A guerra não tem rosto de mulher

A guerra não tem rosto de mulher Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - A Guerra Não Tem Rosto De Mulher


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Bruna B 25/01/2022

Que livro necessário.
Essas vozes devem ser ouvidas, a história dessas mulheres precisa ser conhecida e compartilhada.
A leitura não foi fácil, ler até onde o ser humano é capaz de ir em uma guerra é algo intragável.
Mas esse livro tem tanta escuridão, quanto luz.
Senti vontade de abraçar cada mulher.
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Olivia 31/01/2022

A guerra pelos olhos das mulheres. Mulheres que estavam lá e que pouco são lembradas.
A escrita cruel da realidade dolorosa.
Sobre a morte, não só a física.
Sobre resistência.
Sobre despertar o pior de si em situações extremas, tirar inúmeras vidas por não ter outra opção e ser condecorado por isso.
Sobre o significado da vitória em meia a tantas perdas, e que nem o lado que ganhou realmente venceu diante de tanto sofrimento.
Sobre esperança de uma vida melhor quando esse inferno acabasse.

" Talvez a guerra fosse um dos principais misteriosa da humanidade, e continua sendo. Nada mudou. Tendo reduzir a grande história a uma escala humana para entender alguma coisa. Encontrar as palavras. Mas parece que, nesse território pequeno e cômodo para o olhar- o espaço de uma alma humana-, tudo é ainda mais incompreensível, menos previsível do que na história."

" Meu bem... Não pode existir um coração para odiar e outro para amar. O ser humano só tem um, e eu sempre pensava em como salvar meu coração."

" Meu bem... As pessoas se odeiam tanto quanto antes. Matam de novo. Isso pra mim é o mais incompreensível... E quem são? Nós... Somos nós..."
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Sonaly 04/02/2022

Vozes silenciadas agora podem ser ouvidas!
Que livro interessante e difícil!
Tudo o que sabemos das guerras é visto sob o ponto de vista masculino e esse livro tá ai pra nos mostrar a vivência feminina na guerra. São relatos muito tristes e impactantes, por vezes, não conseguimos compreender tão bem algumas decisões delas.
Leiam sobre essas mulheres tão guerreiras e corajosas.
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Ruchelli.Parisi 05/02/2022

Emocionante
A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch.

O livro vai nos levar a segunda guerra mundial, mas escrita e vivida por mulheres. A autora reuniu relatos verdadeiros de mulheres que foram é lutaram lado a lado com os homens.

O que me surpreendeu nesse livro foi a quantidade de mulheres jovens (adolescentes) que se alistaram e foram para o front, mas não só como enfermeiras ou cozinheiras, e aqui também não tiro os méritos das profissões.... mas elas iam como soldados, se vestiam com roupas masculinas, até mesmo peças íntimas masculinas eram dadas à elas, pois o governo as viam como homens soldados.

São relatos em sua grande maioria emocionantes,- acho que por conta disso demorei um pouco pra ler. E depois de ter passado por toda a guerra como heroínas, elas se calaram...
"Quero falar...Falar! Desabafar! Finalmente querem nos escutar também."

São mulheres fortes e corajosas, que nunca haviam colocado a mão em uma arma, mas que anulavam seus medos e iam.... "Não conseguia imaginar que iria matar alguém, só queria ir para o front e pronto."

E lá no meio da guerra se viam sozinhas...
"Eu só lembro o que aconteceu comigo. A minha guerra. Há muita gente ao seu redor mas você está sempre sozinha..."

Foi meu primeiro contato com a autora, e confesso que amei a escrita... ela nos trás e faz viver os sentimentos da alma dessas mulheres maravilhosas, humanas - "Entre a realidade e nós existem os nossos sentimentos"
"Escuto quando elas falam... Escuto quando estão caladas... Tanto as palavras quanto o silêncio são texto para mim."

Recomendo essa leitura, para quem gosta de aprender um pouco mais sobre o que aconteceu de fato na guerra, sem máscaras.
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nandscaetano 06/02/2022

?Falta em nós o espanto diante do mal??
Não imagino o que escrever desse livro: é triste, é arrebatador, é fascinante, é intrigante e, acima de tudo, é imprescindível.
Como a autora mesmo reitera ao longo de toda a narrativa, ela não procura fatos históricos nem feitos heróicos. Não é a história como se vê nos livros didáticos e muito menos aquela história ressaltada pelo Estado. Essa história, como bem sabemos, é a vencedora. Aquela que foi escolhida para representar a nação, ao passo que milhares de outras histórias, singulares e ?comuns?, foram abafadas, por vezes brutalmente sufocadas.
Aqui a autora foca nos detalhes ?mínimos?, na microhistória, no dia-a-dia, na mentalidade, nas emoções? É a guerra vista de dentro: um vislumbre da psiquê humana?
Não há palavras pra descrever o livro. Só leia e conheça ? conhecer realmente, a fundo, o peso da guerra. Por fim, deixo aqui as palavras da própria autora:
?O caminho é um só: amar o ser humano. Compreendê-lo pelo amor.?
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bi-a 07/02/2022

Pungente, visceral e cru. Um grito para que as vozes dessas mulheres nunca sejam esquecidas.
"A Guerra não tem rosto de mulher" é um livro que documenta a guerra da forma mais crua possível do ponto de vista das mulheres russas que lutaram contra a Alemanha na 2º Guerra.
É um livro emocionante e visceral. Os relatos dessas mulheres, além do seu
ato de coragem de elas mesmos terem pedido para ir ao front, permeiam sobre a sujeira,
a fome, a dor, a violência sexual e a morte.
O livro mexeu muito comigo porque não mostra somente o lado mais político-geográfico da guerra, mas como a autora fala: trata sobre o ser humano na guerra. Seus sentimentos. O que essas mulheres estavam fazendo dias antes da guerra? Como foi durante a guerra? Como foram recebidas depois da guerra? Infelizmente, o pós guerra para algumas mulheres foi como se tivessem de enfrentar uma nova guerra. O desprezo que recebiam de homens e até de outras mulheres por terem lutado.
Uma leitura difícil, pois são relatos chocantes e indigestos. Os quatro últimos capítulos foram horríveis de digerir.
Svetlana Aleksiévitch foi a minha primeira leitura russa e fiquei encantada com alguns comentários que ela fazia em alguns capítulos. Como ela bem diz em um capítulo "sou uma historiadora da alma." E devo concordar. Lerei mais livros dela e de outros autores russos.

Recomendo muito esse livro para quem quer entender o ponto de vista das mulheres nas guerras e também para quem quer ler sobre a guerra, mas sem as fanfarronices que se contam sobre ela. E sim relatos do cotidiano das pessoas que viveram e vivem nesse trágico mundo de disputas.

Deixo aqui uma frase nesse livro que me tocou muito (uma das tantas, devo dizer)

"O gravador registra as palavras, conserva a entonação...pausas. O choro e o embaraço. Entendo que quando uma pessoa está falando acontece algo maior do que o que fica no papel depois. Lamento o tempo todo por não poder "gravar" os olhos, as mãos. A vida delas na época da conversa, a vida pessoal. Seus textos".
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Marina 16/02/2022

As histórias de guerra são sempre contadas do ponto de vista masculino e nesse livro a autora faz o contrário, dando voz às mulheres que participaram ativamente da Segunda Guerra Mundial, integrantes do Exército Vermelho Soviético. O livro é super pesado, as histórias aqui relatadas são horríveis, não há nada a ser romantizado na guerra. Mas é muito importante ter esse relato histórico contado de outro ponto de vista. É muito triste ver o que essas mulheres passaram, não só durante a guerra, mas também depois, quando foram rejeitadas pela sociedade e pelo país que elas defenderam.
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Alex.Santos 17/02/2022

O ser humano é maior que a guerra
Não foi uma leitura fácil pelo fato de se tratar de relatos de mulheres que sobreviveram a uma guerra, muitas vezes tive que parar pra respirar ou deixar de lado o livro e ler somente no dia seguinte .
É um livro pesado não poderia ser diferente por ser de relatos de sobreviventes de uma guerra tem cada relato horrível que vc para pra pensar como o ser humano é capaz de coisas absurdas de praticar tantas perversidades.
Apesar de ser um livro difícil de se ler, não pela linguagem e sim pelos relatos fortes , indico é um puta livro.
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Pâmela 21/02/2022

Guerra não tem rosto de ninguém
A Guerra Não Tem Rosto De Mulher - Svetlana Aleksiévitch

Os livros sobre guerra poucas vezes retratam a história das mulheres, e ao contrário do imaginário comum, centenas delas lutaram (e continuam lutando) em conflitos ao redor do mundo. Estima-se que durante a segunda grande guerra, quase um milhão de mulheres soviéticas que lutaram no Exército Vermelho, mas suas histórias geralmente não são contadas. Baseado na história oral (as entrevistas foram realizadas durante dois anos), o livro da bielorrussa Svetlana Aleksiévitch narra as memórias da guerra através das vozes de mulheres que estiveram no front, que serviram como franco-atiradoras, comandantes, sapadoras, tanquistas, soldadas, enfermeiras, telefonistas, cozinheiras, etc.

Os relatos apresentados são fortes, angustiantes, e por muitas vezes conseguimos sentir (mesmo que minimamente) as dores daquelas mulheres. E transmitir sentimentos através do livro está presente em diversas outras obras da autora, não por menos, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2015, "pela sua escrita polifónica, monumento ao sofrimento e à coragem na nossa época". Inicialmente publicado em russo, no ano de 1985, o livro teve sua versão em portugues apenas em 2016 pela Companhia das Letras.

Confesso que foi uma das leituras mais difíceis que já realizei, levei longos meses pra terminar, principalmente as passagens sobre violência mexeram muito comigo, e acredito que tenha sido a obra que mais chorei lendo. Apesar disso, o livro contém questões muito importantes e nos faz refletir sobre muitas coisas, terminei ainda mais certa de que a guerra não tem rosto, de ninguém.

"Em geral falo mais sobre a morte. Sobre a relação dessas mulheres com a morte – ela estava sempre circulando por perto. Tão perto e habitual quanto a vida. Tento entender: como era possível sair sã e salva em meio àquela infinita experiência de morte? Vê-la dia após dia. Involuntariamente experimentá-la." (pág. 263)

site: https://www.instagram.com/jardimdapamela/
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Gislaine.Novello 22/02/2022

Extraordinário! Um lado da guerra que nada nos mostra, um lado das mulheres que desconhecemos, visões diferentes de um ambiente igual.
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ooohcorinne 23/02/2022

Livro muito difícil de ler, chorei várias vezes inclusive, mas é um livro muito bom, bem escrito e conta a perspectiva das mulheres na guerra.
É um livro muito humano.
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Brisa 07/03/2022

A sensibilidade com que a Svetlana aborda um tema tão delicado é impressionante; ela já tinha conquistado meu coração em As últimas testemunhas, agora, estou completamente rendida a ela.
Nesse livro você vai conhecer a história de mulheres que superaram todos os seus limites para sobreviver e muitas, também, para salvar o máximo de vidas possíveis.
Aqui vemos mulheres cozinheiras, lavadeiras, francoatiradoras, em posições de liderança, responsáveis por tanques de guerra, médicas, enfermeiras e muito mais. Mulheres que correram em fogo cruzado para resgatar soldados feridos; muitas que esqueceram ou deixaram escondido sua feminilidade para poder fazer o que era preciso, o que acreditavam.
Os relatos são um reviver do passado, com uma carga de toda história vivida, de todo sentimento sofrido/sentido.
Ao mesmo tempo que foi doído ler, gostei de conhecer essa versão tão esquecida e pouco falada da guerra. Versões que por muitos anos foram silenciadas.
Obrigada Svetlana.
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Vic 08/03/2022

Emocionante
Nunca tinha lido um livro assim, de relatos, e achei lindo. Gostei muito de como a autora escreve e dos comentários que ela faz ao longo dos relatos, chorei bastante! Recomendo!
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Deise Capuzzo 11/03/2022

Svetlana, como sempre, entrega tudo e um pouco mais.
Livro mais que necessário, fortíssimo e que só reforça minha convicção de ler tudo que a autora já tiver escrito e escrever no futuro. Importantíssimo esse resgate das histórias dessas mulheres que lutaram pela URSS na Segunda Guerra Mundial e é incrível perceber como a visão da guerra é diferente de livros tradicionais escritos através uma perspectiva masculina: não temos grandes heróis e atos heroicos mas uma guerra intimista e com tons de cinza. Um relato humanizado dos horrores e vivências da guerra.
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"No começo nos escondíamos, não usávamos nem as medalhas. Os homens usavam, as mulheres não. Os homens eram vencedores, heróis, noivos, a guerra era deles; já para nós, olhavam com outros olhos. Era completamente diferente…vou lhe dizer, tomaram a vitória de nós."
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"Sabe o que pensávamos na guerra? Sonhávamos: 'Bom, rapazes, se sairmos vivos... Como serão felizes as pessoas depois da guerra! Como será feliz, como será bonita a vida. Essas pessoas que tanto sofreram vão ter pena umas das outras. Vão amar. Serão outras pessoas'. Não tínhamos dúvida. Nem um tiquinho.
Meu bem... As pessoas se odeiam tanto quanto antes. Matam de novo. Isso pra mim é o mais incompreensível... E quem são? Nós... somos nós."
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