As rãs

As rãs Mo Yan




Resenhas - As Rãs


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Dora ð 07/10/2024

As rãs ? realismo mágico chinês
Um livro que mistura cultura, política, história e assuntos contemporâneos da China e do mundo. O realismo mágico e críticas sobre a política chinesa são muito presentes nesse livro.
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cyberenjeru 23/09/2024

Foi uma leitura um tanto complicada. Muitos nomes, que são engraçados, mas dificultam a memorização de quem é quem. Extensas narrativas de momentos bobos, do cotidiano, que a princípio parecem só enrolação, só que no fim trazem uma contextualização da época e do lugar. Quando se pega o ritmo, se envolve com os personagens e a história, percebe-se que é um ótimo e importante livro sobre um período e uma das políticas mais controversas, pelo menos aos olhos do ocidente, da China.
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Alle_Marques 31/03/2024

"Se eu não for ao inferno, quem irá?"
...
[...] Há mais de vinte anos afirmei sem o menor pudor: escrevo para mim mesmo. Naturalmente, escrever para se redimir pode ser considerado escrever para si mesmo, mas não basta; penso que também devo escrever tanto para aqueles que eu feri como para aqueles que me feriram. Sou grato a estes porque, a cada vez que me ferem, me fazem lembrar dos que eu mesmo feri. [...]
...
Ainda no início da leitura não imaginei que no final fosse gostar tanto, começa meio lento, desde o início com muitas questões políticas e culturais, e isso sem falar nos nomes, chega a ser difícil lembrar quem é quem, mas conforme a leitura avança e a história vai se desenrolando tudo fica mais fácil. Terminei gostando bastante e com o gostinho de clássico na boca.

Acompanhar a história do Corre Corre, Wan Coração e da própria china rural nesse período é uma aventura única e marcante, apesar disso, é bem difícil em muitos momentos, tanto pelas questões polêmicas em alta na época, tanto pela forma como Mo Yan escolheu abordar elas, de forma crua e realista, sem tentar justificar, romantizar e esconder nada, sem apontar dedos e nomear heróis e vilões, mostrando tanto o lado do governo, seu motivos e objetivos, quanto o do povo, seus egoísmos e imprudências, tanto o lado da china desenvolvida quanto o da china camponesa, do Planejamento Familiar e das próprias famílias afetadas por ela, e, principalmente, abordando e trazendo luz sobre os motivos pelos quais uma ação tão radical quanto a da "Política do Filho Único" passou a existir e as consequências diretas e indiretas dela, sejam elas boas ou ruins, afinal, se por um lado a liberdade das pessoas, especialmente a reprodutiva, era tomada, por outro, as crianças nascidas conseguiam crescer mais seguras, com menos risco de passar fome e sofrer negligencias, com muito mais atenção e cuidado dos pais e familiares.

É um bom livro pra sair da zona de conforto e ajudar refletir com propriedade sobre assuntos tão complexos, desde o aborto, por escolha ou forçado, a liberdade individual e a constituição familiar, o poder dos governos e a lealdade cega a eles, o machismo, a resistência, a culpa, a injustiça, a vida, a morte e o egoísmo humano, mas, principalmente, refletir sobre o progresso, ou melhor, sobre o preço necessário para ele existir e quem, na realidade, são as pessoas que pagam por ele.
...
[...] Quando penso em você, meu coração se parte…
quando penso em você, quero chorar mas as lágrimas não saem…
quero escrever, mas não sei o endereço, quero cantar, mas não lembro a letra…
quero beijar, mas não acho sua boca, quero abraçar, mas não acho você… [...]
...
9° Livro de 2024, 11ª Resenha de 2024
Desafio Skoob 2024
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Vinder 18/03/2024

Livro excelente e muito bem escrito pelo Nobel de literatura de 2012, que fala sobre um período polêmico na China, com a política de filho único e todas as suas repercussões.
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Ludmila 05/09/2023

Lindo! Uma saga familiar encantadora e bastante envolvente. E com certeza bem peculiar, porque os nomes dos personagens são impagáveis rs...
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Val 27/05/2023

As estúpidas rãs simbolizando a estupidez humana.
Livros de autores chineses que li sempre me agradaram bastante. Cito obras maravilhosas como As Boas Mulheres da China e O que os Chineses não Comem (Xinran), A Montanha e o Rio (Da Chen – veja meu comentário em https://contracapaladob.blogspot.com/2022/01/a-montanha-e-o-rio-nivelados-pela-vida.html ), Adeus, China – O Último Bailarino de Mao (Li Cinxin), Azaléia Vermelha ( Anchee Min), entre outros. Todos, de modo geral, têm as mesmas características ambientais, principalmente porque se passam, via de regra, nos milhares de povoados espalhados pelo território chinês.
Outra obra com as mesmas características, porém com a adição inteligente e recheada de história, mitos populares e contemporaneidade, é a laureada As Rãs, do Prêmio Nobel (2012) Mo Yan. Seu estilo é comparado com o realismo mágico do colombiano Gabriel García Márquez, mas obviamente sem latinidades e com muito das riquíssimas cultura e história da China.
Boa parte das obras chinesas contemporâneas transcorre – ou faz um pit stop - nos períodos de mudanças mais recentes do sistema político chinês e principalmente durante a chamada Revolução Cultural. Neste caso, em narrativa epistolar, Yan principia celebrando a vida numa época de mudanças importantes das práticas médicas ocidentais invadindo a China. E assim este brilhante livro começa a discorrer insistente e ironicamente sobre a vida.
O exaustivo discurso comunista de que o Ocidente liderado pelos norte-americanos é mau e vai invadir a China a qualquer momento é resiliente. Mas, faz parte intrínseca da história da China. No entanto, de forma brilhante Yan coloca-nos rigorosamente defronte à estupidez humana, seja pela guerra entre nações, seja pelo extremismo de ditaduras radicais ou mesmo pela própria cobiça e egoísmo humanos.
O controle da natalidade chinês com a política de filho único vigorou por 43 anos, de 1970 a 2013, quando foi liberada para dois filhos, devido ao envelhecimento populacional. O controle foi rigoroso, trágico e violento e é sobre essa dramática e homicida cicatriz na história da China que trata este romance incrível de Mo Yan. Segundo os chineses esse capítulo contribuiu para o desenvolvimento não só da China como de todo o mundo, pois afinal todos dependem dos recursos naturais do planeta e uma superpopulação seria desastrosa para a sobrevivência dos povos.
E é a partir desse princípio dantesco (sempre criticado pelos ocidentais) que se baseia hoje toda a orientação política da Nova Ordem Mundial e dos megacapitalistas - ironicamente antagônica aos eurasianos da China e da Rússia - que prevê uma drástica redução populacional no mundo para que se obtenha um controle mais efetivo dos recursos naturais e, claro, da própria população. Calcula-se que mais de 450 milhões de pessoas deixaram de nascer na China naquele período, nação que hoje abriga mais de 1,3 bilhões de pessoas, a segunda maior população mundial após a Índia (1,4 bilhões).
Assim torna-se importante a leitura de As Rãs para termos um parâmetro talvez de nosso futuro refletido a partir da política do filho único chinês, claro, sem os provincianismos brilhantemente elaborados pelo autor.
De um passado recente aos dias atuais, a obra inicia sua segunda parte com os protagonistas já idosos e, como no peso da idade, a narrativa torna-se mais lenta e ingressa, em alguns trechos, numa fase de romance de formação, com extensas narrativas sobre situações, locais, alimentos e personagens. E a seguir a um aborrecido texto de teatro que, ao passar a um surrealismo mais dinâmico, resume o âmago da obra e finaliza com um julgamento de uma das principais protagonistas da trama. E, inegavelmente, à política do filho único implantada pelo governo comunista chinês, trazendo as estúpidas rãs simbolizando a estupidez humana.
Valdemir Martins
26.05.2023


site: https://contracapaladob.blogspot.com/
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Raphaela.Nazare 10/05/2023

Sensível e genial
Levarei este livro em um espacinho especial na memória, por ter me levado à um mundo tão diferente, mas o que fez dele marcante é o quão próximo você fica das personagens e de como está realidade de fato aconteceu.
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Gabriel 04/11/2022

As contradições e embates geracionais no processo de desenvolvimento chinês ganham um contorno lírico surpreendente. Que talento para escrever! Uma escrita simples, certeiro no uso das palavras e leve para assuntos delicados. Um livro intelectualmente honesto, com uma alta carga crítica, mas não com aspecto de denúncia. É a história recente de uma pátria e seu povo. Povo sofrido, mas jamais passivo. A cultura camponesa representada com personagens bem característicos e caprichosamente descritos que são marcantes ao seu modo: todos são reconhecíveis e bem construídos ao ponto de gerar comoção. A implementação de uma política pública de planejamento familiar forçada deixou feridas abertas na sociedade chinesa e a conscientização dessas chagas se dá através de um processo de auto ficção longo e cheio de contradições. Mo Yan transforma um processo complexo em belo, sai do particular para tentar compreender o universal através da literatura. Uma história de conflitos, dores, culpas, mas também de resiliência de um povo
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Marcos Santos 31/08/2022

Uma narrativa que descrever o início da política do filho único, tendo como narrador personagem o corre corre. Ele conta como sua tia trabalhando como enfermeira e fiel no cumprimento da lei, ajudava na divulgação do planejamento família. O protagonista retratar as dificuldades das famílias e a dependência do Estado para alcançar uma vida melhor. Ao mesmo tempo as mulheres que burlava a lei era severamente punida. De um lado freou o avanço da população e de outro acarretou morte de várias mulheres e deixou sequelas permanentes na memória dos sobreviventes desse período.
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Bruno.Santos 26/07/2022

Fantástico!
Quando olhei a sinopse desse livro e vi que citavam o Gabo, a curiosidade veio com tudo e comecei a ler. O tom irônico e anedotico, quase que contando um "causo", quase num tom de fofoca de cidade do interior, me fez reduzir bastante a velocidade de leitura para degustar por mais tempo, essa história terrível de forma quando singular.
Não foram poucos os momentos que as passagens eram socos fortes na alma, e quase no mesmo capítulo tinha algo que te fazia rir de canto de boca. Esse livro é assim, fortes socos seguidos por risos bobos, mas todo cerne da história é tão pesada e brutal.
Ler esse livro me fez querer saber mais sobre esse período e sobre a própria política do filho único.
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Lívia Berci 31/05/2022

Livro bom como contextualização histórica
Não foi um livro que me prendeu a ponto de eu querer engatar a leitura sem parar. Todavia, achei a construção de personagens bastante interessante e uma verdadeira aula de história por meio da ficção. Super compreensível porque ganhou o Nobel de Literatura, mas pra mim não foi um caso de maiores amores.
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Lilian 29/05/2022

Controle
O livro trata do controle populacional da China através da política do filho único, mas traz tb críticas
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#Anafox 27/04/2022

Muito perdida com esses personagens Nariz, Perna, Bochecha, Fígado... Mas superada a estranheza inicial, o livro mantém um ritmo que torna a leitura agradável. A história nos traz aspectos na política de controle de natalidade na China, a partir de diferentes personagens que vivem no mesmo vilarejo, e nos são apresentados pelo personagem Corre Corre. Incrível o que se faz em nome de ideais... Os tais fins não justificam os meios. Recomendo a leitura! Não parece um calhamaço, mas tem quase 500 pág. Mesmo assim, é de leitura fácil e rápida.
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