Maira Giosa 22/01/2021Devorei o pequeno calhamaço (788 pgs em letras miúdas) de Alexandre Dumas. Para você que é um alienígena e nunca ouviu falar dos três mosqueteiros (ou pulou os filmes da Sessão da Tarde), a obra conta a história desses três aventureiros, que na verdade eram quatro: o nobre Athos, o barulhento Porthos e o religioso Aramis. O jovem impetuoso D'Artagnan se uniu ao grupo depois, vindo de uma aldeia no interior. Eles faziam parte da guarda do Rei Luís XIII, opondo-se a todo momento às forças do terrível cardeal Richelieu - o "segundo rei da França". Os quatro inseparáveis amigos se veem envoltos em intrigas de deixar a corte toda de cabelos em pé: eles devem proteger a rainha, Ana de Áustria, cuja honra, e cabeça, podem cair caso Richelieu descubra seu caso com o Duque de Buckingham - o eterno inimigo inglês.
D'Artagnan deve arriscar sua pele para proteger o casamento de Suas Reais Majestades e impedir que àqueles ao seu redor sejam descobertos. Trágica, romântica e aventuresca, a trama contextualiza tão bem nossos personagens, que chegamos a crer que foram todos mesmo reais - os mosqueteiros em questão, tais como Dumas os nomeia no romance, não o são.
E apesar de envolver a estória em muitas lutas sangrentas e mistério, Dumas aqui e ali divaga sobre alguns temas menos relevantes, ou dá demasiada importância à cenas que ficariam melhor resumidas (como os infinitos diálogos dos companheiros para descobrir coisas banais ou a parte de Milady na Inglaterra). Ainda assim, embora se torne enfadonho durante alguns breves capítulos, Os Três Mosqueteiros é uma aventura clássica, de heróis e bandidos, de valentes e covardes, que nos deixa na ponta da poltrona para saber qual será a próxima aventura desses grandes personagens.
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