Operação Cavalo de Tróia

Operação Cavalo de Tróia J. J. Benítez




Resenhas - Operação Cavalo de Tróia 1


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devidal 15/03/2017

Contraditório
Bom, terminei hj a leitura do livro. Houve partes que o autor me fez chorar de emoção, como no encontro de Jesus e o Major e em outros eu fiquei frustrada qdo ele contradiz a bíblia....ok eu sei que é ficção, mas tem certas coisas que não dá absorver. Não sei nem dizer o que achei da obra..
Feh 25/02/2018minha estante
Da ele para mim ??


devidal 25/02/2018minha estante
Olá, eu até daria, mas o livro não meu, peguei emprestado.




Juliano.Tagliaferro 23/09/2016

Fantástica Obra
Fantástica Obra! Leitura cativante e muito fluída. Mistura muito interessante de ficção e fatos históricos que enriquece o conhecimento dos costumes da época. Demonstra claramente a dimensão humana do Cristo, fazendo-me recordar da obra "A Dimensão Humana do Cristo" de Djalma Argollo.
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Juliana.Cantuaria 16/09/2016

Muito amor nesse livro
Se você é cristão, esse livro, mesmo que ficção, vai fortalecer sua fé em Cristo. Se você não é cristão, vai se encantar com o livro porque ele é espetacular. Não tem como não se apaixonar pelo Jesus descrito por J.J Benítez, mesmo considerando-o um personagem. A história é tão bem escrita que te faz pensar se o autor realmente criou o enredo ou se somente o descreveu. Apesar de todos já saberem o final, você simplesmente não consegue não ler até o final, e quando acaba você não vai querer que tivesse acabado, vai parecer que as 619 páginas simplesmente não foram suficientes. Maravilhoso!
Esdras Souza 23/12/2017minha estante
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Taisa 17/01/2016

Complicado para mim falar desse livro, já o li há tempos e travava na hora de resenhar. Aprendi muita coisa, refleti, me emocionei mas a característica marcante dele que é a ultra descrição dos fatos por vezes ironicamente se tornou a pedra no meu sapato.

Cavalo de Tróia vai contar a história do próprio autor relatando em primeira pessoa como conheceu o Major e como ele lhe confiou o diário de uma operação secreta da NASA. J.J. Benítez é um pesquisador tenaz nos assuntos relacionados a Bíblia e não haveria pessoa melhor para que esse "tesouro" fosse revelado, sua obstinação o levou a empregar grande parte da sua vida nos assuntos de cunho religioso.

A primeira parte é EXTREMAMENTE teórica e descritiva, de como eles (o Major e seu companheiro na missão) viajaram no tempo, todas as técnicas e metodologias empregadas para que isso fosse possível, nomenclaturas e um vocabulário imensamente conceitual, eu diria até abstrato, vez que uma parcela mínima da população entende de física quântica, nano tecnologia, química, biologia celular e seus pormenores. Juro que tentei entender tudo, dava pausas, pesquisava, estudava e depois me confundia ainda mais, consegui ter uma ideia do que ele quis passar, nada mais do que uma ideia.

Quando eles chegam em Jerusalém é lindo de se ver, quando personagens como Lázaro, Marta, Maria (irma de Marta) e principalmente Jesus Cristo aparecem é de perder o fôlego. Eu comecei a viver pelas aparições Dele no livro, amei a maneira como Ele foi retratado. Mas houveram vários (eu contei, na verdade um milhão e duzentos) momentos em que eu queria uma edição reeditada sem tantos detalhes.

Era a madeira que era utilizada para fazer o átrio, o tamanho dela, a cor, a espessura. O tecido que eram feitas as roupas, cores, tamanho, espessura. Era o relato EXATO do tamanho da casa, altura, largura, comprimento, tipo de lajotas, tipo de parede, cor, janelas de tal tamanho, numero de janelas, localização de janelas, quantos bancos tinham, do que eram feitos, tamanho deles, espessura, largura, quantas pessoas cabiam sentadas....

Aahhhhhhhhh teve um momento que foi toooooo much, quantos litros tinha a bexiga de Jesus. Sério, precisava disso? E pior que foi em um momento extremamente emocionante, eu estava em prantos enquanto lia e essa informação que ele julga ser totalmente necessária, foi um balde de água do Alasca. Mas enfim, eu sou uma romântica que adora uma epopeia dramática e tem dificuldade em entender que um autor que dedicou uma vida a estudos sobre a Bíblia e a Jesus Cristo sente a necessidade de relatar TUDO que ele encontrou e descobriu sobre o assunto. Sem dúvida fazer uma narrativa romantizada não foi o objetivo dele, e depois pensando sobre o livro vejo que ele é assim por que tem de ser mesmo, ninguém nunca fez uma coisa dessas, é altamente didático e ao mesmo tempo nos dá uma visão sublime e bela de Jesus.

Benítez dá suas alfinetadas sim para com a maneira em que a Palavra foi difundida. Não senti uma afronta direta ao Catolicismo, mas ao Cristianismo de uma forma geral. Momentos marcantes como "O Lava Pés", "A Traição de Judas", "A Negação de Pedro" entre outros tantos trouxeram um ponto de vista extremamente interessantes e bonitos, refleti muito.

Eu indico. É lógico!! Mas com ressalvas. Primeiro deve haver um interesse por esse tipo de literatura religiosa. Segundo, como eu disse anteriormente ele por muitas vezes é cansativo, você tem que ir já com o psicológico preparado que vai ser uma aula de ciências misturada com história e pontuada por lindo momentos com personagens incríveis, um deles O mais incrível de todos os tempos: Jesus. Então para mim esses momentos foram o Céu, eu continuarei com a série, mas espero sinceramente que haja mais ação e menos descrição.

site: leiturasdataisa.blogspot.com.br
Dani Eiko 25/05/2017minha estante
É exatamente assim que estou me sentindo no momento.
Achando a leitura muito cansativa, porem minha curiosidade não me deixa abrir mão da leitura.


Gandarella 30/09/2018minha estante
Concordo plenamente




Platina23 24/07/2015

Com tanta frase legal ficou difícil achar um título
Um livro que bem pode ter feito parte da juventude de Dan Brown e inspirado ele foi lido há alguns(muitos) anos pelo meu pai e agora ele me emprestou e me recomendou como uma boa leitura. Como sou daqueles que não joga um livro fora e pouco desiste: eu li o livro. E achei tão legal e fantástico que resolvi fazer Resenha pra tentar, além de divulgar, discutir um pouco ele.

O livro começa com o próprio autor como personagem nos contando como ele entrou em contado com a história que ele vai narrar, ou melhor, transcrever, baseada em um diário de viagem de um astronauta da NASA que diz ter voltado para a época de Jesus Cristo e ter participado dos últimos dias de vida dele. Presenciando fatos como a Santa Ceia e a Via Crucis. E essa seria a Operação Cavalo de Tróia. Então as primeiras 60 páginas são sobre como ele conheceu esse Major( ele não revela o nome real dos participantes da operação), como ele evitava o FBI e sobre como ele consegui o diário, ou as primeiras partes dele.

Confesso que essa parte sobre o autor falando que a história era real me deixou com uma pulga atrás da orelha e me fez refletir se ele não tem ou muita imaginação ou algum tipo de doença. Mas eu decidi chutar o pau da barraca e continuar.

Daí entramos na parte científica para explicar sobre como é possível viajar no tempo. Eles introduzem a ideia de swivels que são uma espécie de partícula subatômica que pode mudar sua forma no tempo espaço. E graças a ele que a viagem no tempo é possível. A partir dessa parte começam a se ter várias notas de rodapés e expressões explicando física subatômica, história, biologia e línguas. Tudo para mostrar que é possível viajar no tempo e viver em pleno século I. Ele teve que aprender grego, árabe e diversas variantes, cultura e religião de todos os povos com quem ele poderia se envolver na sua "viagem".

Essas explicações são muito técnicas e detalhadas podendo enfadar e levar a desistência todo esse povinho de letras e humana que diz ler "de tudo"( sim isso foi um cutucão em algumas pessoas ù.ú). Mas ela são importantes pra tornar sólido a ideia da possibilidade de isso ter acontecido, já que ele diz que aconteceu realmente. Então por mais doloroso que seja, deve-se ler esses trechos para entender depois a história e vários termos que vão ser retomados mais adiante.

Depois, começa o relato da viagem. Quando eles chegam é dia 30 de março do ano 1 d.C. e ficam até 8 de abril do mesmo ano. E esse relado é muito, muito, muito, muito, mas muito minucioso e detalhista. O bastante para encher as 400 páginas seguintes do livro em letras muito pequenas e páginas branca me incomodando na leitura e aumentando ainda mais o tempo de leitura, pois eu me cansava mais facilmente do que numa folha mais amarelada ou numa letra maior. daí o porque de eu recomendar a nova edição da Planeta que tem uma letra mais gostosa de se ler e uma capa muito bonita também.



Ao longo dos dias que o Major fica ele consegue ter várias conversas muito interessantes com Jesus, algumas até que poderiam contradizer muito do que religiosos pregam hoje em dia como palavras dele( "amai-vos uns aos outros" ele falou certeza, ok?), e temos também alguns eventos que não ocorrem como na bíblia. Tudo é cheio de referências a artigos de professores ou livros antigos usados para pesquisa. Então se essa "viagem" não aconteceu, Benítez teve que ler e pesquisar MUITO pra fazer esse livro, só isso já deu umas boas duas estrelas pra ele no meu conceito( ^^d).

Temos durante todo o livro um embate político entre judeus de diferentes facções(esse não é o termo correto mas eu não achei o certo, me desculpem) e o poder do imperador Romano e no meio disso tudo temos Jesus com seus apóstolos com armas para defendê-lo(sim alguns andavam armados) enquanto ele não reconhecia César como um Deus, apenas como um mortal como ele, e pregava o amor ao próximo, a compaixão e a empatia acima de lucros ou regras religiosas. Jesus desafiava tanto do judaísmo que ele entrou em Jerusalém em cima de um burro para contestar que o filho de Deus entraria em cima de um cavalo branco como um grande rei, muito pelo contrário ele era filho de um carpinteiro e entrou com um burrinho mesmo.

Como falamos de durante cristo e oriente médio, o papel da mulher no livro é mero coadjuvante, mesmo Maria só aparece em umas poucas cenas no final e não é tão ativa quanto eu gostaria. Mas mesmo assim, Jesus é bem igualista com elas de uma forma que chegava a ser revolucionário na época simplesmente pelo fato de se cercar com mulheres e homens praticamente em número iguais para ouvir seus ensinamentos.

A parte da crucificação é horrível. Ele descreve desde a aprovação política quando Jesus não nega nenhuma de suas teses e depois biologicamente de uma maneira impecável como cada músculo e órgão responde as chibatadas, aos abusos e a todos os ferimentos morais e físicos que ele recebe de seus carrascos romanos. De longe, foi uma cena digna de George Martin devido ao caráter violento e forte. Mas assim segue até um dia antes da Ressurreição, que é onde acaba o livro.

O que mais me impressionou quando eu terminei o livro( mas a aventura continua porque tem mais 8 volumes da série) foi o fato de não existir nenhuma produção do History Channel ou do Discovery para série ou coisa parecida. E esse material seria um filme incrível para Hollywood fazer também pois ele envolve ficção científica, religião, política e muitas cenas de violência. Ainda acho que daria uma ótima produção americana, mas se a Espanha se prontificar a fazer com o Cuarón( eu sei que ele é mexicano mas eu gosto dos filmes dele!) ou com o Bille August( direto de "Trem noturno para Lisboa") eu não iria reclamar.

Enfim, esse livro me motivou a ler "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" do Saramago e já recomendado pela Tati Feltrin, quem sabe ele também não desmistifica Jesus e o torna só uma pessoa que como Gandhi só queria o amor e a compreensão entre as pessoas.

site: http://livrosenipon.blogspot.com/2015/07/resenha-operacao-cavalo-de-troia-1-j-j.html
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Sávio 26/06/2015

Adorei
Foi o primeiro livro que comprei com meu espartano salário de estagiário. Foi um desafio de um falecido tio que, devido à qtde de páginas, disse que eu não conseguiria terminar. rs. Li e adorei.

Um livro denso e feito por um cientista com grande conhecimento da bíblia. Nota dez.

Só para saber, depois li o 2, o 3 e o 4. Terminei por aí.
Ritinha - @blogproximahistoria 02/11/2018minha estante
Pq parou no 4?


Sávio 07/01/2019minha estante
Eu adorei o 1. Do 2 ao 4 fui com muita expectativa e me decepcionei. Daí parei.




Lili 08/05/2015

Jerusalém
Li este livro há uns dez anos e reli agora para concluir a série - já havia lido até o quarto. Na primeira leitura achei a história interessante e a leitura pouco fluida. Especialmente o excesso de notas explicativas faz com que a leitura não "renda". Na releitura tive exatamente a mesma impressão. Achei que a leitura seria mais rápida, por já conhecer o estilo do autor, mas me enganei redondamente - demorei um mês para concluir. Mas então por que mudei a minha nota de três para cinco estrelas? Porque essa história merece, simplesmente.

A tentação de acreditar na "coisa toda" é grande. A história é muito bem escrita e cheia de detalhes para ter sido inventada. Mas sejamos sensatos, viagem no tempo seria algo difícil de esconder por tanto tempo. Além disso, as tecnologias descritas pelo Major continuam sendo apenas fantasias até hoje. Portanto já concluímos que é ficção sim. Das boas. Das que tocam fundo o coração. Mas ficção.

E por que a história toca o coração? Porque nos revela um Jesus real, o que, pelo menos no meu caso, a bíblia e outros livros jamais haviam conseguido. As histórias pareciam sempre artificiais e a figura de Jesus, misteriosa e até contraditória. Aqui nos deparamos com um Jesus "possível", cativante, próximo, amigo, feliz e contagiante. Entendemos toda a boa vontade e limitação de seus seguidores. Percebemos que ninguém compreendeu totalmente o que ele pretendia na época (e talvez até hoje). Enfim, várias lacunas do meu conhecimento sobre sua vida foram preenchidas satisfatoriamente após esta leitura.

Eu li em alguma resenha por aí em que a autora dizia "gente, alguém esteve lá". Concordo com ela. Não sei se o autor teve acesso a algum evangelho apócrifo ou algo assim, mas também acredito que "alguém esteve lá". E agradeço por este alguém ter dividido conosco esta belíssima história.

Recomendo muito. E sejam persistentes se a leitura não estiver fluindo; ainda assim vale a pena!
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stsluciano 10/03/2015

Ok. Pensei muito antes de resenhar este livro por acreditar que, inevitavelmente, questões religiosas teriam de ser abordadas e este não é o caminho que alguma vez pretendi tomar com o blog. Em duas ou três ocasiões já falei – ou mencionei de leve – religião em minhas resenhas, mas sempre de forma a não julgar, desmerecer, ou validar uma como melhor alternativa a qualquer outra.

Por outro lado, a série me trouxe momentos tão bons – já havia lido os volumes um, “Jerusalém”; o três, “Saidan”; o quatro, “Nazareth”; e o cinco, “Cesarea”; e agora resolvi reler todos para enfim terminar com a série, que vai até o nono volume – que achei injusto que não compartilhasse minhas experiências com ela em forma de resenha. Eu sei que vou mexer em um vespeiro, só não sei ainda o tamanho. Então, #MeJulguem

Meu primeiro contato com a série se deu há quase dez anos, quando alguém fez uma doação para a biblioteca da escola onde estudei dos volumes “Saidan”, “Nazareth” e “Cesarea”. Com os livros nas mãos, fiquei intrigado com a sinopse, havia ali, mais até que religiosidade, questões que em atraíram por ser eu o fã de ficção científica que naquela época já era. Depois de uma rápida pesquisa, meu irmão conseguiu na faculdade o volume “Jerusalém”, e pude então ler.

Agora, decidi recomeçar, partir do zero, e ler no espaço de tempo mais curto que conseguir – são nove livros – e não acho que será um trabalho tão grande assim. Benítez escreve bem. Muito bem.

Mas, antes de começar a desenvolver a resenha, acho justo responder a três perguntas que podem facilitar a quem ler que entenda minhas razões e o que nela falo:

Se eu acredito na figura histórica de Jesus? Sim.
Se eu acredito em Jesus como o filho de Deus? Sim.
Se eu acredito na série “Operação Cavalo de Troia” como algo mais que ficção? Não.

Estamos conversados? Então, prosseguindo.

Neste primeiro livro, acompanhamos Benítez até o México, onde uma figura misteriosa fez contato com ele dizendo que havia algo que talvez interessaria ao escritor, já na época um renomado pesquisador de fenômenos paranormais, ufológicos e religiosos. Mas, para ter acesso a tais informações, eles tem de se encontrar pessoalmente. Contato feito, pouco depois Benítez parte para os Estados Unidos, onde tem algumas pistas do local onde as informações estão guardadas, e ali ele percebe o quão importantes são, já que agentes americanos ficam no seu encalço, decididos, ele acredita, a não deixar que saia do país de posse destas informações.

Já aqui Benítez dá mostras do quão talentoso ele é como narrador e quão dono do ritmo do texto demonstra ser. Já nos primeiros capítulos, ele mescla a apreensão e ansiedade de se ele conseguirá ou não encontrar os documentos, com momentos de ação em seu desespero de manter a salvo aquilo que encontra, e humor por seu azar perene. Para sua surpresa e do leitor, o que vê ali é algo inimaginável, então, de volta a Espanha, transcreve o conteúdo dos documentos escritos por seu contato no México. Este é o primeiro livro.

O conteúdo encontrado por Benítez nos Estados Unidos é parte de um relato de uma operação supersecreta das forças armadas norte-americanas, que conseguira descobrir um meio de manipular o tempo através de complicados princípios de física quântica, tornando possível a viagem temporal. Após muito estudo e pesquisa, decidem que a primeira parada da expedição é a Jerusalém da época de Cristo, devendo os dois militares que nelas partissem tomar conhecimento dos fatos que aconteceram e que – se não me falha a memória – vão da triunfal entrada de Cristo em Jerusalém, até a crucificação; sem contudo, tomarem qualquer atitude que possa alterar o fatos.

Faziam parte da etapa prática da missão duas pessoas, um piloto, chamado de Eliseu, e o Major, que entregara a Benítez seu relato da missão, e que nela era chamado de Jasão, ambos já situados no que diz respeito aos costumes da época, vestidos como as pessoas se vestiam, e fluentes em idiomas como o grego e o aramaico. Enquanto Eliseu permanece no módulo que os transportara, Jasão deveria seguir em busca de acompanhar os atos de Jesus e dos apóstolos, tendo como primeiro objetivo encontrar a residência de Lázaro, o amigo que Jesus trouxera de volta dos mortos, e onde, com o beneficio dos relatos evangélicos, o controle da missão já sabia que o próprio Cristo estaria dentro de pouco tempo. Não há dificuldades em encontrá-la, todos sabiam acerca da ressurreição, Jasão é bem recebido e ali aguarda pela chegada de Jesus. Seu primeiro contato com aquele que ora chama de Mestre, ora de Galileu e Gigante, é um dos momentos mais ternos da narrativa do primeiro volume, assim como a conversa abaixo:



— Jasão, amigo, que se passa contigo? [disse Jesus]

Aquela descoberta voltou a mergulhar-me em confusão. O Mestre, sem sequer me olhar e sem esperar por uma resposta — que tipo de resposta lhe poderia dar? — continuou, num tom de cumplicidade que logo adivinhei.

—... Estás aqui para dar testemunho e não deves desfalecer.

— Então sabes quem sou...

Jesus sorriu, e pondo-me o seu comprido braço nos ombros, apontou a porta do jardim, onde ainda os seus discípulos montavam guarda.

— Passará muito tempo até que eles e as gerações vindouras compreendam quem sou e porque fui enviado por Meu Pai... Tu, por vires de onde vens, estás mais perto do que eles da Verdade.



Sem querer fazer resumo dos fatos, Jasão faz contato com Jesus e seus apóstolos, acompanha de perto os fatos daquela semana, graças a hospitalidade do povo judeu, e ficamos sabendo de tudo através de seu relato. Não é sobre isso que quero falar.

O ponto aqui é aplaudir o trabalho de pesquisa de Benítez. Todo o livro é recheado de notas de rodapé que nos situam sobre todos os aspectos possíveis referentes à sociedade israelense da época e perante as quais inevitavelmente Jasão irá se confrontar, como medidas de peso, distância, área, volume, costumes sociais, palavras, rituais, comidas, enfim, tudo é muito bem explicado nessas notas e não nos deixam flutuando na narrativa. Assim como a construção histórica e a descrição dos ambientes. A Jerusalém vista pelos olhos de Jasão nos é descrita em pormenores, e não só aspectos arquitetônicos, mas também sociais, e culturais, e isso contribui muito para a experiência que se tem com o livro.

Tenho um conhecimento bíblico bastante limitado, mas há um consenso no que diz respeito que a narrativa de Benítez difere bastante da tradição cristã, e no livro vemos passagens importantes, como a entrada no Templo, a audiência com Pilatos, a Via Crúcis. Um exemplo é o fato de, segundo a série, os apóstolos portarem armas e terem um perfil psicológico mais explosivo, além de não entenderem completamente o que lhes diz seu Mestre, acabando sempre por ficarem alheios ao sentido da mensagem que o Galileu gostaria de passar.

De toda forma, acredito que o livro é muito melhor aproveitado quando encarado como obra de ficção. E ponto. Fazendo isso o leitor tem a chance de se libertar de preconceitos e ideias preestabelecidas, podendo absorver melhor o que é narrado. O que não é tão fácil. Apesar de ter tomado esse caminho, não pude deixar de me emocionar uma porção de vezes, de não sentir uma ternura enorme pela figura de Jesus – que é, até certo ponto, o Jesus como eu o imagino: olhar penetrante, sorriso largo, abraço afetuoso – e de não sofrer com ele e os seus durante seu martírio.

No fim, recomendo a leitura. E não somente aos que creem. É literatura de primeira grandeza, bem estruturada, bem narrada, e ainda embasada em fatos que moldaram o mundo como ele é. Ninguém tem que terminar a leitura e acreditar que tudo ali fora real. Ao contrário. E, para quem gosta de narrativas históricas, é um prato cheio.


(…) que é o Amor?
— Dar.
— Dar? Mas o quê?
— Dar. Desde um olhar até à tua vida.




Nem falei tanto de religião quanto imaginava que o faria. Melhor assim!

site: http://www.pontolivro.com/2014/04/operacao-cavalo-de-troia-1-jerusalem-de.html
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Márcio Martinele 27/01/2015

Depende...
Vale a pena ler pelas palavras de Cristo. A cada frase que ele construía eu parava para refletir. O restante da história é de um perfeccionismo detalhístico que deixa-nos ou fascinado ou enjoado. De qualquer forma, tiro meu chapéu para a pesquisa feita por Benitez - é de uma primazia de dar inveja.
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Fabio Vergara 16/07/2014

Dica de leitura: Operação Cavalo de Tróia 1 – Jerusalém (Caballo de Troya 1 – Jerusalén. Espanha. 1984)
Sinopse: Militar estadunidense volta no tempo ao ano 30 para testemunhar os últimos 11 dias da vida de Jesus.

Nota (0-10): 8.

Essa história é incrível. Todo mundo sabe o que acontece, mas mesmo assim cada releitura traz algo diferente. O charme de OCdT1-J é mostrar um Jesus brincalhão, vaidoso e edaz. Diferente de tudo que já vi. Na primeira entrevista a Jasão (“1º de abril”), por exemplo, o militar o encontra brincando de “cabra-cega” com crianças! Outro pró é a riqueza de detalhes. Quem assistiu “Paixão de Cristo” (2004) vai reconhecer os castigos (“7 de abril”), acrescidos de dados técnicos muito precisos. O que torna a leitura crível, apesar da minúcia meio exacerbada. Destaco também a profundidade com que é tratado Judas Iscariotes. E a passagem mais polêmica, em que Jesus fala sobre as igrejas (“3 de abril”). Enfim, OCdT1-J é pura reflexão, não importa sua crença. Pra dizer a verdade, esta obra vai deixar você com mais dúvidas do que respostas.
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Rodtom 03/04/2014

Real adaptação biográfica para seres humanos
Versões, críticas, diversas interpretações a favor, opositores ferrenhos. Não adianta um ser humano ponderar. J.J. Benitez realizou uma obra em que há uma tentativa de medir, detalhar espaços físicos, comprovar os momentos como factuais na história humana, porém evolui graciosamente para a atenção nas idéias de Jesus Cristo. A torrente dos acontecimentos descritos nos imergindo intensamente na época, é direcionada para a noção clara de que existe algo mais importante, de que nenhuma interpretação (nem a dos Apóstolos) pode abraçar a amplitude espiritual e de idéias de Jesus Cristo.

Pode parecer óbvio mas nunca é falado: seres humanos, até os com alta espiritualidade, não conseguem abraçar a inteira espiritualidade de Jesus Cristo. Este talvez seja o elemento principal da obra de J.J.Benitez. Abrir um canal de comunicação direto, sem interpretações, entre as idéias e espiritualidade de Jesus Cristo e nós. Neste contato, a fé torna-se mais intensa, independente de versões a favor ou contra.

Lembrando que não sou católico praticante ou de outra religião, mas percebo uma obra bem feita, com momentos cansativos, claro, mas muito bem escrita e emocionante. Quem ganha é a humanidade.
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estevao 02/10/2013

engodo
tentei ler há muito tempo, e estava animado com o livro, até que o protagonista, um militar americano que viajara ao passado para comprovar os fatos históricos da vida de Cristo, encontra o próprio Jesus, lá pela página 40. Jesus Cristo olha para ele, o chama para uma conversa em particular, e lhe diz ao pé do ouvido: "Ahhh...você é que veio do Futuro para levar o testemunho da minha palavra para os homens de lá, né?"
ou algo parecido, já faz muito tempo que abandonei o livro. imediatamente, parei a leitura, afinal Cristo acabou com o argumento da história, e com a necessidade do americano permanecer por lá, gastando a grana do contribuinte. infelizmente, o gringo não voltou, e o autor escreveu mais 5 ou 6 livros. fraco.
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Leila 01/09/2013

Narração muito boa da história de Jesus, uma abordagem realista e rica em detalhes, mas apesar de ser rico em detalhes não é uma história chata, a leitura flui bem.Recomendo.
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