Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto




Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma


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klebio 14/01/2023

Triste fim...
Um livro sobre um patriota cuja vida toda foi dedicada a estudar e defender as terras brasileiras e tudo o que nela se formou; mas acaba desiludido e "traído" pela própria pátria.
É um livro irônico, bem ao estilo machadiano, onde o autor faz a sua crítica através da ironia e também do humor.
Confesso que a história me pareceu as vezes um pouco desconexa, principalmente a partir dos capítulos sobre a revolução.
Mas no todo é uma história interessante e também importante ao meu ver, para entendermos um pouco da nossa política e dos problemas que sempre enfrentamos
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Felipe.Colen 16/01/2023

Quaresma
Policarpo é um personagem que me agraciou com sua paixão pela nossa pátria. Por mais que seu romance com a terra Brasil tenha sucumbido a sua degradação, é cômico e interessante de se observar como ele tenta valorizar a nossa terra de várias formas, seja na política, na agricultura e na justiça.
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Stephanny.Manini 20/01/2023

Releitura
Fazer uma releitura nessa edição foi maravilhoso, as ilustrações só me fizeram gostar ainda mais desse livro
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Lucas Galvão 20/01/2023

Resenha de Triste Fim de Policarpo Quaresma
Triste Fim de Policarpo Quaresma é uma obra prima de Lima Barreto, publicada primeiramente em forma de folhetim. O conto se passa durante o governo de Floriano Peixoto, segundo presidente da república e sucessor de Deodoro da Fonseca.

Policarpo Quaresma realmente tem um triste fim, o que faz jus ao nome do livro. Mas além de triste, o desfecho é também complexo, de modo que apenas noticiar o que lhe acometeu não é o suficiente para entender o drama que o epílogo da sua vida significa. Isso se deve à maestria com que Lima Barreto conduz a história e desenvolve o seu herói. São tantos os percalços que ele passa, que torcemos que o seu final seja feliz.

O tema central da obra é o nacionalismo e o patriotismo. Apesar desses assuntos encontrarem-se presentes nas discussões atuais, o sentimento nacionalista representado não é o mesmo que vemos por aí. Policarpo é patriota, mas não é contra a ciência (até porque as duas posições não precisam ser antagônicas, essa é uma imbecilidade bolsonarista). Quando resolveu aprender a agricultura, buscou os livros com o objetivo de iniciar ao seu empreendimento. Algo semelhante ocorre quando Quaresma encontra-se em combate: procura fazer cálculos de trajetória, para que assim o tiro de canhão seja certeiro. Enquanto isso, os seus colegas de guerra preferem atirar "no olho", quase sempre errando o alvo. Outra característica que distingue o personagem principal dos atuais nacionalistas reacionários é o reconhecimento dos povos indígenas como brasileiros, donos desta terra. Ele nutre essa ideia e resolve aprender tupi. A sua busca pelo reconhecimento dessa língua o deixa em maus lençóis. Poucos entendem a intenção de Quaresma de torná-la conhecida pelo povo brasileiro, os políticos interpretam a iniciativa como pilhéria ou um indício de afronésia. Do outro lado, Policarpo não compreende como pode os ditos intelectuais ignorarem o idioma dos primeiros moradores do país em que vivem.

Quem lê Triste Fim de Policarpo Quaresma pode lembrar-se de outro importante personagem da literatura: Dom Quixote de La Mancha, protagonista do escritor espanhol Miguel de Cervantes. Apesar de certas semelhanças entre ambos, os personagens enxergam o mundo de formas diferentes. Policarpo não se desloca da realidade, exceto em alguns casos específicos - a exemplo de quando resolve não usar adubos durante o plantio, pois para ele a terra brasileira é muito fértil e dispensa esse tratamento. Em contrapartida, Dom Quixote apresenta dificuldades em discernir o real do fantástico, levando-o ao absurdo de confundir moinhos com gigantes, bacias com elmos encantados. Como semelhança entre as histórias, deixo aqui destacada uma interessante opinião dos companheiros de ambos os personagens: não há culpada pela loucura, senão a leitura!

Apesar do patriotismo ser um dos assuntos centrais, Lima Barreto discute em seu livro diversos outros temas. O costume dos pais buscarem casar depressa as suas filhas; a depressão (mazela vivida por Ismênia); a amizade (como é desesperadora a tentativa de Ricardo de conseguir ajuda dos amigos de Policarpo quando ele mais precisava!); censura; política e politicagem; distribuição de terras no Brasil. São diversas as discussões presentes.

No fim, o que resta a Policarpo é o questionamento: é válido abdicar a sua própria vida para servir à pátria? Ele deixou de viver para si, de experimentar felicidades, amores, paixões e dedicações desinteressadas, tudo com o simples objetivo de servir a um bem maior: elevar a figura da sua pátria, o seu amado Brasil.

Triste Fim de Policarpo Quaresma está disponível gratuitamente no site da Amazon em formato ebook Kindle (Série Prazer de Ler - Brasília 2017). É possível encontrá-lo também no site da Câmara dos Deputados.
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Edilene Freitas 23/12/2021

É incrível a atualidade desse livro. Lima Barreto facilmente poderia estar escrevendo sobre a elite brasileira de 2021, sobre o desmazelo com a coisa pública e sobre o patriotismo superficial e alienado. Fiquei apaixonada pelo tom irônico do narrador e pelas críticas mordazes que ele faz a tudo. Maravilhoso!
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vininho 23/01/2023

"Quando caí embaixo de uma carreta, o que me doía não era a ferida, era a alma, era a consciência."

Primeiro livro do meu intensivo de clássicos nacionais, que resolvo ler uma edição que possuísse uma introdução mais rica e que acrescentasse valor à minha leitura. Me surpreendi, inicialmente, já por este motivo, pois senti que essa leitura prévia realmente aumentou o que pude aproveitar da leitura desse livro como um todo, bem como me deixou mais a par do contexto histórico da produção do mesmo.

Nosso protagonista, Policarpo Quaresma, é extremamente patriota - e de verdade, valorizando as raízes culturais brasileiras, como as linguagens dos povos originários, assim como as paisagens brasileiras e a nossa terra. Ele sofre de inúmeros maus olhares, por ser um ávido leitor e ter ideias diferenciadas daqueles ao seu redor. Eu amo, também, o momento em que ele trava uma batalha para as formigas, o livro é exatamente sobre os finais tristes de Quaresma, ao ser internado ao final da primeira parte, ao ter sua plantação invadida pelas formigas e, ao final do livro, ficar confinado por não aceitar o tratamento que os militares davam aos presos de guerra. A carta que ele envia à sua irmã, é o momento decisivo deste livro, que me ganha por finalmente.

No mais, um outro ponto impactante para mim, fora a morte de Ismênia. Criada por um pai preocupado demais na reputação e integridade da filha, e não com seu bem estar real, e por uma mãe que só queria saber de casamentos. Assim, a garota sucumbe e falece após ter um casamento interrompido, levada a crer que sua vida agora estava acabada. Ainda, acredito que a principal virtude desse livro, é a escrita de Lima Barreto, que consegue contar uma história interessante, ao mesmo que lotada de significados - como na abordagem ácida de militares mais velhos, que sequer haviam batalhado em suas vidas.

"O general, o almirante e o major enchiam de pasmo aqueles burgueses pacíficos, contando batalhas em que não estiveram e pugnas valorosas que não pelejaram."

"[...] a menina foi se convencendo de que toda a existência só tendia para o casamento. A instrução, as satisfações íntimas, a alegria, tudo isso era inútil; a vida se resumia numa cousa: casar."
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LAcia12 24/01/2023

Muito bom!
Uma tremenda crítica à sociedade brasileira da época que muito bem se aplica a atual. Os mesmos preconceitos e as mesmas necessidades em relação à conexões políticas e sociais voltadas a atenção das necessidades individuais.
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RenaTo.Lima 24/01/2023

O viralata tem pedigree
Quando ouvia alguém falar desse livro achava que era uma comédia, até mesmo um Dom Quixote, mas não esperava que veria um drama, como assim o título sugeria, sendo Policasmo uma síntese à aqueles que amam outros países, o patriota real, mas acabando com o país que tanto amava não lhe devolvendo o amor.
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Camila.Szabo 23/12/2021

Antigo e atual
Me surpreendi em como gostei de reler este livro. Li a primeira vez lá no ensino médio, muitos anos atrás e acabei me interessando em reler com uma leitura coletiva.
Lima Barreto tem uma escrita crítica e um pouco debochada. Os temas são assustadoramente atuais, guardadas as proporções, principalmente a superficialidade em que são tratados pelo Policarpo os problemas do país e o patriotismo exagerado que o faz meter os pés pelas mãos.
Em certos momentos senti dó do nosso protagonista por sua ingenuidade e por sua perseverança em perseguir a própria ilusão.
Só não dei uma nota maior pq em alguns momentos senti um pouco arrastado, mas super vale a pena.
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Bia 26/01/2023

Então gostei mas do que eu achava
É um livro que retrata muito a política da época e a vida de Major Policarpo Quaresma um visionário e patriota que se mete em alguns perrengues.
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Lira Juazeiro 28/01/2023

Excelente
Lima Barreto não só descreve com sensibilidade e maestria os vícios da cultura Brasileira, como também a forma como fatos históricos os plantaram e os fizeram enraízarem-se na alma de um povo, cujo uma maioria esmagadora assim os permitiram crescer passivamente sem preocuparem-se em exercer aquela função que os destinguem de outros habitantes da Terra: o pensamento.
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Maria22510 10/02/2023

Fluiu bem
Para um primeiro livro clássico que eu leio, fluiu impressionante bem, de maneira que terminei um pouco tempo. Além de aprender um pouco mais sobre alguns fatos históricos brasileiros que a história foi baseada, pude estender meu vocabulário sem me perder na história. Possui uma grande crítica, um ótimo exemplo de obra pré-modernista com uma linguagem coloquial para a época.

Sobre a história, eu sei que é "O Triste Fim..." mas eu achei que fosse diferente o final.

----- q u o t e s s e m s p o i l e r -----

"Como em todas as portas dos nossos infernos sociais, havia de toda a gente, de várias condições, nascimentos e fortunas. Não é só a morte que nivela; a loucura, o crime e a moléstia passam também a sua rasoura pelas distinções que inventamos."

"Entre nós tudo é inconsciente, provisório, não dura. Não havia ali nada que lembrasse esse passado"

"- É bom pensar, sonhar consola
-Consola, talvez; mas faz-nos também diferentes dos outros, cava abismos entre os homens..."
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