JP_Felix 16/11/2020
Olha...
Eu realmente amo como a narrativa é lúdica, interessante e tem um ótimo tempo na saga, mas esse livro aqui foi bem abaixo dos outros.
Sim, eu entendo que tudo gira em torno das desgraças e dos infortúnios dos irmãos, mas isso aqui foi tão escrachado e exageradamente besta que extrapola a liberdade poética, além da resolução ser ainda mais besta.
Se. Poe sempre achar que as crianças estão erradas quando falam que o Conde Olaf está por perto é ok, faz parte do estilo de narrativa, assim como a excentricidade do Tio Monty e da Tia Josefina nos livros anteriores, da mesma forma que a gente aceita o conde maltratar as crianças e fazer mil e uma artimanhas inquestionadamente e cometer assassinatos contra quem estiver no seu caminho, mas nunca puxar um 38 e sentar bala nos olhos do Sr. Poe, que é o cara que quase pega ele toda vez. Tudo isso é lúdico na história, deve-se deixar passar, faz parte do estilo, mas o que acontece este livro aqui pareceu bem preguiçoso e nada lúdico. Alimentar os funcionários apenas com chiclete no almoço, quando sequer há café-da-manhã? Isso é exagero. A cena que Klaus faz aquela coisa com chiclete? É muito irreal até mesmo para liberdade poética. A cena do duelo? Não preciso nem falar.
O livro é curto, como de costume, e quando boa parte dele tem coisas que não dá pra engolir e que parece amador de tão forçado, esquecendo-se da parte lúdica em prol de forçar uma situação, a narrativa não consegue compensar as falhas.
Com toda certeza o mais fraco da saga até agora, e espero muito que os próximos sejam melhores.