Kamila 14/03/2016
A Bela e a Fera em pleno 2016!
Nesse volume, o protagonista é o Augusto Bittencourt, o Monstro, irmão da Babi (pra saber quem é a Babi, tem que ler o primeiro, claro). A história começa mostrando uma moça que foge de alguém. Até então não sabemos quem é a moça, muito menos quem é seu perseguidor. Pois bem, essa moça, depois de mais um dia de trabalho, chega em casa e percebe que ele esteve lá. Ela tinha uma série de regras que cumpria rigorosamente. Uma delas era manter as luzes de casa sempre acesas. Outra era nunca confiar em ninguém. Sabendo que ele apareceu, ela foge, sem destino aparente.
Enquanto isso, Augusto, depois de mais uma transa casual, resolve parar num restaurante 24 horas. E é lá que os olhares da moça e dele se cruzam pela primeira vez. Sim, a moça também parou nesse restaurante. O problema é que ele também a encontrou. E aí começou uma fuga alucinante: a moça, ele atrás e Augusto em seguida. Ele achou melhor seguir para poder ajudar, pensou. A sequência de momentos foi de cair o queixo. O perseguidor jogou o carro dele contra o da moça, que se chocou com uma árvore. O cara, óbvio, fugiu, mas Augusto foi ver a moça. Ela estava como qualquer pessoa que sofre acidente de carro fica. Mas, antes de desmaiar, fez um pedido: "meu Anjo com asas de bronze, cuide da minha vida."
A vida, na verdade, era um garotinho, que estava no banco de trás do carro, aparentemente sem ferimentos. Augusto, no desespero, leva o menino (e uma maleta que estava no porta-luvas) para sua casa. A moça foi socorrida e levada ao hospital. O garoto - que se chamava Nicholas - foi bem recebido pela família, mas sem antes não levar Ian e Babi à loucura. Depois de alguns dias em coma induzido, ela finalmente acorda. E se identifica como Anna. A partir daí, os personagens começam cada um uma busca: ela quer segurança, ele quer se livrar dela e do menino. Mas será que essas buscas serão tão fáceis assim?
Gente, estou chocada com esse livro!!!! Ele começou um pouco lento, por causa do acidente, achei que a autora deu muita volta pra contar essa parte. Mas depois que Nicholas entra na vida de Augusto e da família Bittencourt, foi só amor, aflição, lágrimas, enfim, a leitura foi maravilhosa! Meu coração aguenta cenas de pessoas sendo assassinadas, cenas de briga, tiro, porrada e bomba, mas não me coloquem uma criança sofrendo, isso acaba comigo!
Sim, de tanto que Anna e Nicholas (que é filho dela, aliás) viveram fugindo, eles se privaram de muita coisa. Uma das passagens do livro mostra Augusto levando o menino ao shopping. Entraram em uma loja de sapatos. Lá, o garoto ficou vidrado em um par de tênis azul-marinho. Claro que Augusto o comprou. Nicholas ficou tão emocionado que dormiu abraçado ao calçado. Chorei mesmo, me julguem.
Como a família Bittencourt é bem unida, então todo mundo do livro anterior apareceu: Babi e Ian, Valentina, (a filha do casal), Gustavo, Bernardo e Vivian (irmã de Ian), dona Eva (avó do Gustavo, Babi e Augusto). Monstro é o apelido de Augusto, mas, ao conhecer Anna e Nicholas, ele parece mudar, a contragosto, mas ele percebe que algo está mudando em seu coração.
Monstro era um apelido que lhe caía bem: era o certinho da família, trabalhava, mas era da gandaia. Todo dia uma mulher diferente, mas elas dormiam na sua cama. Era sexo e tchau. Com Anna tudo ficou diferente. Anna, aliás, era cheia de segredos: para proteger Nicholas, ela iria até as últimas consequências. Ela desconfiava de tudo e todos. Os segredos não a deixavam viver, era muito jovem, mas carregava um fardo pesado.
Eu li a edição digital, cedida em parceria com a autora. Encontrei vários erros de digitação, mas nada que atrapalhe a leitura. Há a edição física, mas é independente (alô, Pandorga!) que você pode adquirir a sua direto com a Raiza. Tem tantos segredos e babados nesse livro, que li em um dia só. Muitas reviravoltas que não te deixam largar o Kindle em momento nenhum.
O que mais gostei é que, a autora comentou, no fim do livro, que O Garoto dos Olhos Azuis não ia ter continuação, porém, os fãs pediram tanto que ela fez a sequência. Um ano depois de concluir o primeiro livro. Mas não parece, foi tão bem escrito que parece que ela que escreveu um atrás do outro, sem intervalos.
Quero agradecer a Raiza a confiança em mim e no blog para dividir conosco a história do Monstro, que na verdade, é O Garoto que Tinha Asas (de bronze). Além do rodeio no comecinho do livro, só não curti a Babi e a Vivian se metendo tanto, mas fazer o quê, estavam grávidas, com os hormônios a mil por hora! Mas, sério, garantam o de vocês, a leitura é maravilhosa, fluída e muito recomendada. E que venha o próximo garoto!
site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2016/03/resenha-o-garoto-que-tinha-asas.html