rhoudini 05/05/2021Excelente aventura do cavalheiro-furtadorArsène Lupin e a rolha de cristal
Autor: Maurice Leblanc
Edição: Principis
Nota: 5,0/5
**Do que o livro se trata?
Esta é, como o próprio Arsène Lupin diz ao final do livro, a aventura que mais lhe rendeu problemas e trabalho, mas que também foi uma das melhores e mais gloriosas de sua vida. Tudo começa quando um de seus furtos dá errado. Lupin, acompanhado de seus comparsas Gilbert e Vaucharay no assalto à casa de M. Daubrecq, se vê sem saída quando estes colocam tudo a perder na busca por um pequeno objeto que parece uma rolha e Vaucharay acaba assassinando o mordomo que cuidava da casa, mas que ainda conseguiu ligar para a polícia antes de expirar. Em meio à confusão, a única maneira de escapar parece ser os dois colegas ficarem para trás temporariamente, aguardando pelo resgate de seu patrão e amigo, Arsène Lupin. O problema é que, ao descobrirem que eles são cúmplices de Lupin, ambos são destinados à pena de morte, mesmo que apenas um dele estivesse envolvido no assassinato. Toda a trama gira em torno da procura pela rolha de cristal, um objeto que, embora não aparente ter valor algum, é o esconderijo do único documento que pode salvar o jovem Gilbert da guilhotina, mas ela fica muito bem guardada pelo astuto Daubrecq, o qual prova ser um dos inimigos mais formidáveis do cavalheiro-ladrão.
**Minhas impressões/pensamentos sobre o livro.
O livro é muito bom. Diferentemente de "Os bilhões de Arsène Lupin", que também li há pouco tempo, este empolga do início ao fim. Gostei muito da história, da trama em geral. É uma leitura agradável, que vale a pena. Aqui vemos o Arsène Lupin em seu auge, revertendo situações que parecem impossíveis, como já é habitual nas histórias do cavalheiro-furtador.
Sobre a edição da Editora Principis: excelente. Em outros títulos, eu já notara falhas grotescas de revisão, como o caso de não dividir os diálogos, ou o caso de recuos de parágrafos incorretos. Tudo isso deixa o leitor totalmente perdido. Nessa edição há pouquíssimas falhas, aquelas que todo livro tem: um acento errado, um erro de digitação, mas nada que comprometa a leitura. A tradução também é excelente e muito fluida. A equipe Principis está de parabéns, afinal, não deve ser simples fazer livros tão acessíveis ao público.
**Quem deveria lê-lo?
Leitura fundamental para os fãs do Arsène Lupin. Recomendado também para pessoas que gostam de ficção policial investigativa e entusiastas da ciência da dedução. Por fim, creio que é um bom livro para crianças e adolescentes em geral.
**Há alguma lição a ser aprendida?
Creio que há duas lições básicas: 1) Sempre desconfie do que é mais óbvio e que facilmente passaria despercebido; 2) Não importa quão difícil seja uma situação, enquanto houver chances de ser revertida, vale a pena continuar lutando.
**Citações de destaque
“As pessoas não desconfiam do que não parece estar escondido.” (p. 172)