Lívia | @livteraria 27/05/2020
RESENHA - bookstagram @li_teraria
O livro é uma sátira à sociedade brasileira, e que, apesar de lançado em 1910, é mais atual do que gostaríamos que fosse, talvez por isso me prendeu tanto.
A narrativa trás temas como o patriotismo, governo, injustiça e até uma ideia feminista, já que estava surgindo na época o questionamento das moças nascerem e morrerem apenas tendo como objetivo o casamento.
Assim, trás uma reflexão sobre como alguns fatores da sociedade continuam tão comum quanto a 120 anos atrás.
O personagem principal é o patriota Policarpo Quaresma, que tem sua vida baseada nos seus estudos sobre seu tão amado país.
Visionário, como ele mesmo foi chamado, começou a elaborar projetos nacionalistas, expressando todo seu entusiasmo pelas terras brasileiras, suas farturas e sua história. Porém, foi tido como louco pelas próprias figuras de poder que não aceitavam suas ideias revolucionárias de conduzir o país de maneira independente, e que acreditavam na ascensão da República.
Após um longo período de sua vida que o fez se afastar da cidade e dos grandes debates, Policarpo volta para servir ao presidente Floriano na revolta que estava acometendo ao Brasil.
Lá, ele começa a se questionar sobre seus posicionamentos e sobre o que os poderosos tem em mente para o país. E, após lutar pelo o que ele tanto ama, percebe que a dona de sua devoção foi exatamente o que o levou ao seu próprio fim.