Pedagogia do Oprimido

Pedagogia do Oprimido Paulo Freire




Resenhas - Pedagogia do Oprimido


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Let 16/04/2021

Uma pedagogia do povo
Freire escancara problemas sociais de sua época que são problemas nossos ainda. É uma leitura que requer bastante reflexão, requer um envolvimento e uma vontade grande de compreender e praticar a proposta de educação que trás. Uma educação que vem do povo e não que é imposta sobre o povo. Uma educação que propõe um olhar crítico e consciente sobre a vida, sobre o mundo e por esta proposta é uma educação que liberta. Liberta o olhar, o sentir, o viver. Liberta o oprimido e o opressor e constrói uma sociedade mais humana.
Leitura importante para todo(a) e qualquer professor(a), pois educar é um ato político, inclusive para quem diz que é a-politico! Educar é uma troca de saberes, pois aprendemos e ensinamos ao mesmo tempo.
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Erick 09/04/2021

A liberdade para Paulo Freire
‘Pedagogia do oprimido’, assim como toda a obra de Paulo Freire, é fundamental para toda pessoa que queira tornar-se professor, todo indivíduo preocupado com a educação e seus pressupostos e todo professor que não queira ser um mero reprodutor passivo de conteúdo, mas um problematizador deste, no sentido de construir uma percepção crítica compartilhada com os demais atores do processo pedagógico. Tornou-se um clássico por partir do pressuposto que o processor também está num processo contínuo de aprendizagem – ou seja, não existe ser pronto, detentor estático do conhecimento – e que, portanto, a superação da opressão reside num trabalho conjunto entre professores, alunos e toda a comunidade pedagógica que entorna a educação.
Freire parte de um pressuposto que podemos caracterizar como humanismo materialista: humanismo porque ele tem uma compreensão do que o humano deveria ser a partir das impossibilidades que lhe são impostas, que devem ser superadas para que suas potencialidades floresçam; e materialista porque tais obstáculos não são meramente de ordem ideal, mas econômicos, políticos e ideológicos.
Também poderíamos diferenciar o humanismo freireano dos humanismos de tipo transcendental, idealista ou antropocêntrico. É um humanismo que não parte de uma ideia perfeita de “Ser Humano”, mas da observação empírica de que em determinadas condições materiais, geográficas econômicas, certas potencialidades humanas são minadas ontologicamente e características fundamentais para a metafísica de Freire, tais como o amor, a solidariedade e a empatia são entendidas como exclusivas. Na verdade, à questão: “Que é o humano?”, Paulo Freire responderia: “Pode-se ser mais do que é hoje”.
De fato, a compreensão de Freire vincula-se a noção de “Ser Mais”, uma ideia de que o humano tem uma potência de ser, por ora impedida de se realizar em função da configuração desigual e desumanizadora da sociedade.
Se por um lado, os humanos são produto de sua história e sujeitos de um processo objetivo e concreto de opressão, por outro, a Natureza é a dimensão tecida pela necessidade absoluta, fatalista. Para Freire, o principal obstáculo para a libertação social é a confusão entre essas duas dimensões. Os trabalhadores, principalmente os camponeses, estão presos a sua história como se estivessem à sua Natureza e, devido a isso, não compreendem a história como processo, subordinado às ações humanas e suas decorrentes transformações.
Esse ponto é central para o educador freireano, pois relaciona-se com uma visão de mundo que não se contenta com as injustiças, a miséria e a violência impostas aos marginalizados. Esse é um pressuposto evidente: a Natureza não produz pobres e famintos, mas a ação histórica e, principalmente a luta entre as classes em oposição.
A Política para Freire é a concretização da unidade dialética entre a reflexão e a ação. No seu pensamento, é impossível a compreensão de um sem o outro, são pares de uma mesma realidade. Seu método é a inserção crítica em sua realidade, assim como a ação cultural pela liberdade: ação conjunta de problematização da realidade visando a superação da contradição opressor-oprimido e a Ideologia é caracterizada como conscientização da inversão do real (hospedagem do opressor).
A Ética libertária de Freire significa a expulsão do opressor da consciência do oprimido para que ele perceba que o mundo histórico e cultural é fruto do seu trabalho, e não da dominação do patrão. A superação ideológica proposta pela pedagogia problematizadora que expulsa da consciência do oprimido o hóspede opressor conduz para uma mudança afetiva no que tange a sua ação no mundo: do medo da liberdade passam a um amor pela liberdade.

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Carolina Del Puppo 08/04/2021

Difícil
"é que, para eles, "formados" na experiência de opressores, tudo o que não seja o seu direito de oprimir, significa opressão a eles."
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carliteco 30/03/2021

Apresenta de forma clara as teorias que refletem a opressão e de como superá-la. Não é um livro fácil de ler, já que é acadêmico, necessário concentrar bem e refletir muito sobre uma mesma página.
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Ana 14/03/2021

Clássico
Um livro com cinquenta anos de publicação e ainda muito atual, com possibilidade de diálogo com diversos autores, como Bell hooks e Theodor Adorno.

Un livro necessário hoje, para lutar contra a educação bancária do mundo neoliberal e a tendência de esvaziamento/precarização da educação que tem sido o projeto do nosso (des)governo.
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Karoline315 21/02/2021

A libertação é um parto. E um parto doloroso.
Ler a Pedagogia do Oprimido foi um desafio para mim. Apesar de ser um pequeno livro, seu conteúdo é bastante denso e não foi uma leitura fácil. Mas me transformou. É difícil sair a mesma pessoa após uma leitura, mas esse livro em especial revolucionou o meu pensar. Consegui entender melhor como o jogo da manipulação acontece e o papel fundamental de uma educação crítica e em comunhão para que haja a verdadeira libertação. A educação libertadora é a chave para a construção de um mundo mais justo. Acredito que não extraí tudo que poderia dessas páginas, mas como o próprio Paulo Freire diz em suas palavras finais:
- Se nada ficar destas páginas, algo, pelo menos, esperamos que permaneça: nossa confiança no povo. Nossa fé nos homens e na criação de um mundo em que seja menos difícil amar.
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Murilo Gomes 17/02/2021

Grande, grande e grande
Livro muito necessário. Uma lição como se reconhecer em uma sociedade e criar, no mínimo, um senso crítico das injustiças em que estamos mergulhados. Ao mesmo tempo, nos alerta para que sempre nos policie e a soberba, a ambição e o delumbramento não nos corrompa. "Eu não me liberto sozinho, você não me liberta. Nós nos libertamos juntos".
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Pedro Luiz da Cunha 15/01/2021

"Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão"
No ano do centenário de Freire, fiz meu primeiro contato com aquilo que o fez imortal: sua obra. "Pedagogia do Oprimido" me impactou profundamente. Por estar iniciando na vida docente, encarei a leitura com muita expectativa. O que pude perceber, é que este livro não se esgota na formação de professores. É uma leitura recomendada para todos aqueles que pretendem compreender melhor a nossa realidade, para então agir. É uma lição sobre solidariedade, amor, diálogo, esperança. Enfim, sobre revolução. O primeiro de muitos que virão na jornada que se inicia. Com partes mais ou menos densas, acredito que não tenha compreendio todas as questões propostas no livro. Mas, citando literalmente o seu último parágrafo "Se nada ficar destas páginas, algo, pelo menos, esperamos que permaneça: nossa confiança no povo. Nossa fé nos homens e na criação de um mundo em que seja menos difícil amar".
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Wallace17 14/01/2021

"A educação destrói mitos"
Pedagogia do Oprimido é um ensaio divido em quatro capítulos. No primeiro capítulo, Paulo Freire justifica a pedagogia do oprimido, realizando análises das relações entre os opressores e os oprimidos. Ele lança uma série de argumentos estruturantes que explicam a nocividade do domínio opressor sobre o oprimido. Se o sonho do oprimido é ser o opressor, logo estaríamos fadados ao fracasso, pois continuaríamos mantendo o status quo do opressor. Neste sentindo, o autor propõe a educação libertadora como ferramenta de transformação social. Problematizando o mundo, os educadores-educandos encontram meios de vencer a "realidade" do opressor. Portanto, somente por meio de uma práxis de ação/diálogo permanente seria capaz de promover uma educação de seres pensantes e donos de sua própria palavra. No segundo capítulo, Freire explica o que seria a concepção "bancária" da educação. Chorei, porque lembrei do tipo de educação que tive na escola pública. Professores e funcionários autoritários, que despejavam um monte de conteúdos e regras. Naquela a lógica era copiar lição da lousa e ponto final. Uma educação baseados em depósitos de informações desconexas. No capítulo 3, Freire questiona esse modelo e diz que só possível uma educação libertadora, quando educador-educando alternam os papéis no ensino-aprendizagem por meio do diálogo. Dialogicidade comprometida com a superação dos sistemas opressores. Outro ponto importante é quando Freire cita os temas geradores. Estes seriam uma investigação do universo semântico dos educandos. Me recordo novamente da escola. Numa aula de português nos fora pedido para que lêssemos Clarisse Lispector. Uma autora importante da nossa literatura, porém com pouco alcance dos meus colegas e eu. Lembro que só 4 pessoas conseguiram fazer o resumo do (não tinha google naquela época 😢). Isso bem na época que Diário de um Detento, dos Racionais era a música do momento nas quebradas. A letra nos era acessível, mas nunca tocamos no assunto. Qual seria a aderência dos estudantes, caso fosse o Diário de um Detento a lição de casa. Por fim, no quarto capítulo, Freire apresenta a teoria da ação antidialógica e dialógica. "Para dominar, o dominador não tem outro caminho senão negar às massas populares a práxis verdadeira. Negar-lhes o direito de dizer sua palavra, de pensar certo". Para isso os opressores usam mecanismos de dominação. A conquista, a divisão, a manipulação e a invasão cultural para perpetuarem o que Freire chama de fecundação necrófila, ou seja a morte em vida dos oprimidos. Sem falar na repressão violenta que sempre marcou a história autoritária do Brasil. Em contrapartida, a teoria dialógica é o antídoto/tratamento para combater a antidialógica. Freire nos explica que nesta perspectiva, a co-laboração, a união, a organização e a síntese cultural seriam determinantes no processo emancipatório de uma pedagogia pensada, feita com e para os povos. Um livro incrível, já entrou na seleção de livros da minha vida. Recomendo que Leiam Paulo Freire sem moderação!
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Jeanine 13/01/2021

Paulo Freire foi um educador pernambucano que possibilitou a alfabetização de jovens e adultos de forma rápida e com baixos custos. Em seu livro “Pedagogia do Oprimido” é um livro técnico fruto da vivência do autor e obrigatório para área da educação. Freire relata a forma de reconhecer os excluídos e a superioridade. Ele também critica o modelo de educação bancária considera apenas o educador como sujeito, pois o educando será somente “depósito” receptor de conteúdos, memorizadores, mecanicamente sem a devida participação e o diálogo. Sua visão é que educadores e educandos aprendem e ensinam, mediatizados pelo mundo, vivências, experiências, a prática existente por cada pessoa.
Pode-se dizer que Freire trás nesse livro, a educação problematizadora com características de intencionalidade, “o alfabetizar é conscientizar, enquanto capacidade de admirar, objetivar, desmistificar e criticar a realidade envolvente do mundo no qual o homem ao descobrir-se seu construtor descobre-se sujeito da cultura e como tal se afirma como sujeito livre contra qualquer regime de dominação que visa a massificação, numa luta pela transformação e conquista e efetivação da sua liberdade alcançada pela práxis”.
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Judah Figueiredo 27/12/2020

Um livro revelador
Depois de ter lido este livro passei a indicar para todos que queiram entender a razão da educação brasileira estar tão decadente, pois neste livro fica perceptível que o intuito do autor não é atuar na educação, pedagogia, ensinar a ler, mas seu verdadeiro objetivo é converter pessoas para a revolução marxista, tudo através de uma revolução cultural, como o próprio Paulo Freire afirma neste livro.
Ressalta-se que, ao contrário do que o titulo afirma, Libertação, em nenhum momento o autor expõe ideias de liberdade, pelo contrário, par ele só existe um lado, ninguém deve conhecer o outro lado, o opressor, deixando de conceder o poder de escolha e a liberdade de expressão das pessoas, no caso, o educando.
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Webe Santos 13/12/2020

Aquela obra necessária para qualquer estudante das Ciências Humanas.
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Ingrid.Pardinho 11/12/2020

O livro que todos deveriam ler
Definitivamente inspirador, um livro a ser lido por todos. Particularmente a mim, que curso uma licenciatura, tem um valor inestimável as ideias de Paulo Freire.
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Thamara 29/10/2020

Muito reflexivo
O que interessa ao poder opressor é enfraquecer os oprimidos mais do que já estão, ilhando-os, criando e aprofundando cisões entre eles, através de uma Gama variada de métodos e processos. Página: 190
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Fer 29/10/2020

Inundação de ensinamentos e reflexões! Daqueles livros que você enche de post-its, anotações e destaques. Essencial pros dias atuais.
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