Triste fim de Policarpo Quaresma

Triste fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto




Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma


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Nadine19 18/08/2024

Gostei muito mas senti um pouco desconectada alguns momentos
O livro é muito bom, porém por não ter muito contexto histórico mesmo, eu me senti um pouco desconectado em alguns momentos do livro. Principalmente quando entro ali as cenas dos generais e a própria narrativa de guerra então por isso é um livro que eu nãoamei porque eu tive alguns momentos ter pensar muito pra ler ele mas em geral o final vale a pena é isso
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Victor108 18/08/2024

Passado e Presente
Uma pena Lima Barreto ter passado mais despercebido do que deveria na sua época, pois sua obra continua tão atual quanto nunca.
Sendo um escritor crítico e que retrata as principais mazelas sa sociedade brasileira, Lima coloca em sua obra, problemas que persistem até os dias de hoje: Um patriotismo cego e um militarismo superficial, as desigualdades aos grupos mais oprimidos, incluindo mulheres, e toda a desgraça trazida pelos políticos e pela recém instaurada República.
Quaresma é um homem gentil e tenaz, porém inocente e com o único propósito de servir a nação, algo que o levará a perder tudo por conta de uma pátria que nem o olha. Levando em conta o atual cenário político brasileiro, onde uma direita bolsonarista dá um propósito vazio a vida de muitas pessoas, dá para se imaginar aonde isso irá chegar...
Livro ótimo, legal e MUITO tranquilo de ler, em relação a escritores clássicos como Machado de Assis. É uma puta porta de entrada para pegar gosto pela literatura brasileira, como para entender também o próprio Brasil. Tanto do presente, quanto do passado.
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virctto 16/08/2024

Ao homem que usaria camiseta da Seleção todos os dias.
Confesso com tristeza que não faço ideia de quando comprei este livro, mas o que destaco é que se trata de uma versão já folheada por outras mãos. O encontrei num dos sebos de minha cidade sob a pechincha de meros dez reais, e, junto ao fato desta edição ter sido publicada em 1995, me pergunto em quais mãos e em quais locais este fino livro já esteve. A editora, Ediouro, brincando com o nome, fez ouro ao trazer um prefácio tão rico em detalhes da vida do escritor, Lima Barreto, o que aumenta a pressão sobre o que poderemos encontrar nas 136 páginas seguintes.

Importante dizer, antes de tudo, que esse livro é um produto de sua época, e como tal, atualmente têm um impacto diferente em quem o lê, principalmente no que se refere ao ritmo de leitura, a estrutura de texto, a exposição de detalhes e mesmo no decorrer de acontecimentos. O que mais me incomodou foi o primeiro caso. As trinta páginas iniciais são lentas, difíceis de serem passadas, mas nas seguintes o ritmo toma fôlego como uma locomotiva à vapor: inicia lentamente, então faz barulho, aumenta a velocidade e segue imparável até o fim.

"Triste Fim de Policarpo Quaresma" é um dos títulos mais carismáticos da literatura brasileira ? não se dá para tirar muita coisa dele além do spoiler de que Quaresma, o protagonista, terá um triste fim. Muito por conta disso, a leitura acaba sendo a procura ininterrupta por esse fim, que só chega no tardar das páginas, quando se começa a esquecer da busca objetiva lírica e acaba por entrar na psique dos protagonistas, tão ricos em passado, em propósito, em desejos e vontades, cujos egos os balançam ao longo da trama. Quaresma não foge a essa regra. Ele é interessante, ele é exótico, ele é tão diferente do que se esperaria de um cidadão brasileiro do século XIX que, desafortunadamente, acaba por não se encaixar no ambiente que está ? seja na cidade, seja no Sossego, seja no exército. Ele é, sobretudo, o que o caçoaram ser: um visionário.

O cuidado que Barreto tem em retratar os dramas individuais de todos que permeiam a vida de Quaresma por vezes acaba interferindo no fluxo agradável de leitura que o seria caso apenas a linha de Policarpo fosse seguida. É rico e interessantíssimo que cada um tenha sua própria ambição, seja ela a glória de uma profissão ou a conquista de um sobrenome por meio do casamento, mas Quaresma rouba a cena, seja ela qual for, sempre que seu nome é citado. Julgo aqui que as personagens mais queridas a mim (depois do protagonista, claro) são as femininas: Olga, a jovem afilhada, Dona Adelaide, a irmã solteirona, e a triste Ismênia, que me tirou lágrimas assim que soube de seu fim. Cabe uma menção ao queridíssimo Ricardo Coração dos Outros, que mesmo perseguindo seus próprios desejos, manteve sua lealdade e amizade a Quaresma até o fim, mesmo depois das altas patentes virarem as costas, desconversarem, o ameaçarem ou lavarem as mãos.

O livro, por inteiro, é uma crítica velada ? não só uma, várias delas. O escritor não economiza palavras para fazer e desfazer elogios contraditórios aos regimes de sua época, à política conturbada (tanto a de cidades grandes quanto a de menores, presente em lugares tão sossegados quanto uma cidadezinha de interior), à falsa honra, aos papéis de gênero e trabalho, ao simbolismo de "sucesso" do brasileiro; principalmente, claro, ao que representa nacionalismo, ao que significa pátria, ao que deveria ser uma identidade nacional brasileira. Policarpo busca isso ao longo do livro. Julga saber as rspostas, imagina que sabe os motivos para tudo, entende quais seriam os movimentos governamentais ideais para melhorar seu tão amado Brasil. Ele luta, ele demostra seus interesses; e então é julgado por tudo que um dia acreditou ser o certo, sem saber o que aconteceria no dia seguinte, na hora seguinte, no minuto seguinte. Seu fim é injusto, seu fim é dolorido, seu fim é triste.
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Honeydust 16/08/2024

Que merda hein
Nossa , não sei se sou eu que li errado ou o livro é realmente ruim . Leitura arrastada , parada , não tem desenvolvimento?. Como pode ??
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Leonardo Robert 14/08/2024

Lima Barreto - Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915)
Afonso Henriques de Lima Barreto foi um jornalista e escritor brasileiro cuja maior parte da obra foi redescoberta e publicada apenas após a sua morte, aos 41 anos em 1922. Contemporâneo de Machado de Assis, Barreto asemelha-se ao cânone por também compor personagens com profundidade emocional e especialmente por criticar a sociedade brasileira da época de modo bastante sarcástico, entretanto de maneira bem menos sutil. O autor que vivencia a ruptura com a monarquia e instauração da Primeira República rompe com o ufanismo nacionalista vigente expondo as desigualdades sociais, os privilégios das famílias aristocratas e dos militares, prestigiando personagens marginais como boêmios, pobres e desventurados em quase toda sua prosa.

Em 2021 conclui a leitura de Os Bruzundangas (1922), romance bastante irônico e pungente, decidido a, em algum momento, revisitar o autor e apurar a visão que tinha das leituras obrigatórias dos tempos de escola. Creio que podemos ler tudo em qualquer tempo, mas certamente há obras que exigem vivências e calos para que as nuances e entrelinhas fiquem mais nítidas; Policarpo Quaresma hoje já não me é mais o mesmo que daquela leitura juvenil.

O major Policarpo é um anti-herói quixotesco que passa toda sua vida a perseguir – sem sucesso - seus nobres ideais patrióticos. Inconformado, ingênuo e de um idealismo que beira a loucura, Quaresma dedica-se a estudar compulsivamente sobre praticamente tudo, especialmente sobre o que compõe a identidade brasileira, em uma tentativa contínua de libertação dos grilhões do colonialismo.

Triste Fim de Policarpo Quaresma é um romance clássico pré-modernista brasileiro que tem como pano de fundo toda a agitação da nova República e da Revolta da Armada (1891-1894), mas muito além dos aspectos históricos, é uma ficção que nos põe no espelho enquanto povo. Divertido e ácido na medida certa.

site: https://www.instagram.com/p/C2unqGEraWs/
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Luana 11/08/2024

Triste fim para um verdadeiro patriota
A melhor parte do livro é quando a narração está voltada para a vida de Quaresma , um verdadeiro patriota, ao ler o livro fiz uma comparação com os ditos patriotas da nossa época que nada tem em comum com quaresma, que era um cara que realmente amava o país, estudava sobre tudo , exaltava nossa cultura , idioma e para ele não ficávamos atrás de nada para a europa ou outros países.
E a gente consegue gostar do Quaremas e pelo menos eu, fiquei triste com o fim dele , que tanto se doou pela patria, qie dedicou toda a sua vida , seu tempo e no final ele percebeu isso, que de nada adiantou porque no fim ele viu que o rumo que tomou não era o que ele esperava.
E no fim não teve um filho de Deus pra ajudar ele ???
É um bom livro, teve algumas partes que achei meio chatinhas, mas no geral bom. Também teve personagens que gostei, como o cantor, Ricardo coração dos outros.
A jovem que ficou doida por causa do abandono do noivo .
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Laryssa Barros 10/08/2024

Mais um do Lima para a conta!
Finalmente eu finalizei essa leitura que, por incrível que pareça, comecei no início do ano. Não foi culpa do livro, eu simplesmente intercalei ele com outros livros que li durante esse ano, e esse ano em si, não tem sido um ano de muitas leituras, meu ritmo está lento. Gostaria de deixar registrado aqui como eu gostei desse livro e como ele me fez refletir sobre tantos aspectos da vida, o Lima tem essa habilidade de colocar tanta realidade e críticas em suas histórias que é quase impossível o leitor não tirar algo de valioso da leitura de suas obras.
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Malu Melo 04/08/2024

É um romance do pré-modernismo que considero atemporal.
Uma pena sermos obrigados a ler quando jovens, para testes e provas, livros tão bem escritos, com muita crítica em uma época de nossas vidas que ainda não temos bagagem de leitura suficiente para entendê-los.
Do violão, ao tupi-guarani, da agricultura a lutar na Revolta da Armada, eventos marcantes da trajetória de Policarpo que acarretam em seu triste fim: morrer pelas balas do país que tanto amou e defendeu.
Lima Barreto mostra um cenário recente pós abolição da escravidão no Brasil, diga-se de passagem, a última nação a abolí-la, e a carência de inclusão dessa população na sociedade nacional. Além disso, critica a politicagem, o pedantismo (falsos intentectuais), da mesma maneira que os ufanistas extremos, os quais não conseguem avaliar criteriosamente a situação de seu país, e tudo isso com uma linguagem informal, e muito mais acessível do que a forma de escrever de seus compadres autores que o precederam.
Mas infelizmente, assim como a maioria dos clássicos, escritos por autores brasileiros, não os conhecemos no momento certo, e na maioria das vezes, não damos a chance futura de fazê-los conquistar nossos corações quando somos mais velhos e temos maior experiência, a exemplo desta obra inspirada em Dom Quixote, outro clássico da literatura, mas nesse caso, espanhola.
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Gabriel1994 02/08/2024

A soberba dos homens
O patriotismo de Quaresma entra em choque com o jogo de interesse político.
Sua figura ingênua é vista como inimiga por aqueles que assumem tais cargos por status.
Durante a trama, o livro aborda de forma singela, o descaso governamental e de nós mesmos por nossa cultura, caracterizado em um homem visionário que, ao melhor estilo Dom Quixote, se levou pela inspiração de transformar seu país numa potência.
Das situações mais nobres às mais tristes, o diálogo que prevalece é da soberba dos homens.
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Laysa.Beatriz 01/08/2024

Li pra escola
É um livro ok, me tirou algumas risadas, mas não compreendi totalmente, enfim livros escolares kkkk.
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Rafa 31/07/2024

Lima Barreto faz uma dura crítica a elite brasileira da época, atacando principalmente o falso moralismo e patriotismo. Lembra muito o Brasil atual. No início do livro tem uma contextualização muito boa e necessária para entender o autor e o ambiente da obra. Achei o texto um pouco truncado, devido a muitas palavras e expressões que nunca tinha visto antes.
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Camila 30/07/2024

Triste fim?
Este livro me passou uma sensação de intensidade de sentimentos e amor a música. O livro é muito bem escrito, mas confesso que tive dificuldade pois a gramática é antiga.
O fim deste livro não foi tão bem construído, porque não contaram com detalhes como foi o fim de Policarpo, mas deu para perceber que, tanto para ele, tanto para as pessoas a sua volta, foi realmente um triste fim.
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Fernanda3713 27/07/2024

Comecei a ler alguns anos atrás e finalmente terminei
Acredito que demorei a terminar a leitura porque é uma obra que requer, como a maioria dos clássicos, maturidade.

A crítica ao patriotismo, às burguesias, à forma de governar o país são, infelizmente, extremamente contemporâneas.

Por meio desta obra é possível perceber que o nosso país convalesce de uma doença centenária, que remonta à Proclamação.

O interesse privado e as ambições pessoais sempre prevalecem sobre o interesse público e quem paga o preço é sempre quem não ganha nada com isso.
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