ana júlia 15/06/2023
Navio Negreiro
Navio Negreiro, o poema mais famoso do autor Castro Alves. Ele pertence à terceira fase do romantismo brasileiro e defende o abolicionismo ao condenar a escravidão.
A obra se inicia quando, na parte I, o eu lírico inicia o poema com a visão do mar à noite sob o luar.
No início, o autor, utiliza como estratégia o engrandecimento da beleza da natureza. Sendo assim, quando mostra os horrores da escravidão, o contraste vai ser capaz de produzir um grande impacto em nós.
A parte II é reservada à apresentação do marinheiro.
A parte em seguida, é a mais dramática, pois mostra a situação dos escravizados no navio. Os africanos estão presos por correntes, enquanto são chicoteadas e se contorcem de dor, desespero e sofrimento.
Os africanos choram, famintos. Há quem delire de raiva, outro que enlouquece, enquanto o capitão do navio ordena que os marinheiros continuem com as chicoteadas.
Na parte V, o eu lírico cita a vida daqueles africanos antes de serem escravizados, eles eram: ?filhos do deserto?, ?guerreiros ousados?, ?simples, fortes, bravos?, mas que agora são ?míseros escravos?.
Alguns morreram na travessia do deserto, outros ao atravessar o mar? E dessa forma, o eu lírico traça a oposição entre a escravidão do presente e a liberdade que jazia no passado.
Por fim, na sexta e última parte, é feita uma dura crítica ao Brasil:
?um povo que a bandeira empresta
Pra cobrir tanta infâmia e cobardia!?.
E afirma que seria melhor que a bandeira nacional tivesse sido rota em batalha do que servir ?a um povo de mortalha?.