laxxal 30/09/2021
Esse tipo de história sempre impressiona e choca muito, é difícil ver os limites que o ser humano chega e o que ele é capaz de fazer.
Eu nunca tinha visto a guerra contada pela perspectiva das mulheres em combate e também não fazia ideia de que existiam trens inteiros com todos vagões cheios somente de mulheres que se voluntariavam para lutar, nunca tinha parado para pensar na quantidade de famílias que eram formadas só pela mãe e os filhos e muitas das vezes a mulher era obrigada a segurar seu filho com um braço e atirar em um nazista com o outro.
Os relatos nesse livro mostram a força admirável daquelas mulheres, era cada detalhe feito e pensado para os homens que fazia ser muito mais complicado para elas, mas elas se adaptavam, davam um jeito e ainda superavam qualquer expectativa.
Foi possível ver bem de perto como aconteciam as relações entre as pessoas, desde entre familiares, até militares e inimigos, como em muitas vezes elas enxergavam um ferido russo e um ferido nazista apenas como duas pessoas feridas que precisavam de ajuda, existia um grande dilema, mas era possível enxergar humanidade naquelas ações, elas próprias se questionavam e refletiam muito sobre isso.
Em diversos momentos as mulheres que estão contando as histórias e a própria autora falam do amor, da entrega e da grandeza dessas mulheres, é tudo muito impressionante.
Foram gerações muito patriotas, as pessoas queriam ir para o front da guerra, falavam que lutariam pela pátria, que foram ensinadas sobre a pátria pelos pais, escola e universidade, então participar daquilo com todas as forças.
É um livro bem denso e pesado, mas indispensável para entender a história.