Resenhas - A História Secreta

Amanda 06/10/2021

A história que podia continuar secreta pra mim
Talvez eu não tenha gostado porquê estava com altas expectativas? Talvez. Pela sinopse, eu pensava que se tratava de um livro de mistério, mas não foi nada disso.

Começando que achei uma história bem chata, personagens chatos, protagonista chato, casais chatos. A escrita é ótima, mas os capítulos de quase 100 páginas não ajudam, tornaram para mim a leitura nada fluída e super cansativa. Sem mencionar que não acontece quase NADA no livro, a maior parte dos grandes acontecimentos excluem o narrador (ele acaba descobrindo o que rola só pelo o que contam para ele), portanto 2/3 do livro é festa, bebidas e drogas. As únicas situações relevantes em que o principal participa, a primeiro estava no prólogo, portanto já sabíamos o que ia rolar e não teve a menor graça. A segundo foi extremamente confusa e sem sentido, porque, novamente, o principal estava por fora do que estava acontecendo. Eu sei que esse é o conceito do livro, mas não foi algo que me agradou, e olha que eu adoro dark academia.

Enfim, o livro é basicamente só personagens brancos e ricos fazendo burrice e se livrando da prisão porque são brancos e ricos KKKKK. Pior que no começo eu estava gostando, lembro de pensar "ok, esse livro é uma viagem mas estou curiosa pra descobrir no que vai dar", gostei do final melancólico também, mas só. Persisti em terminar de teimosa que sou e porque já tinha lido mais da metade, e isso pra mim é tarde demais para abandonar. No final a tal da histórica secreta se mostrou bem mais ou menos.

Ah, e me incomodou a "normalização" do incesto e também a falta de tradução das passagens em grego ou em outra língua. Não gosto de escrever resenhas negativas, mas em meio a tantas positivas queria deixar a minha opinião aqui também. (E o histórico de leitura ficaria gigante se eu escrevesse tudo isso lá).

Rub.88 07/07/2016

Entediante Tragédia Grega
Num ambiente universitário elitista um grupo de estudantes de grego antigo mata um de seus colegas. Isso é dito na primeira pagina da estória, e é o único tema de todo o romance. O antes, o durante e o depois do crime detalhado a exaustão. O personagem narrador do drama está perdido nos acontecimentos. Ele é levado de lá pra cá no enredo por desmandos e meias palavras. Atarantado, mas feliz por ser incluído num grupo de pretensos intelectuais, do qual não se acha merecedor. Os estudos são poucos e o consumo de drogas e álcool é desenfreado. E ninguém parece ter um níquel próprio se quer. Diante das consequências do assassinato, a fraqueza de caráter vai despedaçando a fleuma dos estudantes envolvidos. O relacionamento do grupo vai deteriorando, e o pânico e a irracionalidade guiam o enredo ate o final tolo.

O livro peca, em minha opinião, por que todos os personagens são parecidos em pontos chaves. Todos são covardes. Todos tomam pílulas. Todos são paranoicos. Todos bebem. Todos são ambíguos sexualmente. E também, as razões que desencadeiam os conflitos são fracas e mal explicadas. Escrito de forma inteligente o romance A História Secreta não é ruim, é apenas bem chato.

fabiandthebooks 26/04/2022

A ambientação que a autora criou aqui é maravilhosa! Dá vontade de ser transportado para esse campus da faculdade de Hampden (fictícios, mas é só buscar algumas fotos das cidades de Vermont para entender a beleza) e estudar grego. Acho que este, inclusive, é o grande trunfo do livro.
Não me encantei e me importei muito com os personagens. Maaas? A história me entreteve e achei curiosa a forma que é contada. Talvez releia em algum momento!

Cesar270 15/03/2017

Iniciei o livro imaginando algo que já acho fantástico, revelar desde o começo o "final" da história e colocar o leitor numa posição de "como diabos essa história vai chegar nesse final?", dando assim liberdade para que o autor se concentre mais na profundidade psicológica do texto (afinal, quem quer apenas um enredo interessante cheio de altos e baixos já terá abandonado o livro).

Que grata surpresa foi eu saber que esse livro é um thriller que não deixa nenhuma ponta solta e tem um enredo maravilhoso, podendo tranquilamente ser um livro comum de suspense, mas é mais do que isso, MUITO MAIS. É o melhor thriller que já li na vida, e dentro os romances em geral, o top 5 (detesto essas coisas, mas é o jeito).

Acredito que vale a pena demorar uma década para escrever um livro se o livro for bom assim!

Aliás, prepare-se para uma autora muito prolixa, deliciosamente, prolixa! E é isso aí.

Daniel 17/04/2020

O mistério é o que menos importa
Uma das primeiras resenhas que escrevi para o SKOOB foi para este livro que adoro, mas infelizmente ela sumiu...Vou tentar recapitular aqui o porquê gosto tanto deste livro.

Narrado brilhantemente em primeira pessoa - como quase todos os meus livros favoritos - logo no prólogo o leitor já sabe quem foi assassinado e quais foram os assassinos. A partir deste fato chocante - um crime premeditado - o narrador, Richard, começa a contar a história do começo, quando ingressou numa seleta turma de Grego Clássico numa Universidade do Norte dos Estados Unidos, a fictícia Hampden, em Vermont .

Na primeira parte do livro somos apresentados ao esnobe "clube dos cinco": Henry Winter, alto e pálido, sério e inteligente, sempre de negro como um corvo; Bunny, voz estridente, meio estúpido e inconveniente; Francis, exótico, cabelo vermelho, meio dandy, ambíguo; e os gêmeos Charles e Camila, louros e luminosos na aparência, mas que também guardam um lado mais negro. Devidamente inclusos neste grupo, vamos acompanhando os fatos que levaram ao crime. A segunda parte do livro já é sobre as consequências do assassinato, incluindo aqui o remorso e o arrependimento.

É impossível desgrudar deste livro. Donna Tartt já neste primeiro trabalho se mostrou uma autora acima da média. O leitor se sente um participante da história, parece que conhece de verdade (ou não! rs) cada personagem e suas peculiaridades. Isso acontece também com os lugares onde a ação se passa, seja no campus da universidade ou na gótica casa de campo da tia de Francis. O ambíguo professor Julian, por exemplo é descrito no começo do livro como algo próximo à uma divindade de sabedoria, mas já para o final do livro, como o tipo de pessoa que lhe oferece uma caixa de bombons só depois de já ter pego os seus favoritos (rs!). E isso sem esquecer de outros personagens secundários, outros universitários que se entopem que álcool e drogas e que só se preocupam com festas e badalações. Lembro de um trecho quando Richard quase morreu de frio durante umas férias de inverno, e quando terminei fiquei com vontade de me enfiar debaixo de um cobertor!

A autora não se aprofunda muito nos estudos gregos, para alívio ou para a decepção dos leitores. Mas a narração traz muitas citações, volta e meia dá vontade de sublinhar algumas frases, como esta: “Beleza é terror. O que chamamos de belo nos faz tremer”. Nós, como Richard, fomos admitidos num grupo seleto. Apenas um segredo é revelado na abertura do livro, e temos certeza de que tantos outros estão guardados. E, igualzinho ao narrador, ficamos cada vez mais envolvidos e com a impressão que a trama vai sofrer uma reviravolta contra ele a qualquer momento.

Trecho: Eu era jovem, a grama verde e o ar agitado pelo som das abelhas e eu acabava de voltar de beira da Morte, para o sol e o ar. Eu me sentia livre, e minha vida, que imaginava perdida, se estendia indescritivelmente preciosa e doce diante de mim.



Recomendo, enfaticamente!

PS: "Dark Academia" ??? Pelamordedeus, este livro foi escrito em 1992! Muito antes dessas modinhas cafonas do tiktok

regifreitas 07/08/2016

Gostei da escrita de Donna Tartt, é inegável o domínio da autora sobre o seu material. O texto é muito bem escrito e fluido, contudo, encontrei problemas com o romance.

Primeiro, de ritmo: as 520 páginas do livro pesaram para mim – o que me fez pensar, em vários momentos, se tal história não poderia ser contada de forma bem mais sucinta. Não que Tartt dê a impressão de estar “enrolando” o leitor, mais pela obsessão detalhista da narrativa, prolongando demais as sequências de desenvolvimento do enredo. Assim, a convivência dos jovens estudantes de grego na Universidade de Hampden e os desdobramentos disso, no que se refere ao cerne da história, que dura pouco mais de um ano, parece muito mais longa do que de fato foi.

Outro ponto que me incomodou um pouco foi a construção dos personagens. São cinco personalidades, mais o narrador-protagonista, e não consegui estabelecer empatia por nenhum deles. Inclusive por eles serem muito parecidos entre si, suas motivações, bem como as próprias relações estabelecidas entre eles, soavam artificiais demais. Então, a tal densidade psicológica alardeada na orelha do livro também não faz sentido, visto que todos eles tinham praticamente as mesmas reações diante dos eventos extremos que estavam vivendo. Faltou sentimento ao texto de Donna Tartt e emoções sinceras aos seus jovens protagonistas!

Mesmo com todos esses reveses, vi potencial no texto da autora, o que me faz querer conhecê-la mais. Vale lembrar que este era o romance de uma autora iniciante até então, logo, uma primeira impressão não deve marcar negativamente um talento que ainda tem estrada pela frente para se desenvolver. Talvez uma prova disso seja o fato que o terceiro livro de Donna Tartt (O Pintassilgo), venceu o Pulitzer de ficção em 2014. Então, mérito a autora parece ter.

Nita 30/05/2020

Caralho Puta que Pariu
esse livro foi altos e baixos aqui. me interessei aqui pelo skoob lendo resenhas e vejo que foi uma ótima escolha compra-lo. embora tenha uma escrita difícil e umas partes arrastadas, nada se compara com a grande história que é. o final me surpreendeu e amei as últimas páginas. bastante coisa acontece para dar uma divertida na história, descontrair e refletir também. nao posso deixar de citar também que amei as referências a sherlock. é um livro ótimo mesmo. puta que pariu eu amei demais. BOM DEMAIS

eivictormarques 31/12/2022

A História Secreta
e lá vamos nós?

bem, preciso dizer que a ambientação desse livro é a melhor coisa nele, eu senti uma tensão do começo ao fim.

a escrita da autora é ótima? é. mas infelizmente ela peca ao colocar termos errados no livro, como, por exemplo, ?homossexua.lismo.?.

a história não é cheia de plots! no primeiro capítulo já sabemos quem morreu e quem matou, o que vamos ter no livro é o relado de vida de um bando de jovens perturbados fazendo m*rda.

acredito que a minha nota de justifica tanto por as coisas que falei acima, tanto por ter lido esse livro no momento errado. passei meses pra ler.

ah, uma coisa, o livro é lento, tá? quem não curte nem pegue pra ler.

mas quem curte, é um prato cheio (eu amo)!

Clarissa132 13/11/2024

Amei
Minha melhor leitura do ano.
Fazia tempo que não ficava obcecada por um livro, eu amei.
Donna Tartt tem uma escrita cativante, uma construção de trama e personagens que nos envolvem, cheguei a sonhar com o livro, coisa rara.

isabelle. 06/04/2021

eles também conheciam esta paisagem deslumbrante e aflitiva, morta havia séculos; eles compartilhavam a experiência de erguer a vista dos livros, com olhos do século V, e encontrar um mundo desconcertante em sua indolência e isolamento, como se não fosse aqui seu lar.

julinhaaab 03/02/2023

não rolou
comecei a ler este livro porque uma amiga estava implorando durante 2022 inteiro, jurando que eu ia gostar. mas não rolou, achei a escrita muito arrastada, poderia ter 200 páginas a menos se a autora não enrolasse tanto durante o livro todo, dei 1,5 só por causa dos acontecimentos chaves de resto não gostei de mais nada, não sei se o problema é o gênero literário, a escrita ou os dois kk (e por pura coincidência demorei exatamente um mês lendo)

Maria17758 27/06/2022

A MENTE DE TITÂNIO DA DONNA TARTT
Eu amei esse livro, muito mesmo. A Donna é tão inteligente e perspicaz, tanto na formulação do livro quanto nas críticas que ela faz tão sutilmente (e outras nem tanto assim) ao longo da história, que é impossível não o terminar sem estar completamente apaixonada pela mente dessa mulher. Eu amo também o fato de o narrador não ser nem um pouco confiável e como ela colocou dicas muito sutis quanto a isso no meio livro, amo como todos os personagens são moralmente corruptos e detestáveis mas, ao mesmo tempo, não conseguimos não nos afeiçoar a eles (coisa que se torna mais possível pela própria narração do Richard, outro ponto pra autora) e amo o modo como ela consegue nos submergir na história e no cenário. Só acho que o livro poderia ser um pouco menor, por vezes ele se tornava um pouco enfadonho e havia páginas e mais páginas que não levavam a nada nem lugar nenhum.

joaoggur 06/09/2024

Onde há os gregos, há a tragédia.
Comumente o Paulo Ratz repete uma frase que concordo plenamente: as pessoas se esquecem que o mercado literário é, acima de tudo, um MERCADO, com suas modas, suas tendências, suas guinadas e recaídas; neste ínterim, venho falar deste fenômeno literário que é A História Secreta (que, sendo uma coqueluche em território estadounidense, nunca teve o mesmo impacto em terras tupiniquins).

Bunny morreu, assassinado, e isso não é spoiler, pois desde a primeira página sabemos desta informação; queremos saber, por toda a leitura (ou pelo menos no primeiro terço da obra), os motivos que levaram o seu grupo de supostos amigos a fazerem o ato.

Escrito, em primeira pessoa, por um dos amigos [o californiano Richard], creio que a narração poderia ser melhor; a chave das narrativas na primeira pessoa está na PESSOALIDADE, no fato do narrador em questão ser único, debruçando as suas opiniões e crenças; acontece que Richard é sem sal, alcalino, equilátero, todos os adjetivos possíveis para descrever uma falta de personalidade; e por mais que os outros personagens tenham profundo impacto na trama [como os gêmeos Camilla & Charles, Francis, Henry, o professor Julian?], eles sofrem de tantos denominadores-em-comum que, por muitas vezes, eu facilmente os confundia entre si.

Outro adendo deve ser dado ao desprendimento da realidade de decisões e falas; primeiro, eles falam como personagens do teatro clássico, grego [dei uma olhada na versão original, em inglês, e posso afirmar que não foi culpa da tradução, - esta última que não é das melhores?]; e, sem dúvida alguma, o que mais me incomodou fora as decisões completamente idiotizadas, se me permitem o neologismo; transparecem nao possuir qualquer vínculo com a realidade, qualquer ligação com o que é terreno, palpável, tangível. Parei de contar as vezes que quis adentrar na história e esbofetear algum dos personagens.

Mas, apesar dos pesares, não creio que a obra seja de toda ruim. Este é meu primeiro contato com a autora, e estou o lendo após já ter finalizado O Pintassilgo [lançado em 2013]; A História Secreta fora lançado em 1992, e os sinais da falta de experiência de escrita saltam aos olhos, que não é sina para a decadência de um livro; jamais taxaria esse livro como ruim, apenas uma obra que, talvez, os erros se sobressaem mais que os acertos.

Proponho, então, a reflexão: Donna Tart é uma boa escritora? É, indubitavelmente. Numa época de mil-e-uma telas e redes (anti)sociais, conseguir fazer o leitor atar-se ao livro por quinhentas e sessenta páginas é, no mínimo, um feito; e os elogios não anulam o fato de ser uma obra imbuída nos modismos da literatura comercial.

lorestairs 21/02/2021

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Criei muitas expectativas, o hype desse livro é totalmente apoiado na estética "dark academia", mas ele não a segue muito. O Richard, protagonista que narra a historia, é um personagem extremamente vazio e desinteressante. E eu poderia dizer que foi um recurso da autora, já que ele seria só quem conta a historia e os verdadeiros protagonistas seriam o seu grupo de amigos, se estes também não tão fossem chatos. A narração é tão fechada, que o livro acaba terminando com vários buracos no enredo. Mas a escrita da Donna é muito boa! Os capítulos eram enormes, mas me prendiam de uma forma absurda. Teve momentos que eu tive dificuldades de largar o livro, apesar de em muitos momentos ele ficar meio entediante. Teve muitas cenas desnecessárias também.

É bom não começar o livro esperando algo de subjetivo, emocional e inteligente. Com personagens profundos e questionamentos interessantes, os personagens mais bebem e usam drogas do que estudam. O Richard e o Henry eram os únicos que podiam ser vistos com um livro na mão, e isso bem raramente. Então preparem-se para ler bem uns 400 parágrafos só desse povo ficando bêbado e não fazendo nada com nada. O foco maior é na morte do Bunny, e nas consequências disso mas até o lance do bacanal é mal-explicado. Pareceu muito que a autora só pegou coisinhas consideradas "cults" e foi jogando na historia, como uma forma de a enriquecer esteticamente. Então não esperem um livro que te ensine algo, que te faço questionar e etc, como muitas pessoas o fazem parece. Não é nada disso.

Henry era o personagem mais interessante mas teve umas falas bem xenofóbicas, e foi mal desenvolvido. Francis era um babaca estuprador, tentou dormir com o Richard enquanto o mesmo ainda estava entorpecido com drogas e abusou sexualmente do Charles também. Não existe essa de "é hetero até beber", transar com uma pessoa bêbada ou drogada é estupro e pronto, independente da sexualidade. Camilla tava ali somente para ser a pretensão romântica dos meninos! SÓ ISSO! Ela não acrescentava em nada ali! O que é uma pena porque ela tinha muito potencial e quando achei que veria mais dela quando ela começou a ficar com o Henry tudo vai por água abaixo. O Charles é "???", o cara transava com a própria irmã, chegou a agredi-la e isso foi tratado na maior normalidade, ele só fazia beber O TEMPO TODO!! O Bunny era um nojento insuportável, mas é obvio que o livro tenta influenciar o leitor a odiá-lo ao máximo como uma forma de justificar o crime do pessoal. Nada a falar sobre o Julian KKKKKKKKKKKKK aquela fraude!

Mas gostei bastante do final. Menos a morte do Henry, fiquei puta. Mas o resto do grupo todo se fodeu, achei bem pouco.

Gezebel 25/12/2020

PREVEJO RELEITURAS
Uma das minhas maiores realizações em 2020, sem dúvida nenhuma, foi ter a experiência de leitura desse livro e a possibilidade de discussão no clube de leitura das Dark Academinas. Em breve, vou postar um vlog de leitura, mas enquanto isso, você já pode conferir nossa discussão lá no YouTube.

Com maestria na arte da ambientação, Donna Tartt nos apresenta um cenário com personagens únicos, tecendo suas características peculiares e nos envolvendo em conflitos de moral questionável.
Quando nos damos conta, já estamos completamente emaranhados e de mãos atadas, questionando a nossa ética e capacidade de julgamento a partir dela.

Não só um, mas TODOS os personagens apresentam camadas que vão sendo desenvolvidas até o último suspiro. Henry Winter, um dos alunos exemplares do curso de grego, se tornou um dos personagens antagonistas (?) mais bem descritos que eu já li até hoje. Era preciso apenas uma palavra ou gesto e já era possível visualizar o personagem e a tensão (ou alívio) que ele criava na cena.

Ao lado de Richard Papen, nos tornamos cúmplices de uma narrativa repleta de referências clássicas (afinal, estamos falando de um curso de grego) e conflitos que, baseados na inconsequência juvenil, tomam proporções assustadoras.

Que bela maneira de começar a me aventurar pelo gênero da Dark Academia!

site: https://youtu.be/qavnYik1ovM