Resenhas - Dália Negra

Ingrid.Rayane 10/10/2024

Chato
A história e a investigação desse livro são boas, mas todos os personagens são insuportáveis e tem umas cenas tão desconfortáveis que me dava nojo só de ler.

Eu entendo que a época tinha muita prostituição, drogas, policiais com falta de ética absurda, tudo era na base da porrada, mas infelizmente esse tipo de livro não dar pra mim. O tanto de cena desrespeitando as mulheres, homens tão nojentos, a forma que os policiais não tiveram a capacidade de respeitar a morte horrível de uma mulher, a tratando como um objeto mesmo e se achando no direito de julgar a forma que ela vivia, em uma época tão precária em que ela não teve o apoio de ninguém para quem sabe ser possível realizar um sonho.

O romance que tentou enfiar no meio também, tão sem sentido , uma enrolação do caramba sem entender nada o livro inteiro, um triângulo amoroso surgindo do além, aí o cara morre e do nada, DO NADA os dois se casam, aí fica um clima bosta porque esse protagonista é um merda nojento e depois vem aquele final péssimo.

Sobre a questão da obsessão dos personagens pelo caso da Elisabeth, eu consigo entender os motivos do Blanchard, mas o do Bleichert não entendi nada, só consegui entender que esse cara era um pervertido nojento. Ele do nada pensando na mulher que morreu quando está transando, aí não dá.

Não sei se foi a forma de conduzir a história, colocando falas detalhadas e exageradas de sexo, não sei se foi os personagens, a escrita do autor, a questão da época que era exatamente horrível assim que as coisas funcionavam, não sei, só sei que detestei esse livro, me senti muito enoja e com ódio desse protagonista, muitas vezes querendo desistir da leitura de tão desconfortável e irritada eu ficava. Tanto que no final com os plot acontecendo eu tava tão desinteressada que eu não consegui nem ficar impressionada, mas reconheço que as peças foram perfeitamente encaixadas no final, fazendo sentido todas as pequenas coisas que aconteceram, o autor trabalhou isso muito bem.

Guilherme 02/09/2024

Dália negra
O adjetivo que melhor define "Dália Negra" é visceral. A narrativa, o contexto, a experiência de leitura, é tudo visceral.

James Ellroy se baseia em experiências pessoais e um caso real para nos contar uma história intensa, pesada e completamente viciante. A ambientação dos anos 40 nos joga de cara em uma calçada fria de algum beco sujo de uma Los Angeles em preto e branco dos filmes noir. Os personagens não são heróis, são pessoas cheia de defeitos, vícios e lascívia, o que garante um tom muito realista na obra. Um livro totalmente imperdível!

Giordano.Sereno 06/02/2024

Um livro muito bom, mas com algumas coincidências...
Li essa obra pela primeira vez em 2005 e não me lembrava de muita coisa. Especialmente, não me lembrava que era tão bom. Você vai encontrar violência, corrupção e pior da humanidade, mas também uma história sobre amizade e a amor. Gostei do final! O autor sobre conciliar a ficção com o caso real, sem deixar sem graça. Só não dei uma nota maior por conta de algumas coincidências que me incomodaram. Mas é um livro muito bom!

Gustavo Rafhael 02/02/2024

Não é sobre o caso real
Se você espera um livro sobre o caso real do assassinato de Elizabeth Short, não é o caso desse. James Ellroy utilizou a história real apena como plano de fundo.
Em alguns momentos senti a leitura ficar um pouco arrastada. A parte III do livro é um porre.
Tirando isso, o livro é bom, vale a pena.

DominicSReynaldo 25/11/2023

E. Short foi apenas o plano de fundo
Leitura do #ReadingChallenge2023 PopSugar - #11 - Um livro sobre ou ambientado em Hollywood

Nâo, o livro não é sobre a Dália. Mas sim do impacto do caso Dália na vida do Dwigth/Bucky
Ele era um cara comum, um tira comum, sem muita expectativa. Ai apareceu um cara grande, com uma garota legal ao lado, o desafiando a uma luta em prol com oferecendo um cargo que Bucky nunca almejou.
Ai veio a fama, o cargo, as noites asssitindo box, a garota do seu melhor amigo, a "casa"...
E depois tudo se converge em 4 negros mortos, De Witt, Bezendrina e a cereja do bolo, o caso E. Short - A Dália Negra.
O final foi um tanto decepcionante, mas depois de analizar com calma, Dwigth finalmente encontrou alguma calmaria.

Valéria Ribeiro 13/11/2023

Um dos 1001 Livros para Ler Antes de Morrer
Este livro está merecidamente na lista dos 1001 Livros para Ler Antes de Morrer e fazia um tempão que estava na minha lista pessoal.

Fazer sua leitura foi como adentrar em um filme noir, ambientado em uma sombria Los Angeles (LA) do final dos anos 1940. É tão bem escrito e a atmosfera é tão bem construída que podemos imaginar o narrador falando ao fundo enquanto as cenas se desenvolvem.

A história gira em torno da morte de Elisabeth Short, apelidada pelos jornais de Dália Negra. A brutalidade do crime põe em cena mais de duzentos policiais do Departamento de Polícia de LA. Embora todo esse aparato policial, dois anos após o fato, o homicídio continua sem solução, as pistas esfriam e o interesse da mídia e da polícia também.

Todavia, levado por diversas questões, principalmente sua obsessão pelo caso que vai se deslocando para a vítima, o policial Bleichert não desiste da investigação. Para tanto, ele busca reconstituir os últimos dias de vida de Beth e, assim, entramos em contato com a sociedade americana dessa década: machista, racista e mixógena. A corrupção e a extrema violência policial também ficam patentes e são bem exploradas pelo autor.

Atrelada à narrativa principal há outra história relativa à indústria da construção civil com destaque para a interferência política, os interesses escusos, a corrupção e a busca desenfreada por lucro. Ambas as narrativas convergem.

Ainda, o texto é recheado de termos atualmente considerados politicamente incorretos e esse fato o torna ainda mais importante, pois podemos perceber a visão daquela sociedade acerca de temas que hoje continuam relevantes: a prostituição, a violência contra a mulher, sua objetificação, os crimes de natureza sexual, o feminicidio, o fenômeno do julgamento que a coletividade faz da vítima quando esta não atende ao padrões julgados morais.

O desfecho da trama é surpreendente. Destaco, ainda, que o ritmo do livro não é alucinante. Não se trata de um thriller. É uma reflexão complexa sobre o voyeurismo e a obsessão sexual. É um livro para ser lido apreciando-se o clima de que ele inspira.

James Ellroy (Los Angeles, 4 de março de 1948) é um escritor e ensaísta estadunidense. Suas histórias são contadas em um estilo de narrativa de frases curtas, quase telegrafadas, impactantes e diretas.

Alan kleber 27/09/2023

Uma visão sombria da sociedade e da natureza humana.
"Dália Negra" é uma narrativa implacável que nos envolve em um turbilhão de mistério corrupção e desespero.
O livro gira em torno do brutal assassinato de Elisabeth Short, cuja morte chocante e misteriosa se torna o ponto central da história.

A trama se desenrola na Los Angeles dos anos 1940, uma cidade marcada pela corrupção policial e pela decadência.
A investigação do assassinato de Elisabeth Short, a Dália Negra desencadeia uma série de eventos que revelam uma rede de corrupção, traição e depravação que permeia toda a sociedade.

As personagens principais deste conto noir são Dwigth "Bucky" Blanchert e Lee Blanchard, detetives do departamento de polícia de Los Angeles. Bucky, nosso narrador é um homem assombrado pelos eventos que testemunha e as escolhas que faz ao longo do livro. Ele tem um senso profundo de moralidade, mesmo em um mundo onde a corrupção e a brutalidade policial é moeda corrente. Sua complexidade como personagem é um dos pontos altos da história.
Em contrapartida, Lee Blanchard é um retrato sombrio de um homem obcecado pela justiça. Profundamente atormentado pelo caso da Dália Negra. A sua jornada é uma é uma descida à escuridão, e seu relacionamento com Bucky é ao mesmo tempo de camaradagem e competição. A busca incessante pela verdade sobre o assassinato da Dália Negra o leva a caminhos sombrios e a uma perda de identidade perturbadora.

Duas outras personagens que adicionam uma camada de mistério e complexidade a trama são, Kay Lake e Madeleine Sprague.

Kay Lake é uma mulher enigmática que entra na vida de Bucky e Lee. Sua presença adiciona camadas de complexidade ao relacionamento entre os dois detetives. Sua história pessoal e os segredos que guarda são elementos importantes da trama, e sua personagem destila mistério e vulnerabilidade.

Madeleine Spague é apresentada como uma jovem e atraente mulher, cuja semelhança com Elisabeth Short, a Dália Negra, é notável. Sua presença na história é central para o envolvimento da trama, pois ela se torna um elemento-chave na investigação do assassinato brutal de Elisabeth Short.

O interesse de Bucky por Madeleine desempenha um papel fundamental em sua jornada pessoal ao longo do livro. Sua busca por respostas sobre o caso da Dália Negra o leva a se aproxmar de Madeleine, e a semelhança física entre as duas mulheres o atormenta profundamente. A presença de Madeleine na vida de Bucky é tanto um fator de impulso quanto um elemento de confusão em sua busca pela
verdade.

Dália Negra é uma exploração angustiante da dualidade humana e da busca pela verdade, mas também um mergulho implacável na violência e na crueldade da vida nas sombras de Los Angeles. Os leitores sensíveis à violência gráfica devem ter em mente que este é um livro que não poupa detalhes, dessfiando-nos a confrontar as realidades brutais da sociedade e da psicologia humana enquanto seguimos em sua busca perturbadora pela verdade.

Andreza.Zimbaldi 12/09/2023

É UM ROMANCE
O início eu não consegui ler tudo, pulei algumas linhas, mas, depois que veio o caso em si, a história ficou muito boa... apesar de ter o nome de Elizabeth Short e de contém descrições reais do estado do corpo, modus operandi e bem, do crime em si... a história é um romance, com o personagem principal sendo o policial Bleichert, ele com o parceiro entram de gaiato na investigação e a história fica muito doida e envolvente. É um ótimo romance, porém, eu achei que fosse realmente sobre o caso, se você também espera isso, não é! O final é um pouco decepcionante, mas, a história em sí é bem contada, as cenas são explicitas então você consegue ter uma noção enorme de como deve ter sido a investigação real do caso... e regado a palavrões, sexo e detalhes macabros. Vale a pena, com algumas ressalvas.

VK 99 04/09/2023

Arrastado mas revelador
Pra mim foi meio cansativo de ler pela forma na qual foi escrita, mas revelou detalhes da vida da vítima que eu jamais imaginaria que existiam. Acho que esse é o ponto mais forte do livro. Foi muito além do crime brutal e da investigação.

Pisi14 24/08/2023

Ficção a partir de um crime real
Um crime famoso em Los Angeles revela um submundo sórdido de exploração humana para aqueles e aquelas que vem de todos os lados dos EUA tentar a sorte em Hollywood. Nele, pessoas na margem da lei convivem com todo tipo de abusadores e policiais de moral duvidosa em um ambiente onde crimes são escondidos facilmente pelo dinheiro e pelo silêncio.

Mas quando um caso chama a atenção da imprensa e ganha as manchetes de jornal do país, alguns desses policiais vão precisar investigar a bárbarie de um assassinato e vão perceber que estão diante de um inimigo que dificilmente deixa pistas.

O livro tem um ritmo de ação de filme e provavelmente foi escrito para ser adaptado para o cinema, algo que de fato aconteceu. O crime é real mas o autor o reelabora através da ficção.

É literatura policial que relembra e homenageia o gênero de cinema noir e literatura policial dos anos 40 do século XX

Andre_Sch 11/07/2023

Dwight "Bucky" Bleichert deixou ser enganado?
Se o autor ficou anos pesquisando e se aproximando do caso real da Dália Negra, não podemos deixar de lembrar que o autor, na sua vida real, teve o assassinato da sua mãe sem solução, então, pode ter certeza que ao ler você vai entender o quão íntimo ele foi nesse caso e nos presenteou com a história da Dália Negra.
Tem relatos dos ambientes frequentados pelos principais envolvidos que dá ânsia de vômito ao ler os detalhes magistralmente escritos por James Ellroy.
A reta final, as reviravoltas das últimas páginas – a gente só fica dizendo não pode ser, não acredito... De Ramona e as artimanhas de Emmett Sprague.
A fixação por Dália Negra e como ela é descrita, de fato era linda e hipnótica, ao ver imagens reais de Elizabeth Short (atriz assassinada) - bela por igual.
Outra coisa que me atraiu foi sobre o quadro de Frederick Yannantuono – e a relação direta com O homem que ri de Victor Hugo, e o retrato de Gwynplain - o personagem mutilado, essas conexões com o livro são sensacionais.
Terminei pensando o quanto Dwight "Bucky" Bleichert deixou ser enganado, sim, por todos, inclusive por Kay e Lee Blanchard.

raureads 17/05/2023

Nhe
Esperava mais, de verdade. comprei achando que era realmente apenas sobre o caso, mas me enganei. acho que ele é uma tradução, por isso a escrita ficou ruim em alguns momentos.

Frank V 17/02/2023

Potencial desperdiçado
O caso do assassinato é tão singular, tão instigante, abre tantas possibilidades, mas o livro não empolga. Não ironicamente pelo fato do protagonista ser um policial, parece mais um relatório policial do que um romance.

Lizandra.Mirelle 29/12/2022

Esperava mais
Quando vi esse livro, esperava que fosse algo bem focado no caso da Dália Negra (que conheci pelo o Quinta Misteriosa, no YouTube), mas na verdade nesse livro, o caso fica em segundo plano.
A história gira em torno do boxeador/policial Buck Bleichert. Envolvido num triângulo amoroso, viu sua vida ir da glória as ruínas, por conta dos traumas e obsessões que o caso Dália Negra lhe trouxe.
O livro poderia ser enxuto em umas 200 páginas, quando focava na parte do caso, a história ficava ótima pra ler. A última parte foi a melhor de todas e o final me agradou bastante.

Gláucia 26/12/2022

Dália Negra - James Elroy
Sou apaixonada pelo filme "Los Angeles - Cidade Proibida, dele advém meu ranço, apesar de gostar do filme Titanic, que tirou injustamente o oscar do primeiro de melhor filme.
Por causa desse filme me interessei em conhecer a obra do autor, comecei por esse escolhendo a obra cronológica. Também havia lido a biografia dele, "Meus Lugares Escuros" o que foi muito bom por encontrar como os aspectos mais marcantes de sua vida (terrível!) influenciaram em sua obra. Imagino que isso sempre aconteça, em maior ou menor grau, mas aqui a conexão é muito grande e interessante sobretudo por trazer um crime real que certamente o remete a seu mais tenebroso lugar escuro.
Adoro livros/filmes policiais que trazem como protagonistas duplas de parceiros cheios de defeitos, sempre tão perturbados por suas vidas mal resolvidas em vários aspectos. E em como o sentimento de lealdade os unem.
Gostei imensamente da primeira metade, a partir daí a narrativa se perdeu um pouco em meio a tantos detalhes que tornaram o enredo um pouco confuso.
Fogo & Gelo.