Ane Queiroz 13/02/2012Lido, Relido e amadíssimo**Sinopse:
Rachel Walsh tem 27 anos e a grande mágoa de calçar 40. Ela namora Luke Costello, um homem que usa calças de couro justas. E é amiga - pode-se mesmo dizer muy amiga - de drogas. Até que a sua vida vai para o Claustro - a versão irlandesa da Clínica Betty Ford. Ela fica uma fera. Afinal, não é magra o bastante para ser uma toxicômana, certo? Mas, olhando para o lado positivo das coisas, esses centros de reabilitação são cheios de banheiras de hidromassagem, academia e artistas semifissurados (ao menos ela assim ouviu dizer). De mais a mais, bem que já está mesmo na hora de tirar umas feriazinhas. Rachel encontra mais homens de meia-idade usando suéteres marrons e sessões de terapia em grupo do que poderia supor a sua vã filosofia. E o pior é que parecem esperar que ela entre no esquema! Mas quem quer abrir as janelas da alma, quando a vista está longe de ser espetacular? Cheia de dor-de-cotovelo (o nome do cotovelo é Luke), ela busca salvação em Chris, um Homem com um Passado. Um homem que pode dar mais trabalho do que vale... Rachel é levada da dependência química para o terreno desconhecido da maturidade, passando por uma ou duas histórias de amor, neste romance que é, a um tempo, comovente, forte e muito, muito engraçado.
**Resenha**
Ontem (12/02/2012) quando eu terminei de reler o livro eu pensei em tudo o que eu senti da primeira vez que havia lido e o que eu senti dessa vez. Pensei em todas as vezes que dava uma vontade louca de sacudir a Rachel e fazê-la ver o que é óbvio até para uma criança. Claro que para ela nada era óbvio e a dor de se aceitar apesar dos pesares é muito difícil, mas totalmente necessário.
Quis ler de novo (agora dois anos depois), porque desde que eu terminei eu sabia que queria ler de novo. Queria entrar nessa história novamente e sentir tudo de novo! Alguns pensam que é loucura, porque eu já conhecia a história, mas é viver a história que faz a diferença. O mundo da Rachel dá uma virada muito grande e ela precisa descobrir muitas coisas para se adaptar a realidade que passa a enxergar, e, no meio disso que o leitor entra, pois viver essa transformação com ela é o máximo!
A Marian Keyes é fantástica! O livro é hilariante! Amo a família Walsh! Eles são divertidos e cheios de uma confusão boa... Imagina que mesmo nos maiores apuros e tristezas ainda sobra tempo pra rir demais da conta.
E claro apesar de ser totalmente doida a Rachel é um amor (de vez em quando nervosinha e dona de um ódio terrível). Divertida e cheia de vida, precisa reinventar sua vida e faz isso com maestria! A transformação ao longo do livro é brilhante (às vezes dolorosa).