagens. Personagens, estes, que são tão ricos, tão singulares, tão bem construídos mas ao mesmo tempo poderia ser um vizinho nosso, ou a moça que passa na frente da nossa casa. Lendo Gabriela me senti parte da história, de cada canto de Ilhéus. E falando na história, o quão atual é Gabriela! A corrupção, o machismo, como as mulheres eram e são até hoje duramente tratadas, como a política é conduzida e controlada pelas mãos dos mais poderosos...

Quanto à própria Gabriela... que mulher. A simplicidade da história reflete na simplicidade dela. O jeito manso dela falar - eu lia suas falar e escutava o sotaque baiano na cabeça, com toda sua regionalidade e variações - como ela buscava felicidade apesar das dificuldades da vida e como ela encantava. Há algo de muito simbólico sobre ela e Nacib terminarem do jeito que começaram: não mais casados, mas juntos.

Talvez o que eu mais ame na Literatura Nacional é como é tão fácil a gente se enxergar nela: nas histórias, nos eventos, nos personagens, nos hábitos, nas gírias, afinal, a Literatura Nacional existe para refletir o povo brasileiro... mesmo que eu seja do Rio e Gabriela se passe na Bahia, eu me senti tão parte da história quanto eu me sinto lendo um conto machadiano que possa se passar próximo onde moro.

Por último queria deixar um salve a Jorge Amado, por ser um mestre da nossa literatura, por ter como compromisso retratar tão fielmente a nossa gente, o nosso país, nosso jeito e, claro, nossos defeitos. Recomendaria a qualquer leitor que queira entender melhor a situação atual do nosso país pela literatura e porque certas ações não deveriam ser cometidas novamente... recomendaria também a quem deseja uma viagem no tempo e espaço, bem como uma leitura sossegada, mas cheia de ações e personagens ricos. Enfim, a todos que as vezes sentem a necessidade de se enxergar pelo menos um pouco ou se sentir representado através da escrita.
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04/11/2018

Livro bom!!
Gente! Gabriela, Cravo e Canela foi a leitura de junho pro Projeto 12 clássicos nacionais para 2018. Foi meu primeiro contato com Jorge Amado e já confesso que ADOREI!
Gabriela, Cravo e Canela é um livro de 1958 (ano de nascimento da minha mãe) que vai nos contar o romance de Gabriela e Nacib.
continue lendo no blog:



site: https://adeliadanielablog.blogspot.com/2018/10/gabriela-cravo-e-canela-jorge-amado.html
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Sheila 03/07/2018

Surpresa na literatura clássica
Eu não gosto da nossa literatura clássica, mas, mesmo não gostando esse livro de fato é ótimo, você consegue sentir os personagens, se imaginar na Ilhéus de 1925. A trama tem romance, ação e comédia (um humor meio negro, mas não deixa de arrancar algumas risadinhas). A escrita não é difícil como geralmente vemos na literatura clássica nacional, apesar de eu ter demorado para lê-lo eu dei pausas grandes por conta de vários compromissos por isso a demora. Eu acho que pela irreverencia e proximidade da escrita do Jorge Amado com a literatura moderna ele não consta nas listas dos livros de vestibulares, uma pena, porque teria adorado lê-lo na época do vestibular ao invés de "A Moreninha".
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Mr. Jonas 09/02/2018

Gabriela Cravo e Canela
A história de Gabriela, cravo e canela se passa em Ilhéus, na década de 20, período em que a cidade era rica devido à exploração do cacau, e ansiava progressos e desvendava a noite litorânea em meio a bares e bordéis. O livro conta a história de amor, que desafia os costumes da sociedade da época, entre a sertaneja Gabriela e o árabe Nacib.

Tudo teve início quando o fazendeiro Jesuíno Mendonça, não sendo homem que aceitasse traição, matou sua esposa e o cirurgião-dentista, moço recém-chegado à cidade. O árabe Nacib é dono de um bar e por mais que esteja envolvido com a notícia precisa focar em seus interesses, pois sua cozinheira, Filomena, foi embora morar com o filho, às vésperas de um jantar muito importante.

Nacib acaba encontrando Gabriela, uma retirante que chegava à cidade em busca de melhores condições, e a emprega como nova cozinheira. Sem ter certeza dos dotes culinários da moça, o árabe fica meio desconfiado, mas se arrisca e a leva para o bar, então logo é surpreendido com as qualidades de Gabriela que ultrapassam as habilidades gastronômicas.

A beleza, sensualidade, simplicidade e espontaneidade de Gabriela são capazes de despertar fascínio em todos que se aproximam dela. A obra é rica em ciúme, traição, rompimento e reviravolta que permeiam a paixão ardente ente Nacib e Gabriela.

Na década de 1920, o cacau vive um período de ?ouro? em Ilhéus e é possível perceber as mudanças sociais que ocorrem na Bahia, fato que inclui a abertura do porto para os grandes navios, fato que levou o carioca Mundinho Falcão à ascensão e os coronéis ao declínio, igual Ramiro Bastos.

Gabriela é a personificação das transformações que ocorreram em uma sociedade patriarcal, arcaica e autoritária que foi afetada pela renovação cultural, política e econômica.
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Vinícius 27/01/2018

Ótimo!
A narrativa deliciosa de Jorge Amado, aliada à perfeita descrição dos usos e costumes do local e da época fazem dessa obra leitura obrigatória para aqueles que querem conhecer esse excelente autor. Por mais que seja uma história razoavelmente conhecida devido às versões televisivas, nada supera a leitura do livro: Os desafios da prosperidade em uma terra comandada por coronéis tradicionais, a infidelidade e maus tratos às mulheres, os retirantes, os desmandos e atrasos da política. Narra o Brasil de quase um século atrás que tanto mudou, mas que ainda carrega muitos dos bons e maus costumes daquela época.
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Celso 31/10/2017

Ótima surpresa
Comprei esse livro porque já tinha visto a novela na versão de 1975, foi uma ótima surpresa porque a novela dá muita enfase ao romance entre Gabriela e Nacib.
O livro aborda outras questões como a história de Ilhéus, o comércio de Cacau, o corenelismo da região, é bem interessante, um romance que prende o leitor.
Paolo.Frota 21/01/2018minha estante
Assisti ao filme com a Sônia Braga. Tenho curiosidade em ler o livro.




Ana Letícia Brunelli 29/09/2017

Definitivamente, ''Romance Histórico'' é meu gênero favorito! Adoro histórias como essas que, apesar de terem personagens fictícios, representam um lugar, uma época, costumes e acontecimentos reais. ''Gabriela, Cravo e Canela'' resgata o auge da região cacaueira do sul da Bahia, em meados da secunda década do século 20, após as lutas pela posse das terras. Época de grandes transformações, do crescimento e do progresso da cidade de Ilhéus e seus arredores, e da lenta evolução dos costumes e hábitos da sociedade.
É a primeira obra de Jorge Amado que eu leio, o que faz parte do meu projeto pessoal de ler os grandes nomes da literatura brasileira, e creio já ter sido o suficiente para entender por que esse autor é tão aclamado na literatura nacional, e querer ler todo o restante de sua obra! Com um texto claro e cativante, ele consegue fazer uma descrição deliciosamente cômica e crítica da sociedade da época. Essa é uma das características que mais aprecio em um escritor, e Jorge Amado sabe faze-la com maestria.
Há uma profusão de personagens, histórias e passagens, que de início achei até difícil lembrar de tudo. Mas com o decorrer do texto, e com o encadeamento que o autor faz dos mesmos, passei a me sentir completamente ambientada com a história, saboreando cada personagem, tão bem construídos e trabalhados pelo autor, autênticos representantes daquela sociedade.
A personagem Gabriela nos mostra como a vida pode ser simples e bela. Autêntica, livre das amarras da sociedade e de sapatos que lhe apertavam os pés, ela representa o grito de liberdade das mulheres daquela época, e de tantos homens e mulheres que até hoje se submetem a padrões de comportamento que não lhe trazem uma felicidade verdadeira, e sim apenas a ilusão de se sentirem pertencentes e aceitos pelo grupo.
Uma história que fala das mudanças de costumes, de novos comportamentos e posicionamentos trazidos pelas novas gerações, e principalmente por aqueles que tiveram a coragem de serem autênticos, de seguirem seus corações, rompendo as antigas leis.

''Ela tem qualquer coisa que ninguém tem. (...) Creio que é essa força que faz as revoluções, que promove as descobertas. Pra mim, não há nada de que eu goste tanto como de ver Gabriela no meio de um bocado de gente. Sabe no que penso? Numa flor de jardim, verdadeira, exalando perfume, no meio de um bocado de flores de papel...''
Fernanda DCM 04/10/2017minha estante
ótima resenha! que bom que gostou do livro! é realmente delicioso lê-lo!




Esther Zambotti 05/07/2017

Gabriela vive
Maravilhoso retrato histórico da sociedade ilheense e da zona cacaueira do litoral brasileiro. Amado retrata sem pudores o atraso moral ser rompido conforme o progresso econômico e político toma conta da região. O renascimento de Nacib e de seu romance com Gabriela comprova essa libertação dos valores de uma sociedade coronelista e de falsa moralidade perante à miscigenação cultural.
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