Gabriela, Cravo e Canela

Gabriela, Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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Ana Luíza 24/07/2015

Amado Jorge
Jorge Amado não decepciona.
História maravilhosa e rica, com críticas claras à sociedade conservadora e falsa moralista da época. Após terminar, já fiquei com saudades da cidade de Ilhéus dos anos vinte.
Lutas políticas numa terra que o coronelismo ainda se mantém vivo e firme, tratamentos feudais em relação às mulheres, romances tímidos e ousados, a chegada do progresso e da modernidade numa cidade baiana que crescia com a venda do cacau. Isso resume o enredo envolvente desse livro.
É impossível não gostar de Gabriela, personagem cativante que nomeia a obra. Tão alegre, tão livre, tão Gabriela. A construção das demais personagens é igualmente perfeita. Os homens cidadãos de Ilhéus, frequentadores do famoso Bar do Nacib, tão parecidos e ao mesmo tempo tão diferentes, cada qual com seu senso de masculinidade, opiniões políticas, ideológicas.
As personagens femininas, também incríveis, possuem maiores diferenças umas entre outras, porque afinal, há a separação já determinada pela sociedade ilheense entre as "promíscuas" e "boas moças". Destaque principal para Malvina, uma personagem não tão presente, mas que teve significância muito importante, dona de uma personalidade forte e contestadora na época que mulheres eram obrigadas a calar e consentir.
Enfim, nem todas as palavras conseguiriam descrever a lindeza que é Gabriela, cravo e canela. Já se tornou um dos meus livros favoritos.


site: enfeitandomingos.wordpress.com
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Layla.Ribeiro 12/07/2015

Conta a historia de Ilheus nos anos 20 , graças ao cacau se tornou em uma das cidades mais importante da Bahia, porém Ilheus precisava progredir com as outras grandes cidades brasileiras, sendo que em Ilheus vivia sob o voto do cabresto os coroneis mandavam e desmandavam, as mulheres eram vistas como escravas do lar e sexuais na qual os homens tinha todos os direitos sobre elas, era um dos poucos lugares na qual a "justiça" se fazia com derramamento de sangue, entao o livro vai mostrar como esse Ilheus antigo reagia ao progresso, as inovaçoes do mundo moderno, como cinemas ou modo de vida, nele se passa a disputa polituca de Mundinho Falcao nascido no RJ e que quer trazer o progresso para a rica Ilheus e o coronel que mandava ha 20 anos Ramiro Bastos que represntava os velhos costumes de Ilheus e claro sobre o romance da sertaneja Gabriela e o arabe Nacib , romance esse na qual não me chamou muita atençao, apenas o fato da representaçao da Gabriela, uma moça que quebra os velhos conceitos da sociedade da epoca por sua humildade e seu jeito de pensar, pessoa de pensamento livre no que por exemplo o sexo para ela era algo normal da mesma forma que os homens iam ao Bataclan , maior prostibulo da epoca se deitar com outras mulheres, ela tambem acha que as mulheres poderiam afinal, para ela era so algo comum, voltando ao livro, primeira vez que leio Jorge Amado a leitura é gostosa so no começo achei um pouco chato, mas as confusoes da politica de ilheus gostei bastante e dou credito aos personagens secundarios que foram os que eu mais gostei do que os principais e Amado consegue nos mostrar a sua critica a sociedade hipócrita de Ilheus e achei otimo quem sabe trabalhar com meus alunos a politica de coroneis porque Amado explica de uma forma tão boa de entender, gostei muito do livro, o inicio é chato mesmo, mas façam um esforcinho para continuar que depois fica muito divertido, mas como a historia principal, o romance não me envolveu tanto como imaginei.
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Thalita 26/06/2015

"Gabriela, Cravo e Canela", de Jorge Amado
1. "Gabriela, Cravo e Canela", publicado em 1958, é o primeiro romance escrito por Jorge Amado após este deixar o partido comunista brasileiro e se isolar politicamente pela esquerda e o primeiro onde ele atenua o conteúdo político, muito presente em seus romances anteriores, talvez devido a essa ruptura política.

2. Jorge Amado nasceu em Itabuna (Bahia), em 1912, no entanto, logo cedo foi para Ilhéus (Bahia), cidade onde passou a infância e aprendeu as primeiras letras. Estudou o secundário em Salvador (Bahia) - cidade que ele chamava de Bahia -, e após, estudou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Foi o quinto ocupante da Cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras (ABL), na sucessão de Otávio Mangabeira, eleito em 1961. Dizem as boas e más línguas que "Gabriela, Cravo e Canela" contribuiu imensamente para que o mesmo fosse eleito para a ABL. De todo modo, o conjunto de sua obra literária nos demonstra o motivo de tal confiança dos acadêmicos.

3. "Gabriela, Cravo e Canela" faz parte da segunda fase do modernismo brasileiro, conhecida também como "Prosa dos 30". Nessa fase, o romance acaba servindo como denúncia para os problemas sociais e políticos nos quais o Brasil enfrentava nas décadas de 1930 e 1940. Os novos realistas ou regionalistas focavam principalmente no povo nordestino, seus problemas com a seca, a migração, a miséria e a baixa (ou melhor, nenhuma) escolaridade. Jorge Amado, assim com Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Rachel de Queiros, entre outros enriqueceram essa época com seus romances em prosa.

4. Com esse livro, Jorge Amado inaugura uma nova fase que aborda também as mulheres como centro da narrativa, como mito sexual e como agentes do próprio desejo. Além de "Gabriela, Cravo e Canela", encontramos tal característica em "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (1966), "Teresa Batista cansada de guerra" (1972) e "Tieta do Agreste" (1977).

5. A narrativa ocorre em terceira pessoa (narrador onisciente, que tudo sabe e que tudo vê) e se passa em Ilhéus, entre 1925-1926, época dos coronéis e também da riqueza do cacau. O livro se divide em suas partes e, em cada parte, se subdivide em dois capítulos. Podemos perceber que cada capítulo é intitulado com o nome de uma mulher (Ofenísia, Glória, Malvina e Gabriela), mulheres essas malvistas pela sociedade hipócrita ilheense, mas que emanam um poder feminino capaz de enfrentar qualquer um. O que significa que Jorge Amado quis dar destaque à sensualidade dessas mulheres, às suas histórias e ao seu próprio desejo.

6. Ilhéus vive em plena transformação. E acompanhamos o início dessa transformação e o choque entre os antigos e velhos costumes nesse livro. Há quem diga que Jorge Amado exagerou um pouco, no entanto, exagerando ou não, percebemos que sua intenção maior era mostrar o choque da sociedade e sua hipocrisia diante dessas grandes transformações. Um dos principais personagens do enredo, Mundinho Falcão, desembarca em Ilhéus, oriundo do Rio de Janeiro, fugindo de seu grande amor, e junto com ele traz a modernidade e a prosperidade para a cidade. Um de seus principais feitos é a dragagem do antigo porto de Ilhéus, que realmente ocorreu, no entanto, no ano de 1924. Tal obra será o pano de fundo de toda a história e um dos principais motivos de disputa política entre o próprio Mundinho Falcão e o coronel Ramiro Bastos, até então a única personalidade política na cidade.

7. Acompanhamos na narrativa toda a preparação da disputa política que ocorreria em 1926, o voto de cabresto, a violência utilizada, o orgulho dos coronéis, o abuso de poder. No entanto, ao mesmo tempo que vemos essas práticas, percebemos que o progresso na cidade também traz mudanças de concepções políticas. Essa contradição, esse antagonismo, no qual a cidade é espectadora e ao mesmo tempo parte, é muito interessante.

8. Não obstante, "Gabriela, Cravo e Canela" é também - e, principalmente - , uma história de amor. Amor entre o sírio Nacib e a formosa Gabriela. Gabriela, que acaba trabalhando na casa do seu Nacib, se mostra não apenas uma excelente cozinheira de comida nordestina e apimentada, mas também sedutora e inocente. De espírito livre e rústico, Gabriela encanta todos os homens da cidade e desperta o ciúme de seu Nacib. Este se decide casar com Gabriela, no entanto, vemos que nem todas as flores foram feitas para viverem nos vasos, como o próprio amigo de seu Nacib, João Fulgêncio, aconselhou ao amigo. O casamento acaba, mas o amor e desejo entre os dois, não. Gabriela está alheia a todas as convenções sociais, sendo apenas uma cozinheira, não se interessando pelas formalidades sociais e nem pelos sapatos apertados que é obrigada a usar. Uma curiosidade interessante: Gabriela foi inspirada numa pessoa, a cozinheira Maria de Lourdes do Carmo, esposa do libanês Emilio Maron, que também tinha um "Bar Vesúvio". Mas o próprio libanês chegou a declarar que sua mulher foi vítima de uma injustiça, pois ela não poderia ter sido modelo para a mulata, pois "Maria de Lourdes tinha um comportamento honrado, enquanto Gabriela...".

9. Ao mesmo tempo, e apesar do livro apresentar essas duas vertentes (progresso de Ilhéus e amor entre Nacib e Gabriela), acompanhamos histórias paralelas que, direta e indiretamente, são fruto direto do choque entre o passado e o novo. Vemos Sinhazinha e Dr. Osmundo serem mortos pelo coronel Jesuíno Mendonça, que os flagrou no ato da traição. Toda a sociedade o apoiando, pois "mulher que traí merece morrer", mas pelas costas, sentindo pena do destino da coitada da Sinhazinha, que sofria nas mãos do marido. Reflexo do machismo da sociedade e da própria hipocrisia decorrente desse machismo. O final do livro é espetacular, pois mostra a transformação da sociedade e como esses preconceitos vão sendo deixados de lado pela modernidade.

10. "Gabriela, Cravo e Canela" é o livro de Jorge Amado com maior número de traduções, fazendo dele o escritor brasileiro mais conhecido no mundo, depois de Paulo Coelho. Aliás, com esse livro, o escritor no Brasil recebeu o prêmio Machado de Assis e Jabuti, além de ter sido adaptado para o cinema e televisão inúmeras vezes, passando por vários países.

11. Para quem é fã da produção nacional, esse livro é obra obrigatória. A leitura é fácil e apesar de algumas palavras fugirem do nosso cotidiano, foi fácil entender o contexto Não é à toa que está na lista dos "100 Livros Essenciais da Literatura Brasileira", da Revista Bravo. Sinceramente, nunca tinha lido nenhuma obra dele. Por preconceito e por falta de oportunidade. Engraçado - e triste! - o preconceito que alguns de nós, brasileiros, temos com a própria produção nacional. Mas é isso, que bom que mudei totalmente de opinião sobre Jorge Amado! Hahaha!

E você, o que achou?

Beijos e boa leitura! ;*

site: http://thalitalindoso.blogspot.com.br/2015/06/gabriela-cravo-e-canela-de-jorge-amado.html
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Allana 15/06/2015

A historia se passou em 1925 , em Ilheus . Na primeira parte trata-se de Mundinho Falção que queria muito desenvolver aquela cidade . E o grande drama de Nacib pois ao saber que sua cozinheira iri embora se desesperou , pois tinha um jantar para fazer para 30 pessoas e não tinha como , assim ao cansar de procurar alguem ele vai ao mercado de escravos onde encontra Gabriela uma retirante que planejava se estabelecer naquela cidade . Entre isso , existe um assassinato onde Gloria e seu amante são mortos na Orla . Porém mesmo com todo o furdunço na cidade Gabriela continua a fazer o jantar de comemoração , após o jantar e saber que Mundinho Falção e Bastos (sua oposição) se unem e que agora teria mais paz naquela cidade , Nacib decide ir entregar um presente de agradecimento para Gabriela , onde ali eles tem a sua primeira noite de amor . Na politica a votação estava bastante acirrada, onde Bastos queria ate queimar as coisas de Mundinho que tinha nos jornais , porém com a chegada do engenheiro ele ganha bastante cartaz na cidade só que o engenheiro após ter tido um caso com Malvina foge e Mundinho entra em desvantagem novamente .. Enquanto isso Nacid desenvolveu um caso com Gabriela , porém vive atacado de ciumes , pois todos a desejam, Ai eles se casam . Apos Ramiro Bastos tentar seu oponente , e jugir com ajuda de Gabriela , Mundinho e seus aliados ganham a eleição . Já Nacib sofre por Gabriela sofrer com o fato de ser a sua esposa e não se adaptar com a vida de senhora da sociedade , onde ela acaba indo parar na cama com seu padrinho de casamento o Tonico Bastos , onde Nacib pegam eles dois e acaba cancelando o casamento e Gabriela sai de casa, onde Tonico e ela assumem seu caso perante a sociedade . Enquanto isso o grande julgamento do coronel traido que comeu os assassinatos , onde o mesmo foi condenado .
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Diego 14/06/2015

O livro escrito por Jorge Amado retrata um romance entre o comerciante Nacib e a pobre sertaneja Gabriela.
A historia se passa em Ilhéus, cidade do cacau na qual era centralizada na cultura e nos costumes. Nacib era um importante comerciantes rico de Ilhéus, e estava passando por uma certa dificuldade, pois sua cozinheira Filomena havia o deixado por problemas pessoais, e Nacib estava a procura de uma nova cozinheira, na qual a encontrou no mercado de escravo. Lá ele encontrou Gabriela um amoça simples, pobre e aparentemente muito suja mais de uma beleza incomparável. De inicio Nacib ficou em duvida se aquela moça era realmente aptá para ser sua cozinheira mas sua atração acabou levando Nacib a repensar na proposta de contrata-la e foi conversar com ela e viu o quanto ela parecia determinada para trabalhar.
Com o passar dos dias Nacib percebeu que estava sentindo um sentimento diferente por Gabriela, e passou a enxerga-la com outros olhos, Gabriela também estava correspondendo esse sentimento. Nacib então decidiu se aproximar mais de Gabriela para ter a certeza se Gabriela realmente era fiel a ele, então decidiu coloca-la para trabalhar no bar e viu o quanto ela era desejada pelo os homens da cidade.
Nacib sentia um grande ciúme de Gabriela, mas ele não conseguia esquece-la e decidiu se entregar a esse amor pedindo em casamento. Gabriela estava muito feliz com tudo que estava acontecendo com ela, por ter deixado a pobreza e por ter encontrado um homem apaixonado por ela, mas isso não impediu que Gabriela fosse desejada por homens e mal falava pela a sociedade.
Gabriela era jovem e estava se casando muito cedo e isso fez com que ela ficasse indecisa em que estava fazendo, pois sofrera muito com preconceito e assédio dos homens, isso fez com que Gabriela traísse Nacib dentro de sua própria casa. Nacib descobriu a traição de Gabriela e abandonou, mas como seu amor era grande por ela ele perdoou e voltou para seu amor.
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Dayara 14/06/2015

o livro foi escrito pelo o autor Jorge Amado que trata-se da historia de Gabriela e também de Nacib um homem bem visto na cidade de Ilhéus e alem disso ele é um dono de um bar.
a historia começa Nacib passando pela uma certa dificuldade em arrumar uma nova cozinheira, que a sua cozinheira Filomena ia se demitir por causa de motivos pessoais.
Então a partir dai ele sai atras de uma nova cozinheira, ele vai até o mercado de trabalho e encontra Gabriela, uma moça que se encontrar suja, pobre e simples mas de uma grande beleza, mas Nacib fica duvida se ia levar ela ou não, mas naquela hora sentiu uma grande atração por Gabriela e decidiu levar ela para sua cozinha. Mas depois de alguns dias Nacib começou a sentir outros sentimentos por Gabriela, a partir dai ele colocou Gabriela no bar mas ele percebeu que ela era muito desejada pelos homens da cidade.
Nacib sentiu ciúmes de Gabriela mas ele cansou-se com ela, mas mesmo assim ainda era falava pela a sociedade e desejada pelos homens da cidade até que um dia, ela traiu Nacib dentro de sua própria casa. Nacib deixou ela mas a perdoou e depois voltou pra ela porque o seu amor por ela era grande.
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Amanda 10/06/2015

Gabriela Cravo e Canela
a história de Gabriela se passa em ilhéus, depois de Nacib ter um problema com sua cozinheira ele resolve procurar outra no mercado de escravos, ao chegar lá ele se encanta com Gabriela e a leva para trabalhar com ele. Os dois acabam tendo um romance e Nacib pede Gabriela em casamento. Nacib é muito criticado pela sociedade por está se casando com uma empregada, mas mesmo assim ele não se importa e casa com ela. o livro conta um romance entre os dois e também mostra a realidade e com a sociedade via a união entre pobres e ricos naquela época.
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Maíra 03/06/2015

P-E-R-F-E-I-T-O
AH, Gabriela! Que livro maravilhoso... Achava que Jorge Amado não superaria, ‘Capitães da Areia’ e voilá Gabriela ganhou meu coração!
A começar os elogios, ter a experiência de vivenciar um Brasil, da década de 20 é ler uma profusão de cultura Brasileira, muitos sons, sabores, costumes, dança, festa, sincretismo religioso. Sem se preocupar com o ‘politicamente correto’ (mesmo porque nem existia isso na época que o livro retrata) Jorge Amado descreve com maestria a vida da cidade de Ilhéus na Bahia em aproximadamente 1920 .
É interessante notar que na cidade, com fome de progresso, existiam de uma forma bem marcante velhos costumes machistas, racistas, xenofóbicos...
As etiquetas sociais carregadas de preconceito eram empregadas com naturalidade e aceita até mesmo pelas pessoas que recebiam o titulo, como ‘O Coronel’ ‘A Rapariga’ ‘A Solteirona’ ‘O Preto’ etc.
Outro ponto principal do livro, é o fator politico, a cidade estava em pleno fervor politico onde encontravam-se em partidos opostos o conservadorismo dos coronéis e a modernidade dos exportadores e ‘doutores’. Na verdade todo o livro retrata essa eterna disputa entre conservadores e vanguardistas (que dura até hoje não é mesmo?) e Gabriela vem como plano de fundo da historia da cidade de Ilhéus.
Ler sobre Gabriela é um deleite. Impossível descreve-la, sensualidade de mulherão e alma de passarinho livre. Moça simples e humilde que não espera nada da vida além de ser feliz. Conquistou toda a cidade com sua cor de canela e cheiro de cravo, com a flor atrás dos cabelos cacheados, a dançar descalça na rua e fazer babar homens ricos e poderosos de Ilheus. Ingênua dos costumes e disse-que-disse da cidade, Gabriela só quer levar sua vida da forma que à deixar mais feliz, sem luxo, nem dinheiro, nem nada que retire sua liberdade.
A construção dos personagens é perfeita, Jorge Amado dedica toda a primeira parte do Livro contando da historia de vida e da família das principais figuras da cidade, o que faz com que você se ‘apegue’, torça por eles e entenda melhor suas decisões.
Em relação ao papel feminino em geral, existia um machismo muito grande no sentido de que papel de mulher é ficar em casa, recatada e cuidando dos filhos, educação só o básico. Homem pode sair com as putas dos cabarés ( e inclusive até bancavam algumas), já se a mulher trair é morta. Entretanto é notável um certo movimento de emancipação principalmente da personagem Malvina, que desafia o pai coronel, os costumes, apanha é falada mas foge convicta em busca de uma liberdade e independência (inclusive até chorei nessa parte, pois os pensamentos dela na hora da fuga é muito bonito e retrata exatamente a quebra de valores de ‘papel de mulher’ e fiquei feliz em constatar que tudo que ela desejava e lutava naquele Brasil de 1920 é tudo que nós mulheres em 2015 temos hoje, que o feminismo apesar de conquistas lentas vem trazendo mudanças essenciais nas nossas vidas).
Enfim, é um livro maravilhoso recheado de cultura. A Literatura Brasileira de novo derrubando forninhos e me fazendo ter uma experiência incrível que recomendo a todos!!
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Cesar 13/04/2015

Gabriela cravo e canela
Gabriela, Cravo e Canela, livro de 1958 escrito por Jorge Amado, narra o romance entre Gabriela e o sírio Nacib. Nacib é dono de um bar, o bar Vesúvio, que concentra os coronéis da cidade de Ilhéus e é o ponto de encontro dos homens da cidade (junto com o cabaré Bataclan). O sírio vive dias de cão quando sua cozinheira, Filomena, decide ir embora de Ilhéus. Sua única salvação para fazer as comidas do bar são as irmãs Dos Reis, que cobram caro demais e começam a lhe trazer prejuízo. Em uma busca incensante pela cidade por cozinheira, Nacib encontra no "mercado de escravos" Gabriela, uma retirante com quase nada além de sua trouxa que chegou em Ilhéus fugindo da seca.

O pano de fundo da história entre os dois é a ascensão da produção de cacau na cidade de Ilhéus e as mudanças sociais impulsionadas pelo declínio da sociedade patriarcal dirigida pelos velhos coronéis. O livro é constituído de vários núcleos e não se limita apenas ao romance entre Gabriela e Nacib. Personagens cativantes, como a jovem revolucionária Malvina, ou intrigantes, como a luxuriosa Glória, permeiam a obra e a deixam ainda mais interessante. A partir de alguns personagens mais tradicionais, Jorge Amado descreve costumes antigos: a honra lavada com sangue, o machismo que imperava, a tecnologia que assustava e o preconceito que desde aquela época já estava cravado na sociedade brasileira.
No romance de Jorge Amado, a oposição entre modernidade e costumes tradicionais, o culto e o popular é representada, respectivamente, pelos personagens Nacib e Gabriela. Essa diferença de temporalidades históricas marca a relação entre os dois. Gabriela vive com pouco, quase nada e se julga feliz. Nacib, de vida feita, casa e comida, não encontra a felicidade de jeito nenhum, só entre o perfume de cravo e a cor de canela de Gabriela.

O livro é um primor, nunca li nada do Jorge Amado e já penso que comecei com o pé direito. Uma leitura leve e sem rodeios com uma escrita envolvente e apaixonante. Eu lia e parava, pensava e gargalhava. Livros históricos sempre me fascinaram, mas esse em especial merece um espaço destacado na minha estante. Fiquei tão encantado com o estilo do autor que na biblioteca da universidade já cuidei de emprestar Tieta do Agreste.

Por causa de tempo não deu pra assistir os episódios da minissérie, mas já baixei e estão todos no computador, cada dia que passa vou vendo mais um. O enredo principal não teve grande alteração, o que aconteceu na minissérie foi apenas a exploração de alguns núcleos que no livro são apenas citados. Uns personagens tiveram uns dramas adicionais que de acordo com alguns estudiosos não prejudicaram a obra original, pois o grande comprometimento do Jorge Amado era com as questões da atualidade, e, portanto, a série manteve o mesmo comprometimento. No entanto, tanto a obra televisiva quanto a literária possuem suas particularidades e seus sabores e ambas merecem atenção, mas ainda assim, para o livro eu deixo todo o especial destaque.

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daiane 08/04/2015

o livro Gabriela , cravo e canela conta a historia de Nacib e Gabriela que se passa em Ilhéus uma cidade que vive de costumes, Nacib começa uma busca atras de uma cozinheira pois teria que fazer um janta para varias pessoas e não tinha ninguém para o ajudar e vai a procura de uma cozinheira no mercado de escravos e encontra Gabriela de inicio ele não levou muita fé nela não pois era uma mulher mal vestida de mal aparecia, mas mesmo assi levou ela para ser sua cozinheira , chegando na casa dele ele colocou para tomar um banho e ele percebeu que ela era uma mulher atraente ,sedutora e muito bonita , então ele passa a olha-la com outros olhos e ai que começa um romance entre Gabriela e Nacib, Gabriela começa a frequenta o seu bar e ele percebe que ela e desejada por todos os homens da cidade, ela aparenta ser uma mulher inocente inexperiente mas ao mesmo tempo se mostra uma mulher ousada, Tonico basto e um amigo de Nacib ele e conhecido como o conquistador das mulheres e ele passa a cobiça Gabriela ela sem resisti aos seus encantos acaba traindo nacib com Tonico, nacib descobre a traição e termina tudo com Gabriela mas como ele precisava de uma cozinheira resolveu não demiti-la, nacib começa a percebe que Gabriela esta arrependida do que fez e resolve perdoá-la ,quebrado assim todos os costumes antigos da cidade , pois ele a amava e não conseguia viver sem ela e eles voltam a viver juntos
Lets 05/06/2017minha estante
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yara 08/04/2015

o livro narra o romance de Nacib e Gabriela,onde se passa na cidade de ilhéus uma cidade vivenciada em costumes antigos.o romance começa quando Nacib precisa de uma cozinheira e de alguém para trabalhar no seu bar é ai que Nacib vai ate o mercado de escravo e lá ele avista Gabriela uma mulher suja e mal vestida mas ele a contrata e a leva para sua casa.
Gabriela começa a trabalhar na casa de Nacib e no bar.por Gabriela ser uma mulher atraente Nacib passa a ter desejo por Gabriela e ai começa um romance entre os dois.Gabriela é uma mulher jovem que sonha em ser feliz e que vive a vida do seu jeito ignorando todos os costumes da cidade e por ela ser ousada acaba passando uma má empresao de sua personalidade para as pessoas.
Gabriela é uma mulher cobiçada por muito homens da cidade inclusive por Tonico Bastos amigo de Nacib e Gabriela não resiste aos seus encantos e acaba traindo Nacib com ele.com um tempo Nacib descobre a traição e termina tudo com Gabriela mas ela continua trabalhando em sua casa.Nacib não conseguindo viver longe de Gabriela ele volta pra ela e a perdoa e assim quebra os costumes da cidade de que homem traído só lava a honra com o sangue derramado da mulher que o traiu,pois o seu amor é mais forte.
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Renata 06/04/2015

Uma bela historia, envolvendo uma bela mulher e um belo amor.
Gabriela, cravo e canela é uma obra de Jorge Amado, A história de Gabriela, cravo e canela se passa em Ilhéus, na década de 20, período em que a cidade era rica por causa da exploração do cacau, e clamava progressos. O livro conta a história de amor, que desafia os costumes da sociedade da época, entre a sertaneja Gabriela e o árabe Nacib.
Tudo teve início quando o fazendeiro Jesuíno Mendonça, não aceitou traição, e matou sua esposa e o cirurgião-dentista, moço que tinha acabado de chegar na cidade. O árabe Nacib é dono de um bar e por mais que esteja envolvido com a notícia precisa focar em seus interesses, pois sua cozinheira, Filomena, foi embora morar com o filho, às vésperas de um jantar muito importante.
Nacib acaba encontrando Gabriela, uma mulher que chegava à cidade em busca de melhores condições, e a emprega como nova cozinheira. Sem ter certeza das habilidades culinárias da moça, o árabe fica meio desconfiado, mas se arrisca e a leva para o bar, então logo é surpreendido com as qualidades de Gabriela que ultrapassam as habilidades de uma cozinheira de mão cheia.
A beleza, sensualidade, simplicidade e espontaneidade de Gabriela são capazes de despertar desejos em todos que se aproximam dela. A obra é rica em ciúme, traição e muito mais em um romance que envolve Gabriela e Nacib.
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Tatiane495 07/03/2015

Um romance sinestésico
Gabriela é livre, tem alma de criança. Como não se apaixonar pela menina-mulher de alma encantadora, riso fácil, beleza ímpar e inocência desmedida? Jorge Amado soube figurá-la em dois paradoxos, a liberdade e a submissão, ao mesmo tempo em que a ingenuidade da moça nas coisas da vida se sobressaíssem com sua sabedoria nos talentos culinários.

Paralelamente a isso, a cidade de Ilhéus vê o crescimento e o progresso, a prosperidade e a disputa de interesses. Numa sociedade machista e preconceituosa, homens importantes se tornam grandes personalidades e caricaturas neste livro. O árabe Nacib, é quem mais se destaca; homem de bom coração, justo e correto, conquista o coração puro de Gabriela, mas paga um preço pela alma solta da moça.

Gabriela cravo e canela é uma mistura de cheiro, gostos, sensações, cores, entre outros elementos sinestésicos que fazem o leitor querer "morar" neste romance.
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Luciano Luíz 09/08/2014

Eu não assisti as versões televisivas com a Sônia Braga e Juliana Paes, então, comparar não posso... a não ser por aquela lendária cena, onde Gabriela sobe no telhado... mas, fora isso...

GABRIELA, CRAVO E CANELA de Jorge Amado, é um livro comum. Com o cotidiano de uma cidadezinha litorânea.
Com o progresso que vai de encontro com as tradições dos coronéis.

Tem a narrativa simples. Pobre. Nada de extraordinário nem mesmo no enredo.

A estória de amor que é comum nos romances.

Porém, o autor quis explanar da forma mais detalhada possível, o clima histórico e sua sensual (e de certa forma, inocente) personagem.

Não vi algo que pudesse ser chamado de obra-prima. Mas o livro tem o seu charme.

Tirando Gabriela, Nacib e Mundinho, os demais personagens não são tão profundos (algum coronel, as vezes...), e isso faz o livro se tornar lento. Repetitivo... sem nenhuma surpresa.

Apesar que próximo do final, existem algumas. Mas nada que nos surpreenda de fato.
Mas isso varia de leitor para leitor.

Algo que muita gente não sabe, é sobre a cena no telhado... mas isso não vou comentar para não estragar o enredo (que já não é uma maravilha...)...

Enfim... Gabriela não foi o livro que eu esperava. Acreditava que fosse mais apaixonante, com diálogos inteligentes e até pitadas de humor. Mas, mesmo a sensualidade nas descrições de Jorge Amado, deixaram muito a desejar.

É um bom livro?
É.
Vale a pena?
Talvez.

Nota: 2 estrelas

L.L. Santos

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