Diário de Bitita

Diário de Bitita Carolina Maria de Jesus




Resenhas - Diário de Bitita


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Nado 27/11/2022

Mais uma obra de Carolina Maria de Jesus que é tão necessária e que nos pega em cada cena e capítulo. A linguagem soa um pouco artificial, pois foi revisado, para a norma formal e culta da língua portuguesa, assim, não tem a linguagem coloquial que é a marca registrada da autora e tão presente em Quarto de Despejo. Apesar disso, é possível apreciar como a escritora se permitiu filosofar, questionar e criticar a sociedade, sobretudo o machismo e o racismo. Acredito que esse domínio da autora se tornou possível por conta do mundo da literatura que ela adentrou cada vez mais, desde quando lançou o seu primeiro livro. Isso é mais uma prova do quanto a leitura é transformadora e nos eleva a cidadãos pensantes, questionadores e revolucionários. Viva à Carolina Maria de Jesus!!!
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@eu_rafaprado 26/11/2022

5 estrelas!
Ler um livro escrito por uma mulher preta que teve a infância e enfrentou todas as dificuldades que Carolina enfrentou, por si só já é mérito de 5 estrelas!
Carolina foi mais uma vítima das tristes consequências da escravidão, quanta tristeza e dificuldade.
Que bom que Carolina encontrou os livros e a literatura em seu caminho, tenho certeza que os livros foram seus companheiros em muitas noites de solidão e tristeza.
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melmelcaiudoceu 29/03/2022

A realidade é terrível
Diário de Bitita é mais que um tapa na cara. É um avalanche, um terremoto pronto pra destruir tudo.
A história é sobre Carolina Maria de Jesus na infância, mostrando a visão infantil que tinha do mundo. Mas logo nas primeiras páginas do livro, descobrimos que é uma leitura totalmente impactante, com situações de revirar o estômago.
O livro evidência o racismo (levantando também questões sobre colorismo), a pobreza, a prostituição (inclusive a infantil), analfabetismo e a sociedade pós-abolição da escravidão, que ainda carrega pesados preconceitos. Tudo isso sempre sendo relacionado com a influência do Brasil, enquanto colônia portuguesa e do recém formado Brasil República.
Posso estar errado, mas percebi que depois que a Carolina entra para a escola e é alfabetizada, também enquanto ela cresce, a escrita do livro muda sutilmente, usando palavras e fazendo análises mais complexas da realidade.
Ela é genial. É uma leitura que recomendo à todos.
Segue alguns trechos que me impactaram:

"Quando nós, os sobrinhos pretos, íamos visitá-la, não tínhamos o direito de entrar. Casa de mulato, o negro não entra."
"O meu avô retirou a cinta da cintura e espancou-a"

"Ela trabalhava nas casas familiares, e nas casas das meretrizes, e levava-me. Eu presenciava aquelas cenas pornográficas das mulheres com os homens."

"Com as dificuldades que os pais encontravam para viver, porque a pobreza era a sua redoma funesta, alguns pais, incientes, obrigavam suas filhas a ser meretrizes. Visando enriquecer por intermédio das filhas, jovens desnutridas"

"Eram filhos dos colonos e trabalhavam para os portugueses. O Brasil era a segunda edição de Portugal. Não tinha estilo próprio.
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olv.thayla 19/02/2022

extraordinário!!
ler carolina é sempre uma experiência e tanto! quarto de bitita, em especial, me chamou muita atenção pelo ar de conto que ela dá às suas narrativas. a forma como carolina descreve sua visão de mundo e posicionamentos assumidos enquanto ainda era uma criança é surpreendentemente fantástico!
é uma leitura que gera revolta e toca em feridas, mas também é um livro que faz sorrir. simplesmente perfeito!
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Eliete 24/01/2022

Vida de humilhação e desprezos
Sem palavras para descrever a vida da Carolina de Jesus, uma vida de humilhações constantes, pobreza, miséria, falta de comida, desesperança, que foi retratada com todas as suas nuances.
A leitura é de suma importância para tentarmos entender uma parte da nossa história, história desse país que foi estruturado sobre a escravidão e exploração humana.
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Antonio 03/09/2021

Lindo, mas triste, comovente
Esse livro contém um retrato do Brasil no início do Séc. XX, em um período que ainda se pode dizer pós-abolição. Eu, particularmente, achei o livro muito triste, porque a realidade da Bitita é muito cruel, havendo claramente uma violência naturalizada, física e verbal/simbólica, contra os ex-escravizados. E, o pior de tudo, é saber que muito disso persiste até hoje: a pobreza extrema, a violência, a discriminação... E por isso, apesar dos fatos engraçados em algumas narrativas, não consegui deixar de sentir o desespero da miséria, da violência e do preconceito contra Bitita. Foi doído ler esse livro, até o final, porque ele não traz qualquer esperança.
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Apenas Evelim 18/08/2021

Viva Bitita!
Carolina Maria de Jesus é uma das maiores escritoras desse país, pena que ainda não seja conhecida. Sua escrita é única. O preconceito, as condições de vida precária, a desigualdade nos é narrada de forma singela e ao mesmo tempo grandiosa, sob a perspectiva de uma menina preta, moradora da favela, com sonhos e esperança. (Na verdade, o livro foi escrito na fase adulta de Carolina, mas os acontecimentos narrados são sobre a sua infância e adolescência). A leitura salva a alma e ao mesmo tempo nos ensina tanto sobre o viver e sobre a nossa breve existência. Não me canso de saudar: Viva, Bitita!!
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ritita 14/07/2021

Força, esperança e luta.
Muito prazeroso ler autores nacionais do quilate de Carolina. Que perfeição de narrativa, ainda que dolorosamente dolorosa.

Carolina conta um pouco de sua sofrida infância nos cafundós das Minas Gerais, bem depois da abolição da escravatura.

Com 4 anos a "negrinha" ainda não sabe ler, mas sabe muito observar e contestar, daí a contação iniciar nesta tenra idade.
Pertencente a uma família sem eira, beira ou telha, Carolina (Bitita), e sua mãe não tem pouso certo, roupa decente e comida suficiente.
Um pouco mais velha, para subsistir com o mínimo e tentar curar suas feridas nas pernas, Carolina anda e anda por MG e interior de SP procurando qualquer trabalho onde possa comer, dormir e ganhar uns contos de réis. Ela lava, passa, cuida de casas, de crianças, cozinha (mesmo que não saiba muito), trata de bichos e plantações.
Seu maior sonho é morar em uma casa coberta por telhas - na sua imaginação é lá que moram os bem de vida.
Nesta fase da vida Bitita já tinha completado o 4º ano primário e era ávida ler para conhecer mais.
"Nossa casa não tinha livros. Era uma casa pobre. O livro enriquece o espírito. Uma vizinha emprestou-me um livro, o romance Escrava Isaura. Eu, que já estava farta de ouvir falar na nefasta escravidão, decidi que deveria ler tudo que a mencionasse."
Com a fita que me cabe, tive a impressão que Carolina colocou muito de fantasia em sua história. Não consigo acreditar que uma criança possa passar por tanto sofrimento, ainda que negra, pobre e interiorana, afinal a escravidão havia terminado.
O livro foi editado primeiramente em francês e passou por várias edições, é possível, sim, que a narrativa tenha sofrido alterações fantasiosas. No entanto, nada tira a beleza e a dor do conteúdo.
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Karla Samira @pacoteliterario 30/03/2021

Chocante!!!
O relato que Carolina Maria de Jesus nos traz nesse livro foi arrepiante para mim. Nascida 30 anos após a abolição da escravidão no Brasil, quando criança Bitita e sua família ainda viviam praticamente na condição de escravos.

Um pouco crescida, Bitita trabalhou em diversos lugares, seja com seus familiares ou por sua conta e fiquei angustiada com o tratamento que recebeu em várias situações de sua vida.

Achei de suma importância essa leitura para aprendermos, na prática, a importância das atuais políticas afirmativas, como as cotas raciais em faculdades e concursos públicos, como tentativa de se pagar a dívida histórica que nosso país tem com a escravidão.

Sem palavras para descrever a imensidão dessa leitura. Vou indicar a todos, com certeza!!!

Para ver a resenha completa, é só clicar no link abaixo.

site: http://www.pacoteliterario.com.br/2021/02/resenha-da-karla-diario-de-bitita.html
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Karina 04/03/2021

Diário de Bitita conta a história de Carolina Maria de Jesus, uma mulher negra nascida no Brasil em meados dos anos 1914. Neste livro podemos vivenciar junto da autora um pouco de como foi a sua vida na infância, adolescência e na fase adulta. Bitita (como gostava de ser chamada), nos faz ver o Brasil de um jeito cru, revelando a árdua vida dos negros aqui. Uma infância pobre, em que recebia críticas de amigos e familiares, mas que nas palavras de seu avô encontrou o motivo para viver seu vida da maneira mais honesta possível.
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Beca 04/01/2021

Nessário
Carolina nos dá uma aula de história e de humanidade neste livro!

Ela nos mostra como a escravidão não acabou, como só "mudou de endereço"

Carolina é de uma inteligência extraordinária, e escreve com alma! É impossível não ler e não se emocionar.

Li dois livros dela e já quero ler tudo que foi escrito por essa mulher incrível!

site: https://msha.ke/beca_fmachado/
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Alcione.Ferreira 03/01/2021

O que aconteceu com os negros no pós abolição?
Considero o livro um importante documento histórico sobre o cotidiano da população negra no Brasil, nos pós- abolição! Leiam.
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Eliana 16/12/2020

O livro diário de Bitida foi o meu segundo contato com a autora Carolina Maria de Jesus, diferente de quarto de despejo aqui vamos acompanhar toda a trajetória da infância da autora. Antes de morrer Carolina entregou dois cadernos a uma repórter brasileira chamada Cléria Pisa. ⁣

O livro foi lançado pela primeira vez na França, em 1982 com o nome de Jornal de Bitida e somente quatro anos depois, foi publicado no Brasil a partir da edição francesa, com o título diário de Bitida. ⁣

Como disse anteriormente nesse livro vamos conhecer como foi a infância de Carolina a sua relação com a família, o período da escola e de como surgiu o gosto pela literatura e principalmente o racismo explícito que ela sofreu ainda tão jovem. ⁣

O livro é dividido em vinte e dois capítulos, e cada um traz um título diferente que a autora narra um acontecimento importante durante a época e que fez parte da sua jornada. Carolina nos oferece uma verdadeira aula sobre política e sobre a história do negro no Brasil são vários acessíveis para que a gente entenda o por que ainda vivemos no país onde uma população negra vive em locais extrema pobreza. ⁣

Carolina teor os problemas políticos que o Brasil infrentou desde a crise de 1924. ⁣
Mesmo com o final da abolição da escravidão em 1988, é evidente o sofrimento e o descaso da população negra na década de 1920. Uma sociedade que desprezava o negro, é impossível não fazermos um povo paralelo com os dias atuais.⁣

Carolina sempre foi uma criança muito inteligente, desde muito jovem era atrevida e não levava desaforo pra casa, durante toda a sua infância Bitida como ela gostava de ser chamada, sempre foi muito maltratada pelos seus colegas de escola, pelos vizinhos e pela sua família família. ⁣

Carolina faz críticas críticas à sociedade época o racismo, as desigualdades sócias e principalmente a violência policial que marcaram a história dessa população que a muito tempo vem sendo esquecidos e marginalizados.
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Caio Mário 28/09/2020

Poderoso!!
É impossível não se emocionar com a escrita e a vivência da Carolina Maria de Jesus!
Sem palavras para descrever a enormidade dessa obra!
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Pri 11/09/2020

Sensibilidade
Este livro é uma boa pedida para quem gosta de autobiografias. Carolina conta sobre sua infância em um relato emocionante, nele percebemos que mesmo com um talento espetacular ela sempre foi colocada à margem. Recomendo fortemente!
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