Do Leitor ao Navegador - A Aventura do Livro

Do Leitor ao Navegador - A Aventura do Livro Roger Chartier




Resenhas - A aventura do livro do leitor ao navegador


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Locimar 23/08/2020

O passeio que este cara faz pela história da leitura até o ebook é completíssima. Leitura obrigatória para o mestrado.
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Lucas 04/08/2015

Do impresso ao digital.
O Copyright é de 1997. Dezoito anos se passaram e o livro continua atual, mesmo não tendo especificidade em assuntos mais contemporâneos em seu núcleo temático. Apesar de apresentar-nos um panorama do livro e da leitura na Europa - pois o autor é francês e muitos assuntos englobam e transbordam as fronteiras francesas - é perceptível a influência da cultura francesa, quando se trata da história do livro e da leitura, no território brasileiro.
O autor nos mostra a metamorfose dos suportes de escrita, o próprio sentido que seu deu à escrita na história e como que a leitura era entendida no decorrer dos séculos, suas variações e significações. Primeiro vemos uma historiografia do que se entende por autor, desde os tempos mais remotos à atualidade quando o autor se vê num embate entre o suporte escrito e eletrônico. Posteriormente passa-se, sem mais delongas, aos assuntos que são inerentes ao livro, como o texto, o leitor, a leitura, a biblioteca e a (tentativa histórica da) universalização do conhecimento registrado.
Sem muito academicismo, mas também sem banalidades, o livro nos depõe um ensaio historiográfico com objetivo de compreender o suporte eletrônico - e a dita revolução que ele promete causar.
Alguns pontos são bem interessantes: a existência de locação de livros por hora para leituras ao ar livre, muito comum na França do século XVIII. A leitura em voz alta era regra até o começo do século XVIII; ler em grupo, com a família, no coletivo era uma atividade corriqueira, a oralidade transpunha a leitura silenciosa. Com a decorrência das três revoluções industriais do livro e o crescimento vertiginoso do mercado editorial no século XVIII e XIX, o leitor passou a ocupar o gabinete de leitura e a praticar a leitura silenciosa (a comunhão da individualidade da leitura com a coletividade dos espaços de leitura).
Por fim, o livro nos orienta com relação a dita “grande revolução digital” quando observamos as mudanças de suporte e de leitura sob uma perspectiva histórica. É importante frisar o capítulo “A biblioteca: entre reunir e dispersar” e “O numérico como sonho de universal” aos profissionais bibliotecários, para compreender um pouco do cenário da biblioteca, livro e leitura no Brasil e de como ações que entendemos como inovadoras em nosso país já são datadas do começo do século XX na França e nos Estados Unidos (o que não deslegitima, claro).
"Sendo assim, o futuro da revolução do texto eletrônico poderia ser - poderá ser, eu espero - a encarnação do projeto das Luzes, ou então um futuro de isolamentos e de solipsismos".
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