Gabriel 18/08/2021
Os Quatro Mosqueteiros
"- Você é jovem - respondeu Athos -, e o tempo cuidará de transformar suas recordações amargas em doces lembranças!" A frase final do livro o resume muito bem. Que obra amarga em tantos sentidos e doce em tantos outros!
É uma excelente ficcional que usa o cerco de La Rochelle como pano de fundo para o arco principal e derradeiro, um verdadeiro clássico. Dumas criou personagens tão complexos, distintos e críveis que se torna de um prazer singular acompanhar a trajetória do jovem gascão, d'Artagnan, com os inigualáveis Athos, Porthos e Aramis. Como dito anteriormente, o livro não se prende a apenas doces aventuras heroicas, o perigo que se apresenta na figura do cardeal e de Milady não permite leitura tranquila por muito tempo, a cada capítula, a cada página, me pegava imaginando em que momento tudo iria por água abaixo pelas maquinações dos antagonistas.
Em questão de escrita, não é a mais leve e simples do mundo, visto que foi escrito no século XIX, porém, não é densa o suficiente para ser desanimador, pelo contrário, serviu-me como estímulo.
Em questão da qualidade do livro, Os Três Mosqueteiros foi o primeiro livro que adquiri dos Clássicos Zahar e fiquei tão apaixonado que não será o último; a qualidade da impressão, da capa, da arte e da tradução são impressionantes.
Não quero abordar mais da história pra não estragar a experiência de possíveis leitores, finalizo, então, apenas com a recomendação dessa obra, sempre fui apaixonado nos três mosqueteiros por meio de outras mídias e poder finalmente entrar em contato com a obra original foi de um prazer imenso.