Resenhas - A falência

Carla.Parreira 17/10/2023

A falência
?
Achei engraçado o trecho: ...Durante o almoço, os pratos são bem acolhidos e Francisco Teodoro afirma que, de tão saborosos, só poderiam ter sido preparados por uma mulher. Afinal, ?as panelas são para elas?...

Pietra.Scorzato 15/10/2023

Daria uma excelente novela das 6 na Globo
Uma obra enrolada, mas "acessível" sintaticamente para época que foi escrita, muito diferente de Machado de assis. (Mesmo assim recomendo a leitura no kindle ou com um dicionário junto, pq alguns termos são cruéis)

É uma verdadeira oposição aos românticos, e além disso, cheia de críticas ao machismo vigente na época.
Um livro riquíssimo em detalhes, personagens e diferentes enredos, focando em mulheres fortes e bem desenvolvidas em oposição a homens comuns e "batidos" de sua época.
Além disso, o contexto historico (era vargas) é extremamente bem apresentado através do "protagonista" Theodoro!


Agora sobre a minha experiência de leitura: se não fosse uma obra que será cobrada daqui 1 semana no vestibular eu provavelmente não teria terminado a leitura (facilmente poderia ter metade das páginas).
Mas agora que conclui, acho que valeu muito a pena.

E o que mais me pegou na leitura foi o fato das personagens serem "personagens tipo", pq representam claramente qualquer família da elite cafeeira e deixam a história muito realista mesmo.

elli elli 13/10/2023

LEITURA OBRIGATÓRIA DA UFRGS 6/11
Ruinzão. Chato. Absurdamente chato. Nada acontece, a falência só ocorre no fim do livro, e considerando que foi o único ocorrido relevante no livro inteiro, isso diz algo. Sei que o objetivo do livro foi focar nas relações, mas não focou bem então acabou sendo um livro sem qualquer sentido ?. Gostei do final (mais ou menos) então ganhou uma estrela, mas foi todo chocho e mal feito, sem desenvolvimento de nenhum personagem e com apenas breves lapsos na psique de alguns, superficialmente. Nunca leria se não fosse obrigatório, não recomendo.

patheros 12/10/2023

História infalível
Essa foi uma das leituras obrigatórias da UFPR, a qual, como qualquer outra, iniciei sem muito ânimo. as primeiras quatro páginas foram penosas e somente elas.
Júlia Lopes de Almeida conseguiu, uma uma sensibilidade e perspicácia tremenda, retratar a burguesia: a ilusão de riqueza e o medo de voltar à pobreza. [a partir daqui, muitos spoilers meio sutis mas nem tanto]
com uma construção paciente (o que de longe é um dos pontos altos do livro), é possível apresentar as personagens e todos os seus anseios: dona Joana (cuja devoção, surpreendentemente, não beira a hipocrisia), Noca (uma das mais resolvidas e sábias daquelas casa, conseguiu inculcar em mim diversas superstições), Ruth (uma sonhadora bem bobinha que se mostra bem realista com tudo o que aconteceu), Mila (essa demorou para acordar, mas o fez satisfatoriamente bem) e Nina (daquela que recebia ordens àquela que dá ordens, sempre com a doçura que lhe é comum).
em relação aos personagens masculinos, todos tiveram o que mereciam: Theodoro, passivo ao longo de todo o livro, em um ímpeto de decisões arriscadas perde tudo e Gervásio, sempre com respostas pomposas, não soube dar a resposta correta àquela que mais o amou.
quem saiu ganhando foi o Rino, que finalmente soube se desvencilhar daquela família destrambelhada.
recomendo a todos.

eduarda 09/10/2023

LINDO
Foi a leitura obrigatória do trimestre em minha escola, comecei sem expectativa alguma e me surpreendi muito!!!
O começo é parado, as primeiras 60 são um porre, mas depois disso a história escala e fica uma delícia.

TE AMO CATARINA

Camilla288 01/10/2023

A Falência
A Falência conta a história do empresário cafeeiro, Francisco Teodoro, do século XX no Brasil. Ele é um homem muito rico, casado com Camila e pai de quatro filhos. No entanto, Camilla tem um caso com o amigo da família, doutor Gervásio. A trama acontece mostrando o cotidiano da família, as paixões de cada filho e o amor entre os amantes. No meio da história, Francisco Teodoro decide investir na bolsa de valores e com isso acaba indo à falência e perde tudo. Desolado, ele se mata e Camilla tem que se mudar para uma casa pequena junto a suas filhas, a empregada e sua sobrinha. Ela ainda ama a seu amante e decide propor um casamento, mas descobre que ele é casado. Sendo assim, o final mostra que uma mulher n precisa ser casada ou ter a companhia de um homem para ser feliz.

O livro é um pouco difícil de ler, até mesmo para quem é acostumado. Por conter uma linguagem mais difícil, a leitura não é muito fluída. Com o decorrer da história, você se apega aos personagens e acaba envolvido na trama e com os acontecimentos mais pesados, como o suicídio e a falência, há um certo pesar pelos envolvidos.
Eu recomendo o livro para aqueles que gostam de naturalismo brasileiro e de obras de época.

ManuelaMFernandes 01/10/2023

3??
A típica leitura clássica, eu sempre acho arrastada e difícil de ler.

A história toca em coisas importantes como a vida dos negros naquela época e a das mulheres.

Só foi ficar interessante para o final, achei descritiva demais, em momentos que nem precisava.

Não consegui me apegar em nenhum personagem muito não.

O final foi bonito até.

laurenwenclevski 19/09/2023

Diferenciado
Primeiro livro lido escrito pela Júlia Lopes e admito, me surpreendeu. Interessante ver como
o dinheiro controlava tudo nessa época- agora também- porém lá era um símbolo aquisitivo de poder, se fosse pobre era símbolo de humilhação e vergonha. O homem era o papel que cuidava do dinheiro e da casa para o sustento da família. Teodoro, marido de Camila, achava que isso era tudo, dinheiro era o seu sustento de vida, quando o perdeu, se perdeu também. Camila não vivia o amor no casamento, e traia-o com o médico da familia Dr. Gervasio que vivia sua mocidade.
O livro em si não tem muita revoltas, quando chega pro fim ele se desenrola e mostra como Camila lida com os problemas familiares e sociais sendo uma mulher viúva com 3 filhas.

Bruno Oliveira 18/09/2023

É NA DIFICULDADE QUE A VERDADE É REVELADA
A falência, da carioca Júlia Lopes de Almeida, nem parece um romance! Devida a quase ausência de mais de um clímax ao longo dos vinte e cinco capítulos (o que é esperado em se tratando de tal), ele mais se assemelha a um longo conto, a uma longa novela. Contudo, esse “banho-maria” na narrativa é proposital e só mostra muito bem como a autora é mestre em ir mostrando como cada personagem é antes do baque que transformará radicalmente suas vidas. O leitor esperto sempre fica tenso, na tensão mesmo de como cada um ali vai se comportar depois da derrocada. Cada personagem é bem descrito e cada um ali carrega um significado social (moral? filosófico? ético?) — dizer mais é dar spoilers, então... E o que fica? Oras, A falência tem ótimas imagens da cidade do Rio de Janeiro do começo do século XX, discute o Feminismo, de certa forma, bem antes de muitos aí do mesmo período e traz uma moral super atual: só a mulher (ou as mulheres) pode(m) se salvar(em).

mari borsoi 18/09/2023

A falência
Não entendi o propósito da história, não entendi a mensagem, ou seja não entendi muita coisa. Mas foi legalzinho de ler até, e a escrita é bem gostosa. Foi bom pra passar o tempo, mas nada muito além disso.

SweetAnteros 15/09/2023

A falência pode ser mais que um livro de vestibular
Já indo contra o título, eu tive que ler A Falência de Julia Lopes de Almeida pra escola. Mesmo assim, basta dizer que o livro te prende de uma maneira extremamente diferente de outros clássicos que somos forçados a consumir. Primeiro, é avassalador como a escritora foi a frente de sua época. As críticas aqui tem um tom velado em sua forma, mas as personagens encubadas de espalha-las fazem o trabalho com maestria, dissertando sobre as problemáticas do patriarcado e do sistema escravista, que em teoria, não estava mais em vigência na época. Dessa forma, o cenário de um Rio de Janeiro burguês, em que os palacetes e a avareza tomam conta das ruas com a petulância de um monstro, são muito bem detalhados. O livro puxa essas temáticas por meio de personagens mulheres, como exemplo Camila, esposa de Teodoro e a protagonista. Camila vive um caso de infidelidade com o médico da família, doutor Gervásio, e experimenta com ele a liberdade de um amor que não tem com seu marido. A história se desenrola no ritmo de uma fofoca, mas não é essa a pauta da narrativa. A narrativa é sobre aquilo que salva Camila no final de sua história infame: a união feminina. E é aqui, senhoras e senhores, que vemos que o romance, as dificuldades de um amor secreto necessário para um moça que reprimida pela sociedade, não tem direito de viver o verdadeiro amor, se encontra secundarizado pelo verdadeiro conceito de amor e carinho que Camila poderia ter: o de outras mulheres. Assim, A Falência é uma história necessária para a compreensão de não apenas pautas históricas, mas de como a existência feminina não deve ser limitada a existência masculina, e sim existir por si mesma e apenas. Recomendo a leitura a qualquer época do ano e para qualquer um, não apenas aqueles que devem prestar o vestibular.

Pegue seu café e se divirta com uma fofoca que te ponha pra pensar. Boa leitura!
Ant;

celestx 15/09/2023

As estrelas eram como um bouquet de variados matizes ?
Esse livro me surpreendeu de diversas formas, mas principalmente por ter me envolvido, mais do que eu esperava, na narrativa.
A Júlia transmite os sentimentos dos personagens com tanta riqueza de detalhes que não tem como não se apegar a eles, inclusive àqueles que agem com certa ?rispidez?.
O modo como ela retrata a relação do Francisco Teodoro com as suas filhas gêmeas é de aquecer o coração. Ele acaba se desdobrando e permitindo demonstrar um pouco de carinho, mesmo que breve. Nesse quesito de emoção, a cena dele escutando a sua filha Ruth tocar violino no meio da noite do lado de fora, pois ela não queria perturbar a tristeza da família, foi um dos episódios mais tocantes para mim.
Outra personagem que me tocou foi Camila, representando a realidade de uma burguesa do Rio de Janeiro em pleno século XIX que dependia, exclusivamente, de seu marido para ter a vida que tinha. A maneira com que a autora faz a matriarca se desprender de suas amarras é muito bem estruturada e alguns podem até se identificar com o choque de realidade que Mila teve.
A leitura, de certo modo, é meio demorada no começo, mas depois que você se conecta com a história, ela flui com facilidade.
Enalteço, mais uma vez, o detalhamento que Júlia faz questão de trazer para cada acontecimento. Isso faz com que você próprio se sinta no Rio de Janeiro da época abordada.
A única coisa que eu gostaria que fosse incrementado era uma maior noção, atenção ao romance/relacionamento de Francisco e Camila. Todavia, entendo, perfeitamente, que este não era o foco temático da obra.
Foi um livro que adorei, de coração, ler?

??O descuido do pressentimento é uma falta que a consciência não perdoa?
-pg. 185

Duda Vi 12/09/2023

É um livro muito bom mas com a leitura meio cansativa... mas coisas mais chocantes só acontecem no final e a história meio que se arrasta pelo livro todo
mas é um livro bom considerando ser um clássico
Já o final é bem surpreendente e compensa toda a enrolação kkkk

Isa 05/09/2023

A falência
Eu não teria lido esse livro se não fosse pelo vestibular da ufpr, mas estranhamente eu gostei bastante!!
acho que de todos os livros pra vestibular que eu já li, esse foi o melhor.
me interessei bastante pela história, gostei de saber sobre a vida da família de francisco teodoro e dos problemas que eles passaram.
se não fosse pela linguagem usada e pela trama envolvendo o café, seria facilmente um livro escrito nos dias de hoje!!!!

gutozzi 04/09/2023

Começo ruim
O livro em si é muito bom, rico em detalhes, com uma história muito boa. Desgostei apenas do começo, a história deu uma desvirtuada do restante e com muito nomes de uma (tive que voltar algumas vezes para ver quem era quem).