O mal-estar na civilização

O mal-estar na civilização Sigmund Freud




Resenhas - O Mal-Estar na Civilização


163 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


yaschreave 15/11/2024

Primeiro livro que leio do tão renomado sigmund freud (e provavelmente, o último) e fiquei tipo:
- alguma dúvida?
- primeiramente que pra ter dúvida eu teria que ter entendido

li por indicação do tiktok, e sinceramente, não curti muito. justamente por não ter compreendido completamente, mas por causa de alguns trechos e ideias gerais que consegui interpretar, me forcei a continuar.

se você é mais da área científica - literalmente - vai ser uma leitura interessante e aproveitosa, pois os termos que ele usa e a forma como externaliza as teorias, torna dificultoso o entendimento por parte de quem tá mais acostumado com livros meramente de entretenimento
comentários(0)comente



stefriederichs 12/11/2024

Pequeno livro, mas uma grande leitura
Não foi uma leitura rápida, ao contrário do que eu esperei ao receber um livro tão fino, mas valeu a pena a insistência. Freud, nessa que é uma carta em resposta a um amigo, às vezes tangencia o próprio assunto do que trata (mas quem sou eu pra dizer que ele tangenciou o assunto da própria carta) e isso adiciona um dificuldade a mais. Mas, no geral, valeu muito a pena.
Lorde escreveria sem qualquer dificuldade o mal-estar na civilização, mas Freud nunca conseguiria fechar um álbum tão bem quando oceanic feeling fecha o solar power
comentários(0)comente



laramaximo 11/11/2024

O mal-estar da civilização é a própria civilização
Não tem jeito: pra ser feliz, a gente precisa viver em sociedade.
Mas a infelicidade vem justamente da convivência com outras pessoas.

Freud analisa a causa do mal-estar da nossa civilização. Em todas as culturas, o ser humano se junta em comunidades para procriar, para ter segurança (alimentar, segurança física, etc). Mas a vida em sociedade tem um preço: a gente precisa controlar as nossas pulsões.

Freud diz que todo ser humano tem dentro de si a pulsão à agressividade, mas que a gente aprende a se controlar para poder viver com as demais pessoas.

Em relação à sexualidade, a norma heterossexual deve ser seguida e com finalidade apenas para procriação, dentro de um relacionamento monogâmico.
Essas restrições (não pode relacionamento homossexual, nem s3x0 com finalidade apenas pelo prazer, muito menos direcionar seus desejos a mais de uma pessoa) causam a sensação de angústia e o mal-estar na cultura.

Os 2 pontos que eu mais gostei:

1) Sobre a religião. Freud fala que é infantil a gente procurar um Deus-pai-todo-poderoso que olhe para nós como se fôssemos crianças vulneráveis e indefesas. E é assim que a igreja representa Deus.

2) O "narcisismo das pequenas diferenças" como forma de reforçar a união dentro da própria comunidade. Por exemplo: Brasil e Argentina. Menosprezar os hermanos é uma forma de fortalecer a nossa identidade e união enquanto brasileiros. Eu dei um exemplo bobo, mas Freud levou isso além, quando falou sobre a Rússia estar vivendo um período onde acha que o burguês é o culpado pela angústia humana a partir da propriedade privada.
De acordo com Freud, os comunistas achavam que a propriedade privada seria a grande culpada de todos os problemas e que um regime comunista faria as pessoas controlarem seus impulsos, ignorando a agressividade inerente a cada um.

Eu recomendo demais esse livro. É curtinho mas é uma porrada. Amei!
comentários(0)comente



Fabrício Franco 29/10/2024

O embate
"O mal-estar na civilização", de Sigmund Freud, é uma obra seminal que explora a tensão entre os desejos individuais e as restrições impostas pela sociedade. Publicado em 1930, o livro argumenta que a civilização exige a repressão dos instintos naturais, como a agressividade e a sexualidade, para manter a ordem social. Essa repressão, segundo Freud, é a fonte de um mal-estar generalizado, pois impede a plena realização dos desejos humanos. A escrita de Freud é densa e rica em conceitos psicanalíticos, o que pode ser desafiador para leitores não familiarizados com a terminologia. No entanto, sua capacidade de articular complexas ideias sobre a psique humana e a sociedade torna a obra uma leitura essencial para quem deseja entender a dinâmica entre indivíduo e cultura.?

A visão de Freud sobre a civilização pode ser considerada pessimista, pois ele enfatiza mais os aspectos negativos da repressão social do que os benefícios da vida em comunidade, como a segurança e o senso de pertencimento. Além disso, algumas de suas teorias, especialmente aquelas relacionadas à sexualidade, foram criticadas por serem excessivamente deterministas e não levarem em conta a diversidade das experiências humanas. Apesar dessas críticas, essa obra continua a ser relevante nos dias de hoje, oferecendo uma lente crítica para analisar as fontes de insatisfação e desconforto na sociedade contemporânea, ao nos convidar a refletir sobre como as estruturas sociais moldam nossas vidas e a buscar um equilíbrio entre nossos desejos individuais e as demandas coletivas.??
comentários(0)comente



juhelwig 13/10/2024

Surpreendida positivamente.
Sou da área de ciências humanas, mas não sentia muito agrado nas leituras de Freud, a estrutura do texto não me atraia.

Por indicação de um curso, que gostei muito de realizar, fiquei curiosa por esse. No livro há o desenvolvimento de uma cultura psicanalítica sobre a política, de grande relevância sociológica e leitura fácil, pelo menos, muito mais do que diversos trabalhos dentro da teoria freudiana.

O tema abordado sobre a investigação da infelicidade, conflitos entre indivíduos e sociedade traz reflexões importantes sobre a configuração econômica/social de Estado. Mesmo escrito em 1929 em sintonia com a quebra da Bolsa de Valores, o texto se mostra ainda mais atual, visto que, a estrutura econômica vive sua maior fase de deturpação do indivíduo com a exploração econômica, crescimento de comportamentos agressivos desenvolvendo sociedade com uma patologização oriunda da desigualdade social tendo reflexões na saúde.
comentários(0)comente



_maribarroso 05/10/2024

Esse livro mudou a minha forma de ver o mundo e as pessoas. Sempre que necessário, retorno às partes que marquei como importantes. Expandiu totalmente meu pensar...
comentários(0)comente



Dandara98 07/09/2024

.
não sei dizer por que, mas a discussão sobre a culpa em especial me emocionou, o jeito que freud explica o sentimento de culpa (junto da perda de felicidade) como o mais importante fator pra evolução cultural me tocou em algumas partes do texto. as vezes me perdi nos texto por desconhecimento de parte do vocabulário freudiano, mas nada que uma googlada não ajude um pouco haha
comentários(0)comente



Isa 29/08/2024

O livro ?O mal-estar na civilização? aborda as relações entre o indivíduo com a sociedade e os processos que essas relações desencadeiam, focando, principalmente, na psicanálise e no estudo dos sentimentos humanos.
Irei iniciar as minhas impressões com o final da obra, com a frase que, em meu ver, sintetiza o livro por completo: ?A meu ver, a questão decisiva para a espécie humana é saber se, e em que medida, a sua evolução cultural poderá controlar as perturbações trazidas à vida em comum pelos instintos humanos de agressão e autodestruição.?. Essa frase revela a genialidade de Sigmund Freud, pelo fato de, tendo quase passado um século de sua publicação, a obra permanece atual, assim como permanece atual o mal-estar em nossa civilização, à medida que, a sociedade vai evoluindo, e, com o progresso, chegam consequências aos sentimentos e instintos humanos.
Além disso, achei interessante um conceito que, apesar de não ser uma das ideias centrais da obra, chamou-me muita atenção: o conceito de ?prazer barato?. Para Freud, o ?prazer barato? significa um tipo de prazer ?artificial?, em que ele cita como exemplo o tipo de prazer sentido ao retirar um dos pés do cobertor em um dia frio, somente para sentir o prazer de cobri-lo novamente. Ao ler isso, imaginei uma situação que fiz muito nos tempos de escola: colocar o despertador para uma hora antes do que eu deveria acordar, somente para ter o prazer de saber que poderia ter um tempo para dormir um pouco mais.
Outra coisa que chamou minha atenção na obra é a conversa que Freud tem com o leitor e a sua modéstia: muitas vezes, durante a obra, o autor desculpa-se com o leitor por ?não lhe ter sido um guia mais hábil?, o que achei curioso pela descrição e alto teor teórico da obra. O livro é bem curto, somente 90 páginas na edição em que li, mas, certamente, essas 90 páginas me pareceram 300, provavelmente pelo caráter denso e cheio de conteúdo para assimilar.
Finalizando as impressões, sinto que essa leitura me foi muito proveitosa, foi o meu primeiro contato com a obra de Freud, e sinto que foi uma experiência positiva, apesar de sentir que não consegui captar algumas das ideias que o autor passou durante o livro. Assim, considero uma leitura de 4 estrelas (em um critério de até 5 estrelas), muito pelo fato do meu entendimento e também da minha experiência de leitura, pois é notável que o autor é genial e que, se eu não entendi, o problema claramente está em mim e não em Freud. Tendo isso em vista, pretendo reler a obra quando estiver mais velha e mais madura, mas deixo claro aqui que, para mim, mesmo não absorvendo todo o conteúdo, é um livro fantástico.
comentários(0)comente



João 20/08/2024

Atemporal
É interessante notar como tudo que é dito ali (desde que compreendida a época na qual foi escrito) pode-se aplicar na sociedade atual. Incrível!
comentários(0)comente



milocak 19/08/2024

?A meu ver, a questão decisiva para a espécie humana é saber se, e em que medida, a sua evolução cultural poderá controlar as perturbações trazidas à vida em comum pelos instintos humanos de agressão e autodestruição. Precisamente quanto a isso a época de hoje merecerá talvez um interesse especial. Atualmente os seres humanos atingiram um tal controle das forças da natureza, que não lhes é difícil recorrerem a elas para se exterminarem até o último homem. Eles sabem disso; daí, em boa parte, o seu atual desassossego, sua infelicidade, seu medo. Cabe agora esperar que a outra das duas ?potências celestiais?, o eterno Eros, empreenda um esforço para afirmar-se na luta contra o adversário igualmente imortal. Mas quem pode prever o sucesso e o desenlace??
comentários(0)comente



Lucas1429 13/08/2024

Bom
Eu vou confessar que não entendi muita coisa desse, então provavelmente vou voltar para ler de novo algum dia.
comentários(0)comente



Pavani 02/08/2024

Livro curto, mas com muitos conceitos técnicos, demorei muito pra tentar assimilar o que é o tal de "super ego", que por fim conclui o livro sem entender mesmo...

Tem alguns momentos que me fez lembrar o livro de Jean-Jacques Rousseau que aborda as desigualdades no sentido da origem do conceito de sociedade.

Por fim, livro curto mas demorei mais que o pretendido, acredito que para quem estuda/trabalha na área deve ser muito interessante, como não é o meu caso, não pretendo voltar ler algo do autor.
comentários(0)comente



ViniGouveia11 22/07/2024

Excelente e muito rico
É um livro q me despertou vários debates e me introduziu alguns conceitos "novos"(velhos, porém com uma roupagem um pouco diferente, como o arrependimento, a libido, etc) muito interessantes. A leitura é um pouco complicada, mas acho que qualquer pessoa consegue ler "tranquilamente". Tem bem mais coisa a comentar, algum dia eu comento
comentários(0)comente



Ariadne 19/06/2024

Complexo porém muito bom
Lido para a disciplina de Emoções e Regimes Políticos na Europa moderna e contemporânea do mestrado. Foi minha primeira vez lendo Freud e apesar de suas ideias serem bastante complexas, como eles as repete diversas vezes ao longo do ensaio, não é algo impossível de ser lido.

Freud disserta sobre a ideia de que, para termos civilização, temos que controlar nossos impulsos reduzindo nossa animalidade e nos comportando mais perante a sociedade. Mas esse controle custa caro já que nossas pulsões precisam ser desviadas para outros lugares como o a violência, o sexo e, por fim, a barbárie. A barbárie da civilização estaria ligada também ao controle do outro, a identificação desse outro como diferente de você, como passível de precisar ser eliminado justamente por ser diferente e não comportar-se como você espera que ele se comporte.

No final do ensaio Freud - escrito antes do Holocausto - alerta para o que poderia acontecer se esses nossos impulsos violentos nos levassem ao controle extremo de nossos corpos e aos corpos dos outros. Mal sabia ele.
comentários(0)comente



anacarolzz_ 10/06/2024

Com essa leitura eu pude perceber que talvez esse tipo de livro não é muito a minha praia. Tive muitas dificuldade de entender e tive que reler várias vezes.
comentários(0)comente



163 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |