Drika |@floreios.e_borroes 27/06/2021Primeiro livro do Mestre“Mas a expressão ‘sinto muito’ é o xarope das relações humanas. É o que se diz quando se derrama uma xícara de café ou se joga uma bola fora numa partida de boliche com as garotas da turma. Mas sentir realmente o que aconteceu é raro como o amor verdadeiro”
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Carrie é uma moça de 16 anos que não sabe muita coisa a respeito do mundo. Criada sob à redoma de um ambiente abusivo, a jovem sofre o julgo de sua mãe, uma fanática religiosa. Sem carinho ou qualquer demonstração de afeto ela vive à margem da sociedade, seus colegas de escola e vizinhos a consideram uma aberração. É uma moça que passa seus dias completamente invisível, salvo os momentos que sofre maus tratos.
Em seu âmago ela sabia que não era uma garota comum, suas memorias infantis lhe mostravam que era capaz de fazer coisas que mais ninguém conseguia. Só pessoas muito especiais, talvez aquelas tocadas pelo demônio. Com o tempo, e com as crescentes chacotas escolares, ela foi se deixando levar mais e mais por essa força estranha e poderosa que se expandia por seus poros, ela a estava aprimorando.
O que poderia acontecer com uma menina tão machucada e com um poder incalculável?
Com uma narrativa que foge aos padrões comuns, King apresenta em seu romance de estreia um livro que é construído em forma de reportagens e entrevistas, um estudo de caso; confrontando opinião popular, com estudos científicos. Uma das coisas mais interessantes aqui, é justamente a maneira como ele apresenta Carrie: algo totalmente cientifico e não sobrenatural.
Carrie, a estranha é um livro bem curtinho, mas extremamente interessante, que traz muitas reflexões à respeito de falta de afeto, extremismo e bullyng.