"Tenho 30 anos, mas sou negra há dez. Antes, era morena." É com essa afirmação que Bianca Santana inicia uma série de relatos sobre experiências pessoais ou ouvidas de outras mulheres e homens negros. Com uma escrita ágil e visceral, denuncia com lucidez – e sem as armadilhas do discurso do ódio – nosso racismo velado de cada dia, bem brasileiro, de alisamentos no cabelo, opressão policial e profissões subjugadas.
"Quando me descobri negra fala com sutileza e firmeza de um processo de descoberta inicialmente doloroso e depois libertador. Bianca Santana, através da experiência de si, consegue desvelar um processo contínuo de rompimento de imposições sobre a negritude, de desconstrução de muros colocados à força que impedem um olhar positivo sobre si. Caminhos que aos poucos revelam novas camadas, de um ser ressignificado. Considero este livro um presente, é algo para se ter sempre às mãos e ir sendo revisitado. Bianca, ao falar de si, fala de nós."
– Djamila Ribeiro, colunista da Carta Capital, pesquisadora na área de filosofia política e feminista.
"Escritos romantizados, tristes e fortes, delicados e agudos, de uma dura e naturalizada realidade que se reinventa em vermelho e cinza a cada dia nas periferias, mas também nos espaços de classe média universitária ou médica, ou ainda nos voos São Paulo-Paris."
– Douglas Belchior, militante do movimento negro e conselheiro da UNEafro-Brasil.
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