A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil

A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil Becky Chambers




Resenhas - A Longa Viagem a Um Pequeno Planeta Hostil


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Hiária 03/12/2023

A história é tão cheia de detalhes que faz com que a leitura seja gostosa de ler.

Amei todos os membros da tripulação, até mesmo o chato do Corbin.

Embora a Rosemery seja a protagonista, todos os personagens acabam sendo protagonista de suas histórias. Se existisse, eu queria uma Ohan de pet ?

Bom, ainda bem que comprei todos os livros pra ler um atrás do outro, mas seria angustiante esperar tanto para a continuidade e e desfecho das histórias. ?
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Nayra.Teles 29/11/2023

O melhor livro que eu li esse ano
Pode ser até o final de dezembro eu leia outro livro e ache ele o melhor do ano. Mas, duvido mto.

Posso dar a coroa A Longa Viagem a Um Pequeno Planeta Hostil facilmente.

Ele me fez questionar várias coisas sobre nós humanos. 

Na vida real, podem não existir outras espécies no espaço - pelo menos por enquanto - mas só o fato de existirem tantas diferenças entre humanos e alienígenas na ficção, me fizeram refletir sobre nossas excentricidades e caraterísticas tão únicas. Isso é mto legal.

Sem contar q Becky conseguiu construir uma história e personagens tão completos, com um final que deixa o coração quentinho. 

Ela me fez chorar tanto! ? Amei
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Coruja Leitora 24/11/2023

Que leveza!!
Eu sinceramente amei esse livro. Amei a construção de personagens, amei a personalidade de cada um. A forma como a Becky Chambers usa as referências espaciais, diferença entre espécies para abordar temas como racismo, xenofobia e até lgbtfobia dão realmente um quentinho no coração pq a gente sabe que essas mensagens alcançaram muitos jovens e pessoas mais velhas que curtem Sci-Fi. Outro tema que gostei muito de como foi abordado de forma sutil mas bem claro foi como os humanos destruíram a Terra e a política de dominação entre planetas e o padrão se repetindo, pq poder é poder em qualquer espécie. Dinheiro é dinheiro e por aí vai. Só não dou cinco estrelas pq em alguns momentos o ritmo da história ficou muito lento. Mas me garantiu boas risadas e um quentinho no coração!! Kyzzy nós te amamos!!
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Trabach0 20/11/2023

Favoretei
Eu tenho que confessar que as primeiras 160 páginas foram bem arrastada e eu tive bastante dificuldade para conseguir permanecer na leitura, não que a história não estivesse interessante, o problema não foi esse, eu apenas estava com dificuldade para me prender a história e me apegar aos personagens.

Mas no meio do livro tudo mudou, e eu agradeci imensamente por não ter desistido da leitura.

Cada personagem tem uma particularidade, uma cultura, uma forma única de ver as coisas e cada um deles está passando por seus desafios pessoais e a seu próprio modo tentando lidar com eles.

O destino que aguarda toda a tripulação da "Andarilha" é sim muito importante, porém ainda mais importante e enriquecedor é todo o trajeto e todas as descobertas feitas por cada um deles.

A autora usa de extrema sutileza e traz à tona várias discussões importantíssimas como: xenofobia, sexualidade, guerras... e através de cada personagens traz uma compreensão única sobre a humanidade, seus defeitos, seus medos e suas incompreensões.

Descrever a enxurrada de sentimentos que esse livro me proporcionou é realmente impossível, tudo o que posso dizer é que você leitor precisa conhecer essa obra e cada segundo ao lado da tripulação da "Andarilha" irá valer muito a pena e com toda certeza irá te proporcionar uma experiência extremamente enriquecedora.
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Emanuel 20/11/2023

4 estrelas é uma nota alta demais para esse livro, mas não me sinto bem dando uma nota menor. Acho uma nota justa em comparação aos outros livros que dei 4 estrelas e esse certamente é superior a muitos deles.

O que mais me incomoda é o recorte. A sensação que eu tive é que a autora criou um universo muito rico, mas teve medo de enfrentá-lo. Por isso, opta por um recorte muito simples e mais fácil de trabalhar. O livro também tem uma estrutura episódica, o que eu não me agrada. Existia tanta profundidade que dava para ser explorada e não foi, tantos temas atravessados que mereciam um livro próprio. Sem contar esses personagens que mudam de personalidade de forma súbita, sem desenvolvimento. É uma história que não leva os personagens a lugar nenhum e todos as reviravoltas são tratadas de forma tão morna que quando elas acontecem não tem impacto. Por outro lado, o universo é muito rico e criativo, tem muitos elementos interessantes e é uma boa porta de entrada para o mundo da ficção científica. É um livro feito para quem não tem o costume de ler ficção científica.
Por último, QUE FINALZINHO ANTICLIMÁTICO! Senti que foi terminado com uma preguiça/falta de criatividade tão extensa quanto a viagem.
Aahmanda 09/12/2023minha estante
Os outros livros não continuam a história, mas exploram o universo que ela criou. Se a superficialidade te incomodou, sugiro conhecer os outros. :)


Emanuel 10/12/2023minha estante
Estou lendo o segundo e amando.


Aahmanda 27/01/2024minha estante
Oi, Emanuel! Vi seu comentário e fiquei me perguntando se já leu as continuações. Adoraria saber sua opinião depois delas. :)


Emanuel 28/01/2024minha estante
Ei Amanda, tudo bem? Eu terminei o segundo livro e gostei muito mais do que o primeiro. Ainda fiquei carente de desenvolvimento dos conflitos políticos desse universo, mas me apeguei mais a esses personagens. A única coisa que eu não gostei (e que me fez retirar uma estrela) foi, novamente, o final. A história terminou e de repente tinham mais algumas páginas para contar o reencontro com a Coruja. Encarei como se fosse um epílogo, porque pra mim esse trecho deveria ser colocado em outro lugar (ou ser separado como um epílogo mesmo). Eu não pretendo ler os outros dois, porque, apesar de ter gostado do segundo, essa saga tem menos ficção científica do que eu gostaria.


Aahmanda 31/01/2024minha estante
Poxa, tive exatamente a mesma sensação! Estou lendo o terceiro, sinceramente achei tão fragmentado que não criei vínculo com os personagens. ?




Maíra 19/11/2023

Uma ficção bem legal
Gostei da história, senti falta de um pouco mais de aprofundamento em algumas histórias, mas foi compensado com alguns questionamentos filosóficos que a autora coloca no meio do enredo.
Notei tbm bastantes referências de Star Trek, tropas estrelares, battle star galáctica l e outras series de ficção científica.
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Dhiego Morais 18/11/2023

A longa viagem a um pequeno planeta hostil (que livraço!)
Mãos sobre o teclado. Há incerteza ou insegurança sobre o que ou como escrever. É provável que essa seja a resenha mais difícil entre as que eu já tive a oportunidade de fazer. A razão disso não é por não ter curtido a leitura ou por qualquer outra coisa do tipo, mas justamente pelo contrário: A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil se tornou uma das minhas melhores e mais poderosas leituras de 2018, daquelas que você termina e sente como se cada personagem da história abraçasse o seu coração. Vamos tentar conversar um pouquinho sobre o livro, então?
Filha de uma especialista em astrobiologia e de um engenheiro espacial, Becky Chambers é uma verdadeira joia da nova literatura de ficção. A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil foi publicado inicialmente por financiamento coletivo, revelando Chambers como uma das grandes apostas do gênero nos últimos anos, e agora aporta em terras tupiniquins por meio do trabalho fabulosa da Darkside Books.
“O silêncio pertencia ao vácuo lá fora. O silêncio era a morte”.
Chambers guia os seus leitores por uma verdadeira viagem espacial, provocada pela imersão de sua narrativa fluida, habilidosamente tecida, palavra por palavra, diálogo por diálogo. Narrado em terceira pessoa do singular, conhecemos Rosemary Harper, uma jovem oriunda das colônias de Marte e que busca uma nova oportunidade, fora de sua terra natal. Essa oportunidade vem sob a forma de um trabalho, um estágio como guarda-livros de uma nave especializada em construir túneis espaciais com a finalidade de servirem como eixos de conexão para viagens rápidas, eficientes e seguras pelo tecido do espaço-tempo. Como guarda-livros, a função de Rosemary é manter os registros da nave atualizados, em ordem, se responsabilizando por uma série de papeladas cobradas pela CG (Comunidade Galáctica).
A nave em que Rosemary se conectará é a Andarilha, uma nave que viaja de planeta em planeta realizando serviços de “perfuração espacial”. Nela, os leitores entram em contato com Lovelace, a Inteligência Artificial responsável por gerenciar a Andarilha. Embora seja uma IA, Lovey é uma das personagens mais intrigantes e bem construídas de Becky Chambers. Fugindo de qualquer estereótipo, Lovelace ascende não somente como uma entidade dotada de um nível elevado de inteligência, mas também como uma personagem que frequentemente se mistura entre as figuras orgânicas. O entendimento da IA sobre os costumes e sentimentos humanos ou alienígenas é assustador. A Força Navegadora – motriz – da Andarilha tem todo um carisma próprio, uma problematização única, singular, que a imbui de um respeito e admiração crescentes. Não é difícil se esquecer de sua condição não-orgânica enquanto o coração se reconforta com os seus diálogos.
Ambientado puramente no espaço, com certa centralização nos limites da Andarilha, A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil apresenta ainda uma série de outras personagens icônicas: Ashby Santoso é o capitão da Andarilha, um humano bastante experiente quanto às perfurações espaciais, além de ser responsável por manter a união entre uma equipe tão diversificada; Sissix é uma alienígena com características reptilianas (mas não a reduza a um simples réptil racional), uma aandriskana, responsável por pilotar a Andarilha. Sissix é verdadeiramente apaixonante, dotada de uma cultura familiar que estabelece laços diferentes dos laços humanos, pouco a pouco o leitor reúne peças de um quebra-cabeça cultural fascinante.
“Somos especialistas da galáxia física. Vivemos em mundos terraformados e em gigantescos habitats orbitadores. Criamos túneis através da subcamada para pular entre sistemas estelares. Escapamos da gravidade planetária com a mesma facilidade com a qual caminhamos pela porta da frente. Porém, quando se trata de evolução, não passamos de uma ninhada recém-saída do ovo”.
Kizzy, junto de Jenks, constituem a equipe de técnicos da Andarilha. Kizzy é bastante participativa, aberta, divertida, e, por isso, promove uma conexão rápida não somente em sua própria equipe espacial, mas também entre os leitores. Jenks é a mais uma expressão da qualidade de escrita e do cuidado com o desenvolvimento das personagens por parte da autora. Embora ele seja descrito como “mais baixo do que a maioria das pessoas”, a inclusão dessa forma de representatividade é feita tão naturalmente que aceitamos esse detalhe e incorporamos a pele da personagem, enquanto vivemos sua história e seus dramas pessoais, mal percebendo que estamos fazendo isso.
Corbin talvez seja a figura menos amável da Andarilha. Esguio e de poucas palavras, o algaísta (responsável por coordenar os tanques de algas, matéria essencial para o bom funcionamento da nave) prefere passar o máximo de seu tempo solitário, na companhia de seus tanques. A solidão, a reclusão, a irritabilidade e sensibilidade frente à dificuldade de se manter sociável são temas facilmente extraídos dessa postura.
Dr. Chef é mais um exemplo de personagem que me enlaçou na medida em que a narrativa avançava. Sendo um grum, uma espécie sapiente em extinção, dotada de seis patas e um corpo robusto, Dr. Chef comandava a cozinha e a enfermaria. Além disso, por ser um grum, Chef se comportava como uma espécie de gênero fluido, ou seja, uma espécie que nascia com um sexo e que em determinado momento de sua vida passava por um processo de transição de gênero. No caso dos grums, nasciam fêmeas e depois se tornavam machos. A profundidade e a história de vida de Dr. Chef são ao mesmo tempo fantásticas e entristecedoras.
Por fim, a Andarilha acomoda ainda Ohan, um sianat par. Como parte do nome já induz, não se trata de uma figura no singular, mas no plural. Ohan são a representação da eficiência e do poder da simbiose entre espécies. Não vou me ater muito sobre Ohan, pois acho interessante que o próprio leitor junte as peças da personalidade, história e cultura do sianat par, bem como sobre suas relações interpessoais.
Há tanto, mas tanto para se falar sobre a complexidade das raças dessa história, que fica extremamente difícil filtrar e reduzir a uma resenha simples.
“Nunca vou esquecer o que me disse. Ele falou: ‘Isso significa que nós temos valor, que não somos irrelevantes’. E eu respondi: ‘É claro que vocês têm valor. Toda vida tem valor’. E ele me disse: ‘Mas agora eu sei que o restante da galáxia também pensa assim’.”
Becky Chambers constrói uma história brilhantemente plural e diversificada, onde as questões de gênero, de espécie e de sexo são desconstruídas e remodeladas sob uma visão que escapa de uma visão humanocentrista. A inclusão de uma Comunidade Galáctica, dotada de um leque rico de espécies sapientes unidas sob interesses comuns, bem como a adaptação para uma contagem de tempo distinta da que conhecemos, versada em decanas e padrões, atribui ainda mais complexidade e enriquece um livro tão poderoso.
É válido citar, claro, que A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil é um romance de ficção científica que não se concentra essencialmente em uma viagem ou missão espacial (embora seja o plano de fundo secundário), mas sim nas relações entre as personagens, entre o seu presente na Andarilha e o seu próprio passado. História sobre história.
De maneira delicada, Becky Chambers desenlaça os fios amargos de exclusão e falta de representatividade literária ao criar um elenco coeso, dotado de identidades próprias, que procura não apenas levantar bandeiras, mas acender um farol e revelar para o horizonte a naturalidade da diversidade. Aproveitando-se de sua escrita confortável, a leitura flui com naturalidade e encanta a cada página, a cada história e subcamada revelada. A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil é o típico livro que deveria ser lido por todos ao menos uma vez na vida.

(resenha originalmente postada no blog Skull Geek em 2018)
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oiamandah 13/11/2023

A nave andarilha é uma família
Confesso que iniciei essa leitura bem receosa...não tenho mt experiência no gênero de ficção científica, então meu medo era de ficar muuuito perdida. No início a linguagem da autora pode gerar estranhamento, assim como os tripulantes da nave: as espécies são completamente diferentes e muito peculiares, bem diferenciadas dos seres humanos.

Conforme a história avança, vamos conhecendo detalhes da vida de cada um, suas personalidades e fragilidades...e além de tudo isso, como as relações deles se estabelecem em ambientes muitas vezes inóspitos.

Não é um livro cheio de loucuras e acontecimentos. É lento, delicado, meio que pra ser saboreado sabe? Tem alguns pontos de tensão que a autora cria, mas achei tudo mt suave, amei a leitura! Vão sem expectativas nenhuma e curtam :]

Ps: o texto da autora no final, sobre o sinal pra realizarmos nosso lance é maravilhoso! Obrigada Becky :'))
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Thay 26/10/2023

A Longa Viagem a Um Pequeno Planeta Hostil!
AMEI!
Esse livro é super fluido e gostoso de ler, devorei as páginas.
A relação dos personagens é incrível e muito fofa. É lindo ver como eles todos crescem e se tornam cada vez mais uma família!
Aliás, os personagens são o foco da história e não grandes acontecimentos, grandes conceitos científicos ou sequências de ação.
Achei todos os mundos, as espécies, os costumes super interessantes e criativos. Até mesmo a forma de falar tinha um tom diferente em determinada espécie, de acordo com o costume e filosofia de vida deles.
Fiquei muito curiosa pra conhecer mais das espécies, de outros mundos, de outras perspectivas.
Outro fator legal é a representatividade lgbtqiap+, de pessoas racializadas e de pessoa com nanismo.
O livro traz alguns debates sobre preconceito, violência e guerras, extremistas, política, sobre o impacto que temos na natureza e no planeta, questões éticas com a tecnologia, noções diferentes de relações e família. Foram muitos tópicos citados ou discutidos que me fizeram refletir, mesmo que não se demorasse naquilo ou que não fosse totalmente o foco da situação.
Acabei e já quero continuar os livros seguintes! haha
Thayna.Deretti 26/10/2023minha estante
Adorei a resenha, Thay! Tenho esse livro há anos e sempre fico adiando. Vou dar uma chance!!


Thay 26/10/2023minha estante
Obg!!
Dê sim, espero que goste também ?




Allan264 25/10/2023

Incrível.
Faz bastante tempo que li, mas com esse aqui eu descobri meu gênero favorito em livros, e ainda com aquela pitada de romance fica mais especial.
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Roberto.Cassano 17/10/2023

A longa viagem a um universo adorável
Para vermos com clareza certas questões, precisamos mudar nossas perspectivas. De fora, muitos traços de nossos comportamentos ou socidade se tornam estranhos. Esse é o desafio do antropólogo e do etnógrafo, por exemplo. Colocar-se como estrangeiro em sua própria terra.

Há um atalho, acessível mesmo a quem não se dedica às importantes ciências sociais: a ficção científica. Em Star Trek, a SciFi nos mostra que há razões para acreditar que, sim, superaremos nossas diferenças e vamos explorar a galáxia como desbravadores que somos. Star Wars nos chama a atenção para o mal travestido de herói, para a vilania dos impérios, mesmo quando se autodenominam guerreiros da democracia. E que não há como se exterminar o mal, nem o bem.

Becky Chambers, em “A longa viagem a um pequeno planeta hostil“, livro de estreia da autora e primeiro da série Wayfarers, constroi um universo fascinante, divertido e adorável, que traz comparações e reflexões profundas sobre nossa vida contemporânea, sem descabar em momento algum para pieguice ou palestrinhas.

Não é uma saga sobre guerras, ganância e nossa eterna vocação para a autodestruição (tem isso tudo, mas não como foco), mas uma história pessoal. O mais incrível não é o enredo nem o desenrolar da história em si, mas o que acontece entre cada acontecimento envolvendo a tripulação da Andarilha, uma nave perfuradora de túneis no espaço-tempo, toda remendada, mas cuidada e amada por cada integrante do time.

É na relação entre a tripulação diversa e nos mergulhos em seus sonhos e dores pessoais que a história brilha como uma supernova. A narrativa acontece no espaço, envolve conceitos científicos, apresenta a política e as normais sociais de espécies sentientes e planetas completamente diferentes entre si, tentando construir uma existência harmônica em uma grande Comunidade Galáctica, a CG, mas se destaca na sensibilidade incrível de Becky para mergulhar na alma de cada criaturinha.

Todos os personagens tem papéis relevantes, suas próprias dores e buscas e seus momentos de foco, ápice, redenção ou perda. Não são soldados rasos (em todos os sentidos), numa busca obcecada por uma missão (salvar a galáxia! Encontrar a joia X! etc). São pessoas. De tudo quando é tipo. Humanos, lagartas, répteis com penas, calados, ranzinzas, promísculos, sem noção, apaixonados. Impossível não traçar paralelos com colegas de trabalho.

Chama também atenção o ritmo, que destoa do frenesi do SciFi moderno (sobretudo do cinema). É uma história que dá o tempo que cada personagem pede. E é nesses detalhes, da ambientação, do lar improvável, de uma família improvável, que vamos viajando, cruzando meia galáxia rumo a um planeta perto do núcleo galáctico. Muitos talvez considerem a narrativa lenta, arrastada. Achei na medida, como um chá agradável numa estufa cheia de plantas e insetos no meio de uma nave supostamente industrial.

Que planeta é esse que procuram? Como é? O que tem nele? Pouco importa. “A longa viagem” é um road movie. Só que sem estrada e sem movie. É um Pequena Miss Sunshine sem uma Kombi. É divertido também, respeitando a trilha aberta por Douglas Adams em “O Guia do Mochileiro das Galáxias” (trilha que eu respeitosamente tento seguir em meu IVUC – A Iniciativa C’ach’atcha). É uma viagem ao coração de cada adorável personagem e, por tabela, ao nosso próprio, nossos preconceitos, nossa predisposição a julgar os outros por nossos filtros culturais. Nossas relações familiares. É um exercício etnográfico.

Pena que demorei tanto para descobrir essa história, daquelas que você termina a leitura marejado, com saudade de Rosemary, Dr.Chef, Kizzy, Jenks, Sissix, Lovey, do capitão Ashby Santoso, Ohan e até de Corby.

site: https://cassano.com.br/2023/10/12/a-longa-viagem-a-um-universo-adoravel/
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hibeesly 10/10/2023

A longa viagem a um pequeno planeta hostil
Uma coisa meio guardiões da galáxia, meio hospedeiria. A proposta é muito boa mas o enredo da história é tão cansativo, as vezes parece que vai engatar mas não vai. A autora construiu um universo só dela incluindo um vocabulário próprio do planeta mas não tem um glossário ou personagens explicando o que significa tal coisa então fica super ruim de entender algums partes.
Não recomendo.
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Longa 08/10/2023

Pensei que iria viajar em conceitos super diferentes da ficção científica e acabei percebendo que o livro se dedica muito mais nas relações entre as personagens. Adorei o fato de a autora não antropoformizar as personagens, sentia ao ler o livro que estava realmente conhecendo novas culturas, espécies, raças, povos, etc.
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alesspereira 08/10/2023

Gostei muito de como a autora trouxe ensinamentos sobre linguagem de gênero, discussões sobre a vida, o universo e tudo mais. O titulo faz sentido pois realmente é uma loooooonga viagem, como se vc entrasse num carro com os amigos e no vai e vem de conversas sobre todos os assuntos, a sensação de tempo se encurta e você fica tipo "valha, foi tão rápido que eu nem reparei na distância".
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Suruassossaurus 25/09/2023

O prazer dessa leitura é tão grande quanto o título do livro
O título, embora curiosamente longo e pouco preciso, seria o suficiente para chamar minha atenção. Porém nunca vi este e nem os outros da trilogia para vender em livrarias ou mesmo online. Foi graças à uma indicação (obrigado, Regina!) que fiquei sabendo dessa maravilha.

"A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil: é uma ficção científica leve e emocionante. Uma raridade se tratando do gênero uma vez que a maioria das obras que envolvem diversas raças alienígenas e viagens espaciais costumam focar em conflitos, sendo os personagens ligados a alguma organização militar (como na trilogia "Guerra do Velho", que recomendo muito também).
Aqui acompanhamos a nave Andarilha e seus tripulantes, um grupo misto que ganha a vida construindo buracos de minhoca para interligar zonas habitadas do Espaço.
Embora a viagem que é mencionada no título seja o cerne do enredo ela é puramente um plano de fundo que, sim, possui relevância, mas a história está longe de girar em torno dela. O ouro aqui está em seus personagens, tão bem construídos, curiosos e cativantes quanto a historia e características de suas espécies, incluindo a própria raça humana!
Dentre os humanos da nave temos o capitão Ashby, o algaísta (fundamental para manter o suprimento de combustível da Andarilha) Corbin, a mecânica Kizzy, o técnico de computação Jenks e a recém chegada guarda-livros Rosemary. Os demais tripulantes são a piloto reptiliana Sissix, o enfermeiro-cozinheiro Dr.Chef (cujo nome é impronunciável para qualquer colega uma vez que, além de demasiadamente longo, é preciso de ao menos seis caixas vocais para dizê-lo), os navegadores Ohan e, não menos importante, a carismática IA da nave Lovelace.

Iniciamos o livro com a chegada de Rosemary na Andarilha e é com ela que passamos a conhecer toda a tripulação, seus jeitos cativantes conflitos e interesses. Beck Chambers, a escritora, mostra como sua imaginação é rica costurando na vida cotidiana dos tripulantes informações sobre as raças e governos. Os detalhes técnicos sobre o ofício de construir buracos de minhoca estão longe de ser cansativos e as características únicas de cada membro não estão lá apenas por enfeite pois em diversos momentos eles servem de ganchos para desenrolar acontecimentos e resolver situações de maneira satisfatória, evitando recursos Deus ex Machina.
Em diversos momentos nos deparamos com uma situação inesperada, é discutido o plano de ação e a história pula direto para o que houve após a execução de uma maneira nem um pouco frustrante uma vez que todo o foco está nos personagens e em suas interações. Esté é um livro sobre pessoas interessantíssimas e que usa acontecimentos e cenários puramente para aprofundar e desenvolver suas relações.

O único defeito do livro é que ele é bem curto e fiquei com um desejo de ter mais deste universo e desses personagens. Por sorte trata-se de uma trilogia e está mais do que certo de que lerei a obra completa seguida.
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