Gustavo 23/06/2015
“‘Attention, un train peut en cacher un autre’[Atenção, um trem pode esconder outro].”
“É possível fazer a história de um país através da história dos retratos que lá foram criados? Ou, antes, é possível, através da história dos retratos, compreender algo da história dos países que os viram nascer?” Foi essa a pergunta que levou o historiador e historiógrafo da arte Enrico Castelnuovo, em 1973, a escrever um ensaio sobre a história do retrato para o quinto volume de ‘Storia d’Italia’, publicado pela Editora Einaudi. Originalmente concebido como contribuição para uma obra coletiva, “Retrato e sociedade na arte italiana: ensaios de história social da arte” foi publicado como livro autônomo em alemão (1988), em francês (1993) e, somando-se à outros escritos do autor, em português (São Paulo : Companhia das Letras, 2006). Além de apresentar um panorama do gênero na Itália, dedicando um ensaio especial aos retratos republicanos, o livro aborda questões técnicas do campo de pesquisa em história da arte, revela o intercâmbio nas relações político-sociais italianas, a influência deste no momento de concepção das obras de arte e definição das fronteiras artísticas na Europa.