Monico 21/03/2021
Frustrante
"O conhecimento é uma ferramenta e, como todas as ferramentas, seu impacto está nas mãos do usuário."
Nesta nova aventura protagonizada por Robert Langdon, Dan Brown se vale da mesma fórmula utilizada em ambos os romances anteriores: Robert recebe um convite inesperado que o coloca frente a um mistério que somente ele pode solucionar. Neste caso em específico, o convite é feito por seu antigo mentor Peter Solomon, um filantropo, historiador e cientista. A irmã deste, Katherine Solomon, é precurssora de uma ciência inovadora que pode estar em risco.
O mistério se dá início com a ligação de um aparentemente completo desconhecido, culminando no achado da mão decepada de Peter em pleno prédio do Capitólio, "a Mão dos Mistérios", o convite mais cobiçado da Terra.
Em uma corrida contra o tempo, Langdon quer reencontrar meu mentor e Katherine seu irmão, enquanto precisam solucionar o mistério, encontrar um suposto antigo portal e evitar uma escândalo de segurança nacional, tendo auxiliares um tanto suspeitos para esses feitos.
Dan Brown se vale de sua característica perícia histórica para desenrolar o quebra-cabeça da solução do mistério. O passado, o presente e o futuro se unem na cadeia de evidências necessárias enquanto, juntamente com o protoganista, nos adentramos nos detalhes-chave da trama.
Contudo, em meio a enxurrada de reviravoltas que a história dá, a narrativa se perde e o que seguia instigante passa a ser um tanto frustrante. A simbologia precisa por trás das evidências se transforma em um série de teorias conspiratórias mal embasadas e bem duvidosas, mudando a derradeira perícia histórica em uma série de sofismas conspiratórios.
Instigante e decepcionante.