spoiler visualizarLaura 18/02/2023
Senhorita
O livro "Senhora" de José de Alencar, teve sua primeira publicação em 1874. O livro conta a história de Aurélia, uma moça linda da cidade fluminense, delicada e inteligente, filha de Pedro Camargo e Dona Emília, que esconderam um casamento e seus dois filhos por 12 anos do pai de Pedro, fazendeiro que não aceitava que seu filho queria ficar com uma mulher pobre, até a morte de Pedro Camargo.
O tempo se passa e após uma infância sofrida, a mãe de Aurélia e seu tio sugeriram que ela ficasse na janela para arranjar um casamento quando seu irmão faleceu e já não tinham mais ninguém que pudesse tomar conta da casa. Um dos que foram cortejá-la foi Fernando Seixas, declarou seu amor à mulher, e quando descobriu que o sentimento era recíproco, pediu a mão de Aurélia em casamento.
Porém, Fernando, ao pensar em abandonar a sociedade luxuosa na qual sempre viveu, trocou seu compromisso para noivar com Adelaide Amaral, que lhe tinha oferecido 30 contos de réis como dote. Aurélia descobriu a traição de Fernando depois da morte de sua mãe e de seu avô paterno, que havia pouco tempo, a reconheceu como filha de seu falecido filho Pedro Camargo, e deixou-lhe toda a sua herança antes de partir.
Por vingança e para saber se seu amado tinha mesmo a trocado apenas pelo dote, e não por amor(o que ela teria aceitado, pois mesmo ficando magoada, ele ainda teria sua honra), ofereceu anonimamente com ajuda de seu tio Lemos, um dote de 100 contos de réis para que Fernando se casasse com ela. Ela conseguiu comprovar que o casamento foi apenas por interesse e passou a tratar Fernando rudemente durante o matrimônio para manter seu orgulho até que admitissem o que realmente sentiam um pelo outro e deixar os desentendimentos de lado.
Acho o começo do livro um pouco cansativo pela quantidade de detalhes no cenário e coisas acontecendo, mas depois a leitura flui muito bem, gosto muito das atitudes de Aurélia, ela era indepedente, autoritária, feminista, além das muitas críticas à respeito de casamentos arranjados e à sociedade da época.