Gabriela Cravo e Canela

Gabriela Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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Luis Netto 20/09/2011

Gabriela, Cravo e Canela
O dia de hoje amanheceu gelado para os padrões de São José do Rio Preto e como estava convidativo para ficar em casa, aproveitamos o momento em família e fomos todos ver fotos antigas, um grande passatempo. Numa das fotos, me encontrei de volta a Ilhéus, na Bahia, local onde fiz minha primeira viagem de férias em companhia de meus pais. Na época eu ainda era muito pequeno, tinha cerca de 4 ou 05 anos de idade. Nos comentários de cada foto, surgiu a vontade de escrever sobre um livro que teve sua historia baseada naquela cidade e que a tornou famosa no mundo inteiro. O livro que me refiro é “Gabriela Cravo e Canela”, de Jorge Amado, um dos maiores autores brasileiro do século XX. Jorge Amado de Faria nasceu na Fazenda Auricídia, em Ferradas, distrito de Itabuna, Bahia em no dia 10 de agosto de 1912. Ele teve três irmãos: Jofre, 1915, Joelson, 1920, e James, 1922.
No livro “Gabriela, Cravo e Canela” o autor, conta a fascinante história do amor entre o sírio Nacib e a bela Gabriela e seu texto vem mostrando e valorizando a maior região cacaueira do Brasil, num texto regionalista
Cacaueiro

Em 1925 os fazendeiros da região do Sul da Bahia estavam preocupados com a estação das chuvas, pois nunca havia chovido tanto. Meses antes, todos estavam preocupados com a seca, por isso começaram a aclamar por chuvas para os padroeiros São Sebastião e São Jorge. Até procissões foram feitas. Durante uma delas aconteceu o milagre e as chuvas começaram. Choveu tanto que ficou tudo inundado.
Os mais beneficiados com as chuvas foram os fazendeiros de cacau e café. Dentre eles estava o Coronel Manuel das Onças, que ia vender o seu produto ao Mundinho Falcão, um jovem carioca que veio para Ilhéus e lá enriqueceu como exportador dos produtos da região.
Fachada do Bar Vesúvio

O Coronel fez três viagens e numa delas encontrou o cozinheiro Nacib Saad, dono do bar Vesúvio (este bar ainda existe e está localizado no centro da cidade de Ilhéus e é um ponto turístico do lugar), que estava desesperado, pois havia perdido sua melhor cozinheira, Dona Filomena, nas vésperas do jantar que havia preparado para mais de trinta pessoas em comemoração da recém-inaugurada empresa de ônibus que fazia Ilhéus-Itabuna duas vezes por dia. Agora Ilhéus tinha um serviço de transporte coletivo, graças ao empreendimento de dois homens corajosos - o russo Jacob e o Moacir da garagem.
Os principais personagens de Gabriela Cravo Canela
A família Bastos comandava o destino político de Ilhéus há mais de vinte anos, prestigiados pelos sucessivos governos estaduais. O coronel Ramiro Bastos não gostava da liderança exercida por Mundinho Falcão. Ele estava à frente de quase todos os projetos que se fazia em Ilhéus: a instalação de filiais de bancos, empresa de ônibus, a avenida na praia, a publicação do jornal diário, os técnicos vindos para as podas de cacau, arquitetos para projetar os palacetes dos coronéis. Para Mundinho, as necessidades dos coronéis não mais correspondiam com as necessidades da cidade em rápido progresso. Era uma guerra de ideologia.
Houve o assassinato de um casal que despertou inúmeras discussões acaloradas entre os moradores de Ilhéus. O coronel Jesuíno, um rico e respeitado fazendeiro da região flagrou sua esposa, Sinhazinha, na cama com o dentista, Dr. Osmundo e matou a ambos em nome da honra. Todos discutiam as diversas versões da sociedade, opunham-se detalhes, mas com uma coisa todos concordavam: o gesto macho do coronel era constantemente louvado e somente o sangue limparia a honra.
Alheio a política local e preocupado em atender bem a todos seus clientes, o comerciante Nacib precisava encontrar uma cozinheira para substituir a Dona Filomena, pois precisa entregar um jantar e o destino o fez encontrar a mulher que mudaria sua vida e passou a ser parte da historia da cidade até hoje: Gabriela, uma mulher muita bonita, simples, ingênua, que sorria muito, brincava com as crianças e era muito fogosa. Nacib convidou Gabriela para ser a nova cozinheira do Vesúvio e ela aceitou prontamente
Nacib não ia mais ao Bataclan, cuja gerente era Maria Machadão, um personagem apaixonante; não precisava; todos notaram. Mesmo sabendo o tipo de relacionamento que o árabe mantinha com a formosa empregada, oficialmente, para os fregueses, ela não passava de sua cozinheira e, por isso, tratavam-na como tal, enchendo-a de propostas atrevidas, bilhetinhos, atenções e piscadelas. Surpreendentemente, notava Nacib que, o único a tratar Gabriela com certa distância, como uma senhora respeitável, era o filho do coronel Ramiro, Tonico Bastos, o garanhão de Ilhéus. Com medo de perdê-la, Nacib propõe casamento a Gabriela e ela aceita e foi a festa mais animada da cidade a união dos dois.
Segundo o autor, Gabriela que exalava o “perfume de cravo e com de canela” Foi o casamento mais animado de Ilhéus, Gabriela de azul celeste, de olhos baixos, sapatos a apertados e um riso tímido nos lábios.
Depois de casada, Gabriela não se adapta de jeito nenhum a vida de senhora Saad, para desespero de Nacib, que acaba anulando o casamento ao pegá-la na cama com Tonico Bastos, o seu padrinho de casamento, que humilhado por Nacib que decide sair da cidade.
Para Nacib, aparentemente, tudo voltara ao normal. Os fregueses lá estavam, jogando, rindo, bebendo aperitivos antes do almoço e do jantar. Ele sentia falta de Gabriela, principalmente do seu tempero e quitutes. O movimento do Bar Vesúvio, já não era como no tempo de Gabriela. A cozinheira atual, não ia além da comida convencional. Com o passar do tempo, a política de Ilhéus passou a ser controlada por Mundinho Falcão e Gabriela voltou para os braços de Nacib. O Coronel Ramiro Bastos perde o apoio de Itabuna e manda matar, sem sucesso, seu ex aliado. Ele consegue fugir, mas morre dias depois. Com isso a guerra política acaba com Mundinho Falcão e seus candidatos vencedores. E como prova da mudança da mentalidade, o Coronel Jesuino, que cometera o duplo assassinato em nome da honra foi preso e condenado.

Um livro fantástico, que recomendo a todos.
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Caroline.Prado 14/07/2020

Livro sensacional!
"Nascida para um grande destino, presa em seu jardim

(...)

Acudam! Vão me casar numa casa me enterrar
Na cozinha a cozinhar, na arrumação a arrumar
No piano a dedilhar, na missa a me confessar.
Acudam! Vão me casar na cama e me engravidar
Meu marido, meu senhor na minha vida a mandar.
A mandar na minha roupa, no meu perfume a mandar.
A mandar no meu desejo, no meu dormir a mandar.
A mandar nesse meu corpo, nessa minha alma a mandar
Direito meu a chorar.
Direito dele a matar.
(...)
Escrava não quero ser. "
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Tati.Lima 05/11/2023

Eu nasci assim...Eu cresci assim...Sempre, Gabriela...
Ahhhhhh...Q livro ótimo!!! Uma leitura muito gostosa, q vai se desenvolvendo de maneira extremamente agradável.  Esse livro me agradou demais. Segundo livro de Jorge Amado q leio, e essa leitura foi muito mais interessante. Uma escrita absolutamente maravilhosa e impossível de se largar.Gabriela, é uma personagem tão incrível, uma mulher forte, trabalhadora, dona de seu nariz, faz o q tem vontade e lhe dá  telha. A história dela com o Nacib é muito boa, não tem como não gostar deles, e não torcer pelo casal. Principalmente porq são uma casal fora dos padrões tradicionais, e essa pegada da diferença que faz com eles sejam perfeitos. Foi um livro que realmente me agradou e me encantou demais. Valeu muuuito a leitura.
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alenikollas 14/11/2024

Cravo e canela
Jorge Amado escreve aqui, como eu nunca vi antes, o melhor retrato do Brasil e de seu povo. Uma obra imersiva e gostosa de ler, de sentir e de saborear. O leitor é transportado para Ilhéus, cidade na Bahia que vive um período conturbado e repleto de mudanças. Além de acompanhar de perto ela, a indiscritível Gabriela.

Entre passado e presente, mudança e tradição, cidade e natureza, atraso e liberdade, Jorge Amado constrói uma ode a Bahia e ao Cacau. A cada página sentimos a dualidade, os ventos de mudança e os sabores de Ilhéus

E por fim temos Gabriela, flor que não pertence a ninguém, que nenhum jarro pode conter, que faz suspirar todos ao seu redor, e que nada mais procura que a felicidade. A obra reúne tudo aquilo que faz uma boa história e por isso recebe até hoje tantos elogios. No fim, feliz somos nós de termos esse presente de Jorge Amado ao nosso alcance.
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Alle_Marques 24/12/2023

E como viver sem ela, sem seu riso tímido e claro, sua cor queimada de canela, seu perfume de cravo...?
...
[...] Foi a temporada dos poemas longos, de exaltação daquele amor que nem a morte e nem mesmo o passar dos séculos destruiriam jamais. Eterno como a própria eternidade, maior que os espaços conhecidos e desconhecidos, mais imortal do que os deuses imortais, escrevia o professor e poeta. [...]
...
Costumo gostar bastante do estilo do Jorge Amado, da forma como ele escreve e desenvolve suas histórias, mas esse aqui não foi nada fácil.

Ele é bem mais político do que dá a entender e bem mais “distante” da Gabriela do que o título sugere, esperava também que fosse ter uma conexão maior com a obra por ser ambientada em uma cidade que eu já morei, mas nem isso funcionou. Para mim, a leitura seria bem mais interessante caso se concentrasse nos protagonistas e entregasse uma história mais intima e pessoal, ao invés de tão divagada, foi decepcionante, enrolado e arrastado, e as várias tramas paralelas me tiraram completamente da história, além disso, nenhum dos outros personagens, além da Gabriela, me agradou.

Grabriela é de longe a melhor coisa do livro, é tão fascinante, encantadora e apaixonante quanto promete, as partes que aparece ou é citada são os pontos altos da obra, mas senti falta de mais dela, para um personagem com tamanha importância, ela não aparece tanto assim, além de ser ofuscada pelo excesso de divagações do autor. O Nacib, por sua vez, é um personagem interessante e embora seja fácil começar gostando dele, é mais fácil ainda terminar odiando. Mas sobre o romance de ambos, é aí que o livro ganha e perde ao mesmo tempo, ele parece simples, mas é cheio de camadas, além de dar um frescor pra obra, mas seu desfecho é detestável e impossível de defender.
...
[...] O que é que ela tem? Como ia saber? Não adiantara dormir com ela, deitada em seu peito, nas noites do caminho, do sertão, da caatinga, dos prados verdes depois. Não aprendera, nunca soubera. Uma coisa tinha, impossível esquecê-la. A cor de canela? O perfume de cravo? O modo de rir? Como ia saber? Um calor possuía, queimando na pele, queimando por dentro, um fogaréu. [...]
...
24° Livro de 2023, 34ª Resenha de 2023
Desafio Skoob 2023
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Br_biah 17/12/2023

Gabriela, um beija-flor
Gabriela não é mulher de beijar uma flor. Por mais que queira estar na cama com o "Seu Nacib, moço bonito ", aprecie conversar com ele e goste de cozinhar pro mesmo, ela também gosta dos olhares dos homens, de andar descalça e não vê necessidade de certos contratos. Ser vista como mulher de sociedade "pra quê? Tem necessidade não". Ela é Gabriela e não precisa de documento, de certidão de nascimento para provar que ela é ela.
Gabriela é livre de ciúmes, é inocente a um ponto de confundir-se com uma menina. É mulher fogosa, livre de preceitos antiquados.
Tá certo que me decepcionei com a personagem, pois acredito que o combinado não sai caro. E a pior dor que um coração apaixonado pode sofrer é o da traição. Principalmente numa época em que honra de homem se lavava com sangue. Mas, assim como Nacid e todos os ilhenses descobri em "Gabriela" uma força difícil de ser entendida. E é melhor assim.
Pri.Kerche 17/12/2023minha estante
Adorei sua resenha?amo esse livro! Acho q boa parte da força de Gabriela está no jeito dela aceitar cada um como é e não julgar. Isso faz com q pessoas tão diferentes gostem dela




Comadreflorzinha 09/10/2022

Uma flor e uma estrela - ou Gabriela, Cravo e Canela
Sempre tive uma queda pela figura literária de Gabriela, o seu espírito livre, seu riso frouxo, sua inocente sensualidade. Nada mais justo que dizer ela é uma das personagens mais importantes da literatura brasileira.

Jorge Amado, nesse livro, retrata maravilhosamente bem o progresso não só de Ilhéus, da Bahia, mas de todo um modo de pensar, característico do século XX, e de suas mudanças estruturais na sociedade. Que escritor!

Fui completamente apaixonada durante todo o livro. Pela história cativante, por Gabriela, por todo o cenário de Ilhéus e aquela comunidade. É o primeiro livro de Jorge que leio, mas aposto que é o meu favorito! ??
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Marcola. 31/07/2013

Obra-prima brasileira
Jorge Amado se supera nesta obra maravilhosa. Jorge consegue discutir e fazer o leitor raciocinar sobre os mais deferentes assuntos, liberdade de expressão, casamento e traição,costumes e progresso, além da vida cotidiana daquela cidade que representa muito do povo brasileiro. Tudo sobre o olhar inocente de duas personagens (Nacib e Gabriela) que não pertencem totalmente a cidade e tens visões variadas dos costumes e acontecimentos locais. Gabriela nos prova ser possível alcançar a felicidade de maneira simples e humilde, sem ligar pra status,poses e presentes caros. Além disso temos uma obra engraçada, excitante (mas não pornográfica), romântica que me fez gostar ainda mais de Jorge Amado.
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cathceccon 30/11/2023

As primeiras 40 páginas são um porre, mas depois vc só larga o livro quando tem algo pra fazer e não da pra ler mais. Um dos melhores que já li. Muuuuito muito muito bom!!!!
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doraleonetti 30/10/2024

Pele de canela e perfume de cravo
Como não se apaixonar por Gabriela? Como não amar os personagens de Jorge Amado? Como não sentir que estamos caminhando por Ilhéus, vendo a Glória na janela ou o Tuísca correndo por aí? Juro que a gente sente o cheiro do tempero dos salgados da Gabriela, ou o próprio perfume de cravo dela. Não tem livro do Jorge Amado que a gente não leia como poesia.

Eu amo o contraste do romance, das questões tradição × o que é certo e da política que os livros dele sempre têm. Amo reler Jorge Amado, e sentir tudo isso de novo.

E sim, a Gabriela é a personagem mais sedutora que existe. Ela é linda, ela é livre, ela é espontânea, ela é decidida e ela é simplesmente boa.
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Maria18415 11/11/2023

O livro me envolveu, mas esperava mais do final. Esperei mais política, esperei algum desfecho mais emocionante.
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Evelize Volpi 06/11/2022

Leitura Maravilhosa do Universo Amadiano!
Gabriela cheiro de Cravo, sabor de Canela, na Ilhéus dos coronéis, dos cacaueiros, do antigo abrindo frente ao novo.
Das comidas maravilhosas, cheias de sabores e cores da Bahia.
Salve Gabriela!
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Aline Lima 09/06/2023

Que livro, minha gente!
Como desenhar uma obra de Jorge amado, né? O autor é incrível, sem dúvidas. Nesta obra, especificamente, ele fez um retrato da sociedade de ilhéus da época retratada de forma tão peculiar, que, na verdade, é uma representação perfeita da sociedade brasileira adaptada à realidade nordestina. E a crítica feita a determinados costumes e mentalidade aparece de forma sútil, mas bem clara, o que dá um sabor especial às narrativas.

E a estrela da obra, claro, é Gabriela. Uma menina-mulher independente, que emana luz, distribui sorrisos e vive de forma leve. Não é limitada por preconceitos ou pelo sistema, pois tem uma essência livre. São essas características que fazem dela uma personagem amada e respeitada pelos outros, capaz de se movimentar e influenciar os diversos círculos da sociedade de Ilhéus.

Fazia muito tempo que não pegava um livro de literatura clássica, e voltar a fazer isso com Gabriela foi simplesmente perfeito.
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Camile 16/11/2023

Clássico brasileiro
Iniciei o livro com certo receio, porque a história foge bastante da minha zona de conforto, ams me surpreendi

o livro é muito bom. Eu gostei que envolveu muitos aspectos além do romance, a política deste livro ganhou meu coração, achei que foi mais bem desenvolvida do que o próprio enredo do casal protagonista.

as partes que relatavam sobre a situação da mulher na época da história me deixavam bem puta, é inacreditável que as mulheres tenham que passar por isso, e foi tudo tão bem descrito, com detalhes, muito fiel a realidade.

só posso dizer que nunca mais vou olhar pra cravo e canela sem lembrar da Gabriela

a leitura foi meio demorada, muito provavelmente porque não estou acostumada a este tipo de escrita, mas gostei bastante da leitura

Nota: 5/5
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Rosy 27/11/2023

Gabriela
O livro pra mim começou a ficar interessante realmente quando Gabriela aparece (oq demora bastante levando em consideração q ela q da o nome do livro). O livro até que tem uma história boa mas se torna um pouco cansativo com a forma prolixa que alguns fatos são descritos
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