Tadeu.Santos 27/01/2019
História do Brasil, produto da inspiração criativa humana.
Ao ler a obra "1808", de autoria do jornalista Laurentino Gomes, faz o leitor acreditar que a história da família real portuguesa está, intrinsicamente, ligada à história do povo brasileiro. Contudo, a obra detém uma parca visão historiográfica do Brasil e de Portugal da época, eis que, o autor trouxe os fragmentos das cartas dos nobres portugueses demonstrando uma total apatia com a capital (Rio de Janeiro), em relatar ser uma cidade "suja, imunda, ausente de quaisquer assepsia", bem diferente do que é hoje, não é?
Brincadeiras a parte, o autor traz consigo uma visão do monarca Dom João VI como sendo alguém preguiçoso, burro e "paspalho". Porém... Ao estudar a história, com mais afinco, percebe-se que a última carta deixada por Napoleao Bonaparte, em seu leito de morte, este diz "foi o único imperador que conseguiu me enganar".
A problemática da obra de Laurentino Gomes se resume em uma única palavra "decepção", afinal, o autor apenas se preocupou em forjar uma obra deixando a imagem de um país amorfo, resultante de um povo inepto, liderado por um monarca "preguiçoso". Tudo isto, fundamentado por supostas cartas que sequer sabemos de sua origem.
Contudo, os relatos, oficiais, de padres, coxeiros e pessoas da nobreza é que, de fato, a família real detinha grandes problemas familiares, porém, burros e preguiçosos jamais!
A questão é, em quem você prefere acreditar, no monarca "paspalho, preguiçoso e burro" ou no homem que conseguiu enganar Napoleão Bonaparte, salvando sua pele e de toda nobreza, dando ao Brasil status de império?