Underground airlines

Underground airlines Ben H. Winters




Resenhas - Underground Airlines


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Emerson 20/05/2021

Escravidão em pleno século XXI? Ficção ou realidade?
"O que o escravo quer, mas nunca tem, não é só a liberdade das correntes, mas de suas lembranças."

E se a escravidão ainda existisse em pleno século XXI? É nesse mundo que o enredo de Underground Airlines se passa. Nos Estados Unidos, nem todos os lugares aboliram a escravidão. Nos Quatro de Ferro, os negros ainda são tratados como servos, torturados, obrigados a condições de trabalho perversas, sujeitos a abaixarem suas cabeças na presença de dos brancos.

Nosso protagonista é um homem negro que trabalha para o governo caçando escravos fugitivos. Ele mesmo é um fugitivo, que teve a oportunidade de conseguir sua liberdade atrapalhando os planos da Underground Airlines. Pensando ser mais um dos seus trabalhos, Jim/Victor começa a perceber que tem algo estranho e quando descobre às mentiras contadas pelo seu chefe. Numa reviravolta, ele se vê trabalhando para a Underground Airlines, uma organização que ajuda os negros a se libertarem. Mas as mentiras e segredos continuam, e a verdade pode ser chocante e dolorosa.

Apesar de não ser frenético, o livro tem seu peso. Ao descrever a situação dos negros nesse mundo terrível, o autor sabe machucar e te deixar indignado. Gostei da alusão do título a rota que muitos negros usaram para fugirem. O pior é que nem tudo mostrado no livro é ficção, pois ainda hoje, sentimos na pele a dor do preconceito.

"Estas mãos fortes a ti pertencem... Mãos, costas e espírito também.. (retirado do livro, esse é um trecho da música cantada pelos escravos para a empresa a qual serviam).
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Fábio Valeta 16/08/2020

Perguntar “e se...” é uma das coisas mais comuns da vida. A curiosidade de saber o que aconteceria se um determinado evento tivesse ocorrido de forma diferente. Este livro é um grande “e se...” onde a Guerra da Secessão Americana nunca aconteceu, e no lugar dela, uma emenda constitucional deu a cada um dos Estados da Federação o poder de decisão sobre se desejava abolir ou não a escravidão, sem que o governo federal pudesse intervir. O resultado? Em pleno século XIX, quatro Estados Americanos ainda mantém o uso de mão de obra escrava.

Este é o pano de fundo da obra de Ben Winters. Onde as plantations de outrora foram substituídas por eficientes indústrias agrícolas, confecção de tecidos, e outras atividades. Um mundo onde apenas nesses quatro Estados, mais de 03 milhões de pessoas vivem como PO (PESSOAS OBRIGADAS ao trabalho... aparentemente o termo escravidão é feio, mesmo nesse mundo). O livro acompanha uma personagem chamada Victor. Um ex-escravo treinado pelos Marshalls (federais) para ser um caçador de escravos fugitivos. Serviço que ele executa com grande eficiência, uma vez que a falta dela pode ter consequências bastante indesejadas. Victor sempre encontra sua presa... mesmo que a cada missão cumprida seja como se uma parte dele mesmo seja perdida. Atormentado pelas memórias de seu tempo de escravo e pelo que tem que fazer em sua atualidade, ele vive em hotéis de beira de estradas, sempre a procura de um novo alvo. “Livre”, mas sem liberdade de escolher não fazer esse serviço.

O livro é narrado em primeira pessoa (estilo que normalmente não gosto muito). A premissa é bastante interessante, embora o ritmo poderia ser melhor, já que demora bastante para a história engrenar. Mas quando engrena, após um plot twist na metade da história, tudo fica muito melhor. Em especial quando o personagem viaja até um dos “Quatro de ferro” em busca de segredos referente ao seu último caso. É nessa parte que é possível entender como a escravidão pode evoluir e ainda perdura por tanto tempo. E apesar do final da história ser, na minha opinião, mais “esperançoso” do que deveria pelo teor da obra, no final a leitura acaba sendo positiva.

Esperava mais? Com certeza? Mas ruim não é.
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PARA TODOS OS LEITORES 25/05/2020

Ótima ideia e algumas pontas soltas...
É uma leitura com uma ótima ideia, mas que deixa algumas pontas soltas na construção de sua história.

O livro é sobre racismo visto sob outra ótica, não apenas sobre a escravização do Negro , feita pelo Branco, mas é uma distopia frente a historia dos “Capitães do mato”, que eram os negros responsáveis por encontrar e capturar outros negros fugitivos. Chamados talvez neste livro de: “caçadores de recompensa, modernos”

A historia é pesada e difícil não ser quando tema é algo que assombra nosso passado recente. A Leitura flui e instiga o leitor a procurar algo além desta ficção, para que possa entender onde e em qual momento da historia ela se encaixa em nossa trajetória humana.

Victor, é um negro capturado que se vê envolto em uma organização do governo que o obriga a capturar outros negros, que não possuem a carta de Alforria para circular. Nesta historia as cidades do Alabama, Mississipi, Carolina do Sul continuam escravocratas e com suas plantations de trabalho e comercialização de escravos.

Victor é um capitão do mato moderno, ele utiliza da tecnologia e do governo para receber suas recompensas, mas nunca se esquece de seu passado como escravo e fugitivo. Afunilando a historia, ele precisa encontrar Jackdow, um fugitivo sob proteção da Underground Airlines. E então, a historia começa a ganhar forma em todo seu processo investigativo, de campo e com novos personagens que compõe o enredo.

Underground Airlaines é uma referencia a Underground Railroads, que foi por anos rota de fuga dos escravos para o norte dos EUA ou para o Canadá, sendo usada por eles com ajuda de alguns abolicionistas.

Tema complicado até para escrever sobre ele.... E você já leu sobre o assunto? Gostou deste livro?
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LOHS 23/12/2017

Um livro surpreendente
Olá leitores e leitoras, como estão as férias e as leituras de fim de ano? Nunca é tarde para acrescentar mais um, ou alguns, livros a sua lista de natal ou de leituras para o novo ano que está próximo. Underground Airlines, do americano Ben H. Winters, é um livro que aborda um tema que parece desatualizado, mas que na realidade, é algo muito, muito atual sim. A escravidão. Foi uma leitura bem pesada, já adianto, no sentido de que é impossível ser leve se tratando desta temática. Mas é um livro que nos leva a reflexão, então, vamos a resenha?

No mundo criado pelo autor, vivemos num futuro distópico onde nada mudou muito, além do fato de que a abolição da escravatura nos Estados Unidos, nunca aconteceu. O ato da emancipação, emitido por Lincoln em 1863 e a guerra civil que foi resultado deste ato, nunca aconteceram, pois o presidente fora assassinado. Sendo assim, quatro estados mantém o regime de escravidão até a atualidade, são eles: Louisiana, Mississipi, Alabama e Carolina. São estados que sempre foram conservadores na história real e nessa distopia, eles mantém a mão de obra dos escravos, em um mundo moderno. Pode soar louco de início, mas não difere muito do que ainda acontece em alguns lugares do nosso mundo.

A história gira em torno do protagonista chamado Jim (ou Victor, ou Brother), e ele é um ex-escravo. Seu trabalho agora é atuar como um "capitão do mato", um profissional que age na recaptura de escravos fugitivos, e ele trabalha para o governo, aliado a nossa tecnologia. Ele não convive bem com seu trabalho, vive atormentado, mas ainda precisa prezar pela sua sobrevivência acima de todas as outras vidas em suas mãos. É um dilema vivido fortemente pelo protagonista, em meio ao que é viver em locais onde a escravidão é normal e regularizada. As pessoas brancas se responsabilizam pelos seus escravos e estes são vendidos, negociados e marcados como um mero produto, uma propriedade. A única forma de fugir dessa realidade cruel é cruzar a fronteira em uma fuga bem sucedida e encontrar um grupo de abolicionistas. Afinal, ainda existe sim uma resistência a essa "loucura" e ainda há esperança para este mundo. E é nessa trama cheia de ação e reviravoltas (muitas) que somos imersos pelo autor.

Tudo parece irreal quando se trata de uma distopia não é? Onde estamos acostumados a encarar uma narrativa sobre uma sociedade que sofreu e sofre uma opressão forte do governo, onde existem jogos pela vida, pessoas que são clonadas, venda de órgãos, tecnologia dominadora e tudo o mais. Mas não em Underground Airlines. Com esta leitura, não é possível sentir esse tom de fantasia. Para mim, foi mais um retrato mascarado do que ainda vemos e presenciamos, ainda que de olhos semi fechados, no mundo atual, no nosso mundo. É bem triste mas é algo exposto sutilmente (ou não), pelo autor, e que nos leva a filosofar, refletir, buscar informações e permanecer indignados ao perceber que a escravidão, o racismo, é algo presente no nosso dia a dia, no portal de notícias da internet. O que fica é a esperança por um mundo melhor, tanto no livro quanto na realidade. O desfecho não deixa a desejar, gostei muito.

“Freedman Town serve a um bom propósito – não para as pessoas que moram lá, Deus sabe disso; gente metida ali pela pobreza, pelo preconceito, por leis que as impedem de se mudar ou trabalhar. O Propósito de Freedman Town é para o resto do mundo. Um mundo que fica sentado, como Martha, de óculos escuros, olhando de longe, com medo, porém a salvo. Crie um curral como este, não dê às pessoas alternativa senão viver como animais, e depois as pessoas vão apontar para elas e dizer você vai ver aqueles animais? É o que essa gente é. E essa ideia rola de Freedman Town como fumaça de chaminé, negro passa a significar pobre e pobre, a significar perigo, e todas as palavras se confundem e se transformam em uma ideia obscura, uma nuvem de fumaça, os vapores de chaminé vagando como ar poluído pelo resto do país.”

Particularmente, o livro me supreendeu em alguns pontos. Achei que mesmo a história sendo relativamente simples, foi mesmo para chocar. Foi intencional. O personagem é interessante, a trama me envolveu, me emocionou de certa forma e achei um bom livro. Poderia ser melhor em alguns aspectos, para mim, mas acredito ser características que cada leitor opinará por si próprio. Nada que sacrifique a qualidade do livro e da narrativa. Underground Airlines fez muito sucesso nos Estados Unidos este ano, e não é para menos, pois faz parte de sua história, e achei bem abordado e escrito. Recomendo sim para quem gosta de leituras com tons realistas, mesmo que dentro da distopia. E que gostem de refletir sobre o quanto ainda vivemos em retrocesso, e que precisamos muito avançar em diversas questões, como ser humano.

Curiosidade: O título do livro faz uma apologia a Underground Railroads, que foi uma rota de fuga utilizada pelos escravos nos Estados Unidos.

Fica a dica e Feliz Natal para todos, obrigada mesmo por este ano incrível com a gente no LOHS! Até a próxima resenha.

site: http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br/2017/12/underground-airlines.html
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Raffaella.Lisboa 17/12/2017

Distopia sobre E.U.A. em que a escravidão perdura até hoje
No mundo criado por Ben H. Winters, tudo continua como está, menos a abolição da escravidão. O Presidente Lincoln é assassinado andes de conduzir o país à abolição da escravidão e a Guerra da Secessão nunca acontece, mas sim uma solução de compromisso, em que os Estados podem adotar diferentes arranjos e a 13ª Emenda à Constituição nunca foi aprovada. Permanecem quatro estados escravocratas - Louisiana, Mississipi, Alabama e Carolina.
A trama, que se desenvolve de modo acelerado, gira em torno da recaptura de escravos fugitivos. Essa recaptura é desenvolvida por uma agência especial, que se utiliza de ex-escravos para fazer o trabalho investigativo e de infiltração. O mundo é estranhamente parecido com o nosso e isso é que torna a história mais assustadora e real. Quase todos os personagens são imperfeitos... De algum modo, é como se a "mancha" da escravidão contaminasse a todos, mesmo aqueles que estão fora dos 4 estados em que perdura o malfadado regime.
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Cheiro de Livro 06/12/2017

Underground Airlines
No evento nosso evento na livraria Blooks onde conversamos sobre distopias um dos livros que foi citado e elogiado foi “Underground Airlines” (tradução de Ryta Vinagre). Como sempre faço coloquei o nome do livro na lista para ser lido e um mês depois ele já estava na minha mão. O livro de Ben H. Winters constrói um mundo onde, nos dias de hoje, quatro estados americanos ainda são escravocratas, os quatro de ferro.

O livro é todo contado em primeira pessoa por Jim/Victor/Brother um capitão do mato moderno. Um ex-escravo fugido que é empregado pelo governo federal para caçar outros escravos fugitivos. Logo nas primeiras páginas um dos contos de Machado de Assis que mais gosto me veio a cabeça: “Pai contra Mãe”. O dilema escrito por Machado no século XIX apresenta o mesmo dilema do livro de Winters: a sobrevivência acima de tudo. Jim/Victor/Brother é atormentado pelo que faz e faz mesmo assim porque é a liberdade que conseguiu obter e qualquer naco de liberdade é melhor do que a escravidão.

O título do livro, que não foi traduzido, é uma analogia ao underground railroads, rotas de fuga de escravos nos EUA. Aqui elas viram underground airlines, um sinal de modernização das rotas de fuga e de uma organização bem mais elaborada para o mesmo propósito: salvar pessoas da escravidão. Toda a organização e como os EUA conseguiram chegar ao século XXI ainda tendo escravos é explicada aos poucos pelo protagonista que vai, com sua total descrença em mudança do status quo, explicando tudo que aconteceu e acontece nas terras do Tio Sam.

O mais aterrador desse futuro distópico é o quão parecido com a nossa realidade ele é. Todo o racismo que nos ronda está nas páginas com cores ligeiramente mais fortes e isso é a beleza das ficções: falar sobre nós mesmos e nossa sociedade mesmo que escrevendo sobre algo tão absurdo como estados escravocratas em pleno EUA do século XXI. Por coincidência ou não lia esse livro exatamente quando essas imagens de um mercado de escravos na Líbia vieram a tona. A escravidão moderna existe e vem sendo combatida, timidamente, mas mesmo assim combatida. O que as imagens da Líbia mostram é um mercado de escravos que poderiam ter saído de uma pintura de Debret.

“Freedman Town serve a um bom propósito – não para as pessoas que moram lá, Deus sabe disso; gente metida ali pela pobreza, pelo preconceito, por leis que as impedem de se mudar ou trabalhar. O Propósito de Freedman Town é para o resto do mundo. Um mundo que fica sentado, como Martha, de óculos escuros, olhando de longe, com medo, porém a salvo. Crie um curral como este, não dê às pessoas alternativa senão viver como animais, e depois as pessoas vão apontar para elas e dizer você vai ver aqueles animais? É o que essa gente é. E essa ideia rola de Freedman Town como fumaça de chaminé, negro passa a significar pobre e pobre, a significar perigo, e todas as palavras se confundem e se transformam em uma ideia obscura, uma nuvem de fumaça, os vapores de chaminé vagando como ar poluído pelo resto do país.”

“Underground Airlines” é desses livros que permanecem com você, desses que você quer debater com os amigos, que quer indicar para todo mundo. É um retrato obscuro do que poderia ter sido e ao mesmo tempo ainda é. Demorei um pouco para perceber que mesmo com tudo o que acontece e como o livro acaba há sim uma mensagem de esperança e uma espécie de final feliz para tudo o que é contado. Não é um final feliz típico e nem muito menos óbvio e mesmo assim consegui encontrar um pouco de esperança ali.

site: http://cheirodelivro.com/underground-airlines/
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Luiza.Thereza 27/11/2017

Underground Airlines
Às vezes dou muita sorte no que diz respeito a julgar livros pela capa (principalmente quando a sinopse não passa de vários comentários sobre a obra). Em outras vezes, não me dou tão bem assim. Undergrond Airlines foi um dos títulos do segundo caso.

Em um grande momento "e se" de sua vida como escritor, Ben H. Winters imaginou um mundo em que a Guerra de Secessão americana (1861-1865) nunca ocorreu. Os Estados Unidos da América seguiram a sua história do jeito que estavam: alguns estados extinguiram o trabalho escravo em seus territórios enquanto outros o perpetuaram.

Hoje, 2017, ainda há quatro estados escravocratas, ou "Os Quatro Injustos": Louisiana, Mississippi, Alabana e Carolina. Estados dominados por plantations e por cidades em que pessoas de cor devem, necessariamente, andar logo atras de uma pessoa branca que se responsabilize por ela, vigiado por policiais brancos (que podem muito bem ignorá-los ou espancá-los) e por atiradores negros que podem simplesmente atirar em caso de conduta inadequada.

A escravidão nesses estados é legalizada e regularizada e as "Pessoas Obrigadas ao Trabalho" passam suas vidas inteiras sendo compradas, vendidas e marcadas como propriedade alheia. A não ser que aconteça e você consiga fugir e/ou ser resgatado por algum grupo abolicionista e ainda tenha a sorte de chegar são e salvo ao Canadá (porquê se você for pego nos Estados Unidos você será reconduzido à plantation de onde você fugiu).

Já que tocamos no assunto, vamos ao protagonista dessa história: Victor é um ex-escravo que foi recrutado pelo governo federal para caçar escravos foragidos e entregá-los aos autoridades que irão reconduzi-lo ao proprietário original. Sua missão atual é descobrir o paradeiro de um escravo conhecido como Jackdown, que, aparentemente, está sendo mantido em Indianápolis, Indiana, por uma célula local de um movimento abolicionista clandestino chamado Underground Airlines.

O problema é que a caçada a Jackdaw acaba se tornando uma ponta de iceberg em uma trama muito pior (e muito mais desumana).

A grande questão desse livro é que a narrativa não me envolveu. Nem o protagonista para falar a verdade. Acho que o objetivo dessa história era mostrar que vivemos em um mundo livre, mas não tão livre assim. Escravos existem, o preconceito racial também, mas todos fingem que não e assim seguimos a vida.

Bem, talvez seja esse o ponto mesmo, e talvez Underground Airlines tenha tido um impacto muito maior lá nos Estados Unidos, mas, infelizmente, no rank de melhores leituras do ano, esse livro não está bem colocado (a não ser que se tenha por referencia os números maiores da lista).

site: http://www.oslivrosdebela.com/2017/11/underground-airlines-ben-h-winters.html
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