A Mulher de Trinta Anos

A Mulher de Trinta Anos Honoré de Balzac




Resenhas - A mulher de trinta anos


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rabbitcaress 03/11/2024

Ruim, horrível
Flaubert se fosse ruim. Achou que tava fazendo o mousse que foi, na verdade, feito por Machado de Assis.
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Rurouni 29/04/2009

Um classico de Balzac
Um livro de leitura lenta...a trama é bem densa, pois a analise de Balzac olha muito para o lado subjetivo dos personagens.
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Dhyan Shanasa 08/12/2009

Balzac usa seu tremendo poder de observação e expressão para escrever essa obra-prima. Mulher de Trinta anos é um livro altamente difícil de ser engolido pelas mulheres, e as que engolem, tendem a absorver apenas o que lhes é cabido. Por que? Leiam e descubram...
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Roberta 10/02/2010

Balzac
A personagem é vítima dos seus próprios desejos, quer trair mas sente-se suja, a sociedade faz nascer nela sentimentos de total contradição com os deveres que são impostos para a mulher da época.
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Iara 01/10/2010

Balzaquianas
O livro mais famoso de Balzac faz jus a toda a fama que se conhece.

Há belíssimas citações descritas sobre uma mulher nos seus trinta anos que merecem ser lembradas e lembradas por muito tempo.

Mas o mais interessante, é que além de começar pela tenra idade de Julie (personagem principal), Balzac depois se concentra em mostrar como se desenvolveram as filhas dela até chegarem aos trinta anos também.

Uma obra sutil mas, ainda assim, possui descrições que permanecem atuais.
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Larissa.Goya 12/02/2013

adorei o livro e acho que só posso reforçar o que já se sabe sobre ela e o Balzac; achei uma história bastante "moderna" pra época, toca em assuntos um tanto polêmicos, como no capítulo em que Júlia tem uma conversa com o padre da cidade, em que ela diz ser ateia e não amar a filha, e que imaginou o casamento e a maternidade como sendo coisas diferentes e melhores, de certa forma. é incrível o modo como o Balzac consegue analisar o psicológico da personagem de forma tão aprofundada, creio que Júlia seja um protótipo da mulher do século XIX, quando jovem, extremamente sensível e disposta a amar o marido, ter uma vida conjugal satisfatória e etc, mas acaba sendo oprimida pela moral e os bons costumes que não permitem que ela se liberte das amarras sociais que se tornam insuportáveis, como um casamento infeliz e a obrigação de manter as aparências perante a sociedade (enquanto que para os homens a coisa já era diferente, todos já conhecemos a história...).
apesar de não ser um livro propriamente dito, com sequências certinhas e vazios preenchidos, continua sendo um conjunto de contos extremamente interessante, não apenas como uma obra muito bela e bem escrita, mas também como um produto histórico da época..
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Bruna 05/07/2013

A mulher de trinta anos- Honoré de Balzac
Julie é uma mulher que não ouvindo os conselhos do pai, se casa precipitadamente com Victor, um oficial do exército de Napoleão, tornado-se uma pessoa triste e infeliz, seu marido não lhe dá atenção, não corresponde suas expectativas,ela arrepende de seu casamento, é traída e acaba o traindo também, com jovem chamado Arthur, que ao tentar se esconder do marido de Julie que chega no quarto em uma noite em sua casa, morre congelado no peitoril da janela.O marido subestima tanto Julie achando que ela não teria coragem de traí-lo, e diz que Arthur morreu defendendo a honra e moral de alguma mulher casada,sem saber que essa mulher era a dele.
Ela tem filhos, e aos trinta conhece Carlos, que expõe a proposta do autor, falando como é uma mulher balzaquiana e o que ela pode oferecer ao amor, eles tornam-se amantes no nariz do marido sem que ele perceba.
Tem a história da filha, da morte da mesma e outros fatos, mas o que chama atenção é o quanto ela era infeliz no casamento, e o mantinha para justificar a sociedade, por imposição de princípios .Achei ela chatinha, aquelas mulherzinhas que não tem o que pensar e fica procurando problemas, ociosa e cheia de ideias pequenas.
Chay3 30/08/2013minha estante
Concordo contigo, pior é o livro dar a entender que só uma mulher de 30 anos é inteligente, madura e independente, para mim é o pior livro do Balzac.




Caroline Gurgel 12/02/2014

Uma escrita de fazer salivar...
A Mulher de Trinta Anos, um dos cerca de 90 romances que compõe a grandiosa A Comédia Humana de Balzac, apesar de ser sua história mais famosa, não é considerada a melhor. Não saberia opinar, visto que é meu primeiro Balzac, e talvez não tivesse audácia para tanto, mas gostei muito do que li e fiquei entusiasmada para ler mais de sua obra.

A escrita foi o que mais me encantou, muito mais do que a história em si, que se perde um pouco por falta de continuidade entre os capítulos e por personagens que aparecem e desaparecem sem muitas explicações. Na verdade, essa imprecisão deve-se ao fato de esses capítulos terem sido lançados originalmente como contos ou episódios separados, apesar de compartilharem a mesma protagonista, Júlia. Só depois, ao reunir suas histórias para a criação de A Comédia Humana, Balzac une (e retoca) as 6 partes que compõe A Mulher de Trinta Anos. Li que era comum ele deixar estórias incompletas, para serem reparadas depois, enquanto escrevia outra e outra e outra. Excentricidades de gênio, claro.

O autor é aclamado por ter feito um retrato da sociedade parisiense pós-napoleônica muito além do que seus contemporâneos conseguiam enxergar. Sua análise do comportamento feminino é considerada ainda atual, e lendo suas percepções sobre a menina, a mulher, a esposa e a mãe Júlia facilmente entendemos porque. Guardadas as devidas diferenças de época e costumes, sim, muito do que lemos é exatamente o que sente uma mulher. Minha única ressalva (e talvez decepção) é que a mulher escolhida é a desiludida. E não somos todas desiludidas, certo? Não no século XXI.

"O coração tem uma memória que é só dele. Uma mulher incapaz de recordar os acontecimentos mais graves irá lembrar-se por toda vida das coisas que importam a seus sentimentos."

Apesar das imprecisões cronológicas já citadas, a escrita é tão fascinante que os fatos em si ficam em segundo (ou terceiro) plano. Balzac é tão detalhista que facilmente nos transportamos para aqueles cenários e visualizamos cada personagem, e parece até que conseguimos enxergar dentro de cada um deles. A adjetivação excessiva pode desagradar aos mais minimalistas, mas não a mim. Para mim foi um deleite.

Por mais que o título dê a entender que se trata apenas da mulher na faixa do 30, o que temos aqui é toda a vida de Júlia, desde a adolescência. Conhecemos a Júlia jovem, querendo casar-se com Vitor d'Aiglemont. Mesmo alertada pelo pai de que essa não seria uma boa escolha, Júlia se casa e logo percebe seu erro. A partir daí vamos conhecendo mais da Júlia desiludida, do seu comportamento, suas tristezas e frustrações (e novas paixões?). Balzac passa a exaltar a mulher madura, comparando-a e diferenciando-a da jovem.

"...uma jovem tem ilusões demais, é inexperiente demais e o sexo é cúmplice demais de seu amor, para que um rapaz possa sentir-se lisonjeado; ao passo que uma mulher conhece toda a extensão dos sacrifícios a serem feitos. Enquanto uma é arrastada pela curiosidade, por seduções estranhas às do amor, a outra obedece a um sentimento consciencioso. Uma cede, a outra escolhe. Essa escolha já não é uma imensa lisonja? Armada de um saber obtido quase sempre ao preço de infelicidades, a mulher experiente, ao que a jovem, ignorante e crédula, nada sabendo, nada pode comparar nem apreciar. [...] Uma jovem só será amante se estiver muito corrompida [...]; ao passo que uma mulher tem mil maneiras de conservar ao mesmo tempo seu poder e dignidade. Uma, demasiado submissa, oferece-nos as tristes seguranças do repouso; a outra perde muito para não exigir do amor suas incontáveis metamorfoses. Uma desonra-se sozinha, a outra destrói em seu proveito uma família inteira. [...] mas a mulher possui incontáveis atrativos e oculta-se sob mil véus; enfim, ela acalenta todas as vaidades, enquanto a noviça só acalenta uma. Aliás, na mulher de trinta anos agitam-se indecisões, temores, dúvidas e tempestades que jamais ocorrem no amor de uma jovem. Ao chegar a essa idade, a mulher pede a um homem jovem para restituir-lhe a estima que lhe deu; [...] enquanto a jovem apenas sabe gemer. Enfim, a mulher de trinta anos pode fazer-se jovem, representar todos os papéis, ser pudica, e inclusive tornar-se mais bela com uma infelicidade."

Mesmo com toda a inconsistência no enredo e apesar de alguns piratas que surgem no final (o que foi aquilo?), a leitura desse livro é obrigatória para qualquer mulher. Para os homens, eu não saberia recomendar, pois não sei se têm dentro deles o que, indiscutivelmente, Balzac tinha: uma alma feminina.

"Antes de mais nada, seu instinto tão delicadamente feminino dizia-lhe que é muito mais belo obedecer a um homem de talento do que conduzir um tolo, e que uma jovem esposa, obrigada a pensar e agir como homem, não é nem mulher nem homem, abdica todos os encantos de seu sexo ao perder suas fraquezas, e não adquire nenhum dos privilégios que nossas leis reservaram aos mais fortes."

"Quando anunciaram à marquesa a chegada do sr. de Vandenesse, ela perturbou-se; e ele sentiu-se quase envergonhado, apesar da segurança que, nos diplomatas, é uma espécie de hábito. Mas a marquesa logo adotou aquele ar afetuoso sob o qual as mulheres protegem-se contra as interpretações da vaidade. Essa atitude exclui qualquer segunda intenção e controla, por assim dizer, o sentimento temperando-o nas formas de polidez. [...] Somente aos trinta anos uma mulher pode conhecer os recursos de tal situação, nela sabendo rir, gracejar, enternecer-se sem comprometer-se. Possui então o tato necessário para fazer vibrar num homem todas as cordas sensíveis, e para estudar os sons que obtém. Seu silêncio é tão perigoso como sua fala."

"Para o desespero das mulheres, sua apresentação era impecável, e todas invejaram-lhe o corte do vestido, a forma de um corpete cujo efeito foi atribuído ao gênio de uma costureira desconhecida, pois as mulheres preferem acreditar na ciência dos vestidos do que na graça e na perfeição daquelas que sabem usá-los."
Tami 11/02/2015minha estante
Vc sabe dizer quantos anos Helena tinha quando fugiu?


Caroline Gurgel 03/04/2015minha estante
Tami, não me lembro de jeito nenhum dessa informação :/




Gláucia 30/11/2015

A Mulher de Trinta Anos - Honoré de Balzac
Publicado em 1832, esse é sem dúvida o mais emblemático título do autor. E um dos piores que já li.
Não gosto de contraindicar livros mas esse só deveria ser lido por quem já leu boas obras do autor, caso contrário corre o risco de nunca mais querer ler mais nada dele, o que é uma pena, já que se trata de um autor excelente.
O livro é cheio de falhas e é até difícil saber por onde começar. Na introdução, Rónai nos conta que as seis partes que formam o romance foram originalmente publicados separadamente em forma de contos e que só por insistência dos editores Balzac o transformou num romance único. Isso fica evidente pois cada parte parece ser outra história, sem continuidade com a anterior, tendo em comum apenas a protagonista ser a mesma, Julia d'Aiglemont, uma mulher que não conseguiu se realizar no casamento nem na maternidade.
Não encontramos unidade psicológica nem mesmo nos personagens, retratados com personalidades diferentes em cada parte sem que haja nenhuma explicação para isso.
O título do livro, que fez sua fama, poderia ser qualquer outro, Julia tem 30 anos em apenas 1 das 6 partes do livro. Em apenas um trecho o autor desenvolve a tese da mulher de 30 anos, para ele a idade em a mulher encontra o ápice no amor.
Em uma das partes há uma mudança da narrativa, Balzac narra um crime em primeira pessoa que ele presenciou por trás de uma árvore. Totalmente sem noção
Temos de um tudo nesse livro, é um verdadeiro samba do criolo doido: amante escondido no guarda-roupa, tom melodramático de novela mexicana e até mesmo uma aventura de piratas!
O que há de positivo, não apenas nesse mas em outros livros, foi o fato do autor ter colocado no centro do romance protagonistas femininas de 30, 40 e até 50 anos, e isso não era comum na época. As mocinhas costumavam ser sempre novinhas, na casa de seus 16 a 20 anos.
Em uma palavra: caótico.
Marta Skoober 30/11/2015minha estante
Adorei a resenha!


Marta Skoober 30/11/2015minha estante
Agora parece que está chovendo 1 por aí, não?
Tomara que suas futuras leituras sejam mais prazerosas.


Gláucia 30/11/2015minha estante
Você leu esse, Marta? Que horror, esse livro fala totalmente contra a genialidade do autor!


Gláucia 01/12/2015minha estante
Você leu esse Marta?


Marta Skoober 01/12/2015minha estante
Foi um dos primeiros que li, naquela coleção da Abril.
Quando terminei lembro que pensei: era só isso? Mas, eu já tinha aqui Pons e Goriot, e um dia mesmo sem muita fé resolvi lê-los e fiquei encantada. Goriot é muito bom, um dos melhores, mas tenho uma predileção por Pons.


Marcia Cogitare 12/12/2015minha estante
Ainda bem que vc avisou sobre este livro. Mais um que não terá minha atenção


Luana Sousa 31/03/2018minha estante
Infelizmente foi meu primeiro contato com o autor, mas a sua resenha resumiu tudo que senti e sendo assim ainda darei outra chance ao Balzac.




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R...... 14/10/2018

A leitura foi enfadonha e insossa. Pudera, afinal, mostra as ilusões e desilusões de uma pessoa infeliz e malsucedida, com o autor desejando tornar esse aspecto evidente. Porém, o livro não se resume nisso, e esse é seu valor, pois em seu contexto transcende uma história melodramática para se tornar retrato de algo comum na sociedade. Essa percepção não pode ser dissociada.

A exemplo de outros autores no século 19, Balzac trouxe para a literatura o fracasso e infelicidades no matrimônio vivido como mera convenção social, longe também do real sentido divino de amor, companheirismo e fidelidade. Julia D'Aiglemont teve essa experimentação, em várias fases da vida, e era um retrato comum para as mulheres. Sem valorização de felicidade conjunta, desdobrando-se em histórias de ilusões e decepções, que chegam a se estender aos filhos.

Interessante também o paralelo de Julia com a filha Helena, em que o autor talvez tenha proposto algo libertário a seus leitores, pois a jovem, contrariando as convenções sociais e o que a mãe viveu, escolheu algo diferente, onde foi feliz. A proposta só pode ter sido essa, de disposição libertária, pois Balzac não iria elevar um descaminho como o sugerido pela escolha da moça: um pirata, subjetivando bandidagem... É uma provocação à realidade vivida pela mãe e outras mulheres, uma atitude avessa, pelo menos o que pensei.

A tristeza e fracasso, ilusões e desilusões, casamento infeliz, traições, em alguns de seus porquês na história de uma mulher no século 19. Foi o que a leitura instigou em minha experimentação.
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Karinne 28/04/2021

A crítica em relação a sociedade francesa da época é ótima, mas a leitura é cansativa. Entendi o termo mulher balzaquiana e que venha os 30.
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Daniel.Alcantara 30/04/2022

Prefiro Lucíola
A Mulher de Trinta Anos de Honoré de Balzac
Tradução de Pietro Nassetti
Editora @editoramartinclaret
Título original La Femme de Trente Ans

A maioria das minhas amigas leram este livro ao fazer trinta anos e ficaram um pouco decepcionadas. Não que o livro seja ruim. É um livro magnífico. Mas trata de uma mulher de trinta anos da aristocracia francesa em meados do século XIX.
Hoje dificilmente veremos mulheres da mesma classe social já viúvas e avós aos trinta anos. Esse é então o primeiro impacto que o livro pode causar.
O discurso feito pelo pai de Júlia já demonstra um rompimento completo com o romantismo alemão, o que deixa claro ainda com o final miserável de Helena por ter se guiado pelo Sturm und drang.
As sequências de desilusões amorosas sofridas por Júlia, que não conseguiu amar a primeira filha e, por fim, não consegue instigar o amor de Moína, única filha que sobrevive, mesmo dedicando sua vida a ela, coloca o leitor a pensar sobre o amor.
Triste esta percepção cética, irônica e até sarcástica que o autor enxerga no amor.
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Lorena252 17/07/2023

A mulher de trinta anos
A narrativa dar saltos gigantescos e você acaba se perdendo nos acontecimentos, me senti bem confusa lendo, mas apesar de tudo tem alguns textos bem bonitos em volta.
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