eriquii 09/12/2021
a arte imita a vida.
uma das obras mais sensíveis e importantes que já li. lembro que ao acabar, estava em uma conversa com minha amiga Sara, sobre a importância que esse livro tem para ela ( que aliás, foi através dela, que comecei a ler, em um projeto nosso de leitura conjunta ). discutíamos sobre o fato de esse livro ter uma importância maior para ela do que aqueles ditos e famosos 'clássicos'. foi ai então que pensei que esse livro poderia, e será muito bem, um clássico com o passar do tempo. as razões para isso são bem explícitas ao longo da leitura. não só pela forma como toda história flui naturalmente e intensamente, sem ser algo exagerado demais para um romance adolescente de ensino médio, mas também a forma como a própria autora pontua de formas bem acentuadas, a importância da representatividade. convidando certos leitores, a enxergarem diversas e outras realidades que podem não ser a sua, e mais importante de tudo representando pessoas reais, com problemas e dilemas reais. o livro ao tratar de questões como a gordofobia, de forma sensível e ao mesmo tempo fiel à vida real, torna não só a realidade das pessoas que se identificam com a protagonista; visível, como também conforta e inspira na construção de uma personagem sólida, forte e inspiradora!
é por estas razões, que acredito que 'Juntando os Pedaços' tem um enorme potencial de se tornar uma leitura clássica com o envelhecer do tempo. por se tratar da realidade, e dessa forma, mesmo que se tratando de uma obra de ficção, apresentar poder e liberdade em uma história não real; mas que pode inspirar pessoas reais a viverem suas próprias histórias reais. cheias de liberdade e autoamor.
parafraseando Sara, "se uma personagem como a Libby é forte e poderosa, eu também posso ser!' afinal, a arte imita a vida. e a vida imita a arte!