Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 03/12/2020
Quando me descobri negra
Quando me descobri negra, escrito pela escritora, cientista social, jornalista e mestre em Educação pela Universidade de São Paulo, Bianca Santana, um dos vencedores do Prêmio Jabuti em 2016, na categoria “Ilustração” nos apresenta uma narrativa delicada, direta e objetiva sobre a vida do negro no Brasil.
Com a finalidade de apresentar uma visão abrangente do indivíduo negro, Bianca Santana, organizou o livro de crônicas em três partes da seguinte forma: “Do que vivi”, “Do que ouvi” e “Do que pari”. Ambas as narrativas falam sobre histórias envolventes de resistência, aceitação de ser quem você é, negro com orgulho em ser negro, de orgulho próprio.
Dessa forma, a obra incomoda propositalmente o leitor para que saiba e sinta na própria pele todas as situações descritas no livro, que mostram o drama real de quem vive todos os dias o preconceito racial – e estrutural -, e dessa forma a autora deixa uma reflexão no desfecho da obra que vale a pena ser lido:
“Você se lembra de quando foi racista com uma preta ou um preto? Não precisa contar pra ninguém. Só tente não repetir”.
No país multicultural e pluralizado, cujo preconceito insiste em ser desmistificado que não há racismo, “Quando me descobri negra”, inegavelmente afirma que o racismo está mais presente em todas as esferas da sociedade. Portanto, cabe a nós, permitir que a diversidade seja a palavra de ordem em nossa vida.
Leia “Quando me descobri negra”. É necessário. Recomendo!
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