Resenhas - Herland

Viviane @resenhasdaviviane 31/12/2023

Aventura interessante
Esse foi o livro do mês de junho do "Clube de Leitura Nós Feministas", organizado pela Letícia do canal Lê Delicor, até agora temos conhecido histórias maravilhosas de mulheres fortes e empoderadas, que lutam para fugir do machismo e das agressões sofridas durante anos.

O livro é narrado em primeira pessoa por Vandyck Jennings, que entrou em uma expedição científica guiada por aguns pesquisadores, junto com dois amigos aventureiros Terry O. Nicholson e Jeff Margrave, cada um com uma especialidade cientifica diferente. Eles não foram informados com exatidão para onde estavam indo mas, sabem que estão em algum lugar com muitas montanhas, rios e florestas inexploradas.

Durante a expedição acabam compreendendo o idioma dos nativos e descobrindo suas lendas, uma delas é a história do rio que muda de cor e um país onde vivem apenas mulheres. Quando a expedição científica guiada termina eles começam a planejar sua própria expedição, onde irão encontrar o País das Mulheres. Demoraram um ano organizando, preparando e guardando dinheiro, até que finalmente, os três amigos partiram para procurar esse lugar misterioso e encontraram.

Em alguns momentos da história, parece que a autora se perdeu em alguma parte do enredo que gostaria de contar e colocou um romance onde não deveria ter nenhum. Na verdade, três histórias de romance distintos uns dos outros. Vany e Ellador, Jeff e Celis, Terry e Alima, essas são as três jovens que viram os exploradores antes deles conseguirem entrar em suas terras, enquanto estavam se preparando para sobrevoar a Terra das Mulheres.

Eu fiquei desconfortavél com esses relacionamentos, porque em vários pontos elas são chamadas de garotas, meninas e me dá a impressão que são extremamente jovens para os aventureiros que são velhos, e o final da história foi bem questionável..rs!

-natalia 05/01/2024

O livro me surpreendeu positivamente, considerando as avaliações bem negativas que eu tinha visto. Tem claras questões machistas e até racistas presentes, em sua maioria vindas dos personagens masculinos, assim como tem um foco excessivo na maternidade como o único papel da mulher (que, claro, achei ridículo). Porém, considerando a época em que a história foi escrita, eu relevei. Foi necessário!

Algo que me decepcionou bastante foi o final, que achei muito corrido. Quando faltavam três páginas, até pensei que meu livro estaria incompleto, porque não achei que terminaria naquele ponto, de forma tão abrupta. Porém, tirando isso, valeu a leitura desta obra utópica, e bem diferente das distopias que estou acostumada!

eupoetizo 13/01/2024

Que leitura chata, sei lá. Por parte, achei que estava gostando, depois não gostei. Tratamento exarcebado da mulher como objetivo de/para maternidade.

marinalee 14/01/2024

Muita espectativa e nem tanta entrega....
Estava eu com muita espectativa para essa obra, tanto que há muito o livro estava na minha lista de desejados. Levando em conta que é uma obra antiga, onde a pauta feminista não era tão forte e abrangente como hoje, pode-se dizer que em vários pontos ele é positivo, principalmente por ter personagens femininas extremamente questionadoras. O que não me agradou muito foi a história em si, achei meio arrastado e estava esperando por coisas completamente diferentes, mas no fim não foi uma leitura em vão.

Esther 26/01/2024

Não superou minhas expectativas
Eu planejava ler este livro há quatro anos e criei muitas expectativas em relação à história, que infelizmente não foram supridas. Achei a narrativa extremamente lenta e arrastada, o que tornou a leitura exaustiva.
Sinceramente, parece que a autora nunca leu um livro na vida, achei a história mal estruturada e confusa algumas vezes. O livro poderia ter o mesmo conteúdo, mas a história poderia ter sido contada de uma forma mais fluida?

Quanto ao conteúdo, achei uma utopia mais feminina do que feminista, aborda vários temas importantes, como a maternidade, civilização, religião, autonomia e coletividade. Chega a ser engraçado ver que do ponto de vista dos homens, uma terra composta apenas por mulheres nunca poderia ser civilizada!

De qualquer forma, vale a leitura se você estiver em um momento mais paciente com narrativas mais arrastadas, que não foi meu caso kkkkkkk

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Gabi 01/02/2024

Como uma simples leitora, achei bem básico como todo, mas entendo a importância de uma obra assim para o contexto em que foi publicado pela primeira vez. Agora falando como antropóloga, é um ótimo livro pra se pensar como fazer um diário de campo e uma etnografia.

duda 𪼠06/03/2024

Uma terra só de mulheres?
Leitura bem tranquila , uma história sobre uma sociedade formada apenas por mulheres . é muito interessante a forma como elas se organizam e vivem hamoniosamente.

JoiceAlfonso 09/03/2024

Não foi nada do que eu esperava pra essa leitura antes de pegar o livro (fui no escuro, sem saber sobre a história), mas foi tudo o que o prólogo disse que seria.
É sim sobre feminismo, mas um feminismo como enfatiza o prólogo: escrito por uma "mulher de família burguesa e bem-educada" ainda com todos os seus privilégios. E que promove uma sociedade utópica com um tipo de socialismo próprio, onde o trabalho e a cultura são de todas igualmente, e a maior significância ali dentro é a vida voltada à puericultura, à maternidade e o desenvolvimento dessas pequenas bebês que serão as próximas gerações.
Não deixa de ser mais ou menos feminista por nada do que apresenta, pois é com certeza um caminho para discussões muito valiosas e que certamente abriu espaço para a pauta em âmbitos que jamais seria possível. Tem sim seu valor como precursor - mesmo não sendo o primeiro. E não pode ser descartado por não atender ao que se tem como luta feminina atual, até porque são incontáveis vertentes de situações sociais completamente diferentes. Não dá pra comparar sequer o feminismo negro de continentes diferentes, imagina comparar com o branco, amarelo e tantos outros?! Isso só falando da questão de colorização, mas e quando se acrescenta classe social? Religião? Há tantas vertentes hoje e nenhuma está totalmente livre de ter passado pelas portas que Terra das Mulheres abriu no passado.
É um livro lento, pra ser lido e digerido aos poucos. Pra incomodar e, mesmo que a gente não concorde com grande parte da visão utópica da autora, é inegável que tem seu valor.
Não pretendo reler, pois foi tudo muito morno para mim, acho que peca em instigar como narrativa apenas para que a autora possa discorrer sobre a visão que a própria queria passar do assunto.

Aline Cristina 24/03/2024

Não atendeu a minhas expectativas
Esse fazia um bom tempo que estava encalhado na minha estante, leitura muito filosófica, apesar de simples, levemente cansativa.

Michelli.Mezzon 08/04/2024

Feminismo mais ?conservador?
Esta obra traz o feminismo como eu acredito: de um modo mais conservador, voltado para os valores tradicionais (como a maternidade sendo o auge da vida da mulher). Conforme foi dito já no prefácio, não é um livro que vai agradar boa parte das feministas modernas.

Acredito que a obra seja uma distopia, e ela cumpre muito bem a sua função: incomodar. Muitas vezes me senti incomodada com a opinião e as atitudes misóginas dos homens, que refletem a opinião da época (e de muitas pessoas da atualidade). Ademais, o livro traz MUITAS reflexões e críticas boas, sobre vários temas diferentes.
Fiquei pensando em como seria se existisse um país só de mulheres, mas não consegui chegar a uma conclusão. O país do livro é uma utopia, na realidade eu acho que não seria tudo perfeito assim.
Por fim, realmente gostei do livro e o considero muito importante (só o desfecho que não foi tão bom). Recomendo!

Sheila 01/05/2024

Com seria uma terra só de mulheres? Uma grande utopia
A narrativa traz a ideia de uma terra só de mulheres, onde a procriação se dá através da partenogênese (reprodução de forma assexuada) e a sobrevivência é possível com a colaboração mútua do gênero feminino, trabalhando para o bem comum, sem competitividade, na mais perfeita harmonia. Três homens adentram na Terra das Mulheres e se surpreendem com o que encontram, considerando que acreditavam ser impossível não existirem homens naquele lugar pelo menos para o processo natural do ser humano para gerar outras vidas. Eles acreditavam também que um lugar onde só existissem mulheres seria um completo caos.

fernanda 16/05/2024

A parte mais engraçada desse livro é ver como todas essas ideias dentro do feminismo evoluíram e se desenvolveram enquanto os homens continuam chatos pra 🤬 #$%!& desde 1915

Mirele 23/05/2024

Uma visão interessante
Bom, esse é um livro bem antigo. Quando ele foi publicado pela primeira vez, em 1915, a visão que se tinha do que era ser mulher era bem diferente da de hoje. Tendo isso em mente, eu acho que a visão da autora do que seria uma terra só de mulheres é bem progressista pra época. Achei legal também como ela usa alguns esteriótipos masculinos da época aqui como contraponto. Acho que no meio de tantas utopias escritas por homens, é uma leitura bem interessante.

Nati 25/05/2024

Uma utopia interessante
3 homens estão em uma expedição e acabam entrando em um território desconhecido...

Uma terra bonita, bem cuidada, inteligente... Toda governada e povoada por mulheres! Sem homens e até mesmo meninos!

Interessante e curioso não?!

A história é contada como se fosse um diário científico e é narrada por um dos homens exploradores, Van que é um sociólogo e ele acompanha a jornada junto com Jeff, um médico sentimental e Terry, um machão endinheirado.

É interessante ler como esse país só de mulheres funciona e questionar como nosso mundo patriarcal é tão corrompido e o quanto precisamos melhorar como sociedade ...

A única parte frustrante dessa história é o final, meio decepcionante e abrupto. Ah e também o fato de que esse país infelizmente não existe e não vivemos lá... Uma pena...

Lyla 02/06/2024

Fui surpreendida por ser narrado por um homem, mas adorei o livro. A mente dessa autora é incrível, sem duvidas muito bem amarrada a história e interessante o conceito.