Conchego das Letras 29/06/2016
Resenha Completa
Tem pouco mais de um mês que uma das administradoras do blog pediu que eu escolhesse o livro da parceria para resenhar. Quando vi a sinopse de Isso me traz Alegria, da Marie Kondo, não pensei duas vezes. A resenha só não saiu antes porque o livro demorou um pouquinho pra chegar.rs.
Antes da sinopse, vamos conhecer um pouco da autora. Marie Kondo é uma japonesa de pouco mais de 30 anos, autora de A Mágica da Arrumação e já entrou na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo. Também, ela vendeu mais de 2 milhões de cópias do primeiro livro.
Segundo a pequena biografia que encontrei na internet, hoje Marie é uma consultora de arrumação, com lista de espera para atendimento personalizado. Vou contar um pequeno segredo, quando estava na faculdade eu fiquei desempregada e encarei a tarefa de ser “personal organizer”. As pessoas me pagavam para arrumar seus armários, cozinhas, banheiros e salas. Não fiquei rica, mas entre o primeiro e o último cliente eu aprendi muitas, muitas coisas. Nada do que a Marie ensina em seus livros, preciso assumir, só aperfeiçoei minha mania de organização! ;)
Não li o primeiro livro da autora, logo, caí de paraquedas no que alguns seguidores chamam de Master Class da arrumação. Então é isso, essa continuação de A Mágica da Arrumação traz dicas mais precisas e explicadas do que já foi apresentado.
Já que isso é uma análise e uma resenha, vamos às minhas opiniões pessoais?
O método é baseado na cultura japonesa, na experiência de vida da autora e em sua criação. Admiro a cultura japonesa? Sim, mas não é a minha cara.
Eu tenho TOC - Transtorno Obsessivo-Compulsivo - e mesmo que muitas das dicas que a autora dá, como organização por cor, tamanho e forma, possam parecer coisa de quem tem o problema, juro que quando li a dica de tirar os rótulos dos produtos que ficam no armário do banheiro para que ele fique mais bonito e arrumado, EU QUASE ENFARTEI!
Não concordei com muitos títulos de capítulos. Entendo a explicação de cada capítulo e o porquê daquele título, mas tem como aceitar facilmente: “Arrumar é um ato de confrontar a si mesmo”, “Imagine o estilo de vida perfeito a partir de uma fotografia” ou ainda “Conselhos para quem não consegue abrir mão de livros”?
Como o título do livro diz, Marie reforça a ideia de usar a emoção para guardar ou se livrar de peças, objetos e coisas. Pessoalmente concordo, não quero na minha casa nada que não me traga boas recordações ou energias, mas nem só de felicidade podemos viver. Vai dizer que você pode se livrar daquele vaso feio que sua sogra te deu no aniversário de um ano de casamento? Daquele enfeite de centro de mesa que sua cunhada, que não te conhece direito e tem gosto duvidoso (porque não bate com o seu) te deu de aniversário?
Uma coisa que não entendi no livro foi: não organize cômodos, organize objetos. Ao invés de organizar quarto, sala, cozinha e banheiro, precisamos nos preocupar em organizar roupas, livros e outros objetos, porque eles ficam espalhados pela casa. Desculpe Marie, mas minhas roupas ficam ou no meu quarto ou na área de serviço. Não tenho roupas na sala ou na cozinha, assim como não tenho pratos na minha gaveta de calcinhas. Então me preocupo com locais sim. Minhas escovas de cabelo ficam todas no banheiro – infelizmente expostas e não protegidas de poeira, como sei ser o certo.
Lembram lá em cima quando eu falei que Kondo é japonesa e usa sua experiência de vida para criar o método? O melhor exemplo é esse aqui: livre-se de bilhetes de amigos de colégio, de ex-namorados, dos seus trabalhos de quando era criança. Nada disso é importante, eles já cumpriram suas funções. Eu concordo? Em termos. Porque sim, eles cumpriram sua função, deram-nos alegrias. Só que nada impede que nos tragam novas alegrias, que sejam úteis em novos momentos de nossas vidas – isso dito por uma pessoa que doa seus livros, suas roupas, suas bijus e suas joias; que acredita que energia deve circular e por isso essas doações são necessárias.
Antes de encerrar minha resenha, vou deixar uma dica que gostei muito: Não empilhe. A gente tem mania de empilhar coisas (sentimentos, pessoas). Isso dificulta encontrar o que queremos ou precisamos. Então deixe tudo visível. Arrume de uma maneira que não seja necessário empilhar coisas e objetos (pessoas e sentimentos).
A grande questão agora é: Tia Bel, você indica esse livro? Sim, eu indico, afinal de contas deve ser extremamente útil aprender a dobrar roupas de modo que elas parem em pé sozinhas. Não segui praticamente nenhuma dica dele, mas é muito útil para começar a nos entender, a olhar para nós.
Tive sorte, uma mãe e uma avó que me ensinaram a ser organizada desde que nasci. Mesmo que eu seja uma coisa chata de tão mimada!
Amei a diagramação, as folhas claras e as letras grandes, assim como os gráficos. Nota 10 para essas partes.
Ah! Antes de dizer “Tchau amigos!”, tem a dica de desarrumar e arrumar a bolsa todo santo dia. Duas coisas Marie: quem troca de bolsa todo dia ou com alguma regularidade já faz isso. Quem usa organizador de bolsa não precisa fazer isso todo dia.
Agora sim, Tchau amigos, até a próxima.
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