Resenhas - Sagarana

Rafaelle Frederico 22/03/2021

Uma boa surpresa, há contos realmente maravilhosos e poucos que encontrei dificuldades de seguir a leitura

Girassor 12/03/2021

Maravilhoso!!!
Tenho uma amor enorme por contos, ainda mais quando tem um contexto maravilhoso. Os contos tem ligação com a vida do sertão, personagens e histórias incríveis. Você com certeza irá começar ler um conto e não vai querer parar de ler até terminar, para saber o que vai acontecer. Pelo menos, foi o que aconteceu comigo.
Esse livro é apaixonante, de leitura simples e envolvente. Para quem gosta de contos, como eu, recomendo muito.

danilo 08/03/2021

neologismos não são difíceis
Muitos não leem as obras de João Guimarães Rosa por sua complexa linguagem mineira, além de seus neologismos. Entretando, em Sagarana, o autor decide escrever um conjunto de nove contos esplêndidos, cada um contando uma história diferente e com características literárias em um nível compreensível. Uma leitura que vale a pena, sem dúvidas!

Barbara 18/02/2021

Difícil de entender
A escrita de Guimarães Rosa nunca foi de fácil compreensão, mas achei esse um pouco mais complexo que o normal. O livro consiste em um conjunto de 12 contos que relatam a vida dos sertanejos, suas motivações e intreigas. Apesar das dificuldades, é muito interessante.

Monique 16/02/2021

Desisti de ler esse livro, apesar de já ter lido uma vez. É muito pesado e complexo, e, acima de tudo, chato.

Thamara 25/01/2021

Gênio
Guimarães Rosa foi um gênio da literatura brasileira, com esse modelo de escrita único e incrívelmente realista.

caio.lobo. 23/01/2021

Livro que trouxe a vontade dum querer-viver-na-roça
Pensei que não iria gostar no início, mas tudo o que precisei foi de algumas páginas de imersão nessa escrita tão original de Guimarães Rosa. Tem muito de regionalismo, mas há criação de palavras ao estilo alemão, onde a aglomeração de vocábulos dá origem à novos termos, mas no caso de Guimarães Rosa cada termo da palavra longa e separada por travessões (às vezes dava a impressão que eu lia uma tradução de Hegel).
Exemplos na obra: cadeira-de-lona, Todo-Fim-É-Bom, o-que-gosta-de-pastar-à-beira-da-cerca-do-pasto-das-vacas, mal-e-mal, tem-farinha-aí, esse-um, Nomopadrofilhospritossantamêin.

Há também muitas palavras do regionalismo mineiro, algumas antigas por sinal. Exemplos: marruá, cocão, puã, barbicacho, cafua, picumã, cabiúna de queimada, mangolô.

Os contos são todos retratados na roça, interiorzão de Minas, quase na selva mesmo, mas os problemas da condição humana são sempre os mesmos que os da cidade: doença, morte, sofrimento, amor, honra e vingança. Com a roupagem semi-selvagem a condição miserável humana se torna colorida em Sagarana. Há uma gama enorme de personagens, como caboclos, pretos, doutos, religiosos, feiticeiros, bandidos, jumento, bois, etc; há referências escondidas ao budismo, Platão, teatro francês, lógica, Monteiro Lobato. Há também muito da tradição do homem do interior, como cantigas, contos de terror, folclore, feitiços, reza braba. É uma obra que realmente adentra na cultura erudita através da simplicidade do roceiro, com uma complexidade-escrita que mistura campo e linguística, resultado de um autor que veio da roça e ao mesmo tempo falou várias línguas, desde alemão até sânscrito e japonês.

Os contos que mais gostei foram duelo, pelas estratégias e honra; São Marcos, pela macumbaria e densas matas; Conversa de Bois, pela inteligência aristotélica de um boi que erra por excesso de racionalismo e falta de pragmatismo e a transcendência do ser numa união de mentes.

Agora penso, numa linguagem tão complexa com criação de palavras e outras específicas do meio rural, como seria traduzir essa obra em outra língua?

Sarah 31/12/2020

Regionalismo Mineiro
Essa foi a primeira obra que li de João Guimarães Rosa. E confesso que eu amei. Apesar da dificuldade que tive no começo. Todos sabem que Guimarães Rosa é conhecido por criar novas palavras. Além disso, tem o vocabulário regionalista mineiro (o que não foi uma dificuldade para mim, que sou mineira rsrs).
Sagarana é um livro de contos e é um conto melhor que o outro. Meus contos favoritos foram: a hora e a vez de augusto matraga, volta do marido pródigo e corpo fechado.

Leiaaguria 12/12/2020

Obra excelente
Li como obrigatória da UFPR, mas me apaixonei. É simplesmente incrível como Rosa consegue transcorrer por contos tão distintos com gêneros tão diversos sem perder a qualidade de sua escrita. Apaixonada, espero ter a oportunidade de ler mais obras dele como Grande Sertão: Veredas.

Mah 02/12/2020

É um livro brasileiro e interessante, alguns contos chegam a ser cômicos e divertidos

Gustavo Medeiros 24/11/2020

Guimarães Rosa é um gênio
Essa obra é incrivelmente rica em neologismos e regionalismos, além de histórias incríveis em que você percebe que cada palavra foi bem pensada e tem um significado para estar ali. Eu não tenho a capacidade de desfrutar totalmente desse livro magnífico mas consegui me deleitar bastante nessa viagem de JGR.

Jardim 24/11/2020

Os Rios Roseanos - parte 2
No dia em que escrevo, comemora-se o "Dia do Rio" e com isso aproveitei para publicar algumas reflexões a respeito do papel dos rios nas obras de Guimarães Rosa que li, e compartilhar, a partir de minha interpretação, o que eles têm a nos ensinar. A primeira parte desta "saga" está em "Grande Sertão: Veredas". Em "Sagarana", já no primeiro conto, “O Burrinho Pedrês”, Guimarães Rosa nos ensina sobre a paciência. Na travessia final do conto, o bando do Major Saulo precisa cruzar um caudaloso rio, cheio depois de uma tempestade. O momento derradeiro acaba com apenas o velho burrinho (e dois homens que se seguraram a ele) se salvando, enquanto os jovens e fortes cavalos acabaram se afogando. Somente o burrinho se salva por sua experiência. Sabendo que não havia como lutar contra a correnteza, apenas deixou que fosse levado pelas águas até o outro lado, enquanto os cavalos se desesperaram e foram levados pelo rio. Na maioria das vezes, não podemos vencer da fúria da vida. Muitas coisas escapam do nosso controle: pessoas, eventos, o tempo e não há nada que se possa fazer a não ser manter a calma e esperar pacientemente. Também não se trata de ser passivo em relação ao que há de errado, mas sim, de reconhecer seu lugar no mundo, sua impotência em relação àquilo que é maior do que você, e que às vezes, não fazer nada é a melhor solução.

Daniel.Azevedo 23/11/2020

Agradeço ao vestibular da universidade federal do Paraná pela recomendação