Kafka à beira-mar

Kafka à beira-mar Haruki Murakami




Resenhas - Kafka à Beira-Mar


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Ingrid 02/09/2023

A puberdade é realmente uma coisa, não há dúvidas
Esse foi o primeiro livro do Murakami que de fato finalizei ? a duras penas, diga-se de passagem. Não é uma história ruim, muito pelo contrário, me empolguei bastante com o seu início, meio e fim. A figura de Nakata, o homem que não consegue ler, mas que conversa com gatos, é de um carisma inegável. Em contrapartida, Kafka é um grande "água com açúcar". Como em tudo que tive a oportunidade de ler do Murakami, a maneira como o sexo e a sexualidade são descritos não deixa de ser maçante; em contraste ao que se propõe, quero dizer, ao misticismo que permeia as trajetórias dos personagens, tudo soou muito superficial e esquesitinho. Ah, o jeitinho machista de escrever! Coisas da vida...
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Rachel 02/09/2023

Surpreendente
Este é meu terceiro livro de Murakami, e achei o melhor até o momento. A história é uma mistura de sobrenatural com dilemas da vida cotidiana. A narrativa da história com alternância entre Kafka e Nakata deixa a leitura bastante dinâmica e envolvente. Os mistérios ao redor dos dois personagens nos prende intensamente. Kafka é um menino de 15 anos mas com uma mentalidade mais adulta, e certos momentos nos faz pensar no porquê disso. Nakata na sua ingenuidade, faz comentários ao longo da trama que nos deixa pensando por dias, Hoshino (seu companheiro de jornada), bem sabe disso. Sra Saeki, personagem de integração dos dois protagonistas, traz um tom de tranquilidade e curiosidade para a historia, uma das personagens com imensos segredos, mas pouco revelados propositalmente. Oshima é o personagem que mais gostei, compreensivo, ótimos conselhos, humor ácido quando precisa, sem ele creio que Kafka nunca teria conseguido passar por tudo que aconteceu com ele. Recomendo muito esta leitura, para todos, mesmo para aqueles que não gostam de tramas com sobrenatural. Nssa história o sobrenatural é apenas um pano de fundo, os personagens e seus dilemas que estão no palco principal.
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legolas_ 31/08/2023

E assim sigo floresta adentro rumo ao seu coração
Haruki Murakami alcançou o nirvana escrevendo isso aqui, eu tenho certeza!

Kafka à beira mar é um romance com realismo mágico, trama psíquica e MUITA filosofia. Eu acho que nunca senti tanta emoção na escrita do Murakami antes, foi um tour de sentimentos lendo.

Esse livro é muito muito rico em todo tipo de coisa, você aprende um pouco de tudo, a narrativa é muito bem construída e ambos os pontos de vistas (dos dois protagonistas) são muito interessantes. É bem típico do Murakami te deixar desconfortável, então espere se sentir MUITO desconfortável, porém não desista!!

(Chorei um bocado em algumas partes e em outras não consegui controlar a expressão de nojinho enquanto lia? bom eu ter lido isso em particular porque se alguém me perguntasse o motivo da cara feia eu não ousaria explicar.)

Não achei que ia acontecer mas acabei desenvolvendo muito carinho por esse livro, se tornou um dos meus favoritos.
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Moya2 28/08/2023

Inquietante
O livro prende a atenção desde o começo e a jornada parece infindável, mas não que isso seja ruim, pelo contrário. A leitura é muito fluida e me segurei para não acabar o livro rápido.
As cenas e o cotidiano são escritos de forma sublime e constrastam com os personagens e suas histórias profundas e misteriosas.
Um mix de literatura fantástica com o questionamento pessimista kafkaniano.
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Maria 26/08/2023

Surpreendente, encantador e um tanto estranho
Esse livro é diferente de tudo que eu já li. O Haruki Murakami tem uma escrita fantástica (em todos os sentidos da palavra), a construção dos personagens é maravilhosa e apesar de algumas coisas ficarem sem explicação, isso não tira o encanto/magia do livro. Fiquei apaixonada pelo Oshima e Nakata, eles têm visões de mundo incríveis e são completamente diferentes, creio que o autor quis "brincar" com esses extremos. O Kafka Tamura é um adolescente bem diferente, não entendi muito bem o complexo de Édipo que paira sobre ele mas... enfim. Confesso que algumas passagens me causaram desconforto, porém valeu a experiência. Com certeza lerei outras obras do Murakami.
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Carolina 25/08/2023

"É assim que se constroem as grandes histórias — com viradas estonteantes."
Uma vez eu li sobre o Murakami ser um grande contador de histórias e hoje, após passar muito tempo com essa obra maravilhosa dele, posso concordar plenamente. Kafka à Beira-Mar foi o meu primeiro contato com o autor e lembro bem como foi a escolha da leitura, sendo que eu poderia muito bem ter começado por algo menor, com poucas páginas, o livro me chamou a atenção pela capa. Quem nunca, né? Sou muito fã dos livros da Alfaguara e todas as publicações do autor pela editora, tem esse capricho.

Sobre o livro me vi envolvida em vários tipos de personagens, histórias, universos até um tanto loucos e que de certa forma causa confusão. Mas com o decorrer das páginas, me peguei totalmente submersa em um mundo repleto de filosofia e cultura. O foco principal gira em torno de dois personagens: Kafka Tamura, um adolescente que resolve fugir de casa, e Satoru Nakata, um idoso que sofreu um acidente misterioso na infância que o deixou meio “ruim da cabeça”. Durante toda a leitura o enredo desses personagens são em paralelo, mas por fim descobrimos que eles estão interligados.

É uma leitura profunda e requer muita atenção. É cheio de simbolismos. Mas a escrita do Murakami é fluida, o romance me fez se apegar com vários personagens e suas particularidades. Me fez refletir com questões como guerra, alfabetização, família, amor e até a morte. O final é ainda mais surpreendente, mesmo que tenha me deixado com muitas duvidas, mas isso não tira o mérito de que é um excelente livro.
Emerson Meira 25/08/2023minha estante
Linda resenha dona Ana! ? Parece que conseguiu seu objetivo ?


Carolina 25/08/2023minha estante
O famoso: "prometi nada e entreguei tudo", hahahaha. Fico feliz que você tenha gostado, Emerson! ??


AndrAa58 25/08/2023minha estante
Espalhou a palavra ??




lunely 24/08/2023

Eu nunca pensei que pudesse existir um livro que serve para sentir? o conteúdo. a lógica é dispensável.
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Batman 23/08/2023

Sinceramente me levou muito tempo até conseguir ler esse livro por completo, pois minha cabeça rodava em confusão a cada vez que eu lia ele. Honestamente, achei o livro imensamente confuso, mas provavelmente não peguei a mensagem dele.
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Camila2001 19/08/2023

Murakami é um gênio
O livro é completamente imprevisível,vai de romance não correspondido à partes macabras.Me fez viajar muito e me apegar aos personagens.Um dos melhores que já li,com certeza vou ler de novo daqui uns anos.
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Andre.Pithon 11/08/2023

1.5

Eu nem sei por onde começar honestamente.

Existe uma piada famosa ao se discutir literatura, especificamente literatura ruim escrita por homens para homens, que o fato de que todas personagens femininas são descritas como alguma variação de "She breasted boobly down the stairs". Não resta personalidade, não resta motivações, toda frase de descrição precisa citar seios de alguma forma ou de outra. Nunca antes encontrei autor que tão perfeitamente ocupa essa posição que Murakami. E esse é um dos menores problemas do livro. A gente pode perdoar um pouco de misoginia, mas 500 páginas de prosa ruim?????? (é meme)

Como todo livro japonês que já li, a escrita parece truncada, desconfortável, o diálogo se quebra, algo definitivamente se perde na tradução. Querida Konbini já era bem medíocre em prosa, mas Kafka a beira mar consegue ser tão, tão pior. Diálogos repetitivos, descrições demoradas e sem graça, personagens sempre idealizados, mulheres que são pares de seios, metáforas básicas que não fazem nenhum efeito, pseudo-filosofia da pior qualidade.

Mas a história salva, não salva? Que bela sopa surrealista de nada, que lindas passagens circulares que não chegam em nada, pontas soltas incríveis, fechamentos de arcos que não fecham nada, gotas de incesto porque todo mundo gosta de incesto, um homem que cita ser burro toda frase fala com gatos até não conseguir mais falar com gatos e depois dorme. Duas linhas narrativas que praticamente não se cruzam o livro inteiro. Deviam ter separado Kafka e Nakata em dois livros, seriam dois livros ruins de 250 páginas ao invés de um de quinhentas, mas pelo menos contaria como o dobro pra minha meta de leitura, e esse é o único benefício que isso trouxe pra minha vida.

Não nego que no começo li com curiosidade. As primeiras 100~200 páginas, quando ainda parecia que ia para algum lugar, te dava certo fôlego. Tem algumas entrevistas/relatórios pincelados pelo primeiro terço do livro, detalhando os acontecimentos que levam Nakata a desenvolver sua condição que são razoavelmente interessante. E adivinha? Não leva para lugar nenhum. Não há resoluções. Não há resoluções para nada nessa obra prima. Eu não sou exigente para tudo se fechar, eu amo absurdos incompreensíveis como Vita Nostra, eu amo obras mais largadas que não se preocupam com aprofundar o mundo como This is how you Lose the Time War, o problema não é ser surrealista e meio misticozinho. O problema é ser ruim.

Dói mais pelo tamanho. Existem longos capítulos de Kafka bebendo leite. De gente discutindo música clássica. De Murakami sendo tão culto que ele precisa vomitar toda sua cultura na minha cara.

Terminei na base do ódio em busca de alguma conclusão ok, mas não tem nada. O fechamento é previsível, os aspectos místicos não levam para lugar nenhum. O livro inteiro se considera uma metáfora, 500 páginas para você construir sua própria opinião, então beleza Murakami, aí vai uma metáfora para você.

Eu tenho aula de literatura inglesa nas sextas. Entrei com bastante expectativa, todo mundo falava muito bem, renomada como uma das melhores da faculdade. Tem que ser bom, né? Não tem como dar errado. E no começo, até parece que vai ser ok. Talvez não perfeito, mas ok. Vai entregar o mínimo. E aí a aula não aprofunda, só citando fotas em uma voz horrível. E subitamente não temos aula pra dar uma festa não relacionado. Olha, vamos ignorar o assunto e tocas umas músicas legais aqui? É uma metáfora! Aulas de nada que se arrastam até o último minuto possível. Quer gastar metade da aula numa tangente aleatória sobre sua vida romântica, quer Murakami? Quer dizer, *****. Um mês de férias, no meio do semestre? Que legal! Podemos inventar nossa própria literatura inglesa! Só faltou um pouco mais de descrição de seios e seria 10/10.

Não é a melhor das metáforas, claro.
Então combina perfeitamente com Kafka a beira mar.
Péssimo.
Juliana1577 21/08/2023minha estante
Nossa... kkkk




dinhalendo 10/08/2023

Beira-mar
Tá, eu definitivamente não vou conseguir colocar nas palavras certas tudo que eu senti lendo esse livro, então decidi parar de encarar o espaço em branco e escrever nas palavras que vierem.

achei o livro muito bom. muito bom mesmo. gostei muito dos capítulos intercalando a história do Kafka com a história do Nakata, achei que deixou o livro mais fluido e menos cansativo, principalmente por ser um livro grande, esses detalhes deixaram a leitura mais leve.

eu amei a escrita do Murakami. parecia que todas as palavras escritas foram minuciosamente escolhidas e todas tinham um significado bonito. o livro tem muitas referências a outras obras, autores e elementos da cultura pop e japonesa, achei todas as citações lindas e inteligentes.

sou suspeita em falar do tópico que, pra mim, leva o livro pra outro patamar: realismo mágico. já aceitei que é, com certeza, meu gênero/estilo favorito de livro. todos os elementos místicos, trágicos, sobrenaturais e espirituais em constraste com a realidade palpável do dia-a-dia tornam essa história muito bonita e interessante demais. me prendeu em todos os capítulos.

não posso deixar de falar que, de fato, houveram partes do livro que me causaram muito desconforto na leitura (algumas cenas do livro só me veio na cabeça o meme do ?oh nojeira pode ir me tirando?). mas também, não sou do time que acredita que a arte deve ser sempre confortável. mesmo questionando todas as escolhas do Murakami em escrever certas passagens, é possível entender aonde ele queria chegar.

gostei muito do final do livro, principalmente por ter uma parte ?aberta? que deixa um pouco os leitores a imaginar a resposta final. e se alguém aqui leu o livro, gostaria muito de saber o que, para vocês, a sra. Saeki era do Kafka!!
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Maria 17/07/2023

Para além das fronteiras da realidade..
"Kafka à Beira-Mar" é um livro do renomado autor japonês Haruki Murakami, que traz uma narrativa intrigante e complexa. Confesso que fiquei inicialmente interessada nesta obra após me deparar com a referência do livro na música "Butterfly" (que por sinal é a minha música favorita), do grupo BTS, inspirada no livro, e também por influência do Namjoon.

A história se desenrola em paralelo, alternando entre a vida de Kafka Tamura, um jovem que foge de casa em busca de liberdade, e a trajetória de Nakata, um homem simples e misterioso com habilidades peculiares. A trama é permeada por elementos surreais e uma atmosfera sombria, fazendo com que eu fosse introduzida em um universo desconcertante, e por vezes psicodélico.

Confesso que a leitura de foi angustiante em muitos momentos, devido à sua complexidade e ao estilo peculiar de Murakami. A narrativa, por vezes, se tornou confusa, o que exigiu uma atenção redobrada e a necessidade de releituras de certas passagens. No entanto, foi justamente essa angústia e confusão que me cativaram.

Ao longo do livro, me apeguei aos personagens, especialmente Nakata e Hoshino. Nakata, com sua simplicidade e habilidade única de conversar com gatos, proporciona momentos de reflexão, sensibilidade e também inocência. Já Hoshino- meu favorito - que parte em uma jornada junto a Nakata, representa o contraponto ao protagonista Kafka, sendo seu companheiro de aventuras em uma busca por significado.

Apesar das dificuldades na leitura, o livro surpreende ao abordar temas profundos como a identidade, solidão, amor e destino, mesclando-os com a mitologia e os elementos fantásticos característicos de Murakami. Em meio a isso, é impossível não se envolver emocionalmente com os personagens e refletir sobre suas próprias questões existenciais.

Por mais confuso que possa parecer em alguns momentos, o livro proporciona uma experiência única e enriquecedora para aqueles que estão dispostos a adentrar no universo peculiar de Haruki Murakami ????
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maria 12/07/2023

Tudo é uma metáfora
Minha primeira vez lendo murakami e eu não podia estar mais satisfeita. de verdade acho que nunca li nada assim, considero muito mais uma experiência do que uma leitura tradicional.
a escrita é extremamente poética e filosófica, fazendo que até mesmo nas partes mais desconfortáveis (são muitas) o livro continue sendo extremamente belo.
isso sendo dito esse livro com certeza não é pra todo mundo. a história deixa muitas coisas implícitas pra que o leitor junte os pedaços e tome suas próprias conclusões, além de que não é uma leitura confortável. eu pessoalmente me apaixonei e mal vejo a hora de ler outras obras dele e até mesmo reler este livro e ver os detalhes que eu não notei.
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Priscilla Santiago 11/07/2023

Se tornou o meu Murakami favorito
Quem me apresentou os livros do Murakami foi um amigo da faculdade, ele me deu de presente Após o Anoitecer, Norwegian Wood e Kafka à Beira-Mar. Isso tem quase 10 anos e, na época, na faculdade estávamos estudando crítica literária usando uma obra de Kafka o que me gerou trauma de qualquer coisa envolvendo Kafka e suas obras. Meu amigo sempre dizia "esquece isso e aproveita a obra", hoje tanto tempo demais eu posso dizer que li e favoritei.
Que livro doido, como se espera de Murakami, mas ao mesmo tempo extremamente profundo. Amei demais as referencias literárias, pois justamente esse ano li praticamente todos os livros citados isso enriqueceu tanto a minha leitura. Amei todos os personagens desse livro (exceto o Johnnie Walker), eu só tirei meia estrela, pois a momentos que a queria que as coisas acontecessem logo e o Murakami viajando descrevendo qualquer coisa.
Aviso: Tem possíveis gatilhos para estupro e morte de animais, mas tudo vai fazer sentido e essas cenas não são aleatórias. E algumas coisas da história NÃO vão ser explicadas, vai da sua interpretação.
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