Marcelo 07/01/2010minha estanteOlá! Embora não seja judeu, nem cristão, seu comentário "não passa de mais um livro sobre os judeus e suas mazelas pelo mundo" me deu a impressão de desdém. Se isso for real, o desdém relaciona-se com a obra, com os judeus ou com os dois.
Em primeiro lugar não corroboro sua afirmação de que o livro "é mais uma história sobre os judeus" apenas. Talvez sua leitura tenha sido demasiadamente supercial para tal comentário. O livro viaja no tempo, misturando realidade e ficção, e aborda também muitíssimos outros temas como o povo muçulmano, seu desenvolvimento artístico, cultural e científico e sua tolerância para com outros credos, diferente do que continua querendo mostrar o governo dos EUA, que intitula cristão. Além disso, mostra as barbáries cometidas em nome de Cristo contra qualquer cultura religiosa que fosse de encontro com seus preceitos. Além disso, o antisemitismo discutido, nos revela uma Áustria que criou e alimentou o ódio racial de Hitler. Mesmo que o livro só girasse em torno do povo judaico e de suas "mazelas", também não creio que este assunto esteja esgotado ou que irá se esgotar tão cedo, havendo sempre espaço para discussões como as levantadas por Geraldine Brooks.
Abraços,
Marcelo de Araujo.