Fabio 26/04/2019Que gol contra hein Thomas!Seu time está sendo campeão! 90 minutos de jogo.
Jogo empatado que garante o título, mas seu time está jogando muito, muito mesmo e você já comemora. Quando aos 91 minutos, o zagueiro recua para o goleiro, que por um momento de completo lapso, deixa a bola passar e põe tudo a perder.
Essa foi a minha sensação ao terminar de ler Hex.
Eu gostei muito do livro todo. A forma como o autor escreve é surpreendente e interessante, pois ele vai ligando assuntos diversos e realizando menções e comparações totalmente inesperadas, mas que se encaixam perfeitamente no contexto.
Me surpreendeu demais essa forma de narrativa e me divertiu muito durante todo o livro.
Tinha certeza absoluta que avaliaria esse livro com 5 estrelas e com louvor.
Mas aí ... mas aí ... veio o final!
Li as últimas páginas incrédulo, não pelo rumo que a estória tomou ou sobre o que aconteceu, mas sobre como é possível o próprio autor estragar algo tão bom de uma forma tão absurda.
O que era interessante começou a ficar extremamente monótono e repetitivo.
O que antes era muito bem explicado e retratado, começa a ficar extremamente vago, mas não de uma forma que te faça usar a imaginação, vago no sentido de desleixo mesmo.
Personagens que até então tinham participação de protagonismo, simplesmente somem, sem mais nem menos.
Durante toda a leitura, fiquei imaginando inúmeros possíveis finais que seriam incríveis, mas o final escolhido pelo autor realmente foi incrível, incrivelmente decepcionante e fraco.
Até pensei em dar nota 4 pelos 90% do livro que é ótimo, mas não teve como, o final é tão fraco e decepcionante que apaga tudo o que havia de bom antes.
O próprio autor relata que essa é uma nova versão do livro, que originalmente se passava em uma cidadezinha da Holanda e que foi adaptado para uma cidade Norte Americana, com situações modernas e atuais. E isso tudo é muito legal, mas acho muito improvável que o final da versão original seja pior do que esse.
Infelizmente ficou a sensação do amargo.