É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


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Michelle 21/03/2024

Visceral
Muitos livros retratam as atrocidades vividas na segunda guerra, mas este livro conta os momentos finais da libertação até a chegada dos russos. Ao lê-lo me veio a memória o Ensaio sobre a Cegueira de Saramago e aquele incômodo de toda imundice que geramos quando algo esta fora do controle. É isto um homem trás uma profunda dualidade entre tentar sobreviver e também ter compaixão e olhar para seu próximo
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Kat 13/03/2024

"É Isto um Homem?" é uma obra-prima escrita por Primo Levi, que narra sua experiência como prisioneiro nos campos de concentração durante o Holocausto. Levi compartilha suas memórias de forma vívida e comovente, levando os leitores a uma jornada angustiante pelos horrores e desumanidades dos campos.

Com uma prosa precisa e introspectiva, Levi explora questões profundas sobre a natureza humana, a dignidade, a sobrevivência e a esperança em meio ao desespero. Ele descreve as condições brutais de vida nos campos de concentração com uma franqueza que é ao mesmo tempo chocante e comovente.

"É Isto um Homem?" não apenas documenta os horrores do Holocausto, mas também nos lembra da importância de preservar a memória e aprender com os erros do passado. É uma leitura essencial para quem busca compreender a complexidade da condição humana e as terríveis consequências do ódio e da intolerância.
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Ronald.Willian 06/03/2024

É isto um homem?
Um relato surpreendentemente relevador que nos leva a um campo de concentração nazista, na Polônia.
A cada capítulo o leitor se vê angustiado e preso a narrativa de sofrimento físico e psicológico.
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Andressa Sousa 25/02/2024

?A sua vida é curta, mas seu número é imenso?. Esse livro é extraordinariamente triste e belo. Eu amei o livro e a escrita do autor. Quanto ao tema me pergunto como o ser humano é capaz de algo assim?
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Renata 22/02/2024

Para nunca esquecer
"Vocês que vivem seguros em suas cálidas casas, vocês que, voltando à noite, encontram comida quente e rostos amigos, pensem bem se isto é um homem, que trabalha no meio do mato, que não conhece paz, que luta por um pedaço de pão, que morre por um sim ou por um não."


Sempre que posso leio sobre o Holocausto para não esquecer o tamanho da maldade humana.

Eu amo tudo que envolve a Segunda Guerra Mundial, inclusive meu livro favorito da vida é O Diário de Anne Frank.
Dei uma pausa nesse tipo de leitura porque me deixa angustiada e com raiva.

Quando decidi pegar É isto um homem? para ler, decidi porque queria uma história verídica de quem viveu nos campos.
Esse livro é doloroso, acompanhar os passos de Primo Levi nos traz tamanha reflexão do quanto somos beneficiados e privilegiados por viver num país democrático e livre.

Sempre que possível, leiam sobre o Holocausto e percebam que o ser humano não vale nada?

Favoritei demais!
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Atos Cruz 20/02/2024

A morte do homem
O livro vai alem de demostrar a perversidade dos nazistas, diria que o grande foco seria em como a existência do homem é condicionada pelos meios em que vive, e nesse em específico é no mais brutal sofrimento. Como Levi aborda as questões as relações do campo, sua estrutura e seus sentimentos, nos dão uma perspectiva de como sua existência foi sendo suprimida e robotizada. Enfim vale muito a pena a leitura, para nos lembrar o quanto pode ser cruel e monstruoso o fascismo.
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Brenda1197 15/02/2024

"Assim como nossa fome não é apenas a sensação de quem deixou de almoçar, nossa maneira de termos frio mereceria uma denominação específica. Dizemos "fome", dizemos "cansaço", "medo" e "dor", dizemos "inverno", mas trata-se de outras coisas. Aquelas são palavras livres, criadas, usadas por homens livres que viviam, entre alegrias e tristezas, em suas casas. Se os Campos de Extermínio tivessem durado mais tempo, teria nascido uma nova, áspera linguagem, e ela nos faz falta agora para explicar o que significa labutar o dia inteiro no vento, abaixo de zero, vestindo apenas camisa, cuecas, casaco e calças de brim e tendo dentro de si fraqueza, fome e a consciência da morte que chega."
duda1648 10/06/2024minha estante
Minha parte favorita.




emanoelle.santos1 14/02/2024

É isto um homem?
Um livro transparente quanto a vida em um campo de extermínio.
Onde homens deixam de ser Homens para virarem um número que tem que trabalhar sob condições desprezíveis.

"Não a vontade de viver, nem uma resignação consciente: dela poucos homens são capazes, e nós éramos apenas exemplares comuns da espécie humana."

" Isto é o inferno. Hoje, em nossos dias, o inferno deve ser assim: uma sala grande e vazia, e nós, cansados, de pé, diante de uma torneira gotejante mas que não tem água potável, esperando algo certamente terrível, e nada acontece, e continua não acontecendo nada."
Ellen Seokjin 14/02/2024minha estante
Me senti muito mal lendo esse, muito sofrimento.




Hector 19/01/2024

Ótimo livro. Tocante
Um ótimo livro onde podemos ter uma ideia real da magnitude dos campos de concentração. Comovente a história do que Primo passou.
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Gerson 10/01/2024

"Os personagens destas páginas não são homens."
Esse não foi o primeiro livro que li sobre alguém que sobreviveu aos campos de concentração nazistas durante a segunda guerra mundial (O tatuador de Auschwitz e Os fornos de Hitler foram minhas leituras prévias), mas "É isto um homem?", do judeu italiano Primo Levi ? sujeitado a trabalhos forçados por pouco mais de um ano ?, distingue-se por determinadas particularidades. Eis a seguir algumas delas:

1. Primo Levi enfatiza, em diversas passagens, que as condições degradantes impostas aos aprisionados (escravidão, fome crônica, doenças, frio intenso, roupas esfarrapadas, separação de famílias logo no desembarque, vigilância constante, abuso de autoridade, falta de descanso, medo de ser selecionado para a câmara de gás, dentre outras) fizeram com que eles fossem desumanizados:
Pág.33: "Imagine-se, agora, um homem privado não apenas dos seres queridos, mas de sua casa, seus hábitos, sua roupa, tudo, enfim, rigorosamente tudo que possuía; ele será um ser vazio, reduzido a puro sofrimento e carência, esquecido de dignidade e discernimento ? pois quem perde tudo, muitas vezes perde também a si mesmo; transformado em algo tão miserável, que facilmente se decidirá sobre sua vida e sua morte..."
Pág. 60: "O instante no qual, ao despertar, retomamos consciência da realidade, é como uma pontada dolorosa. Isso, porém, raras vezes nos acontece, e os nossos sonhos não duram. Somos apenas uns animais cansados."
Pág.180: "Os personagens destas páginas não são homens. A sua humanidade ficou sufocada, ou eles mesmos a sufocaram, sob a ofensa padecida ou inflingida a outros."

2. O desassossego e o atordoamento provocados pela dificuldade de compreender e de ser compreendido em meio a multiplicidade de línguas europeias. (Não me lembro dessa especificidade, que não é desimportante, nos outros dois livros citados anteriormente):
Pág.50-51: "Aqui, a confusão das línguas é um elemento constante da nossa maneira de viver; a gente fica no meio de uma perpétua babel, na qual todos berram ordens e ameaças em línguas nunca antes ouvidas, e ai de quem não entende logo o sentido. Aqui ninguém tem tempo, ninguém tem paciência, ninguém te dá ouvidos; nós, os recém-chegados, instintivamente nos juntamos nos cantos contra as paredes, como um rebanho de ovelhas, para sentirmos as costas materialmente protegidas."
Pág. 245: Lakmaker, na cama de cima do meu beliche, era um miserável destroço humano. [...] Só falava holandês; nenhum de nós o entendia."

3. Como consequência das grandes atribulações das quais os cativos padeciam, pensar num futuro próximo tinha se tornado impossível para eles:

Pág.171: "'Ao mudar, muda-se para pior" ? era um dos lemas do Campo. E, em termos mais gerais, a experiência já nos demonstrara mil vezes a inutilidade de qualquer previsão: para quer atormentar-se tentando prever o futuro, se nenhuma ação, nenhuma palavra nossa, poderia alterá-lo em nada? Já éramos velhos Häftlinge; nossa sabedoria estava em 'não tentar compreender, não imaginar o futuro, não atormentar-se pensando como e quando tudo isso acabaria, não fazer perguntas nem aos outros nem a nós mesmos."
Pág.172-173: "Para os homens vivos, as unidades de tempo sempre têm um valor, tanto maior quanto maiores são os recursos interiores de quem as percorre, mas, para nós, horas, dias, meses fluíam lentos do futuro para o passado, sempre lentos demais, matéria vil e supérflua de que tratávamos de nos livrar depressa. Acabara o tempo no qual os dias seguiam-se ativos, preciosos e irreparáveis; agora o futuro estava à nossa frente cinzento e informe como uma barreira instransponível. Para nós, a história tinha parado."

Com uma escrita agoniante e melancólica, Primo Levi, em "É isto um homem?", retratou de maneira ímpar a lógica industrial nazista de extermínio enquanto "aniquilação do homem". Leitura Obrigatória.
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Saulo 07/01/2024

?Uma parte da nossa existência está nas almas de quem se aproxima de nós; por isso, não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem.?
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Luciana 01/01/2024

É isto um homem?
Já li muito livros relatados por sobreviventes dos campos de concentração nazistas mas este em especial tem algo diferente.
Tem uma escrita poética, reflexiva, enquanto descreve o funcionamento, as regras, as coisas que são necessárias para sobreviver.
O título do livro fica bem explicado pois as coisas as quais estas pessoas foram submetidas tirou delas tudo que forma um ser humano. A humanidade, o senso de comunidade, o instinto de sobrevivência, a identidade delas, seus nomes, suas nacionalidades, seu idioma, sua família, suas habilidades, sua profissão, tudo lhes foi tirado a ponto de não sobrar quase nada. E depois de tirar tudo isso de alguém você pode questionar ao que sobra: É isto um homem?
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Lorrana Feitosa 31/12/2023

Obra impactante
"Primo Levi" é uma obra marcante em minha vida. Para mim deveria ser leitura obrigatória! Apesar de ser um livro pesado, sempre indico-o. Um dos livros que mais me fez refletir e me atravessou. Uma leitura a ser revisitada sempre. Um dos livros de minha vida.
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Su da Luz 30/12/2023

É que isto um homem? Porque se for?
Livros sobre a 2ª Guerra sempre cutucam a ferida, ainda que a gente não possa nem de longe imaginar o que se passou naqueles tempos sombrios.

Tempos difíceis, um sofrimento inimaginável. Os dias no campo de concentração são narrados por Levi, alguém que viveu para contar sua história. Mas quantas tantas outras histórias foram caladas pela morte, pelo poder, pela intolerância, pela crueldade.

Um livro difícil, porém necessário!
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Richard O. Silva 26/12/2023

"Somos ridículos e repugnantes"
" A luta contra a fome, o frio e o trabalho deixa pouco espaço para os pensamentos ainda que se trate de pensar nisso. Cada qual reage à sua maneira, mas quase ninguém com as atitudes que pareceriam mais razoáveis porque realistas: a resignação ou o desespero."
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