@pedro.h1709 16/05/2019O Símbolo PerdidoEm "O símbolo Perdido", o autor aborda como temas centrais a cultura Franco-maçônica e a ciência noética, além de criar um vilão estrategista e extremamente agressivo; o quê cria a típica sensação de urgência.
O livro em questão apresenta uma estrutura literária e organizacional característica de Dan Brown, que é perceptível a qualquer leitor que já tenha se aventurado em alguma de suas obras. São evidentes os capítulos intercalados, A personagem feminina que comumente acompanha o protagonista, os amigos influentes de Langdom, a presença de anagramas, códigos e cifras; a descrição das obras de arte e dos monumentos clássicos... O escritor parece ter descoberto a fórmula perfeita para que seus títulos alcancem um enorme número de vendas.
O escritor tem grande habilidade em criar narrativas visuais sem exagerar em descrições e seu texto é facilmente adaptável a um roteiro cinematográfico.
Os capítulos falam sobre a apoteose do homem, a ascenção do humano ao divino através do saber, da capacidade do pensamento humano em influenciar o mundo físico e de Deus como um conjunto de muitos.
"Não sabeis que sois deuses, disse Hermes Trismegisto."
"Abracadabra... suas raízes estão no antigo misticismo aramaico: Avra Kedabra significa ?Eu crio ao falar?."
"Langdon nunca tinha entendido por que os primeiros trechos da Bíblia se referiam a Deus como um ser plural. Elohim. O Deus Todo-Poderoso do Gênesis era descrito não como Um... mas como Muitos."
Embora alguns pensem que a leitura de Dan Brown é rasa, é impossível passar por algum de seus livros sem encontrar nada que te seja novo. No meu caso, em particular, o quê mais me chamou atenção foi a menção aos Perfluorocarbonos oxigenados, os líquidos respiráveis, e às câmaras de privação sensorial , até mesmo ao seu uso em métodos terríveis de tortura. Outro item muito interessante é a Bíblia de Jefferson descrita quando os personagens tratam sobre a interpretação das entrelinhas dos textos religiosos, especificamente a Bíblia cristã.
"Thomas Jefferson estava tão convencido de que a verdadeira mensagem das Escrituras estava escondida que recortou as páginas e reeditou o livro, tentando, em suas próprias palavras, ?eliminar a estrutura artificial e restaurar as doutrinas genuínas?.
Por fim o texto é bastante agradável e fluido, apresenta importantes reviravoltas, desperta o interesse pela pesquisa dos locais, das obras e dos ritos descritos; e certamente é um de meus preferidos do autor até o presente momento. Indico a todos que se interessem pelas tramas investigativas, pelos códigos e sociedades secretas. Divirtam -se!
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