Becos da memória

Becos da memória Conceição Evaristo




Resenhas - Becos da memória


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emillebraga 09/08/2022

escrita maravilhosa.
mais um livro da Conceição que leio e penso em como sua escrita é genial! esse foi o primeiro dela que li que narra uma história "única", com várias vozes narrando e integrando o livro, os outros tinham contos separados (mesmo que dialogando em alguns pontos). enfim, becos da memória conta sobre as vivências e a vida daqueles que estão sendo forçados a saírem de seu lugar de moradia e deixando um pouco de si tbm nesse processo (por conta do valor afetivo que é estabelecido com esse local e todas as outras pessoas que ocupam esses becos e se constituem uma família). é uma leitura que envolve a gente, mas também dói por cutucar e nos fazer olhar para feridas e temáticas que, mesmo que o livro não tenha sido escrito recentemente, são contemporâneas. indico muito, até então é o meu favorito da autora!
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KarlaTavares 01/08/2022

Em cada beco, uma memória.
Minha segunda leitura desse livro. Li ano passado e abaixo minha resenha:

Livro sensacional. Mostra de maneira crua, mas, ao mesmo tempo, poética, a vida dos periféricos, favelados.

Mostra o desfavelamento, numa tentativa de jogar pra baixo do tapete a "feiúra" da pobreza e miséria.

Conceição Evaristo traz, com seus muitos personagens, várias reflexões sobre nossa própria vida e sociedade.

O que ela retrata está ao nosso lado, mais próximos de nós que imaginamos. Triste!
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Rodriguinho @literario.rojo 31/07/2022

"Becos da Memória é uma criação que pode ser lida como ficção da memória. E como a memória esquece, surge a necessidade da invenção." 

A autora Conceição Evaristo nos apresenta o que ela intitulou como ESCREVIVÊNCIA, que é a escrita que surge por meio do nosso cotidiano, lembranças e experiências de vida. 

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Em Becos da Memórias temos um dos mais importantes romances memorialistas da contemporaneidade da nossa literatura nacional, na narrativa os personagens estão em um intenso processo de desfavelizacão, onde são pagos a população uma mísera quantia em dinheiro para que se retirem daquele espaço e construir suas vidas em outro lugar. Os personagens são construídos através de seus profundos relatos de vida em meio a favela. 

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Um personagem que tenho como  destaque é o de Maria Nova que com sua inteligência circula entre os vários becos e vai ouvindo esses relatos e a mesma guarda em sua memória para futuramente registrar o que viveu na favela e para que isso não se perca no esquecimento.

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A autora apresenta muitos outros personagens e nos mostra a complexidade humana e seus desafios sem perder o lirismo com uma escrita delicada e forte sobre nossa sociedade.
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giovanna.guadalupe 25/07/2022

becos da memória é contagiante! aborda a dura realidade racial brasileira, no entanto, consegue ser doce e afagar o peito com a rotina popular e ditos de esperança.
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joao.vitor. 20/07/2022

A escrevivência de Conceição Evaristo
Recentemente tive a oportunidade de ler a obra “Becos da Memória” escrita em meados de 1980, da escritora brasileira Conceição Evaristo. Trata-se de um relato autobiográfico, mas a potência criativa da autora é tamanha que se mistura ficção e realidade, constituindo um retrato bastante íntimo da realidade do sujeito negro marginalizado em suas vivências na favela. Em meio a dores e a incerteza de um futuro melhor, muitos habitantes buscam a felicidade em sua rotineira existência na favela, lugar em que também se faz presente a solidariedade.

É interessante refletir sobre o conceito de escrevivência, proposto por Evaristo. É aquela escrita que parte das experiências de vida e lembranças do cotidiano - duma sociedade marcada pelo preconceito - não apenas de quem conta a história, mas também do povo que dela participa. Assim, a escritora, enquanto mulher e negra busca dar visibilidade às histórias que foram silenciadas. Ela própria é um exemplo deste apagamento da memória negra, visto que por muitos anos, foi negligenciada no campo literário, como é o caso do seu livro "Becos da Memória", cuja primeira edição foi publicada apenas em 2006.

Quanto à estrutura narrativa empregada, algo que me chamou atenção é que o enredo não apresenta linearidade. As histórias das várias personagens se alternam, transitando entre presente e passado e ainda assim, se conectam entre si (o grande fio condutor é a favela, ambiente em comum), garantindo então a coerência.

Após o término desta minha viagem ao universo de "Becos da Memória", ainda me vejo curioso sobre o que aconteceu com Maria-Nova, figura que simboliza a própria Evaristo, e outras personagens marcantes, como Bondade e Ditinha.

Apesar da linguagem simples, o drama que permeia o livro é profundamente impactante: realista e também acolhedor. Atenção: há cenas que podem causar fortes gatilhos emocionais.

Enfim, foi uma experiência de leitura magnífica! Marcou o meu primeiro contato com a escrevivência de Conceição Evaristo, e certamente, buscarei outras obras da escritora.
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Kivi 09/07/2022

A escrevivência de uma potência
Esta obra é perfeita, encantada com a escrita que dá uma sensação de que todas aquelas histórias estão caminhando juntas e o quanto a Conceição consegue abordar inúmeros assuntos através desses personagens plurais.
O quão dolorido ver essas histórias e saber que condiz com a realidade de muitos corpos marginalizados na nossa sociedade, uma luta diária para sobreviver em um mundo que tudo está contra eles, corpos os quais a simples existência causam desconforto e são postos como inferiores, o lixo da sociedade. Uma obra viciante que atingiu meu coração de inúmeras maneiras.
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Márcia 03/07/2022

A delicadeza de Evaristo
Como assim eu ainda não tinha lido Conceição Evaristo? Imperdoável! Paguei a dívida para com essa escritora incrível, que usa o termo ?escrevivência? para definir sua escrita que é vida, que traz para seu texto as vozes de seu povo, tão prenhe de reconhecimento e lugar social igualitário. De uma sentada, praticamente, li esses três livros. O primeiro foi ?Becos da Memória?, uma narrativa que nasceu ainda nos anos 1987/88, mas que levou 20 anos para ser publicada. Foi o primeiro a relatar sua escrevivência e o de que mais gostei; uma narrativa de sua origem numa favela, contando histórias dela e dos seus; uma história emocionante e dura de ler, que escancara a desigualdade social gritante do Brasil. Me lembrou muito ?Quarto de despejo?, de Carolina Maria de Jesus?. Os dois próximos foram ?Olhos D?água? e ?Insubmissas lágrimas de mulheres?, coletâneas de contos. O primeiro, um clássico da autora, também duro de ler; histórias de mulheres pretas, de mulheres que sangram, de vidas costuradas com ?fios de ferro?. O segundo vai nessa mesma linha. Conceição Evaristo saiu em busca de histórias de mulheres, histórias doídas, que te fazem fechar o livro entre uma e outra para engolir em seco, que te faz sentir aquele amargo ao se colocar no lugar dessas mulheres. Como diz a própria autora ?Da voz outra, faço a minha, as histórias também?. Ou: ?Ao registrar estas histórias, continuo no premeditado ato de traçar uma escrevivência?.
Escrever: é o que também quero fazer em breve, quando a minha vida for só minha. Quantas ideias tenho, arrisco a ver um certo talento, mas escrever demanda tempo, pesquisa, o tempo que a institucionalização do meu trabalho me tira. Escolhi, nesse momento, doar esse meu tempo ao outro, aos meus alunos, pra fazê-los crescer e se tornarem ?Conceições Evaristo".
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Fer Paimel 02/07/2022

Viva Conceição ??
Conceição traz orgulho à literatura nacional. Uma autora que faz da leitura e da escrita um verdadeiro ato de resistência.
Achei incrível como esse livro dialogou com ?Quarto de Despejo?, da Carolina Maria de Jesus, talvez não sem intenção.
O enredo se situa em uma comunidade objeto de desfavelamento, mostrando como essa população é avaliada social e politicamente.
O romance transita pela história de vários personagens muito bem escritos e muito reais, tornando a leitura agradável, pois direta, mas cheia de significado.
Não dei nota máxima, pois tive dificuldade em engatar na leitura inicialmente, já que não consegui, de pronto, separar bem os personagens; demorei um pouco para individualizá-los. Contudo, assim que a leitura pegou ritmo, foi difícil largar?
Quero ler ?Ponciá Vicêncio? da autora, agora :)
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Tice 26/06/2022

Becos da Memória
Ao escrever, Conceição Evaristo dá voz e vez a uma história que continua, por vezes, silenciada. Becos da Memória é a certeza de que as angústias, perdas, tristezas e dores saem do buraco social, a boca escancarada no ponto de engolir uma classe que sempre foi maltratada, despreza pelos frios atos de injustiça e abuso de poder.
Uma leitura merecida de atenção e cuidados especiais.
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Gi Gutierrez 18/06/2022

Becos da Memória
Com personagens apaixonantes, Evaristo nos apresenta toda a complexidade humana em uma coleção de relatos . Um romance em que a favela, as vésperas do fim, se revela um importante protagonista.
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Adri 02/06/2022

Entre as memórias a senzala e a favela
Na obra, Evaristo enfatiza as diversas memórias de moradores de uma favela que está passando por uma desocupação forçada. Por meio da vivência dos personagens, é possível refletir acerca de questões envolvendo o racismo, a desigualdade social, mas também a luta ancestral e a necessidades de superação. Entre a memória e a senzala os mais velhos contam sua trajetória de dor até chegar aos Becos da favela onde, agora, precisam desocupar. Embora haja dor e desesperança, a antítese se faz na esperança que alguns moradores carregam em meio a sua tristeza e ao abandono público e institucional que mais caem empurrá-los forçadamente para as margens da sociedade. Por meio de Becos da Memória é possível entender que da mulher preta nasceu o mundo, por meio da força da mulher que luta para prover a existência de seus filhos por meio do trabalho, há muito ds força da mulher africana que era centro de sua aldeia. Em Becos da Memória é possível perambular pela Senzala, pelas memórias, pela favela e pela ancestralidade.
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nath191 26/05/2022

Maravilhoso
O enredo de "Becos da memória" é construído a partir de fragmentos de acontecimentos aparentemente isolados mas que, como acontecem num mesmo espaço e tempo, juntos, constroem uma narrativa.
Os fragmentos são análises, pensamentos, observações e histórias vividas, ouvidas ou até mesmo tecidas por Maria-nova, uma garota de cerca de 14 anos (segundo meus cálculos), que coleciona selos e histórias. Por meio de sua perspectiva acompanhamos o processo de desfavelamento no qual ela e sua comunidade são vítimas. Conhecemos vários personagens, cada qual com sua história e individualidade.
Essa mistura de relato-ficção que nos sensibiliza, denuncia as injustiças sociais tão presentes na década de 80, quando foi escrito, na primeira metade do século XX, quando se passa, e que se faz presente ainda hoje.
Narrativas como dessas personagens, que sempre foram omitidas, oprimidas e sienciadas permitem uma reconstrução da história, permitem dar voz a populações marginalizadas. Esse livro ajuda a responder uma pergunta que sempre devemos nos fazer ao deparar com uma história sedimentada: quais narrativas eu apago quando reproduzo esse discurso?
Esse livro, com sua narração cativante, é muito mais que a história de Maria-Nova ou de Conceição Evaristo, é uma vitória no processo de emancipação política de um povo.
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Biblioteca Álvaro Guerra 20/05/2022

“Becos da Memória” é uma coletânea de relatos dos moradores de uma favela às vésperas de um desfavelamento.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788534705202
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tefis 19/05/2022

Livro ótimo!
Perfeito para refletir sobre assuntos tão reais mas tão distantes de algumas pessoas. Não é muito meu estilo de livro, por conter muita realidade (prefiro fugir da nossa realidade).
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leti 01/05/2022

impressionante
a leitura é realmente impressionante, a realidade atinge muito enquanto lemos e percebemos o desespero de todos os moradores dali. a mistura da ficção com a realidade se torna imperceptível, eu amei.
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