Gabriela, Cravo e Canela

Gabriela, Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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Dominique.Auler 26/12/2019

Gabriela, Cravo e Canela não é apenas sobre Gabriela. A moça é apenas o meio que Jorge Amado usa para ilustrar a essência do que se passa na cidade de Ilhéus na época. De fato, a cidade é apresentada em detalhes no começo do livro, na prosa floreada do autor, enquanto a personagem titular aparece apenas após um quarto do livro.
O romance se passa numa época turbulenta para a cidade, em que o progresso começa a chegar numa terra ainda dominada pelo coronelismo dos fazendeiros. Essa dualidade não fica apenas na política mas é mostrada também em todos os aspectos do enredo. Principalmente, como na situação do relacionamento de Gabriela e Nacib, na posição das mulheres na sociedade local e a relação entre sujeição e libertação feminina.
Após tanto ouvir sobre a facilidade de se envolver com as personagens de Jorge Amado, me surpreendi ao achar difícil gostar de qualquer pessoa de Ilhéus. A própria Gabriela, famosamente sedutora, me parece tirar muito dessa atração de sua infantilidade, o que me deixou de certa forma desconfortável.
A personagem à qual mais me afeiçoei foi Malvina, que decide por si só afastar-se da cidade atrasada de Ilhéus. Talvez por minhas próprias experiências com cidades interioranas.

De forma geral, as tramas são bem desenvolvidas e os temas bem trabalhados. A cidade ganha uma caracterização difícil de alcançar, tornando-se familiar ao leitor.
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Bianca.Schunemann 26/11/2019

O livro, por meio da escrita democrática de Jorge Amado, retrata de forma primorosa a cultura e a política da Bahia da época e nos apresenta a personagens incríveis.
A personagem de Gabriela, em especial, é tão linda quanto "selvagem", na melhor acepção da palavra: livre, apaixonada, intuitiva.
O desfecho do romance de Gabriela com Nacib é também bastante interessante, e, em alguma medida, surpreendente.
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Dani 02/11/2019

Talentoso
Gabriela, com cheiro de cravo e da cor da canela, é uma verdadeira mulher livre, apaixonante, desapegada. Livre como uma flor que se colocada no jarro, apodrece. Precisar ser flor, precisar ser Gabriela.
Chamo a atenção do futuro leitor que irá se deparar com histórias de paixão, que não se iludam. Que aprendam com Gabriela, a imitem assim como Nacib o fez. Verão que a vida dele e deles melhoraram. E foi melhor assim. Uma história de amor, que soube dosar a quantidade desse amor. Porque tudo demais é sobra. Ou vocês acham que o tempero de Gabriela não era equilibrado? E por isso delicioso? Assim como a dona.
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28/10/2019

Gabriela cravo e canela
AVENTURAS E DESVENTURAS DE UM BOM BRASILEIRO (NASCIDO NA SÍRIA)
NA CIDADE DE ILHÉUS, EM 1925, QUANDO FLORESCIA O CACAU E IMPERAVA O PROGRESSO COM AMORES, ASSASSINATOS, BANQUETES, PRESÉPIOS, HISTÓRIAS VARIADAS PARA TODOS OS GOSTOS, UM REMOTO PASSADO GLORIOSO DE NOBRES SOBERBOS E SALAFRÁRIOS UM RECENTE PASSADO DE FAZENDEIROS RICOS E AFAMADOS JAGUNÇOS, COM SOLIDÃO E SUSPIROS, DESEJO, VINGANÇA, ÓDIO, COM CHUVAS E SOL E COM LUAR, LEIS INFLEXIVEIS, MANOBRAS POLÍTICAS, O APAIXONANTE
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Camila1856 03/10/2019

Encantador!
Em meados da década de 20, Gabriela uma retirante do sertão se refugia em Ilhéus fugida da grande seca. Ela vai trabalhar como cozinheira no bar Vesúvio do sírio Nacib, se apaixonam e se casam. Acontece que Gabriela é uma mulher simples, que gosta de andar de pés no chão, deitar com quem sentir vontade, rir alto e agora se vê presa a um casamento machista de acordo aos moldes da época. Muitas histórias se entrelaçam, personagens diversos, coronéis, fazendeiros, poetas, donas de casa. O contexto da época e costumes são retratados de forma deliciosa, poética e engraçada. Impossível não gostar!
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Mario Miranda 02/10/2019

Gabriela Cravo e Canela foi a obra que consagrou Jorge Amado, ao menos financeiramente. Obra de enorme sucesso, transformada em Novela e Série, trabalhos que tornou famoso o relacionamento do árabe Nacib com a sertaneja Gabriela.

Em uma Ilhéus já desenvolvida, a obra tem este relacionamento como ingrediente em um livro que discorre muito mais sobre questões do antagonismo político do carioca Mundinho Falcão e o fazendeiro Ramiro Bastos, bem como o embate entre a modernidade (aqui representada por Mundinho) e o conservador (na figura de Ramiro). Ler Gabriela Cravo e Canela apenas da ótica do romance de Nacib e Gabriela é perder toda uma riqueza de discussões sociais e políticas da obra.

Gabriela não é apenas uma mulher, tampouco uma mulher inocente ou que acaba por trair o seu marido. Gabriela é a liberdade encarnada, ao contrário de uma inocência que beira uma falha psicológica, é uma vanguardista que se liberta de preceitos, preconceitos e todo um rol de espectros culturais que permeiam a vida feminina naquela Ilhéus de Jorge Amado.

Gabriela Cravo e Canela não é uma ilha literária na vasta obra de Amado. Ao contrário, é um fechamento de uma trilogia não-formal que inicia-se com Terras do Sem Fim (livro que aborda o início da formação cacaueira em Ilhéus), São Jorge dos Ilhéus (o embate entre o cacaueiro tradicional e os exportadores), terminando em Gabriela (onde finalmente o fazendeiro tradicional é relegado ao segundo plano). Mundinho Falcão é o símbolo do triunfo capitalista em uma região onde, até então, dominavam aspectos arcaicos de relações econômicas.

Jorge Amado inicia a abordagem Cacaueira já em seu segundo livro, Cacau, vendo a produção sob a ótica da mão de obra. Em Terras do Sem Fim, seus olhos estão voltados para os Coronéis Fazendeiros. Por fim, em Gabriela, sua análise volta-se para a sociedade não diretamente ligada a produção do Cacau: comerciantes, exportadores, profissionais liberais.

Gabriela Cravo e Canela não é apenas o início das obras mais famosas de Jorge Amado; ao contrário, é a conclusão de uma série de livros discutindo o Cacau – e o desenvolvimento – da região de Ilhéus.


site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/?hl=pt-br
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lolo 02/08/2019

Gabriela, cravo e canela (Jorge Amado, 1958)
No início do livro estranhei a falta de Gabriela e de um romance, para até o final do livro perceber que o livro é muito, mas muito mais que isso.
Realmente o livro é cheio de personagens e um mais intenso que o outro, com muitas histórias paralelas e mais personagens novos o tempo todo, mas vale a pena prestar atenção e conhecer cada um deles e entender a história como um todo. Gabriela, cravo e canela não foi só minha primeira experiência com o autor como também foi o primeiro livro nacional que eu li com gosto (sem ter sido obrigada por algum trabalho). Acompanhar a população de Ilhéus em 1925 foi de extrema importância e um tanto quanto chocante. Não tem como não se surpreender ao constatar que a evolução de qual tanto citam ainda está incompleta quase 100 anos depois.
Gabriela pode ser interpretado como um romance leve para se ler no sábado a tarde assim como pode ser necessário que você sente e preste atenção para entender a importância da obra, e isso me fez entender a importância de Jorge Amado e me fez querer ler todos os títulos do autor.
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Leonardo 31/07/2019

Maravilhoso! Agora me sinto (aqui do Rio Grande do Sul) um pouco baiano! rs
Como qualquer um (mesmo dentre os que não costumam ler os livros do autor) eu conhecia Jorge Amado. Por meio das novelas da Globo eu tinha lembranças vagas das obras dele. No meu imaginário (e de muitos que não o leram ou nem viram as adaptações televisivas de suas obras) as histórias de Jorge Amado são permeadas de sensualidade. Já tinha ouvido falar que era uma literatura simples. Bem, vamos por partes. Ao terminar de ler o livro Gabriela, percebi que este livro é permeado, sim, de sensualidade (no entanto, sem ser vulgar), mas também percebi que ele é muito mais do que isso. Por meio do livro compreendemos como é que funcionava as estruturas de poder que mantinham Ilhéus refém das mãos dominadoras dos coronéis e seus jagunços. Compreendemos como esse poder (assentado no domínio da terra e nos frutos de ouro que dela emanavam, o cacau) se formou. Esse poder se formou à base de violência, à base de bala. Compreendemos, através do livro, que esses coronéis administravam a terra de uma forma a segurar que seu status quo não fosse afetado. Mudavam as coisas só no seu aspecto superficial. Faziam um jardim aqui, uma praça ali. Mas Ilhéus demandava, dado o seu crescimento econômico, investimentos em sua estrutura. O principal investimento seria possibilitar que o porto de Ilhéus escoasse diretamente a produção de cacau. Agindo assim, evitava-se o escoamento da produção por meio de outro porto não localizado em Ilhéus (essa intermediação acarretava impostos a serem pagos pelos donos do cacau de Ilhéus). Os coronéis, no entanto, não estavam interessados nessa mudança, pois ela acarretava outras mudanças que tornariam Ilhéus mais desenvolvida (e isso poderia ameaçar o poder deles, o poder dos coronéis). Havia todo um jogo político. Os representantes dos coronéis junto ao poder executivo estadual e junto ao poder legislativo federal só estavam a serviço da manutenção do poder dos coronéis nessas esferas de poder. Por meio desses poderes, eles (representantes políticos dos coronéis) mantinham o domínio dos coronéis em Ilhéus. O livro abarca outros aspectos... ele trata das relações de domínio que os homens tinham sobre as suas esposas e amantes. Nessa terra a honra de um marido traído era lavada somente com sangue. Essa era uma lei não escrita, mas poderosa e incontestável. Em Ilhéus, daquela época, os homens tinham todas as liberdades (bebidas, cabarés, esposas, amantes, jogatina, seus negócios, os jogos de poder político). Ser homem era se lançar a esses vícios, prazeres e responsabilidades. Às mulheres cabia a educação suficiente para que soubessem ler, escrever, fazer contas, bordar e tocar alguma coisa no piano. Depois de devidamente "preparadas", o que lhes restava era fazerem filhos, fazerem uma boa figura social como boas esposas e serem propriedade de seus maridos. Mas dois personagens trazem à Ilhéus ventos de mudança: Gabriela e Mundinho Falcão. Mundinho representava a nova política, representava o fim da era de violência dos coronéis. Mundinho tinha como principal plataforma política a construção do porto de Ilhéus (porto tido pelos coronéis, convenientemente, como de inviável construção técnica). Mundinho, antes de tudo, era um administrador (e não um politiqueiro que tinha prazer em deter o poder). Mundinho veio para dar autonomia política de Ilhéus ante o governo do Estado da Bahia. Mundinho, diferentemente dos coronéis, buscava os interesses políticos de Ilhéus (e não seus próprios interesses). Gabriela, por sua vez, veio para encantar a todos (menos às carolas solteironas fofoqueiras da vida alheia e às esposas ciumentas dos "bons" homens de Ilhéus). Quem não gostava de Gabriela invejava, na verdade, a sua beleza, a sua liberdade e o seu sorriso fácil. Gabriela era uma criança em corpo de mulher. Era um animalzinho a não se deixar ser preso em uma gaiola de ouro como as demais. Bom, ela não se deixou ser presa por meio de inúmeras propostas de cunho financeiro de muitos admiradores, mas... mais por amizade, do que amor (Gabriela, na verdade, tinha um jeito diferente de amar) Gabriela se deixou ser presa por um certo tempo. No entanto, como bem disse um velho amigo do árabe Nacib (futuro e malsucedido esposo de Gabriela), há flores que não se prendem a um vaso (quando ocorre isso elas murcham). Gabriela e Mundinho! Duas revoluções em Ilhéus! Revolução econômica e de costumes. Dois forasteiros que vieram para sacudir a cidade. Leia o livro e você verá. Jorge Amado, com Gabriela, concebeu uma história de alta qualidade literária. História prazerosa. Uma história com cheiros e cores (cravo e canela). Uma história com deliciosos pratos regionais (ainda quero experimentar esse gostinho da Bahia, do Nordeste). Pretendo ler outros livros do autor (Tieta e Dona Flor e Seus Dois Maridos). De fato, Gabriela é um livro simples... simplesmente genial!
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Daniel.Oliveira 26/07/2019

Achei o enredo fraco,gostei da narração,achei as tramas paralelas mais interessantes que a de Gabriela e Nacib.
Basicamente o que aprendi com o livro,e que devemos agradecer pelo que temos,porque apode haver pessoas que nem tenham o que temos,Gabriela só queria ter um lugar onde comesse e dormisse após fugir da seca do nordeste.Achei o enredo fraco e lento.Basicamente,e sobre a paixão entre a retirante Gabriela e o coronel Nacib,que a contrata como cozinheira,após a prostituta Filomena abandonar o coronel para visitar o filho em Água Preta,aborda o ciclo do cacau,se passa em Ilhéus.O cabaré Bataclan,pertencente a prostituta/cafetina Maria Machadão,o bar de Nacib e o povoado de Ilhéus é o cenário onde se passa o livro.Enfim,curti o livro,mas não está entre os meus preferidos de Amado,por conta de não me identificar com nenhum personagem,apesar de até gostar de alguns.

site: http://Mandaaresenha.blogspot.com
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Hellen 20/07/2019

maravilhoso
Confesso que fui iludida pela novela do Walcyr Carrasco, apesar de ser um tanto diferente do que eu esperava ainda é sensacional. Obrigada, Jorge Amado por essa obra incrível!
Mayza7 20/07/2019minha estante
Quero mto ler!


Hellen 20/07/2019minha estante
Eu recomendo muito, é uma leitura gostosa e fácil!




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Antonio Maluco 03/07/2019

Política
O livro não mostra só romance e sim a política bahiana
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Santos 31/05/2019

Apaixonada por este livro


Super indico este livro maravilhoso
Uma literatura clássica brasileira, melhor livro que já li, é muito difícil conseguir parar de ler, a narrativa da obra é muito envolvente já li duas vezes rsrs.
Uma crônica cheia de Paixões, ciúmes, traições e vinganças, envolvendo coronéis poderosos e mulheres sensuais e atraentes.
A história tem como personagem principal Gabriela e se passa na região de Ilhéus Bahia, em meio a década 20 do século XX. Durante este período, a cidade era conhecida por sua riqueza, por conta da grande exploração de cacau, que nessa época passava por uma grande fase de ouro, com isso atraiu muitos retirantes, Imigrantes e turistas, iniciando uma guerra entre poderes e política.Nesse mesmo período a região era conhecida por sua noite litorânea, com uma orla repleta de bordéis e bares em geral.
A crônica tem como base Uma Linda História de Amor, que na época foi relacionada como uma quebra de padrão, Desafiando os costumes e tradições da sociedade na época.
Gabriela é uma moça bela, atraente Alegre e atrevida, uma simples retirante que vai para Ilhéus no intuito de garantir uma vida melhor e digna, por conta da sua alegria contagiante logo encontra uma oferta de trabalho, e daí em diante sua vida toma um rumo diferente do esperado.

#quote ''Sua mão tocou a mão de Gabriela, ela riu: – Mão mais fria…

Ele não pôde mais, segurou-lhe o braço, a outra procurou o seio crescendo ao luar. Ela o puxou pra si: – Moço bonito…

O perfume de cravo enchia o quarto, um calor vinha do corpo de Gabriela, envolvia Nacib, queimava-lhe a pele, o luar morria na cama. Num sussuro entre beijos, a voz de Gabriela agonizava: – Moço bonito…”
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AndrA.BrandAo 22/04/2019

li para o vestibular da uesc. geovani leu e se mostrou animado no período
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