Kafka à beira-mar

Kafka à beira-mar Haruki Murakami




Resenhas - Kafka à Beira-Mar


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dani y 07/08/2024

Em certas ocasiões, o destino se assemelha a uma pequena tempestade de areia, cujo curso sempre se altera. Você procura fugir dela e orienta seus passos noutra direção. Mas então, a tempestade também muda de direção e o segue. Você muda mais uma vez o seu rumo. A tempestade faz o mesmo e o acompanha. As mudanças se repetem muitas e muitas vezes, como num balé macabro que se dança com a deusa da morte antes do alvorecer. Isso acontece porque a tempestade não é algo independente, vindo de um local distante. A tempestade é você mesmo. Algo que existe em seu íntimo. Portanto, o único recurso que lhe resta é se conformar e corajosamente pôr um pé dentro dela, tapar olhos e ouvidos com firmeza a fim de evitar que se encham de areia e atravessá-la passo a passo até emergir do outro lado. É muito provável que lá dentro não haja sol, nem lua, nem norte e, em determinados momentos, nem hora certa. O que há são apenas grãos de areia finos e brancos como osso moído dançando vertiginosamente no espaço. Imagine uma tempestade de areia desse jeito.
P. 07
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eloá 05/08/2024

Haruki muramaki mais uma vez
Ele se prova mais uma vez um dos maiores escritores contemporâneos de todo o oriente e mundo literario. ja li diversos livros dele mas esse se tornou um dos meus favoritos da VIDA. sem preço, me prendeu num viagem transcendental entre todas as historias, todos os dilemas. dei quatro estrelas pela birra, ja que apesar de amar livros com um ar filosofico e carregado, a falta de resolução me ANGUSTIA de tal forma que precisei tirar uma estrela so de odio. o livro é perfeito, mas eu so queria uma UMA explicação
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manu 31/07/2024

Muito demorado
Tinha altas expectativas pra esse livro mas não gostei nem um pouco. muita encheção de linguiça sem motivo, e so fica bom mais pro final do livro. sei que o murakami é bem detalhista mas nesse livro, especialmente, achei desnecessário
Iris 08/09/2024minha estante
Estava com tad expectativas também. Mas nao aguento esse menino descrevendo onde ele vai sem rumo sem nada.




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eugabriela 18/09/2024minha estante
vai falando que eu vou concordando


Zabi 11/10/2024minha estante
sério torturante ?




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Breno 21/06/2024

Alguns problemas com este livro...
Ok, eu sofri muito até as últimas cem páginas. Tive dificuldades de me conectar/importar com qualquer um dos personagens e a história na maior parte do tempo não me interessava. Mas o rumo final do livro me fez apreciar um pouco mais as coisas. Aprendi a aceitar e a entender a narrativa e os buracos que ela deixa para interpretação. Por isso dou quatro ao invés de três estrelas.

O que me pegou mesmo foi a técnica de escrita do Murakami. Não sei quanto disso se perde na tradução e/ou faria mais sentido na língua original, mas me incomodei muito com tantos diálogos desnecessários, com os excessos de marcações de fala, cenas dispensáveis e personagens introduzidos que não tiveram relevância nenhuma a curto ou a longo prazo. Só consegui passar da metade do livro porque comecei a fazer uma leitura dinâmica, porque caso contrário sentia que estava perdendo meu tempo. Se ele tivesse cortado tudo isso, eu certamente teria gostado mais e me sentido menos entediado. Para mim, a habilidade de cortar, de passar o pente fino e manter apenas as cenas essenciais, é o que separa um grande escritor de um apenas bom.
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lacklusterstarchild 21/06/2024

Existencialismo onírico & intertextualidade a beira do mundo
Acompanhando a fuga do prático menino Kafka, que foge de uma professia proferida por seu próprio pai, em paralelo com as tribulações do idoso Nakata, que perdeu a habilidade de ler e escrever aos nove anos, me encontrei entre o mundo consciente mágico e o inconsciente perturbado de Murakami. O autor transpõe seus personagens com incrível compaixão enquanto tece uma jornada repleta de significantes que podem tomar forma com os mais diversos significados; seus elementos surrelistas entrelaçam trauma, responsabilidade, destino e filosofia à crises existenciais que, uma vez combinados, conferem à essa narrativa secular o tom de sonho.

A habilidade dos personagens de dialogarem com a mídia, música e, principalmente, com as ideias dos mais diversos autores - de Aristófanes à Yeats, passando por Rousseau e Goethe - permite esse romance capturar a dinâmica responsável por formar a amálgama sob a qual nós, indivíduos, somos formados e enriquecidos pela interação com histórias, sejam elas ficcionais ou verdadeiras.
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Alice 15/06/2024

O incrível que é estranho
Não vou fingir que foi uma leitura fácil ou de todo agradável. Me empolguei com curiosidade e avidez no início, mas me alonguei e até mesmo entediei no meio da história.
Quando passei um pouquinho da metade do livro, a história começou a se formar de forma mais clara pra mim. Não no entendimento de seus enigmas (que em algum momento consegui aceitar não estão ali para serem compreendidos), mas sim de acessar e sentir com mais naturalidade e compaixão as estranhezas desse mundo.
Nakata, Oshima e Hoshino me conquistaram desde o primeiro instante com tamanha gentileza. Gostaria de encontrá-los, conhecê-los. Que quando eu precisasse de ajuda, pudesse ter um Oshima para vir me salvar com frases mirabolantes e direção perigosa.
Mas, no fim, quem conquistou meu coração foi o menino mais valente do mundo, também chamado Kafka, que em sua jornada me emocionou como ninguém.
Pode parecer exagero, mas poucas coisas na vida são mais legais pra mim do ser tão firmemente impactada por uma história. Nesse sentido, essa com certeza cumpriu seu papel. Então que venham as próximas. E espero que elas sejam recheadas de conversas com gatos que, de alguma forma, pareçam mais reais do que todo o resto.
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Lisiane 25/06/2024minha estante
Sinceridade é o que há de melhor ???


célio 14/07/2024minha estante
concordo em exatamente tudo com você. melhor resenha que li aqui




anacws 11/06/2024

?O mundo é uma metáfora, Kafka?
Esse livro é tão único, esquisito e ele mesmo que fica díficil avaliar. o fato é que o murakami escreve muito bem, e a história é a mais maluca que eu já li. ela tem tantos detalhes e partes que eu simplesmente não conseguiria contar ela, não saberia nem por onde começar. mas, ao mesmo tempo, o livro é muito claro na sua mensagem de ser ambíguo, pessoal e abstrato. a leitura flui como um sonho, algo que se sente ao invés de se entender. e acho que é isso que a torna tão especial, ele não precisa te explicar nada nem te induzir a pensar nada, ele apenas existe e isso te faz sentir tudo que o autor quis passar.
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Rafael.Montoito 01/06/2024

Tão poético quanto uma chuva de peixes
Com uma história original, belíssima e sensível, que suscita momentos de profunda reflexão - e, até mesmo, tristeza - Murakami apresenta uma narrativa fantástica, sobre a qual o leitor não ganha todas as explicações. A primeira coisa que deve ficar clara para quem pretende ler o consagrado escritor japonês talvez seja essa: suas personagens fazem o que fazem porque devem fazê-lo, têm urgência de fazê-lo - porque devem ou qual é essa urgência são motivações secundárias, que perdem em importância na amplitude mágica da história contada.
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A história segue em paralelo duas personagens principais: Kafka Tamura e Satoru Nakata - somente próximo ao final do livro, embora não se encontrando, a vida e escolhas de um impacta nas do outro.
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Kafka é um garoto de quinze anos que foge de casa, tentando escapar de uma maldição enunciada por seu pai. O garoto, um leitor compulsivo, que acaba sendo suspeito de matar o próprio pai, esconde-se numa cidade do interior. Lá, ele conhece Oshima, um atendente da biblioteca local, e Saek, a senhora que a gerencia. Saek, na juventude, havia composto uma música chamada "Kafka à beira mar", que aguça a curiosidade do menino Kafka, quando ele passa a morar dentro da biblioteca. Oshima se torna seu melhor amigo e, por vezes, o esconde numa erma cabana, numa região em que o menino descobrirá um véu entre a realidade em que vive e uma outra.
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Em paralelo segue a história de Nakata, um senhor que, depois de ter sofrido um trauma na infância, ficou mentalmente comprometido - em contrapartida, ganhou a estranha habilidade de falar com gatos e sentir coisas que estão para acontecer, como a estranha chuva de peixes que cairá do céu nos próximos dias. Nakata sabe que tem que ir para determinado local, mas não sabe o porquê, nem o que tem que fazer lá. Nessa aventura, ajuda-o Nosino, um jovem caminhoneiro, que perceberá a vida de modo diferente depois da amizade que vive com Nakata.
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Recheado de referências pop e de simbolismos, "Kafka à beira mar" pode soar absurdo para os leitores acostumados às narrativas "quadradinhas", mas na verdade é um deleite que tive o prazer de ler enquanto viajava pelo Japão, o que aumentou ainda mais minha sensação de proximidade com as personagens.
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SouDulce 30/05/2024

Me livrar dessa existência chamada eu
O romance de Haruki Murakami segue a jornada de dois personagem, um jovem de 15 anos que decide fugir de cada e um homem idoso que depois de um episódio na sua infância, perde completamente a memória e ganha poderes especiais. Entrelaçando essas duas trajetórias, temos uma jornada de auto conhecimento que mistura complexo de édipo, gatos falantes e várias figuras sobrenaturais.

A minha experiência foi de início um bocado reservada, você vai lendo e conjuntura como as histórias tão diferentes a principio vão se tocar e em que ponto. Passando por experiências bem indigestas em algumas partes, você acaba se mantendo pelos personagens que são bem construídos e algumas jornadas fantásticas, mas também hilárias.

Muitas vezes fiquei sem entender as referências e metáforas colocadas e tentando antecipar como aquilo terminaria. Entretanto é uma experiência de leitura para não esperar resoluções, só confusões.

Adorei principalmente a história de Nakata e seu amigo inesperado Hoshimo que pra mim tem a melhor jornada. Também gostei muito do enigmático Oshima. Entretanto achei Kafka um menino chato; e a trama edipiana é surreal, mas não num bom sentido.

Tem temas sensíveis como maltrato aos animais e relacionamentos impróprios, vá preparado para enfrentar a leitura dessas passagens. Porém, no final, um livro com ótimas reflexões sobre a vida e nossa jornada de amadurecimento e sobre não pertencimento.
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fabiandthebooks 29/05/2024

Eu esperava que essa fosse a melhor leitura do ano ou pelo menos o melhor do Murakami que já li e? Não foi o que aconteceu e eu tô bem confusa sobre o que pensar sobre esse livro?

Eu gostei DEMAIS de MUITOS momentos e fiquei em choque com a criatividade do autor - como tinha que ser?

Mas ao mesmo tempo, em tantos outros eu fiquei entediada e tive vontade de largar? Foram tantas páginas de descrições e ações dos personagens que não chegavam a lugar algum (especialmente nos capítulos de um dos protagonistas) que me cansou. Eu, de verdade, fiquei chateada comigo mesma por não ter curtido tanto.

Um dia eu quero reler. Talvez quando estiver com mais paciência. Por enquanto posso só dizer que apesar de ter gostado bastante, não foi a melhor experiência que tive com o autor.
Inclusive, foi necessário muito brio para terminar.
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nanabi 22/05/2024

Registrando
Eu achava que iria curtir bem mais esse livro, porém não foi o que aconteceu, a leitura teve certos momentos super interessantes, mas achei bem chata no geral e não consegui me conectar de jeito nenhum.
O auge para mim, foi o Nakata, personagem cativante e que me fez ir até o final, de resto, não rolou.
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