Mateus 28/06/2010
Dan Brown já é meu escritor preferido há muito tempo. Li todos os seus livros, e cada um era uma surpresa. Claro que ele segue uma linha comum em todos os livros (códigos, segredos, perseguições, inúmeras mortes, casal apaixonado, um beijo, final feliz), fazendo com que todos tivessem o mesmo estilo, mas as informações que ele dava, o grande número de conhecimento que passava, era incrível. Ao acabar de ler seus livros, ficava um bom tempo fissurado pelo assunto que eles tratavam, e era difícil me interessar por outra coisa. Quando foi lançado O Símbolo Perdido, não perdi tempo e quis logo ler, pois um livro desse grande escritor não podia ser perdido. Mas ele não foi tão bom quanto eu pensava.
Em O Símbolo Perdido, Dan Brown foge um pouco de sua linha narrativa. Os personagens principais são um casal, mas eles não estão apaixonados. Não há tantas mortes como nos outros livros. Nada de Robert Langdon ser perseguido por umas cinco pessoas diferentes. E talvez, por fugir dessa linha, é que o livro não ficou tão bom.
Como disse antes, quando acabava de ler os livros de Dan Brown, ficava semanas e mais semanas pesquisando sobre o assunto. Mas com O Símbolo Perdido isso não aconteceu. Os maçons me interessaram, mas não tanto a chegar a esse ponto. Quando estava acabando de ler o livro, vi o monte de páginas que havia lido e pensei: "Nossa, li tantas páginas mas parece que não li quase nada!". Robert Langdon não vai a tantas lugares como nos outros livros, e nem mostra sua grande inteligência. Uma coisa que me irritou e muito foi seu ceticismo. Um homem que andou pela França em busca do Santo Graal, o possível corpo de Maria Madalena, e uma bomba dentro do Vaticano, porque não poderia acreditar em um Grande Segredo maçom? Esse foi o grande erro de Dan Brown.
Grandes pontos negativos povoam o livro, mas não pensem que ele é ruim. É realmente um livro excelente, cheio de informações e curiosidades de Washington e a maçonaria. Tem o mesmo estilo de todos os livros de Dan Brown, Robert Langdon tentanto desvendar um mistério para salvar um antigo amigo, sendo perseguido por um lunático assassino. Essa fórmula, por mais que já esteja se tornando repetitiva, não me cansou. Mas se o compararmos aos outros livros do autor, ele não é o melhor. Sem sombra de dúvida, Anjos e Demônios, Ponto de Impacto e O Código da Vince são bem melhores do que ele.