Hereges de Duna

Hereges de Duna Frank Herbert




Resenhas - Os Hereges de Duna


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Carol 24/02/2022

como é difícil absorver e comentar, sem spoiler, tudo que Frank Herbert nos leva à conhecer - principalmente quando você está na quinta camada de sua profundidade.

em Hereges de Duna, no começo, voltamos a sentir que sabemos pouco do que ele criou, visto que os personagens são totalmente novos (com exceção de um amigo dos Atreides), nenhuma Bene Gesserit é familiar e a corrida pelo poder controlador parece ter uma nova motivação. no final, sentimos sua genialidade e talento para histórias políticas e poderosamente filosóficas. sempre é crítico.

o que foi familiar na leitura é a chavinha no cérebro, virada, que levanta perguntas e abre a mente para reflexões sobre o tal poder, o despertar da mente, o saber/a ignorância, o conhecido "ser" e muito mais.

quanto da nossa mente só se expande, "desperta", mediante traumas, dores, desconfortos? essa foi uma das perguntas que me fiz e ainda me faço. o que é ser HUMANO? ainda não sei direito, mas comecei a pensar sobre.

senti falta do Tirano, mas alguns Atreides continuam fodas - bem como as Bene Gesserit. dessa vez os personagens são bem dinâmicos e aparecem "pouco", então não deu pra ser pegada pelo coração.
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Cibeli Sebajes 10/05/2022

O universo é moldado por hereges
Tenho um carinho especial por Hereges de Duna por finalmente focar mais nas Bene Gesserits que tanto me fascinavam nos livros anteriores, e também por ter a minha personagem favorita das crônicas de Duna: Darwi Odrade. Em mais um salto temporal Frank Herbert nos apresenta a diversidade humana retornando da Dispersão, e que retornos! O livro tem várias questões que poderiam levar horas sendo discutidas, principalmente a questão sexual das Honoráveis Matres, o propósito nobre de Leto II ("? Ei! Velho verme! Qual era o seu desígnio?" Como diria Odrade), mas hoje me contento e ressaltar que aqui ganhamos uma gama de personagens femininas ótimas de ler com além de Odrade, Taraza, Lucilla, Sheeana, Tamalane e até Swangyu e Bellonda, que não inspiram muita admiração, mas ótimas de se ler. A reta final seguindo, seguindo o padrão Duna é frenético e com muitas emoções.
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Dai Solyom 14/06/2022

Complexo
Antes de iniciar a quinta obra de Duna eu já havia visto alguns comentários sobre a dificuldade de assimilação da história, e realmente foi um início de leitura árduo.

Continuar uma saga sem quase nenhuma referência com as obras anteriores é difícil, mas não foi isso que me incomodou, nem o salto temporal, o que realmente me deixou desconfortável foram os motivos e explicações dadas.

Algo que vêm me irritando desde o terceiro livro é essa fixação no Ghola, eu sei que o Duncan foi um personagem marcante, mas chega, eu não aguento mais, eu honestamente não suporto mais ler sobre ele ?

Pontos positivos da obra:
Teg e Odrade
O restante dos personagens são descartáveis para mim.

O livro não é ruim, mas eu demorei quase 400 páginas para começar a me interessar.
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Paula 22/07/2022

Cumpre o que promete. Assim como os anteriores da série, Hereges de Duna é um estudo sociológico sobre dinâmicas de poder e manipulação de massas. É de se esperar que o livro tenha algumas ideias datadas, mas apesar disso Frank Herbert se mantém muito atual.
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Gabriel.Smash 20/09/2022

Maus um livro espetacular da saga duna. Que o universo de duna é incrível e muito criativo não é novidade, porem nesse livro achei interessante algumas curiosidades sobre o universo que nele são apontadas. Gostei muito do livro e do rumo que a história tomou e estou ansioso pra saber como essa segunda trilogia vai terminar.
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Rebeca 31/12/2022

"Faça o que deve ser feito."
Um fato: a história se repete. Herbert insere novos personagens, 100% do elenco renovado, e mesmo assim cita inúmeras vezes trechos ou acontecimentos dos livros 1 e 2. Essas "repetiçoes" são feitas para explicar o que está acontecendo no momento presente e, vemos também as previsões do Leto II se concretizando.
Depois do fim do Imperador, há mil anos mais ou menos, Arrakins que virou Duna e agora é Rakins volta a ser deserto, a cultura fremen volta a aparecer mesmo que de forma tropega e o Povo da Dispersão (os que foram para outros planetas durante ou após o Império) retornam com um produto do que era feito no passado e o que eles mesmos desenvolveram nos anos afastados da sociedade, por assim dizer.

A maior parte do livro eu ficava me perguntando quando leria de novo? O que o Frank Herbert quer de mim? Plano em cima de plano, intriga em cima de intriga e quando eu achava que tinha tomado um rumo, uma traição.
As últimas 100 páginas fizeram eu mudar completamente a resenha que eu já tinha feito. Um explicação clara, um fim aterrador, flash back de todas as conversas qie tinham sido feitas ao longo da estória se fizeram claras.

"Faça o que deve ser feito" - frase de Miles Teg, (a "reencarnação" do Duque Leto) é o que eu tiro de ensinamento dessa obra. E o que eu levo de ensinamento desse ano. Faça o que deve ser feito, com o que você tem disponível e da melhor maneira possível.
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Mari Fourquet 29/01/2023

Agora sim, o melhor até agora!!!!
Diferente de Imperador Deus de Duna, a leitura desse foi rápida e fluída!! Trouxe de volta muitas das maquinações e intrigas políticas do primeiro livro e, finalmente, muitas respostas foram dadas, estou curiosa pra continuação, embora na vá pegar ela agora!!!

Sem dúvidas os personagens são bem cativante, Miles Teg, Sheeana, Ordrade, Duncan e todos foram muito bem trabalhados e aprofundados!!!!

Meu favorito da série até agora!
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Kauann 01/03/2023

Um dos melhores da saga
O livro é simplesmente incrível, um dos melhores da saga, porém, a partir de 85% achei extremamente corrido e sem muitas explicações dos acontecimentos, quase um 5 estrelas
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Rafael 05/03/2023

A liberdade em profanar o próprio universo
Publicado em 1984, o quinto volume da série Duna, por Frank Herbert, Hereges de Duna mostra não apenas o desenvolvimento das sociedades apresentadas nos volumes anteriores, depois de um intervalo de mais 1500 anos, mas o desenvolvimento da escrita de Herbert.
Em todas as sequências do original até aqui, é visível a apresentação de pelo menos um elemento grandioso no universo que se mostra como um grande papel no desenrolar da história. Aqui não é diferente. Já era esperado na verdade.
Nos deparamos com personagens novas, sociedades novas, armações novas. Mas tudo sob uma ótica diferente, que repudia na maior parte do tempo, tudo o que era valorizado no passado. E qual a melhor forma de profanar um passado extremamente religioso de uma sociedade profética, do que mostrar o desenvolvimento da sociedade através da importância do sexo?
Neste quesito Herbert é brilhante. A filosofia, as intrigas, estão todas lá, sendo salpicadas agora, por uma onda de fervor e temor sexual que ao mesmo tempo que é esclarecedora em alguns momentos, é desconfortável, como deveria ser. O ato revolucionário da heresia precisa causar choque. E choca de diversas formas. Pela formação de personagens e pela genialidade em explicar questões abertas desde os primeiro livros de maneira genial.
Mas algo não encaixa. A trama demora para se desenvolver, deixando todos os plots, (das diversas personagens que acompanhamos), travados de propósito. É extremamente comum um autor querer esconder um elemento central de sua trama para gerar uma grande revelação e proporcionar um clímax recompensador. A recompensa nos dada aqui, no entanto, é como tentar esconder um elefante na sombra de um poste. A grande revelação de Hereges de Duna, poderia muito bem não ser tratada como uma grande revelação. Se fosse, desde o início um fato esclarecido, poderia ser trabalhada de formas diferentes, que provavelmente levariam a um final mais recompensador.
Isso acontece pois Herbert opta, principalmente ao fim da história, em promover grandes saltos temporais, que fazem com que as preocupações que temos ao acompanhar certos personagens no fim de um capítulo sejam prontamente jogadas de lado no começo do próximo, quando eles já estão em outro lugar, fazendo outra coisa.
Hereges de Duna é um dos livros mais complexos da série até agora por causa disso. Apesar do grande dinamismo, acaba fazendo com que percamos a atenção com muita facilidade devido as opções narrativas tomadas pelo autor. Ainda a considero como uma parte importante, e razoavelmente bem concretizada. Parecemos ao final que temos uma grande história, mas mal desenvolvida.
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Campos 05/06/2023

Interessante
Gosto da forma como a trama se desenvolve e das jogadas políticas por trás dos personagens é uma pena eu não conseguir entrar na vibe do autor
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Andreas.Caycedo 15/07/2023

Essa franquia tá indo longe
Chegamos num ponto da história em que o único personagem dos originais que restou foi a enesima reencarnação do Duncan Idaho. Ainda assim, você se habitua a esse novo panorama.
As Bene Gesserit e os Tleilaxu têm uma mega expansão de lore nesse livro, e parece que Herbert pretendia que dessa vez as Bene Gesserit fossem as protagonistas da segunda trilogia (que não chegou a concretizar), contrapondo a primeira trilogia e Imperador Deus de Duna, que tinha as Bene Gesserit como antagonistas. Inclusive, gostaria que ele tivesse explorado mais sobre o povo da Dispersão, a aura de mistério ao redor dos seus costumes era bem interessante
Tantas tramas e subtramas que cheguei a me perder um pouco, mas quando todas as pontas se amarram, é uma experiência catártica. Ótimo livro no geral.
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Rony 26/07/2023

"Nada supera a complexidade da mente humana."
Concluir esse livro é uma experiência realmente fascinante. Os caminhos seguidos pela história nesse volume foram para um lugar bem inesperado para mim. A construção dos impedimentos e as tramas dentro das Bene Gesserit com os outros grupos do Imperium e dos Povos da Dispersão foram incríveis. As batalhas finais nesse volume foram arrebatadoras e fico surpreso ao pensar como o autor estava desenvolvendo tudo isso. Miles Teg e a Madre Superiora Taraza foram sem sombra de dúvidas as personagens que mais me cativaram. Odrade e Duncan não ficam muito atrás. Agora estou ansioso para ler o último volume da segunda trilogia e ver como as coisas se desenrolaram.
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Taylor 28/08/2023

Psicodélico
Primeiramente, eu quero dizer que eu amei esse livro, e ele se tornou o meu preferido da saga. Dito isso, algumas coisas nesse livro me marcaram bastante.

A primeira delas é a forma como o autor consegue desenvolver o tempo de uma forma tão crível ? mesmo se passando muitos milênios depois da trilogia inicial, você se mantém entretido e ainda sente uma nostalgia a cada referência a algo da primeira trilogia.

A segunda coisa é a capacidade de Frank Herbert de, a partir de um universo que já foi tão explorado em quatro livros, ainda conseguiu extrair tanta coisa nova e interessante, ao mesmo tempo que reabordou conceitos antigos como a presciência, o "dom" de liderança Atreides... O resultado foi um livro absurdamente bom e capaz de te entreter e te levar a muitas reflexões interessantes.

O terceiro ponto que me marcou muito, até relacionado com o segundo ponto, foi o fato de uma nova gama de temas que anteriormente eram, no máximo, citados timidamente, surgir como parte chave do livro.

Por fim, eu gostei muito do clima e ritmo do livro, no qual você vai encontrar desde divagações sobre o poder e a influência do sexo na humanidade (além de cenas, de fato, sexuais) até discussões sobre a própria razão. Várias facetas, uma não menos importante do que a outra, dessa grande obra.

Sobre essa saga: tal qual o mélange, o sexo ou o conhecimento, consuma com cuidado ? em altas doses pode ser perigoso (e viciante).
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