Um copo de cólera

Um copo de cólera Raduan Nassar




Resenhas - Um Copo de Cólera


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Alê | @alexandrejjr 29/06/2020

A rudeza singular

É um clichê à espreita, mas é inevitável não falar que "Um copo de cólera" é uma novela intensa.

O paulista Raduan Nassar é uma figura enigmática. O cara lançou três obras, virou um ermitão e ainda ganhou o atual maior prêmio de literatura em língua portuguesa, o Camões. Mas este livro ajuda a compreender o porquê.

A força da narrativa, a intransigência da linguagem e a aspereza do diálogo formam juntos um desafio ao leitor. E é isso que faz esta obra ser tão peculiar.

Vale destacar aqui o conselho do mestre Saramago: caso sinta dificuldades, tente ler em voz alta. Ao realizar esse ato, é possível que você incorpore um pouco do fluxo de loucuras que guiaram Raduan na escrita deste livro. Além disso, fique atento aos subtextos que tocam em pontos como a política e a hipocrisia da sociedade brasileira.

Gosto muito deste livro. Li ele numa viagem para o Carnaval, um momento bem avulso, mas que valeu cada segundo.
Luisa.Castro 11/06/2021minha estante
Eu quero muuuito ler Raduan Nassar!!!


Alê | @alexandrejjr 11/06/2021minha estante
Vale a pena, Luísa. Eu só li esse, mas tenho muita vontade de ler "Lavoura arcaica".


Matheus.Vanin 12/06/2021minha estante
Bacana, Alexandre! Não sabia dessa parte do isolamento do autor. Gostei muito de Lavoura Arcaica


Carolina.Gomes 12/06/2021minha estante
O que eu mais gostei.




3.0.3 02/02/2024

Unindo a emoção e a razão num incrível amálgama de ­alquimista
“[...] bestas paridas de um mesmíssimo ventre imundo, éramos todos portadores das mais escrotas contradições.”

Narrado em primeira pessoa, Um copo de cólera (1978), de Raduan Nassar (1935-), deflagra a vida cotidiana de um casal, oferecendo vislumbres da dinâmica comum, porém complexa, de seu relacionamento. A obra mergulha nos pensamentos, nas impressões e nas emoções do protagonista, pontuando uma noite apaixonada de amor – descrita com ricos detalhes – e a rotina matinal do casal – especificamente o café da manhã.

A narrativa abre focando na conexão emocional e sexual entre o narrador e a sua companheira. Por meio de descrições, o leitor tem um panorama da vida e da rotina do protagonista, apesar dos acontecimentos da história se desenrolarem em poucos dias. Inquieto e intenso, cada capítulo tem um único parágrafo, marcado por muitas vírgulas e um ponto final. Ainda que isso possa soar estranho, acrescenta um senso de urgência e intensidade à narrativa, preparando o cenário para os momentos culminantes da obra.

“[...] atrelado à cólera – eu cavalo só precisava naquele instante dum tiro de partida.”

O dia avança normalmente até chegar ao capítulo “Esporro” – ápice da trama, tiro de partida. Desencadeado por um incidente trivial, que se transforma em uma explosão de raiva, um cálice de ódio, desenvolve-se um confronto verbal, fervoroso e combativo entre os dois. No entanto, é fundamental ressaltar que o que acontece aqui não se trata de uma mera altercação entre casais. A forma como se desenrolam as trocas de provocações e de insultos entre o casal é eloquente, evocando uma sensação de orgasmo por meio de um texto arquitetado em fluxo musical. O domínio da linguagem e a maneira como as ideias são expressas são a verdadeira tônica da narrativa. A habilidade lexical de Raduan Nassar dimensiona a intimidade do casal de forma espantosa. As descrições expõem ao mesmo tempo detalhes provocativos e belos. Embora seja extenso, com mais de cinquenta páginas em único parágrafo, é praticamente impossível pausar a leitura, pois a prosa potente e o estilo da narrativa ditam o ritmo para a discussão frenética do casal. Transitando com velocidade entre diversos assuntos, a obra combina com maestria uma infinidade de ideias. O conflito que se segue é fabuloso, com insultos que vão do pessoal ao ideológico, onde colapsa da boca do protagonista a sua criação arquitetônica-metafórica.

Para compreender o livro e a profunda expressão artística que ele incorpora, é necessário aprofundar o problema da linguagem à própria obra. Não se trata do criador ou do destinatário, mas do seu poder para lançar a verdade. Embora aparentemente subjetiva, a voz narrativa serve como uma máscara que esconde o problema mais profundo do livro. Essa linguagem, que varia dependendo do meio, reflete metafisicamente o mundo, as emoções e as sensações humanas. Por meio da arquitetura da linguagem, a obra capta um momento da realidade que não difere de nenhuma outra experiência. A força da verdade exposta reside na capacidade da obra exteriorizar o seu eu interior, que a sociedade muitas vezes marginaliza, testemunhando assim o caráter irreconciliável da sua existência.

A obra não tem como finalidade a comunicação. Em vez disso, evolui por um meio de linguagem que rejeita a ideia de transmitir qualquer mensagem específica. Enquanto fenômeno de linguagem e obra de arte, Um copo de cólera é essencial e afirma a sua independência, primando por uma estrutura original que a diferencie das demais obras. Além disso, expõe um cenário inesquecível, ainda que esquecido por muitos escritores. Este cenário é a existência de uma linguagem distinta que estabelece uma ligação profunda entre a expressão poética no mundo e a linguagem da humanidade. O compromisso poético de Um copo de cólera para com essas duas linguagens não procura estabelecer um modelo ou equivalência, pois a linguagem poética não envolve diretamente finalidades práticas ou assuntos vivos. Em vez disso, simplesmente nomeia e capta a essência da sua própria existência.

Agarrando-nos às maravilhas que têm nomes, atravessamos Um copo de cólera como quem atravessa a névoa da existência, como quem atravessa o mundo à medida que as palavras partem. É um problema de linguagem. Em busca de alguma distração que nos proteja da compulsão da palavra, enredamo-nos na essência das folhas, inflamadas por corpos que declinam para o esquecimento, para o vazio, com destino a ninguém. Os ciclos dos corpos ganham forma e são revitalizados em línguas alternativas, adornadas com diferentes denominações. A tinta ressecada nos lábios da fera deixa um sabor acre. Ao ler Um copo de cólera – o sonho das águas –, transpiramos linguagem, arranjando a antologia da nossa raiva. Transborda, por fim, a palavra, ressoando a musicalidade silenciosa dos abismos.

A sua conclusão acena à imprevisibilidade. Um copo de cólera vai além de um simples delineamento prático de pontos geográficos para uma navegação segura. A expedição incorpora algo muito mais grandioso, e é preciso audácia e coragem para nos aventurarmos no território desconhecido da nossa existência. Para compreender a profundidade e a essência do seu rico vocabulário e para enfrentar a complexidade que acompanha a sua leitura, deve-se ler a obra lenta e atentamente, pois, embora breve, trata-se de um livro denso. É só por meio desse gesto que podemos compreender o profundo impacto de Um copo de cólera e prestar homenagem ao legado artístico de Raduan Nassar e às possibilidades incalculáveis ​​que se desenrolam sob a sua linguagem. É uma experiência literária verdadeiramente magnífica.

Durante a década de 1970, Raduan Nassar escreveu dois livros renomados. No entanto, a sua insatisfação com o mundo literário o levou a abandoná-lo. Após isso, mergulhou na vida rural, mudando-se para a sua fazenda. Depois de algum tempo, doou a sua propriedade para a universidade (UFSCAR). Aos 88 anos de vida, Raduan Nassar permanece avesso aos holofotes, nunca se acostumando com a atenção e com a popularidade que surgem em seu caminho.

“confesso que em certos momentos viro um fascista, viro e sei que virei, mas você também vira fascista, exatamente como eu, só que você vira e não sabe que virou; essa é a única diferença, apenas essa; e você só não sabe que virou porque – sem ser propriamente uma novidade – não há nada que esteja mais em moda hoje em dia do que ser fascista em nome da razão.”
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larissa dowdney 09/08/2009

Profundo.
Acho que não faz sentido comparar com Machado, são escritas diferentes. Mas acho ele mais intenso que Machado ou qualquer outro escritor! O livro todo é ágil, é profundo, é catártico! É como se os personagens cutucassem a ferida uma do outro e por consequência as nossas próprias feridas. É lindo! Raduan sabe o que faz.
Paulinho 26/11/2014minha estante
Raduan Nassar se tornou um dos meus autores favoritos!




Katia Rodrigues 04/12/2021

Genial
""não que me metessem medo as unhas que ela punha nas palavras(...) sabia, incisivo como ela, morder certeiro com os dentes das ideias"
Julia Mendes 04/12/2021minha estante
Adoooro esse livro, Katia! ? Inclusive também adoro esse trecho! Rsrsrs


Katia Rodrigues 04/12/2021minha estante
Eu tbm adoro, Julia. Raduan é genial com as palavras!


Julia Mendes 04/12/2021minha estante
Devia ser proibido ele ter parado de escrever! ??


Katia Rodrigues 04/12/2021minha estante
Sim ???


Gio 05/12/2021minha estante
Conhece o filme? É maravilhoso.


Katia Rodrigues 05/12/2021minha estante
Conheço sim, Gio.




carlosmanoelt 12/09/2024

Quando paixão e razão coexistem
A trama de ?Um copo de cólera é, à primeira vista, simples: são seis capítulos narrados pelo protagonista que recebe em sua chácara a amante, e o sétimo capítulo sendo narrado por ela. O elemento sexual se faz presente desde o início e não apenas no conteúdo. O ritmo dos acontecimentos igualmente emula o coito, na medida em que começa seduzindo lentamente o leitor enquanto os dois personagens também praticam o seu vagaroso jogo de sedução, até culminar no êxtase do esporro, no frenesi maior que tem lugar não no sexo, mas na discussão que ocorre entre os dois.

A simbiose amor-ódio e suas mais variadas ramificações são e estão nos próprios sujeitos que, polos opostos, aproximam-se magneticamente em prol da volúpia exasperada. Repleto de referências bíblicas e literárias (como Jorge de Lima, Faulkner, Fernando Pessoa e James Joyce), ?Um copo de cólera brinda à desarmoniosa congregação dos díspares que fundamentam as relações humanas. Raduan Nassar combina paixão e razão que resultam num desejo colérico expresso pela linguagem.
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clara.castrobr 03/11/2023

Intenso e frustrante
Ficaria extremante triste caso eu tivesse comprado esse livro. Não consigo entender como demorei tanto pra ler algo tão curto. Insisti por diversas vezes para terminá-lo em uma sentada mas me sentia me forçando a comer uma comida muito amarga. Como de fato, um copo de cólera. Creio que é mais um caso de um livro bem escrito mas que não me apaguei pelo fato de ter adquirido um ranço absurdo pelo protagonista. Li outras resenhas por aqui que o definia como uma história ruim/simples porém bem escrita. Ou talvez, escrita com palavras bonitas e difíceis, concordo absurdamente. Entendo o peso do título e da obra, porém não consegui me conectar em momento algum e não consigo sequer dar mais do que uma estrela.
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joaoggur 27/09/2024

Como beber dessa bebida amarga?
Raduan Nassar é um dos maiores escritores deste país, - e o dito cujo só tem três livros publicados. É isso mesmo. O vencedor do Prêmio Camões de 2016, logo após se tornar um fenômeno devido a seu romance de estreia (Lavoura Arcaica, de 1975), abandonou a literatura. A novela que aqui resenho, Um Copo de Cólera, por mais que tenha sido lançada em 1978, fora escrita muitos anos antes, - tal como Menina a Caminho, uma reunião de contos que, lançada em 1997, estava engavetada desde a década de 60.

O preâmbulo dá-se pelo meu desejo de estabelecer que quantidade não é sinônimo de qualidade; para falar a verdade, eu chego a me entristecer que temos tantas poucas amostras de sua habilidade literária. As palavras são reféns de Raduan; das construções léxicas, do vocabulário, tudo tem uma extrema profundidade semântica, simbólica, num intenso fluxo de consciência.

O casal em questão, protagonista da história, é só um pretexto para podermos adentrar no âmago das relações humanas, mergulhar nas complexidades de nossos sentimentos. Após a matinal comunhão do libidinal, sentam para comer o desjejum, e uma cerca caída, no quintal da casa, é o pontapé inicial para a fúria do protagonista; como se tivesse tomado tantas doses de fúria, tantos copos de cólera, que tivesse deixado de ser quem era; ou, do contrário, tornado-se mais ele.

E o que começa como uma simples briga, com um trivial motivo, um supérfluo motivo de fúria, se transmuta em uma discussão de caráter bíblico, onde cada um dos participantes, ao final, não mais se lembram do pontapé que os levou até o ponto presente; é interessante como parece que estão a despejar tudo que, no fundo, gostariam de dizer um para o outro, mas que a perenidade do dia-a-dia os impede; e, mudando da água para o vinho, todas as características de um começam a incomodar o outro; reclamações dos trejeitos se misturam as de cunho politico, que se misturam a tudo que a cólera traz a tona.

Por mais que curta, a novela é uma grande aula do que é o gênero humano, - como todos os escritos de Raduan Nassar. Creio ser uma boa porta de entrada para o autor.

Favoritado.
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Alanna Fernandes 08/11/2021

Todo mundo fala que é bom. Acho que vou ter que ler novamente pois pareço não ter entendido a essência do livro.

Talvez tenha sido porque peguei ranço do cara que é extremamente violento, abusivo e chega a ser nojento. É difícil engolir. Pensei em abandonar o livro várias vezes. Mas vou tentar ler de novo...
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eldinias 05/03/2009

sem fôlego
Alongue seus pulmões. Respire e expire sem parar. Você está se preparando para mergulhar em algo espesso, denso. Assim que descer estará a cem metros de profundidade. Essa é a sensação desta novela. "Um copo de cólera" é um trabalho sentimental, onde Raduan está ardendo em picadas de formigas, em análises psíquicas. O autor analisa o personagem conforme as emoções vão se derretendo. Uma decomposição sufocante, um soco na boca do estômago em cada sequência.



A melhor novela depois de Machado!

ps.: em seguida veja o filme "Lavoura arcaica".
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Luisa 16/09/2020

que o homem sabe escrever claramente ele sabe. maior vocabulário que ja vi e num texto curto ainda. mas é isso e só, pra mim. fiquei extremamente incomodada com tudo tudo inclusive esse vocabulário extenso que não dava uma trégua nunca. não consigo nem começar a falar o quão insuportável o personagem principal é, basicamente a representação de tudo de mais desprezível do homem. em qualquer situação na vida real onde eu me encontrasse de frente pra um macho desses, não demoraria 3 minutos pra que eu levantasse e saísse. mas não, eu tava lendo. não podia levantar e sair (até podia mas uma vez que eu já tava no meio da leitura também já não era mais a hora de desistir). tive que AGUENTAR.
eu sei lá se essa obra é algo que exige uma certa idade e maturidade que eu num tenho ainda... lendo aos 22 anos digo aqui que odiei. provavelmente era justo essa a intenção dele? sim. mas e daí?
fabio 16/09/2020minha estante
resenha excelente para um livro péssimo. que injustiça!


Andre 06/07/2021minha estante
descreveu perfeitamente o que senti! estou bem representado :)


clara.castrobr 03/11/2023minha estante
meu deus eu me senti 100% contemplado por essa resenha!!! obrigada por isso, conseguiu colocar aqui as melhores palavras pra dizer tudo que senti sobre esse livro e não consegui escrever.




Lucas Rabêlo 15/06/2022

Duas doses de esporrada (metafísicas)
Metafísicos são ambos os protagonistas desta novela intensa e cruenta. Num subtexto político e social, Raduan não disfarça sua logra em engendrar um personagem masculino arbitrário, machista e direitista; a musa, seu enrosco atual, atenta ao enquadramento dado ao seu gênero, mas da inferioridade ela é pertinaz e bem resolvida ao tal papel institucional, ferroa com palavras, acerta com a esquerda, qual sua ideologia, na figura onipresente em que ele é abençoado nos pormenores descritivos dos quatro primeiros mini capítulos, ou partes, num fluxo de consciência exímio de um gênio passageiro como Nassar, obra curta, impressão no espectador, vasta.

Escritos de poucas páginas, gabarita no prenúncio em atar e desatar dois [*****]mplices amorosos, ele e ela, sem nomes, verbalizam indiretamente seus gozos, no enlace erótico que a trama delineia até seu estouro encolerizado – o ato capitular “O Esporro”. A metáfora titular ainda guarda mistérios, não é clara para muitos leitores, a mim, bambeia em dúvidas. O casal, ou rivais, os metafísicos, são categorizados desta forma pela transação de sua guerra particular, uma simples cerca agredida por formigas é o estopim dele em transbordar seu copo empastado do líquido raivoso que ressoará sobre ela, vítima, ouvinte, observadora, reles objeto de cena. Mas esse copo se preenche de que para tamanha explosão? Parece mesmo que precisamos adivinhar, junto da sofreguidão causal, o simbolismo da reação dele, adiantado no café da manhã ao bebericar o recipiente cilíndrico composto de pessimismo.

Sem descrições situacionais em delongas, ou mesmo um desenvolvimento do que é despejado de um sobre o outro, Nassar vai no subtexto para cumprir seu objetivo, ferir uma fera já ferida que renuncia afeto acalorado (a visão dela no epílogo finaliza essa recusa), fruto de um contexto chumbado (lançado em plena ditadura) e solapado nas entranhas dos relacionamentos amorosos. Literalmente um amor nos tempos da cólera. A cólera racional, sentimental.











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May Oliveira =) 19/02/2010

na boaa?
(contrariando as outras resenhas...)
detestei esse livro!
um saco... chatice sem fim...
personagens sem graça... nada a mostrar!
história pobre... uma (longa, longa, longa...) briga sem motivo...
resumindo... só li até o final... pq foi leitura obrigatória no colégio! (ainda bem q é fininho, rsrsrs)
Momss 12/09/2012minha estante
super apoiada! o livro inteiro me lembrou aqueles porres de vinho barato, em que a pessoa vomita sem parar, mesmo depois de não ter mais nada no estômago. os personagens são péssimos e rasos, além discurso presunçoso. urgg..


JeffersonCevada 15/06/2014minha estante
este é um daqueles livros que não faz sentido uma leitura "literal". a história é toda uma metáfora da relação entre a classe média e a mídia brasileira. é como ler A metamorfose de Kafka ao pé da letra.
:-)


May Oliveira =) 15/06/2014minha estante
Bom... eu li o que estava escrito, com o perdão da brincadeira! kkkk
Todavia, se esta foi a razão de eu não ter gostado (ter lido de forma literal), Jefferson, acabo de encontrar mais um motivo pra ter detestado esse livro! Essa metáfora que você relatou... nem de perto, foi expressiva.
Para mim, este livro girou apenas em torno de um um casalzinho chato, sem história, brigando muito (sem motivo) perto de formigas... antes e/ou depois de transarem (nem lembro mais... kkkkk). Enfim, fica aí a minha humilde consideração sobre a obra. E que me desculpe os que gostaram (embora eu continue achando que não há fundamentos para tal posição)!
Abraço!




allan.leitor 13/01/2024

Narrativa intensa e áspera
Em "Um Copo de Cólera", Raduan Nassar descreve de forma exímia a briga de um casal. A novela se concentra em apenas dois dias e no acesso de fúria do protagonista em seu monólogo/diálogo com sua parceira. Tudo leva a crer que na "penumbra do quarto" e ao embalo das carícias e do sexo, logo mais a relação entre eles se desmoronará. O texto do autor é muito bem escrito, trazendo belas e não tão usuais palavras, para vociferar ofensas das mais diversas e desagradáveis. São expostos todos os "defeitos" que cada um enxerga no modo de pensar do outro, de forma categórica e ascendente, levando ao clímax. O primeiro e o último capítulo, trazem o mesmo título, mas com a narrativa do segundo pela visão feminina - o que sugere a cíclica funcionalidade desta relação. Um Copo de Cólera é uma leitura rápida e de tirar o fôlego, assim como permeada de ofensas viscerais, o que condiz com seu título.
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Luana 02/10/2020

Uma longa dr.
É um livro a ser lido num único respiro. Pequeno, intenso e eloquente.
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Luís Henrique 10/09/2012

Um Copo de Cólera
Um livro estranho. Uma forma diferente de escrever. É contada em primeira pessoa e se passa num período de aproximadamente 12 horas. O personagem tem um relato introspectivo muito interessante. O problema, mas ao mesmo tempo é o que realmente acontece conosco, é que ele tem um pensamento muito maleável, e rápido, e sarcástico, e seco. Após uma noite de amor com sua companheira (não é descrito nem uma característica física dos personagens nem seus nomes), o narrador-personagem tem um acesso de fúria, um copo de cólera, desencadeado por um motivo banal. Daí começa uma discussão muito áspera entre os personagens em que eles tentam ferir o outro numa discussão, as vezes, incoerente. E o pensamento do narrador continua a mil, nos enchendo de informações com as quais nós vamos tentando montar um trama, a relação entre os personagens e as suas histórias. Pelo seu estilo diferente eu tive que dar uma boa nota para este livro. É uma leitura consumista, no que diz respeito à nossa atenção, e ao mesmo tempo rápida e envolvente.
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