Tenda dos Milagres

Tenda dos Milagres Jorge Amado




Resenhas - Tenda dos Milagres


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Cristiane.Cardoso 17/10/2024

Bahia - estado mestiço!
Tenda dos Milagres foi um livro que, apesar de inicialmente eu sentir um pouco de dificuldade de leitura, me conquistou, principalmente pela força, determinação e simplicidade do personagem principal, Pedro Archanjo. Jorge Amado, retrata de forma brilhante a dualidade presente em Pedro Archanjo, que era capaz de conciliar conhecimento científico com as obrigações do candomblé, além de ser uma figura multifacetada, ágil e duro na ação quando necessário, e pacato e manso no dia a dia.
A forma como Jorge Amado ilustra a cultura afro-brasileira e dos candomblés da Bahia é um dos pontos que fascinam e enriquecem a narrativa. A análise das fontes da mestiçagem feita por Pedro Archanjo revela a importância e extensão da miscigenação na sociedade baiana, demonstrando que não havia família sem mistura de sangue. A luta de Pedro Archanjo pelo reconhecimento e respeito é comovente, tendo enfrentado demissão da faculdade e empregos precários, sempre persistindo com a paixão de viver. O reconhecimento tardio de sua importância para a cultura baiana é finalmente celebrado no centenário de seu nascimento, demonstrando que Pedro Archanjo é um patrimônio nacional.
Enfim, Tenda dos Milagres é um livro que encanta e emociona, ressaltando a importância da diversidade e da luta por dignidade e reconhecimento.
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Giulia.Rocha 25/09/2024

Finalmente terminei a leitura depois de dois meses, entre muitos altos e baixos. Parte disso foi por fatores externos ao livro, mas também achei algumas partes meio maçantes. Tenho discordâncias com o ideal de mestiçagem que o Jorge Amado defende no livro, como também pontuado no pósfácio de João José Reis, mas o autor constrói muito bem o enredo para a sua defesa nessa obra literária, e não cai na falácia da democracia racial brasileira. Os pontos que mais gostei no livro foram a ironia pra tratar da colonização cultural (Levenson) e da organização das comemorações do centenário, e todo o panorama histórico em que a história é ambientada.
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Ancerisa 10/09/2024

Leia este livro, camarado.
O que falar sobre Tenda dos Milagres? Narrativa cheia de personagens, personalidades, críticas sociais, diferentes referências históricas, importantes contextos históricos.
Me sinto mais familiarizada com a Bahia ( obs: sou da Bahia ) depois desse livro. Quando o livro começa, demorei pra entender todos as figuras, mas a partir do meio do livro me senti conectada a elas, próxima, como se fossem parentes distantes. O livro cria um ambiente magicamente real, como se tudo se passasse no meu bairro, apenas alguns anos atrás. Jorge Amado realmente conseguiu usar das incertezas de Fausto Pena em relação as informações que conseguiu sobre Archanjo na narrativa, parece que você tá lendo histórias passadas boca a boca.
Retiro apenas uma estrela por um motivo que talvez seja meio pessoal. Algumas vezes o livro começa a introduzir muitos nomes, lugares, jornais etc e fico meio perdida. Ainda assim, recomendo muito esse livro.

Apesar dos apesares, é interessante se pensar que os heróis do povo não são perfeitos e nem acabam em luxo como nas fantasias.
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Thanks a Million 03/08/2024

"Pardo, paisano e pobre"
Um livro que fala bem mais do que simplesmente a cultura baiana ou as religiões africanas, que era o que eu esperava de começo, ele evolui à algo que é extremamente pertinente até os dias de hoje, incrível.
Para quem tinha literalmente 0 noção da cultura baiana e africana no geral, esse foi um livro bem difícil de ser lido, ele demora pra engatar, mas quando engata, rapaz, uma das melhores leituras que eu ja tive o prazer de insistir.
Um respiro de ar novo pra quem está acostumado com livros/filmes exaltando a figura da pessoa de alma alva, moral sem dúvidas, núcleo familiar tradicional e etc. Pedro Archanjo como já diz no título, é Pardo, paisano, pobre, mulherengo, cachaceiro, feiticeiro e um dos melhores seres humanos ficcionais que eu ja vi. (Tirando a parte de povoar o mundo, ficar com mulheres muito jovens tendo lá seus 60 anos, mas são os anos 60 né, quem sou eu pra julgar).
Essa fase de Jorge Amado me surpreendeu muito, sem medir palavras ou a criatividade, conseguiu criar um universo extremamente imersivo, ao ponto de eu realmente acreditar que Pedro existiu.
A solução do problema racial ser a mistura completa é algo extremamente interessante e inteligente, algo que no Brasil é praticamente lei.
Se até hoje o espírito de vira-lata continua no Brasileiro, depois de 60 anos dessa obra, não sei o que vai tirar.

"Bote filho nisso camarado, não se acanhe, estrovenga poderosa, pastor de donzelas, sedutor de casadas, patriarca das putas, Pedro Archanjo, com umas e outras, povoou o mundo, meu bom" - essa é a melhor frase deste livro.
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Diego.Felizola 22/07/2024

Se pensarmos no contexto no qual o livro foi escrito, a obra nos abrilhanta com um belíssimo recorte dos problemas sociais enfrentados pelos negros no exercício da sua vida privada e religiosa.

Há passagens belíssimas e fortes, só que o livro não me pegou. É longo demais para dizer o que busca dizer, com personagens femininas hipersexualizadas. A leitura foi lenta e demorada, por vezes tediosa. Outros livros de Jorge Amado são mais interessantes.
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anneentrelivros 27/06/2024

Tenda dos milagres é um livro tão bonito em sua essência. A forma como Jorge Amado ilustra a cultura afro-brasileira e dos candomblés da Bahia é um dos pontos que fascinam e enriquecem a narrativa.

Na história, acompanhamos a vida de Pedro Archanjo, mulato baiano que ganha grande notoriedade após um grande estudioso dos EUA ler seu livro sobre mestiçagem na Bahia e colocá-lo sob a égide de grande luz da sociologia brasileira.

Diante deste cenário, Jorge Amado tece críticas acerca do racismo e aponta a falta de políticas voltadas à questão racial no Brasil dos anos 1920.

Além de ilustrar a estrutura do preconceito de raças, Amado não economiza em criticar a "síndrome de vira-lata" que a elite burguesa da época vivia em relação aos EUA.

Amado nos entrega uma narrativa cheia de brasilidades que fortalece nossas culturas tão diversas e ricas, além de ir a fundo nos temas sobre preconceitos, debates importantes na atualidade.

Tenda dos Milagres foi uma preciosidade literária deste ano, que traz assuntos ainda muito atuais mesmo tendo sido ambientado nos anos 1920.
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Peter.Molina 07/06/2024

Um grito de protesto ao racismo
Este grande livro nos conta a história de Pedro Archanjo, inteligente, mulherengo, combativo, herói de várias facetas, algumas controversas, mas que fazem dele alguém verdadeiramente humano. E como pano de fundo temos a luta contra o preconceito religioso, à miscigenação racial, e o debate de questões históricas como a ditadura e a ascensão do nazismo. O livro demorou pra me pegar ,mas depois da metade Jorge Amado nos envolve completamente na sua história, com momentos carregados de emoção, desde uma simples formatura feita com muita luta, e com a guerra de um policial aos terreiros de candomblé. Uma escrita forte, marcada de expressões afro-brasileiras e regionais, que nos remete a temas até hoje problemáticos no Brasil. Excelente leitura.
Ibn.Al-Ahlam 07/06/2024minha estante
Jorge Amado é espetacular, Peter! Impossível não prender-nos em sua escrita. É realmente incrível como ele tem a gigantesca facilidade de transformar simples acontecimentos em momentos fantásticos!


Peter.Molina 07/06/2024minha estante
Com certeza Luan, esse livro é sublime, fiquei encantado com a escrita dele.


Ibn.Al-Ahlam 07/06/2024minha estante
Ficará mais encantado com os outros livros dele.




Marcus 31/05/2024

Ojuaobá
É um Jorge Amado diferente. Embora se passe na mesma Bahia de todos os demais livros, é quase um ensaio sobre a miscigenação e a cultura baiana. Algumas partes mais lentas e sem um enredo tradicional, ainda assim o livro prende a atenção, quando discorre sobre a genialidade de um fictício homem do povo, sedutor, mulherengo, farrista, como todo bom personagem desse escritor.
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Juliana 28/05/2024

Eu não dava tanto por esse livro, não sabia muito do que tratava, mas foi uma surpresa TÃO TÃO BOA.

Esse é um livro que antes de tudo fala sobre Brasil, fala de colonização, cultura popular, racismo, ditadura, Bahia. A história é em torno do intelectual fictício, mas inspirado em muitas figuras reais, Pedro Archanjo, um homem do povo que se dedicou a entender a mestiçagem e a importância da cultura negra no Brasil. Seu reconhecimento só se dá quando um professor gringo descobre sua obra.

O livro é super ácido, fazendo críticas importantes. Fiquei pensando muito na coisa da mestiçagem, porque li que era um pouco uma crítica à uma certa tendência mais estadunidense na luta antirracista e tudo. Fiquei com vontade de ler um pouco críticas e recepções contemporâneas a como é feita essa discussão.
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Monique355 25/04/2024

Minha opniões acerca desse livro foram bem complexas. A essência do livro é MUITO boa, tem alguns diálogos interessantíssimos e aborda temas de uma relevância e atualidade surreal, no entanto foi uma das narrativas mais chatas que já li na vida é isso prejudicou demais minha experiência de leitura. Eu sei que é um clássico e por isso tem uma linguagem própria, no entanto Capitães da areia também é e é do mesmo autor, mas não senti que foi uma narrativa chata e arrastada como senti nesse. Apesar disso, recomendo a leitura, desde que você vá ciente de que pode não gostar da narrativa assim como eu.
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Jeff_Rodrigo 16/04/2024

De cara, achei o enredo do livro muito provocativo. Jorge Amado não mediu esforços para denunciar o preconceito contra a população afrodescendente em Salvador, na Bahia pós-abolição. 

Aqui, a perseguição contra a cultura, os ritos e saberes dos negros, além de ter o braço forte e covarde da polícia, tem o respaldo da "ciência" branca, européia, em especial, do eugenismo. A parte incrível e cômica, que Jorge Amado costura muito bem nesse conto, é como os argumentos racistas da época vão sendo desfeitos por aquilo que é concreto e palpável no dia a dia da construção da população pobre e preta - a população tipicamente brasileira.

Fiquei espantado ao descobrir que o personagem principal, Pedro Archanjo, foi inspirado em Manuel Querino - célebre intelectual negro (que, confesso, só conheci por causa dessa obra). E que o racista e nojento Nilo Argolo, no escroto Nina Rodrigues. Genial.
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Wanessa Ribeiro 12/04/2024

Espetacular!
Mais um livro do meu autor brasileiro favorito, e esse, assim como os que li antes, não deixa em nada a desejar. Jorge Amado consegue fazer um desenho impecável da construção do racismo no Brasil, com personagens que nos cativam e emocionam de diversas formas, gerando alegria, raiva e até mesmo tristeza. Gostaria de os livros de Amado fossem mais disseminados, sua genialidade é algo que me encanta a cada livro.
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Rodrigo 24/03/2024

Aquele livro que revive a história da mestiçagem na Bahia, com todo o preconceito e hipocrisia que perpassa por essa temática até hoje tão discutida.
Um enredo que nos apresenta um protagonista que escancara as origens do povo brasileiro e a importância dos africanos para a história do Brasil.
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